Buscar

Problemas Gastroinstestinais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PESSOA COM PROBLEMAS GASTROENTEROLÓGICOS
Necessidade Humana Básica
O Sistema Gastrointestinal
Formado por órgãos musculares ocos revestidos por membrana que são: Boca, Esôfago, Estômago, Intestino delgado, Intestino Grosso, Reto, Ânus.
Tem como funções absorver líquidos e nutrientes, preparar o alimento para absorção e uso pelas células do corpo, receber secreções e armazenamento temporário de fezes.
Boca
Quebra mecânica e quimicamente os alimentos para facilitar a deglutição.
A saliva produzida pelas glândulas salivares na boca diluem e amolecem a comida.
A digestão começa na boca e termina no intestino delgado
Esôfago
Canal que conecta a boca ao estomago. Em sua parte superior tem o esfíncter superior do esôfago, musculo circular que previne a entrada de ar e o reflexo do alimento na garganta.
 O bolo alimentar é empurrado pela peristalse.
O esfíncter da cárdia ou inferior do esôfago não é um musculo, mas uma diferença de pressão fisiológica que previne o refluxo.
Estômago
Situado logo abaixo do diafragma entre o esôfago e o duodeno.
Tem como funções: armazenamento de alimentos e líquidos; mistura de alimentos, líquidos e sucos digestivos; e o esvaziamento de seus conteúdos para o intestino delgado.
Apresenta duas comunicações: uma superior chamada esfíncter cárdia, que o comunica ao esôfago e outra inferior, chamada esfíncter piloro, que o comunica ao intestino delgado. 
O estômago tem um volume de cerca de 50 mL quando vazio. Depois de uma refeição, ele geralmente se expande para suportar cerca de 1 litro de comida, mas ele pode expandir até 4 L.
Produz e secreta ácido clorídrico (HCL), muco, enzima pepsina e fator intrínseco. 
HCL + pepsina= facilita a digestão de proteína.
Muco= protege a mucosa contra a acidez e da atividade enzimática.
Fator intrínseco= essencial na absorção de vitamina B12.
O estômago é dividido em quatro porções, cada uma com diferentes células e funções. Suas porções são:
Cárdia= transição entre o esôfago e o estômago.
Fundo= formado pela curvatura superior do órgão.
Corpo= região situada entre o antro pilórico e o fundo.
Piloro ou antro= porção inferior do órgão que facilita o transporte dos alimentos digerido em direção ao intestino delgado.
Intestino Delgado
 Porção do tubo digestivo que vai do estômago até o intestino grosso (esfíncter ileocecal). Mede 6-7 m de comprimento.
É divido em duodeno (logo após o estômago), jejuno (parte central) e o íleo (próximo ao IG).
O duodeno recebe a bile, e o suco pancreático, produzido pelo pâncreas. É nas paredes do intestino delgado que se produz o suco intestinal. A bile lançada no duodeno divide as gorduras em pequenas gotas, ajudando a ação do suco pancreático e do suco intestinal.
O movimento no ID ocorre por segmentação e peristalse. 
O quimo mistura-se aos sucos digestivos e se transforma em quilo.
Duodeno- mede +/- 60 cm e continua a processar o quimo
Jejuno- mede +/- 2,7m e tem como função principal absorção de carboidratos e proteína.
Íleo- mede +/- 3,6 m e sua função principal e absorção de água, gorduras e sais da bile.
A maioria dos nutrientes e eletrolíticos são absorvidos no ID (Duodeno e Jejuno). O íleo a borse certas vitaminas, ferros e sais.
Intestino Grosso
É a parte inferior do trato gastrointestinal, com um diâmetro maior que o ID e com 1,5m a 1,8m de comprimento.
Divide-se em ceco, cólon e reto.
Tem como funções: absorção de água e de certos eletrólitos; secreção; síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais; armazenagem temporária dos resíduos; eliminação de resíduos do corpo (defecação). Sendo principal órgão de eliminação intestinal.
Ceco- local onde desemboca o quimo através da válvula ileocecal, tem um prolongamento em forma de tubo, o apêndice vermiforme.
Cólon- se subdivide em quatro partes: cólon ascendente; cólon transverso (atravessa a cavidade abdominal da direita para a esquerda); o cólon descendente; e o cólon sigmóide. 
Reto- comunica o cólon com o exterior através do orifício anal (ânus), apresenta uma dilatação chamada ampola retal, cujo alargamento (pelas fezes) desencadeia o ato de defecação.
Volume de água e quantidades significativas de sódio e cloro são absorvidas diariamente pelo cólon. 
Essa quantidade depende da velocidade que os conteúdos colônicos se movem.
O função secretora de cólon ajuda no equilíbrio eletrolítico. O bicarbonato é secretado na troca de cloro.
O conteúdo intestinal é o principal estimulo à contração.
O reto normalmente fica sem produtos residuais até pouco antes de evacuar. 
Contém dobras verticais e transversas com uma artéria e uma veia que podem ficar distendidas devido á pressão durante esforço excessivo, que pode resultar em hemorróidas.
Ânus
Local na qual são expelidas do reto fezes e flatulências.
Contração e relaxamento dos esfíncteres interno e externo, inervados por estímulo simpático e parassimpático, ajudam no controle da evacuação.
Evacuação
Para eliminação normal: função gastrointestinal natural, percepção sensorial da distensão do reto e conteúdos no reto, controle voluntário do esfíncter, capacidade adequada do reto e comportamento correto.
A evacuação normal inicia-se com o movimento cólon esquerdo, movendo as fezes para o reto.
As fezes no reto causam uma distensão e relaxamento do esfíncter interno e a percepção da necessidade de evacuar.
No momento da evacuação, o esfíncter externo relaxa e os músculos abdominais contraem, aumentando a pressão intra-retal e forçando a saída das fezes.
Fatores que Alteram a Eliminação Intestinal
Idade (Crianças e Idosos)
Dieta
Ingestão de líquido
Atividade Física
Fatores Psicológicos
Hábitos Pessoais
Posição durante a evacuação
Dor
Gravidez
Cirurgia e Anestesia (Íleo Paralítico- 24 a 48 horas)
Medições
Exames Diagnósticos (Colonoscopia, Endoscopia)
Mudanças normais no TGI (Idade)
Porção do TGI
Mudança
Causas
Boca
Diminuição da capacidade de mastigar e salivação, incluindo ressecamento da boca.
Degeneração de células, medicações.
Esôfago
Motilidade reduzida
Degeneração de célulasneurais.
Estômago
Decréscimo em:
Secreções ácidas
Atividade motora
Espessura da mucosa
Degeneração da mucosa gástrica.A alcalinidade contribui para má absorção de ferro.
Retardo no esvaziamento gástrico, causando pouca contrações de fome.
Perda de cel. parietais leva a perda do fator intrínseco (VitaminaB12).
Intestino Delgado
Redução da absorção de nutrientes
Menor quantidade de células de absorção.
Intestino Grosso
Aumento quantitativo de bolsas na parede intestinalenfraquecidas (Diverticulite)
Constipação
Sinal de falha na evacuação, aumentando o risco de incontinência fecal
Musculatura enfraquecida.
Peristalsereduzida.
Sensibilidade dos nervos mais obtusa (reduzida).
Fígado
Redução do tamanho
Capacidade de armazenamento,de síntese proteica e de metabolização de medicações reduzidas.
Alimentos e Medicamentos que alteram a coloração das fezes
SubstânciaModificadora
Coloração
Proteína da carne
Castanho-escuro
Espinafre
Verde
Cenouras e beterrabas
Vermelho
Cacau
Castanho ou vermelho-escuro
Sena
Amarelo
Bismuto, ferro, alcaçuze carvão
Negro
Bário
Brancoleitoso
Sinais e Sintomas de alteração no TGI
Dor (Observar caráter, duração, padrão, frequência, localização e distribuição)
Indigestão: desconforto ou dor abdominal superior associada a alimentação (alimentos gordurosos, muito condimentados e vegetais crus).
Gás Intestinal: acúmulo de gás no TGI pode resultar em eructação (expulsão do gás através da boca) ou em flatulência (expulsão do gás a partir do reto). O aumento do gás pode ser um sintoma de doença biliar ou de intolerância alimentar.
Náuseas e Vômitos
E quais são os problemas Gastrointestinais mais comum?
Gastrite
 Inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as paredes internas do estômago.
Pode durar por pouco tempo, na chamada gastrite aguda, ou pode durarmeses e até mesmo anos (gastrite crônica- pode causar úlceras benignas e malignas no estômago).
Uma causa da doença está na fraqueza da barreira mucosa que protege a parede estomacal, permitindo que os sucos digestivos produzidos pelo estômago causem danos ao tecido que reveste o órgão.
Fatores de Risco
Bactéria Helicobacter pylori. ( Não se sabe se a bactéria é responsável pelo aparecimento da gastrite ou da úlcera, ou se ela encontra nos pacientes com essas doenças ambiente ideal para seu desenvolvimento;
Fatores de Risco
Uso prolongado de ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatórios;
Consumo de bebidas alcoólicas;
Idade: quanto mais velha a pessoa for, mais chances de desenvolver gastrite ela tem, pois o revestimento do estômago tende a ficar mais flácido conforme os anos vão passando.
Estresse;
HIV/AIDS 
Gastrite autoimune, quando o sistema imune produz anticorpos que agridem o próprio organismo.
Sintomas
A dor circunscrita que se inicia na região epigástrica, que quando se irradia para outros locais, sugere complicações.
A dor pode vir acompanhada de azia ou queimação, se houver retorno do suco gástrico por defeito no esfíncter (piloro). A azia costuma piorar quando a pessoa se deita depois de uma refeição mais volumosa ou rica em gorduras.
Perda do apetite, náuseas e vômitos também são sintomas de gastrite, assim como a presença de sangue nas fezes e no vômito.
Fisiopatologia (Gastrite Aguda) 
Membrana mucosa gástrica edemaciada e hiperemiada sofrendo erosão superficial, secreta pequena quantidade de suco gástrico com pouco ácido, mas aumento do muco;
Pode ocorrer ulceração superficial podendo levar a hemorragia;
Queixas de sensação desconfortável no abdômen e cefaléia, cansaço, náuseas e anorexia, vômitos e soluços;
Em casos de hemorragia pode levar a uma cirurgia;
Se o alimento irritante não for vomitado mas alcançar o intestino poderão resultar em cólicas e diarréia;
Pode causar inapetência por 2 ou 3 dias.
Fisiopatologia (Gastrite Crônica) 
Tipo A
alterações nas células parietais que produzem atrofia e infiltração celular
Ocorre no fundo ou no corpo do estômago;
Geralmente assintomática, exceto pelos sintomas de deficiência de VIT. B12;
TIPO B: 
afeta o antro (extremidade inferior do estômago perto do duodeno). 
Associada a bactéria Helicobacter pylori e também a dieta, tipos de bebidas quentes, ou temperos; 
uso de medicamento, álcool, fumo, refluxo do conteúdo intestinal para dentro do estômago.
Sintomas: anorexia, azia após refeições, eructações, gosto amargo na boca, ou náuseas e vômitos.
Avaliação Diagnóstica
Histórico clínico e endoscopia alta (exame que permite visualizar a mucosa do estômago) são fundamentais para o diagnóstico da gastrite. 
Isso não exclui a necessidade de realizar uma biópsia, isto é, de retirar fragmentos da mucosa estomacal para análise mais minuciosa no microscópio.
Tipo A: está associada a acloridria ou hipocloridria (ausência ou níveis baixos de ácido clorídrico);
Tipo B: com hipercloridria. Diagnóstico por gastroscopia, seriografia gastrointestinal alta e exame histológico.
Tratamento
Tratamento da bactéria Helicobacter pylori.
Aguda: controle proibindo toda e qualquer ingestão oral até regressão de sintomas; dieta leve; se persistir instituir NPT
Crônica: modificações dietéticas, repouso, redução do estresse e farmacoterapia.
Corrosiva: para neutralizar os ácidos, são usados antiácidos comuns; para neutralizar álcalis utiliza-se suco de limão diluído; se a corrosão for extensa ou acentuada os eméticos e a lavagem devem ser evitados por causa do perigo de perfuração.
Terapia de Apoio: cateterismo nasogástrico, anagésicos, sedativos, antiácidos, líquidos intravenosos e eletrólitos. Endoscopia, cirurgia para mover tecidos gangrenosos ou perfurado; gastrojejunostomia ou ressecção gástrica para tratar a obstrução pilórica.
Processo de Enfermagem
Avaliação/ Anamnese: sinais e sintomas antes ou após as refeições, hábitos alimentares, ingestão de medicamentos ou álcool; cirurgia pregressa, exame físico (dor abdominal, turgor de pele).
Intervenções
Respeitar os horários das refeições. Separar algum tempo para café da manhã, almoço e jantar tranquilos não é luxo, é necessidade;
Orientar a realização de pequenas refeições ao longo do dia a fazer uma grande refeição depois de muitas horas em jejum;
Estimular a mastigação bem dos alimentos, pois a digestão começa na boca;
Estimular a ingesta de frutas, verduras e carnes magras;
Promover o não tabagismo;
Evitar a ingesta de analgésicos, café, bebidas alcoólicas e as que contêm cafeína;
ÚLCERA PÉPTICA
É uma escavação formada na parede da mucosa do estômago, no piloro, no duodeno ou no esôfago.
Úlcera é o termo usado para designar lesões abertas com perda de tecido. 
Acredita-se que até 10% da população apresentará uma úlcera péptica em algum momento da vida.
Causas
A erosão pode estender-se até as camadas musculares através do músculo até o peritônio;
Mais frequentes no duodeno que no estômago; 
Podem ocorrer ao mesmo tempo.
Fatores de Risco
Uso de aspirina (ácido acetilsalicíclico) e AINHs
Infecção pelo Helicobacter pylori
Gastrite crônica
Fumo
Aumento da idade
Ventilação mecânica (uso de aparelho para respirar artificialmente, por exemplo os usados por pacientes em estado grave em unidades de terapia intensiva)
História familiar de úlcera péptica
Fisiopatologia
Desequilíbrio entre os fatores agressores e os protetores da mucosa gastroduodenal.
O estômago produz ácido clorídrico e outras substâncias para fazer a digestão dos alimentos, mas essas mesmas substâncias podem ser as responsáveis por iniciar o processo de lesão à mucosa quando não existe a predominância dos mecanismos de proteção.
O muco produzido pelas células do estômago, a secreção de bicarbonato (que neutraliza o ácido) e a descamação constante da mucosa gástrica são alguns dos fatores de proteção. Estes mecanismos protetores são controlados pela produção de prostaglandinas.
Fisiopatologia
O uso de alguns medicamentos, como os anti-inflamatórios, inibe a produção das prostaglandinas, comprometendo a proteção do estômago e do duodeno. A infecção por uma bactéria, conhecida como Helicobacter pylori, é uma das principais causas de úlcera.
Mais de 90% das úlceras do duodeno e cerca de 70% das úlceras do estômago estão associadas ao Helicobacter pylori.
Os anti-inflamatórios não hormonais (AINHs) estão associados a menos de 5% das úlceras do duodeno e a cerca de 30% das úlceras do estômago. Menos de 1% das úlceras pépticas estão relacionadas a causas raras como a síndrome de Zolliger-Ellison, a doença de Crohn e a tuberculose, ou têm causa desconhecida.
Secreção Gástrica Ocorre em 03 Fases 
Cefálica (psíquica): estímulos visuais, olfato, paladar do alimento agindo sobre receptores corticais do cérebro;
Gástrica: secreção é medida pelo hormônio gastrina (estimula a produção do suco gástrico);
Intestinal: secreção do hormônio secretina quando o ácido clorídrico penetra no duodeno. A secretina estimula a secreção de bicarbonato pelo pâncreas que neutraliza o ácido inibindo também a fase gástrica.
A Úlcera Péptica ocorrer por duas causas
Hipersecreção de ácidos e pepsina;
 Uma barreira da mucosa gástrica enfraquecida.
Manifestações Clínicas
Dor: úlcera duodenal corrosiva e com queimação;
Pirose (hipersialorréia): queimação no esôfago que se desloca para boca, com eructação, azia;
Vômitos: obstrução mecânica, ou por espasmo do piloro, fibrose ou tumefação devido inflamação da mucosa;
Constipação e sangramento: dieta e por causa das medicações.
Avaliação Diagnóstica
Exame físico (dor abdominal);
Endoscopia alta; 
Exames de fezes e sangue.
Tratamento
Controle de secreções gástricas: sedação apropriada, alimentos não irritantes, antiácidos, antiespasmósdicos (diminui a peristalse);
Repouso e redução do estresse: diminuição do fumo;
Dieta;
Antagonistas Receptores H2: cimetidina (Tagamet), Ranitidina (Antak);
Antiácidos:bicarbonato de sódio;
Anticolinérgicos: diminui a acetilcolina que eleva a secreção gástrica;
Intervenção cirúrgica: úlcera intratável, hemorragia com perfuração ou obstrução.
Complicações da Úlcera Péptica
A) HEMORRAGIA: manifesta-se por hematêmese, melena ou ambos. Ocorre também em 10 a 20% dos clientes com uma taxa de mortalidade de 30 a 40%;
Avaliação: sintomas precoces de desmaio e vertigem, náuseas, sinais vitais alterados taquicardia, PA baixa, taquidispnéia), hematócrito e hemoglobina, fezes, registro do débito urinário das 24 horas.
Tratamento
Realizar hidratação venosa periférica (sangue e líquidos) atentando para sinais flogísticos;
Atentar para exames laboratoriais (sangue, fezes, eletrólitos);
Realizar balanço hidroeletrolítico;
Realizar cateterismo nasogástrico;
Administrar antiácidos e analgésicos mediante prescrição médica;
Realizar oxigenioterapia;
Manter o cliente em decúbito dorsal para prevenir choque hipovolèmico;
Realizar sinais vitais.
B) TERAPIA ENDOSCÓPICA: com laser através da coagulação sanguínea, injeção de medicamentos, sondas térmicas.
C) CIRÚRGICA (caso perdure a complicação): Perfuração com dor abdominal, alta, brusca e intensa; dor que pode irradiar-se para o ombro direito por causa da irritação neurofrênica do diafragma; vômitos e colapso (desmaio); abdômen extremamente sensível (em tábua) e rígido; Choque; Peritonite química e/ou bacteriana.
Sangramento pelo TGI Superior
Gastrite e Hemorragia por úlcera péptica.
Consequências
Hematêmese (vômito com sangue);
Melena (fezes escuras com sangue);
Hematêmese
“vômito de sangue”, é a saída de sangue não digerido pela boca. 
O sangue acede à boca muito mais em golfadas que em vômitos e pode vir do esôfago, dos pulmões ou de outros órgãos altos.
Causas: sangramento com origem no esôfago ou no estômago, causada por rotura de varizes esofagianas ou por hemorragias no estômago.
Melena
Eliminação de sangue digerido juntamente com as fezes, que então ficam pastosas, de cor escura (tipo borra de café) e de odor fétido. 
Sinal de hemorragia digestiva alta ou de sangramento inferior, mas lento o bastante para permitir oxidação do sangue. 
O principal sinal são fezes muito escurecidas, uma vez que o sangue já se encontra quimicamente alterado (oxidado) pela ação de enzimas e bactérias existentes no trato digestivo. 
A presença de sangue rútilo (vermelho) nas fezes sinaliza sangramento baixo, geralmente do reto ou do próprio ânus.
 Causas: cirrose hepática que gere hipertensão portal (veia que drena o sangue dos intestinos em direção ao fígado), febre tifoide, perfuração intestinal, gastrite hemorrágica, retocolite ulcerativa, tumores malignos do intestino e reto, hemorroidas e outras.
Sinais e Sintomas
Sinais de Sangramento: 
baixa na PA, 
taquicardia, 
taquidispnéia, 
hipotensão, 
confusão mental, 
sede 
oligúria
Tratamento
1- Determinar rapidamente a quantidade de sangue perdido e a velocidade do sangramento; 
2- Corrigir a perda sanguínea; 
3- Realizar uma lavagem gástrica com água ou soro fisiológico; 
4- Estabilizar o cliente; 
5- Diagnosticar e tratar a causa.
APENDICITE
Inflamação do apêndice vermiforme devido á ulceraçao da mucosa ou obstrução da sua luz.
Incidência em qualquer idade e entre ambos os sexos, porém acerca dos 25 anos e no homem é mais prevalente.
Os antibióticos diminuiram
 a incidência e a mortalidade, 
pois, se não tratada é um
evento mortal.
Causas/Complicação
Provavelmente pela obstrução da luz apendicular por massa fecal, estenose, ingestão de bário ou infecção viral, que pode desencadear um processo inflamatório levando á infecção, trombose, necrose e perfuração.
Pode ocorrer rompimento e perfuração do apendice, o conteúdo infectado espalha-se na cavidade abdominal, causando peritonite, abcesso apendicular e pieloflebite.
Avaliação
Fase inicial: 
dor abdominal generalizada, dentro de algumas horas, localiza-se no quadrante infeior direito do abdome,
Náuseas, anorexia, um ou dois episódios de vômitos.
Fase tardia: á inspecão
Cliente anda inclinado para reduzir a dor,
Deita-se fletindo os joelhos atenuando a dor,
Avaliação
Asculta: ruídos peristálticos normais, se perfurado diminuição dos mesmos,
Palpação: hipersensibilidade difusa na região mesogástrica e periumbilical, posteriormente, QSD, que se agrava ao tossir ou pós perfuração suave.
Avaliação
Se o apendice localizar-se na retrocecal ou pélvico pode não haver dor, o toque retal ou pélvico pode detectar a hipersensibilidade no flanco.
Hipersensibilidade e a rigidez pioram á medida que a apendicite progride.
Desaparecimento dos sinais de dor abdominal indica perfuração ou infarto.
Exames diagnósticos
Elevação moderada dos leucócitos com aumento de células imaturas,
RX de abdome identificando o achado,
Tomografia (TC) auxiliam e excluem outros processos mórbidos abdominais,
Avaliação diagnóstica excluem: infecção bexiga, diverticulite, gastrite, cisto de ovário, pancreatite, cólica renal e doença uterina.
Tratamento
Cirúrgico: único tratamento eficaz,
Se houver peritonite, o tratamento inclui SNG, reposição parenteral de líquidos e eletrólitos e antibioticoterapia.
Tradicional: anestesia geral, incisão no QID, limpeza cirúrgica, dreno penrose se necessário
Fechamento de todos os planos 
e curativo oclusivo.
Apendicectomia laparoscópica
Procedimento seguro e eficaz que pode, inclusive, ser utilizado na abordagem da apendicite complicada. 
Pode ser utilizado no tratamento de crianças e idosos sem risco adicional.
Analgesia no pós-operatório é de fácil manejo, o tempo operatório não é exagerado,
Alta hospitalar é rápida e o retorno às atividades habituais precoce.
A morbidade é baixa, assim como as taxas de conversão e de mortalidade.
Complicações
Se ocorreu rompimento do apêndice antes da cirurgia:
Peritonite, íleo paralítico, obstrução intestinal e abscessos secundários na pele, no fígado ou sob o diafragma.
Doença Intestinal Inflamatória
Termo usado para designar dois distúrbios gastrointestinais inflamatórios crônicos: enterite regional (Doença de Crohn ou colite granulomatosa) e colite ulcerativa.
Doença de Crohn- pode afetar todo o sistema digestivo, mas especialmente o íleo terminal e cólon. O processo inflamatório é extremamente invasivo e compromete todas as camadas da parede intestinal.
A causa da enfermidade é desconhecida, mas pode ser provocada pela desregulação do sistema imunológico, fatores genéticos, ambientais, dietéticos ou infecciosos.
Os sintomas mais comuns dor abdominal (geralmente no quadrante inferior direito) associada à diarreia (com ou sem sinais de muco e sangue), febre, perda de peso e enfraquecimento por causa da dificuldade para absorver os nutrientes.
As complicações mais graves, porém, são a obstrução intestinal e, em 30% dos casos, a presença de fissuras e fístulas, ou seja, de perfurações no intestino que podem drenar para a região perineal, para a vagina e para a bexiga.
COLITE/RETOCOLITE 
ULCERATIVA
Doença inflamatória autoimune que acomete a mucosa do cólon, pode estender-se até o intestino grosso, causando congestão, edema e úlceras.
 Afeta igualmente homens e mulheres e é mais frequente entre adolescentes e adultos jovens. 
Início dos sintomas entre 15 e 30 anos e depois os 50 e os 70 anos.
Causas
Não há identificação de um gene específico relacionado a essa doença, sabe-se que a retocolite está vinculada a componentes de fundo genético, mas não exclusivamente. 
Acredita-se que possa haver fatores relacionados com a microbiota, ou seja, com a flora intestinal,
 A deflagração ou o agravamento desse quadro clínico com o estresse orgânico (um acidente ou infecções severas, por exemplo) e/ou psíquico.
Causas
Não há identificação de um gene específico relacionado a essa doença, sabe-se que a retocolite está vinculada a componentes de fundo genético, mas não exclusivamente. 
Acredita-se que possa haver fatores relacionados com a microbiota, ou seja, com a floraintestinal,
 A deflagração ou o agravamento desse quadro clínico com o estresse orgânico (um acidente ou infecções severas, por exemplo) e/ou psíquico.
Causas/Complicações
Doença com resposta auto imune anormal ao trato GI.
Complicações:
Deficiências nutricionais,
Sepse perirretal,
Hemorragia, megacólon tóxico,
Artrite e cancer,
Deficiência vit. K, eritema nodoso face e braços, cirrose, perfuração cólon com peritonite e sepse secundária.
Avaliação
História revela períodos de remissão e exacerbação dos sintomas,
Exacerbações:
Cólicas suaves, dor abdominal baixa e 
Diarréia sanguinolenta – até 10 á 25 /dia e
Diarréia noturna.
Fadiga, fraqueza, anorexia,
Emagrecimento, náuseas e 
Vômitos.
Avaliação
Inspeção: fezes líquidas com pus e muco visivel,
Fazer pesquisa de sangue oculto nas fezes – sinal fundamental de colite,
Se fulminante pode haver distensao abdominal.
Palpação: hipersensibilidade abdominal, 
Toque retal pode detectar hemorróidas e fissuras, raramente abscessos e fístulas retais.
Exames diagnósticos
Colonoscopia para determinar a extensão da doença, avaliar as áres estenosadas e os pseudopólipos, não será realizado na fase das exacerbações. Biopsia confirmar diagnóstico.
Sigmoidoscopia confirma envolvimento do reto na maioria dos casos, observa-se acentuada friabilidade da mucosa, redução dos detalhes e exsudato inflamatório espesso.
Clister opaco avalia a extensão e complicações: estenose, carcinoma.
Exames diagnósticos
Análise amostra fecal mostra sangue, pus de muco, mas nenhum microorganismo.
Ex. Labor. Confirmam niveis séricos reduzidos de potássio e magnésio, hemoglobina e albumina, leucocitose com prolongamento do tempo da protronbina. Velocidade de hemossedimentaçao correlaciona-se com a gravidade da crise.
Tratamento
Não há cura para a retocolite ulcerativa. 
Há recursos que permitem controlar a inflamação, repor as perdas nutricionais e o volume sanguíneio, garantindo qualidade de vida aos pacientes. 
Restrições dietéticas são pontuais, dependem da gravidade e são necessárias apenas em episódios mais agudos de diarreia,
Em situação grave requer nutrição parenteral, objetivando descnsar o trato intestinal, diminuir o volume de fezes e recuperar o balanço nitrogenado positivo.
Tratamento
Clientes em estado moderado pode usar composto alimentar elementar (Ensure) obtendo nutrição adequada com estimulação intestinal mínima.
Clientes com sinais e sintomas brandos, uma dieta leve com pouco resíduos.
Repouso no leito, reposição de líguidos IV e fármacos.
Ao longo da vida, os pacientes não poderão abrir mão de um suporte medicamentoso, orientado para tratar, prevenir ou inibir as inflamações intestinais
Tratamento-fármacos
Monoterapia baseada em sulfa e derivados. 
As crise exigem o uso de corticoides supra-renais como prednisona, prednisolona e hidrocorsinosa, que não devem ser ministrados por um período longo em função dos efeitos colaterais, 
Tratamento-fármacos
Imunossupressores podem ser usados quando os outros fármacos antiinflamatórios não controlarem a resposta inflamatória 
Antiespasmódicos como a tintura de beladona e antidiarréicos como o defenoxilato e a atropina,
Esses fármacos podem causar dilatação maciça do cólo (Megacólon tóxico) e geralmente estão contra-indicados.
Os anticorpos monoclonais do infliximabe bloqueiam esse fator, impedindo, portanto, o processo inflamatório, 
Tratamento/cirúrgico
Se ocorrer megacólon tóxico, ausência de respostas aos fármacos e a medida de suporte ou se sinais e sintomas forem insuportáveis.
Proctocolectomia com ileostomia ou
Colectomia total com anastomose ileorretal, onde o segmento retal deve ser examinado frequentemente para detectar
 sinais de câncer ou colite.
Orientações ao cliente e familiar
Avalie conhecimentos e oriente:
Acerca da doença, 
Reveja sinais e sintomas,
Explique exames diagnósticos e tratamento,
Aborde alterações dietéticas,
Reveja os fármacos e explique efeitos esperados, posologia e reações adversas,
Orientações ao cliente e familiar
Se ileostomia programada, descreva o ostoma, explique como isto difere da anatomia normal,
Forneça orientação quanto a organizações ou grupos de apoio aos portadores de doença intestinal inflamatória e a Sociedade Brasileira de Estomoterapia,
Agende a visita de um 
 terapêuta especializado,
Orientações ao cliente e familiar
Se reservatório ileoanal, explique o tempo de 
 cicatrização e fechamento programado da ileostomia, quando funcionará o reservatório.
Enfatize a necessidade de exames clínicos de acompanhamento periódicos, tendo em vista o risco maior de câncer colorretal (a menos que o cliente tenha uma ileostomia).
Referências
LIPPINCOTT, W. & W. Enfermagem Médico-Cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Silva, LD, Pereira, SEM, Mesquita, AMF Procedimentos de enfermagem- Semiotécnica para o cuidado. MEDSI, 2004.
Smeltzer, SC, Bare, BG. Brunner e Suddarth Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9°Ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2002
Obrigada!!!!

Outros materiais