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FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA – FAEL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA
OS DESAFIOS DA PRÁTICA DOCENTE: A PROCURA PELA FORMAÇÃO NA ATUALIDADE
BODOQUENA – MS 
2015
FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA – FAEL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM 
TITULO: OS DESAFIOS DA PRÁTICA DOCENTE: A PROCURA PELA FORMAÇÃO NA ATUALIDADE
Projeto de Pesquisa para elaboração do TCC, do Curso de Especialização em Educação Inclusiva apresentado à Faculdade Educacional da Lapa – FAEL.
Orientador: 
BODOQUENA – MS 
2015
1. TEMA: OS DESAFIOS DA PRÁTICA DOCENTE E A PROCURA POR FORMAÇÃO NA ATUALIDADE
1.1. DELIMITANDO O TEMA
Esta pesquisa será realizada com 13 professores do Centro de Educação Infantil Maria Madalena Frias Pina, com o intuito de conhecer como acontece a auto-formação dos professores desta unidade escolar e quais suas contribuições para sua atividade docente.
2. PROBLEMATIZAÇÃO
A realização de formação continuada de forma particularizada pelos professores, que procuram a auto-formação, participando de cursos, palestras, seminários dentre outras formações, oportunidades, tem auxiliado para obtenção de base teórica e prática para a progressão de habilidades e competências da profissão docente, propiciando a redefinição e a reestruturação das práticas e dos saberes destes profissionais para atuação como docentes na atualidade?
3. OBJETIVO GERAL
 Pesquisar e refletir sobre as múltiplas linguagens que formam o campo da auto-formação continuada dos professores, proporcionando saberes teóricos e práticos dos principais cursos feitos pelos professores, averiguando as falas de como ocorrem a formação da identidade desses profissionais.
	
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 • Investigar acerca da relação teoria e prática pensada referente ao fazer pedagógico na formação continuada de docentes.
• Pesquisar e analisar a ligação entre a auto-formação e a fala dos professores sobre estas formações, procurando conhecer os saberes ressignificados e recontextualizados nesse contexto.
• Entrevistar os professores do Centro de Educação Infantil Maria Madalena Farias Pina, verificando a importância dos cursos de formação continuada por meio das falas considerando a historicidade desses educadores.
4. JUSTIFICATIVA
A formação continuada de professores é o instrumento fundamental no qual, são suscitadas mudanças relevantes na prática educativa. Por intermédio dela, vários professores podem não somente debater temas e sanar situações, que estão diretamente relacionadas com sua atuação/formação, mas repensar suas percepções referentes à educação em sua totalidade. Pesquisar e analisar acerca desta temática proporciona uma consideração referente quais saberes estão sendo assimilados pelos professores por meio dos vários cursos de formação e, como eles têm intervido na formação dos professores.
Observar-se que nesse ínterim dos últimos anos, vários docentes têm escolhido a qualificação e formação docente, no esforço de associar o que prevê a Lei de Diretrizes e Baseada Educação, número 9394/96, referente à formação docente. Garantido pela lei, os professores têm marchado na procura pela própria formação, participando de cursos de pós-graduação, participando de seminários, participando de palestras dentre outras formações. Entretanto, de que maneira isto transforma em produto de mudança?
Porém, a formação continuada docente não se constitui anterior da mudança de comportamento do professor, visto que cada professor tem ser responsável por sua ação pedagógica, e esta mudança acontece aos poucos, exatamente no decorrer do processo de observação dos saberes que vão sendo recontextualizados: o professor precisa estar pronto para aceitar que não domina todas as informações e saberes, que precisa de informação, de referencia, para aprender a aprender no seu contexto profissional.
Esta posição, por si só, já é bastante estimuladora e desafiadora para impulsionar uma formação continuada que proporcione realmente, uma análise da prática com resultados direto na atividade da ação docente. Entende-se que tais mudanças não acontecem apenas pela interiorização de novos modelos de posturas da sociedade, no entanto é essencial, principalmente pesquisar suas motivações e incentivos.
4. EMBASAMENTO TEÓRICO
Entende-se a formação continuada do professor, como o meio de formar em serviços os docentes, é o espaço de observação sincronizada entre o que estou realizando e como posso realizar esta mesma atividade de uma melhor maneira. A formação continuada é um espaço no qual os saberes e práticas vão sendo reconstruídas, em um novo contexto, e instituir-se um ambiente de produção de conhecimentos novos, de troca de saberes diferenciados, de ponderar e reorganizar a prática do educador, da construção de novas habilidades docente.
Conforme Veiga (2008, p 14) recomenda que a necessidade da formação do professor, e ressalta que é preciso entender a real função da docência, proporcionando um aprofundamento cientifico - pedagógica que qualifica o professor a encarar questões importantes da escola como instituição social, uma prática social que precisa ser alicerçada na reflexão e crítica, que converte-se no ponto central de uma formação continuada que terá como produto uma aprendizagem prazerosa e significativa.
Outro aspecto fundamental da docência está conectado a renovação quando interrompe com a forma tradicional de ensinar, pesquisar, avaliar, aprender e pesquisar redesenha saberes buscando solucionar as dicotomias entre ciência e cultura, educação e trabalho, teoria e prática, conhecimento cientifico e senso comum, etc.
A formação do profissional em educação deve ser redimensionada, ou a escola corre perigo de ingressa em um processo de esgotar sua função social. O educador que não sentia necessidade antes de refletir sobre si mesmo – sobre seu saber, seu fazer e seu saber-fazer – agora necessita não apenas de fazer essa reflexão, todavia, precisa dessa reflexão no ambiente coletivo. O educador que sai da sua formação inicial “preparado” para atuar na sua função agora necessita do conhecimento gradativamente. (LIMA, 2008, p 137).
De acordo com Nóvoa (1997, P. 25) a formação de docentes não se estrutura por amontoamento de cursos, de técnicas ou de conhecimentos, entretanto, por meio de um trabalho de reflexão crítica acerca das práticas de re/construção contínuo de uma identidade pessoal. Dessa forma é tão interessante investir no profissional e dar um regulamento ao saber da experiência vivenciada.
 Conforme afirma Pimenta (2005) o saber docente não é estruturado somente da prática, é alimentado também pelas teorias da educação, visto que, oferece aos sujeitos de diversos panoramas para uma ação contextualizada, e recontextualizada ofertando concepções de análise para que os docentes entendam os vários contextos experiênciados por eles no exercício da sua atuação docente.
A vontade de ser um profissional gradativamente, mas eficiente, e a própria dinâmica do mercado de trabalho, conduziu o professor a procurar a sua própria formação. A auto-formação é uma iniciativa de grande importância para qualquer um profissional, no qual o próprio educador procura sua qualificação profissional, lança-se a instruir-se e a estudar para ser capaz de exercer a prática pedagógica melhor. Nesta etapa acontece o intervalo de transição entre o modelo assimilado e as receitas mais objetivas que abrange o contexto profissional.
PERRENOUD (2002, p.18-19) ressalta que o profissional calcula a distância entre o que pensava e o que está experimentado, sem conhecer até então este equivoco é comum, não tem vínculo com sua inexperiência, nem tão pouco com sua inabilidade pessoal, e, sim está associada à discrepância que existe entre a prática autônoma com o que já tinha conhecimento. 
O autor ainda enfatiza que para formar um profissional reflexivo é necessário antes de tudo formar um profissional capacitado com domínio do seu próprio crescimento, construindocompetências e saberes mais ou menos enraizado com base em suas aprendizagens e de suas experiências vivenciadas. Nesta concepção de propiciar o desenvolvimento de capacidades reflexivas, de redefinição das expressões e dos sabres, a auto- formação continuada mostra-se como sendo uma posição necessária para o desenvolvimento da retextualização dos conhecimentos aprendidos no decorrer da formação inicial, além do mais, apresenta-se como um ambiente de construção e reconstrução de novos saberes e práticas educativas, provocando alterações no planejamento, dos conteúdos, das estratégias, dos recursos, reflexionando-se assertivamente nas relações sociais definidas entre equipes pedagógicas, professores e estudantes. 
De acordo com Nóvoa (1997) e Perrenoud (2002) o professor a procura de uma formação e de novos conhecimentos para a sua atuação docente, procura saber novas teorias, e este procedimento faz parte da sistematização profissional, mas não são suficientes, se estas não proporcionar ao docente associá-las com seu conhecimento empírico construído no seu cotidiano, e propiciar uma reflexão da prática pedagógica. Não faz mais parte o profissional imaginar que, ao concluir sua formação escolar, estará acabado e pronto para exercer sua profissão. Neste sentido Freire (1999) ressalta que o processo de formação que experimentamos e as experiências que trocamos é que vão contribuir para a nossa intermediação no contexto educacional.
Para D´Ávila (2008) e Sonneville (2008, p 23), os conhecimentos profissionais são, pois, conhecimentos da ação. Essa ideia reforça a hipótese de que os conhecimentos profissionais são trabalhados e redefinidos no espaço do próprio trabalho. Ou seja, é acerca das posturas de indecisões ou de conflitos que se reestruturam os conhecimentos com vistas ás respostas impostos no dia-a-dia de sua vivencia. 
Freire (1999, p. 97) destaca que “não pode compreender os homens e as mulheres, a não ser que vivendo, histórico, cultural e socialmente existindo como indivíduos formadores do seu caminho que, ao fazê-lo, se exibe ou se entregam ao “caminho” que estão formando e que assim os refazem também”. 
O período histórico e social, como são compreendidos as definições de escola e de ensino e aprendizagem de acordo com à visão dos educadores e tem que levar em conta para compreendermos a Formação Continuada. De acordo com Tardif (2002, p.16) o conhecimento não se restringe, restrita ou principalmente, a processos mentais, cuja base é a ação cognitiva dos indivíduos, mas, sobretudo um saber social que se apresenta nas relações complicadas entre docentes e estudantes. Há que “situar o saber do professor na interface entre o individual e o social, entre o ator e o sistema, a fim de captar a sua natureza social e individual como um todo”, buscando assim, uma aprendizagem sistematizada prazerosa e dinâmica.
5. METODOLOGIA
O projeto será desenvolvido na Educação Infantil, especificamente com professores da Rede Municipal de Bodoquena - MS, em 1 escola do ensino infantil, com 13 professores. Para esta pesquisa adotou-se por realizar um estudo de caso qualitativo, que compreenderá no levantamento de informações e estudo acerca da auto-formação continuada dos professores desta unidade da Rede Municipal de Bodoquena.
Serão analisadas questões a respeito aos cursos de formação e as falas e os saberes formatados nestes cursos, sustentando como base a relevância e utilidade destas formações para a atividade docente. As fontes de coletas de dados utilizadas serão: questionário fechados; visitação; história de vida dos professores e pesquisa bibliográfica.
Entende-se por pesquisa bibliográfica um compêndio geral referente aos principais trabalhos realizados sobre essa temática, suficientes para fornecer dados atuais e pertinentes relativo ao tema. Nesta investigação serão examinados autores com confirmadas contribuição no que se reportam à temática da investigação, tais como: D'Ávila (2008), Perrenoud (2002), Pimenta (2005), Freire (1999), Nóvoa (1997), Tardif (2002), Veiga, (2008) dentre outros que também referenciam a formação de professores.
Para a coleta de dados serão aplicado às técnicas de questionário, visitação e observação. O questionário e a visitação, aplicados como técnicas para coleta de dados, ao mesmo tempo em que reconhece a presença do pesquisador, também abre espaço para que o sujeito pesquisado tenha confiança em participar e enriquecer a pesquisa.
Após os dados coletados, os mesmos serão organizados de maneira sistemática por meio de tabulação. Esta categorização proporciona maior clareza e organização na última etapa desta investigação, que é a elaboração do trabalho de conclusão de curso.
6- CRONOGRAMA 
	MES/ETAPAS
	Agos/15 
	Set/15 
	Out/015 
	Nov/15 
	Dez/15
	Fev/16
	Mar/16
	Abr/16 
	Ma/16 
	Jun/16
	Jul/16 
	Escolha do tema
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	Levantamento bibliográfico
	
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	Elaboração do projeto
	
	
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	Apresentação do projeto
	
	
	
	
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	Coleta de dados
	
	
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	Análise dos dados
	
	
	
	
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	Organização do roteiro/partes
	
	
	
	
	
	
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	Redação do trabalho
	
	
	
	
	
	
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	Revisão e redação final
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Entrega 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Defesa 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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7. REFERÊNCIAS
CARVALHO, M. A.; ALONSO, M. R. M. H. Formação continuada de professores e mudança na prática pedagógica. In: ALONSO, M. (Org.). Prática docente: teoria e prática. São Paulo: Pioneira, 1999.
D'ÁVILA, Cristina; VEIGA, Ilma Passos. Profissão docente: novos sentidos, novas perspectivas. Campinas: Papirus, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 12 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
LIMA, Maria Socorro Lucena. A hora da prática: reflexões sobre o estágio supervisionado e ação docente. 2. ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2008.
NÓVOA, A. (coord.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1997.
________. (Org.). Vidas de professores. Porto: Editora Porto. 2002.
PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas sociológicas. Lisboa, Dom Quixote, 2002.
PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: PIMENTA (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 2005.
MORAIS, Regis (org.). Sala de Aula: Que espaço é esse? Campinas, SP: Papirus, 1986.
SILVA, Tomáz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. 7ª imp. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2004.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Formação de Professores: Políticas e Debates. São Paulo: Papirus, 2002.