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Planejamento Estratégico

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ 
CRISTINA VALDETE PINHEIRO 
Trabalho de Conclusão de Estágio 
UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
PARA A EMPRESA EPS PAINÉIS 
ELÉTRICOS E SERVIÇOS LTDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAJAÍ 
2011
CRISTINA VALDETE PINHEIRO 
Trabalho de Conclusão de Estágio 
UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
PARA EMPRESA EPS PAINÉIS ELÉTRICOS 
E SERVIÇOS LTDA. 
Trabalho de Estágio desenvolvido 
para o Estágio Supervisionado do 
Curso de Administração do Centro 
de Ciências Sociais Aplicadas – 
Gestão da Universidade do Vale do 
Itajaí. 
Orientadora: Fabiela Fátima 
Andrighi, Msc. 
 
 
 
ITAJAÍ 
2011
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus, por 
rodear-me de pessoas especiais. 
À professora Fabiela, pela 
orientação e seus ensinamentos que 
foram fundamentais para a 
realização deste trabalho. 
A todos os professores, que ao 
longo do curso, passaram-me 
ensinamentos e experiências da 
profissão e da vida. 
Aos gestores da EPS Painéis, pela 
oportunidade e crédito quanto à 
minha capacidade profissional. 
Aos meus queridos amigos, pelo 
carinho e companheirismo sempre. 
A minha amada mãe e meus irmãos, 
por todo o amor, apoio e confiança. 
Ao meu grande amor Fernando, que 
me auxiliou e incentivou para que 
mais uma etapa da minha vida fosse 
vencida, ele que em todos os 
momentos soube me entender e me 
dar coragem para continuar. 
Agradeço porque todos vocês 
fizeram, fazem e farão sempre parte 
da minha história. 
Muito Obrigado! 
 
 
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“Determinação, coragem e 
autoconfiança são fatores decisivos 
para o sucesso. Não importam quais 
sejam os obstáculos e as 
dificuldades. Se estamos possuídos 
de uma inabalável determinação, 
conseguiremos superá-los 
independentemente das 
circunstâncias, devemos ser sempre 
humildes, recatados e despidos de 
orgulho.”. 
(Dalai Lama) 
EQUIPE TÉCNICA 
a) Nome do estagiário 
Cristina Valdete Pinheiro 
 
 
b) Área de estágio 
Administração Geral 
 
 
 
 
c) Orientadora de conteúdo 
Profª. Fabiela Fátima Andrighi, Msc. 
 
 
 
 
d) Supervisor de campo 
Valter José Girardi 
 
 
 
 
e) Responsável pelo Estágio 
Prof. Eduardo Krieger da Silva, Msc. 
 
 
 
 
 
 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
a) Razão Social 
EPS Painéis Elétricos e Serviços Ltda. 
 
 
b) Endereço 
Avenida: Vereador Abrahão João Francisco, 3500 Fundos - Dom Bosco - Itajaí SC. 
 
 
c) Setor de Desenvolvimento do Estágio 
Administrativo 
 
 
d) Duração do estágio 
Mais de 300 horas 
 
 
e) Nome e cargo do supervisor de campo 
Valter José Girardi – Gestor Comercial 
 
 
f) Carimbo e visto da organização 
 
 
RESUMO 
O planejamento estratégico é uma ferramenta de gestão que vem sendo muito utilizada nas 
organizações na busca de um diferencial competitivo, visto que permite realizar um diagnóstico da 
empresa para identificar os fatores externos e internos, os quais podem interferir direta ou 
indiretamente na gestão e nos resultados. O objetivo geral do presente trabalho é elaborar um 
planejamento estratégico para empresa EPS Painéis Elétricos e Serviços Ltda. Foi utilizada a 
metodologia proposta por Vasconcellos Filho e Pagnoncelli (2001), para elaboração do planejamento 
estratégico. Com relação aos aspectos metodológicos, a tipologia de estudo utilizada foi a proposição 
de planos, aplicando-se o método qualitativo, caracterizado por uma pesquisa de natureza descritiva. 
Buscando com isso, a participação dos gestores por meio de entrevistas não estruturadas realizadas 
em reuniões agendadas na empresa. Os dados foram coletados e gravados em áudio e interpretados 
por análise de conteúdo, além da observação participante. Por meio dos resultados obtidos, foi 
possível atingir o objetivo proposto, realizando a análise SWOT, propondo a visão, missão e 
princípios corporativos e elaborando ações estratégicas e seu cronograma de controle. O desfecho 
deste trabalho revelou, não só a possibilidade de utilização, mas a real necessidade do planejamento 
estratégico nas pequenas empresas. 
 
Palavras-chave: Planejamento estratégico, pequena empresa, análise do ambiente. 
LISTAS DE FIGURAS 
Figura 1 – Níveis de decisão nas empresas....................................................... 30 
Figura 2 – Modelo de processo estratégico genérico segundo Bethlem............ 37 
Figura 3 – Processo de planejamento estratégico.............................................. 38 
Figura 4 – Processo estratégico.......................................................................... 39 
Figura 5 – As cinco tarefas da gerencia estratégica............................................ 43 
Figura 6 – Fases do planejamento estratégico.................................................... 47 
Figura 7 – Metodologia do planejamento estratégico.......................................... 55 
Figura 8 – Logomarca da EPS Painéis................................................................ 65 
 
LISTAS DE FOTOS 
Foto 1 – Imagem da fachada frontal da empresa............................................... 68 
Foto 2 – Mesas de teste para ensaio de rotina................................................... 70 
Foto 3 – Centro de controle de motores de baixa tensão - CCM-BT.................. 71 
Foto 4 – Centro de controle de motores de média tensão – CCM-MT................ 72 
 
 
LISTAS DE QUADROS 
Quadro 1 – Análise SWOT.................................................................................. 65 
Quadro 2 – Análise SWOT da EPS Painéis........................................................ 78 
Quadro 3 – Negócio da EPS Painéis................................................................... 84 
Quadro 4 – Missão da EPS Painéis.................................................................... 85 
Quadro 5 – Princípios da EPS Painéis................................................................ 87 
Quadro 6 – Visão da EPS Painéis....................................................................... 88 
Quadro 7 – Objetivos e estratégias do setor comercial....................................... 94 
Quadro 8 – Objetivos e estratégias do setor de marketing................................. 95 
Quadro 9 – Objetivos e estratégias do setor financeiro....................................... 96 
Quadro 10 – Objetivos e estratégias de compras............................................... 97 
Quadro 11 – Objetivos e estratégias de recursos humanos................................ 98 
Quadro 12 – Objetivos e estratégias do setor operacional.................................. 99 
Quadro 13 – Objetivos e estratégias do setor de engenharia............................. 100 
Quadro 14 – Objetivos e estratégias referente à sustentabilidade...................... 100 
Quadro 15 – Objetivos e estratégias referente à estrutura.................................. 101 
LISTAS DE TABELAS 
Tabela 1 – Cronograma de reuniões................................................................... 23 
Tabela 2 – Quadro de funcionários..................................................................... 69 
Tabela 3 – Objetivos e estratégias da EPS Painéis............................................ 92 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 13 
1.1 Objetivo geral.............................................................................................15 
1.2 Objetivos específicos ................................................................................ 15 
1.3 Justificativa da realização do estudo ......................................................... 16 
1.4 Aspectos metodológicos ............................................................................ 17 
1.5 Técnicas de coletas de dados.................................................................... 20 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................. ... 26 
2.1 Administração ........................................................................................... 26 
2.2 Planejamento............................................................................................. 28 
2.2.1 Tipos de planejamento.............................................................................. 31 
2.3 Planejamento estratégico .......................................................................... 34 
2.4 Modelos de planejamento estratégico ...................................................... 37 
2.4.1 Modelo de Certo e Peter (2005)................................................................ 40 
2.4.2 Modelo de Thompson Jr e Strickland III (2003) ........................................ 44 
2.4.3 Modelo de Oliveira (2007) ......................................................................... 47 
2.4.4 Modelo de Vasconcellos Filho e Pagnoncelli (2001)................................. 56 
2.5 Modelo proposto para a empresa em estudo ........................................... 63 
2.6 Matriz SWOT ............................................................................................. 64 
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO .............................................. 67 
4 RESULTADOS DA PESQUISA ...................................................................... 76 
4.1 Análise do ambiente..................................................................................... 76 
4.2 Definição do negócio.................................................................................... 83 
4.3 Definição da missão ..................................................................................... 84 
4.4 Definição dos princípios ............................................................................... 85 
4.5 Definição dos visão ...................................................................................... 87 
4.6 Definição dos objetivos................................................................................. 89 
4.7 Estratégias competitivas............................................................................... 93 
5 SUGESTÕES PARA ORGANIZAÇÃO .....................................................103 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................105 
REFERÊNCIAS..................................................................................................107 
APÊNDICES ......................................................................................................111 
 12 
ANEXO ..............................................................................................................123 
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ..............................................................127 
 
 
 
 13 
1 INTRODUÇÃO 
A globalização da economia, que teve início na década de 70, é a mais nova 
influência na competitividade nas organizações internacionais, isto é, a capacidade 
de um determinado país para produzir e vender mais barato que os outros países, 
no caso seus concorrentes. Mas isso se revela também dentro do território nacional, 
alcançando as empresas brasileiras, que com isso precisam se preparar para 
enfrentar essa nova realidade. (ANSOFF, 1988 apud CONTADOR 1995). 
As organizações para resistirem a essa competitividade e diferenciar-se aos 
seus concorrentes precisam planejar, isto é, definir onde querem chegar, e qual 
caminho seguir para alcançar suas metas e seus objetivos. Sem um plano definido, 
fica difícil para os administradores, ordenarem as pessoas e os recursos, eles não 
podem ter uma liderança com confiança ou esperar que as pessoas os 
acompanhem. 
O Planejamento na organização é uma função gerencial essencial, seja esta 
organização de pequeno, médio ou de grande porte. Nos dias atuais, os gerentes 
encaram o desafio de por em prática um planejamento sólido tantos nas pequenas 
empresas, consideradas relativamente simples ou nas grandes empresas, nesse 
caso, considerada mais complexa. As organizações, em geral, possuem uma 
estratégia para alcançar seus objetivos, mesmo que esta estratégia não seja tão 
clara. 
Segundo a pesquisa divulgada pelo SEBRAE (2004), uma parcela 
significativa, das pequenas e microempresas brasileiras, acaba fechando suas 
portas nos primeiros cinco anos de vida. Vários fatores explicam o alto índice de 
mortalidade, tais como a falta da realização de estudos sobre o negócio, a falta de 
experiência do empreendedor no segmento escolhido e a falta de dedicação total a 
empresa. Na maioria dos casos, pode-se encarar essa situação pela falta de um 
bom planejamento estratégico. 
Nesse caso, acredita-se, que a pequenas e micro empresas brasileiras, antes 
de inaugurarem seus negócios não costumam fazer planejamento, nem ao menos 
sabem aonde querem chegar com sua empresa. 
 14 
O grande destaque, na utilização do planejamento estratégico é sua ligação 
com a administração estratégica. Nesse caso, não se pode tratar do planejamento 
estratégico de uma forma isolada, sem entrar no processo estratégico, contribuindo 
com isso, de uma forma mais eficaz na gestão dos administradores, e no processo 
para alcançar melhores resultados. 
O planejamento estratégico esta voltado nas medidas positivas e construtivas 
que uma empresa poderá tomar para enfrentar suas ameaças e aproveitar as 
oportunidades. É um instrumento que estimula os administradores a pensar no que 
realmente é importante, e centralizar-se nos assuntos importantes. 
Assim, o presente trabalho abordará o tema Planejamento Estratégico, no 
estudo na microempresa EPS Painéis Elétricos e Serviços Ltda., empresa que atua 
no ramo de industrialização e serviços de painéis elétricos em geral, inaugurada há 
pouco mais de três anos. 
No início das atividades, a EPS encontrou muitas dificuldades, mas com 
trabalho, disciplina e persistência, a cada montagem de um painel elétrico, a cada 
serviço concluído era uma comemoração silenciosa. Na empresa toda dificuldade é 
encarada como um aprendizado, sempre existe um crescimento e um aprendizado 
junto com uma dificuldade. E por se tratar de uma empresa jovem percebeu-se o 
quão importante é construir o seu futuro, discutindo o Planejamento Estratégico, a 
fim de auxiliar no processo de gestão. 
Observou-se, em algumas características, que a EPS apresenta algumas 
dificuldades na sua gestão. No cotidiano, como toda empresa, existem os objetivos e 
metas a serem alcançados, mas por falta de planejamento, disposição, concordância 
e controle dos gestores muitos desses objetivos e dessas metas não são 
alcançados. Por esse e outros motivos viu-se o quanto é importante, para esta 
organização, elaborar e seguir um planejamento estratégico. 
O trabalho foi realizado no setor administrativo, com a intenção de ajudar na 
percepção da necessidade de mudança, nas ações realizadas, e possíveis 
alterações, por parte de todo o setor gerencial e colaboradores, Nesse sentido, a 
proposta do estudo é desenvolver um planejamento estratégico com o propósito de 
mantê-la competitiva em seu segmento. 
 
 
 
 15 
1.1 Objetivo geral 
 
 
Nesta seção, Roesch (2005) diz que, o objetivo de um projeto está 
diretamente relacionado com o tema e o que espera alcançar no término do projeto, 
os objetivos orientam o pesquisadorna revisão da literatura e na metodologia do 
projeto. 
O presente trabalho de estágio tem como objetivo geral: Elaborar um 
planejamento estratégico para empresa EPS Painéis Elétricos e Serviços Ltda. 
Fernandes e Berton (2005, p. 11), nos lembram que: “O planejamento 
estratégico busca sistematizar o pensamento estratégico, formalizando processos e 
procedimentos para que a empresa saiba exatamente os caminhos a seguir.”. 
1.2 Objetivos específicos 
Segundo Roesch (2005), a formulação de um objetivo geral não é suficiente 
para fornecer uma ideia clara da forma como o trabalho será conduzido. Para a 
autora, são os objetivos específicos que operacionalizam, isto é, determinam como 
se atingirá um objetivo geral, uma vez que representam fases ou etapas a serem 
cumpridas pelo pesquisador no processo de investigação. 
Considerando o objetivo geral apresentado acima, definem-se os seguintes 
objetivos específicos: 
1- Realizar análise SWOT 
2- Propor a visão, missão e princípios corporativos. 
3- Elaborar ações estratégicas e seu cronograma de controle. 
 16 
1.3 Justificativa da realização do estudo 
Para Roesch (2005, p. 98), “justificar é apresentar razões para a própria 
existência do projeto! [...] o faz situar-se na problemática. Em termos gerais, é 
possível justificar um projeto através de sua importância.”. 
É evidente que a adoção do planejamento estratégico quando compreendido 
devidamente como processo, e aplicado de forma adequada, é peça fundamental 
para o crescimento da organização, independente do tamanho desta, isso pode ser 
analisado de uma forma mais concreta na vasta literatura existente sobre o tema. 
Fischmann e Almeida (1991) buscam mostrar a necessidade do planejamento 
estratégico como auxílio ao administrador, não só na tomada de decisão, no rumo 
que a empresa deve tomar, mas também na postura de fazer com que essa decisão 
deve ser seguida. 
O planejamento estratégico, para as pequenas e microempresas, em 
particular, ajuda a agrupar e orientar a aplicação de recursos, de acordo com as 
oportunidades e ameaças do mercado e o crescimento esperado para chegar a seus 
diferenciais competitivos. (MOREIRA; TAVARES; CARVALHO, 2009). 
Neste sentido apresenta-se a empresa EPS Painéis Elétrico e Serviços Ltda., 
que é uma microempresa, que atua no ramo de industrialização e prestação de 
serviços de painéis elétricos em geral. Ela foi fundada no ano de 2007 está 
localizada com sua administração na cidade de Itajaí, à Avenida Vereador Abrahão 
João Francisco, número 3500, Bairro Dom Bosco no Estado de Santa Catarina. 
O presente trabalho acadêmico é de grande importância para empresa, 
podendo ser baseado tal afirmativa no conceito de Oliveira (1999), de que qualquer 
organização, não importando o tamanho, precisa ter um Planejamento Estratégico. 
É verdade que a empresa já possui ações de organização, que podem ser 
aproveitadas na elaboração do Planejamento Estratégico, porém, tais ações 
precisam ser formalizadas e adaptadas para o mercado em que se atua. 
Verificou-se que as ações que a empresa já vem executando, tem obtido bons 
resultados mesmo sem um planejamento estratégico formal, mostrando que o 
negócio é realizável e lucrativo, tendo como base o número de pedidos e o quadro 
de funcionários, que nos últimos meses, pode-se observar um aumento constante. 
 17 
Esse trabalho é importante para empresa, visto que por meio dos resultados e 
aplicação proposta de um mecanismo de controle ajudará no aperfeiçoamento da 
mesma no seu setor, com a finalidade de torna-se mais competitiva. 
O trabalho poderá contribuir para eficácia da empresa, já que o planejamento 
estratégico é um instrumento de gestão que possibilita identificar as oportunidades e 
ameaças, assim como forças e fraquezas, além de estabelecer um caminho futuro. 
Viabilizará que a EPS solucione seus problemas de curto, médio e longo prazo, e 
tome as decisões pensando na melhor inserção social e econômica de seus 
parceiros e colaboradores. 
A empresa foi escolhida por algumas particularidades, é uma empresa nova 
no mercado, criada e gerenciada por três amigos, em aparente fase de crescimento. 
O interesse da acadêmica por elaborar tal trabalho, vem junto aos conhecimentos 
adquiridos na universidade, com a observação do mercado, que se tornou muito 
competitivo, e para ganhar espaço propõe-se que haja a busca dos melhores 
resultados, mesmo tendo consciência que esse alcance é difícil. 
O presente estudo na empresa EPS Painéis, pode ser encarado como um 
desafio e como uma oportunidade de crescimento profissional e pessoal ao mesmo 
tempo, visto que, buscando colocar em prática os conceitos adquiridos no decorrer 
de toda graduação, e nada melhor do que a elaboração de um planejamento 
estratégico; que busca atingir todas as áreas da empresa; seus métodos, suas 
políticas, seu quadro de funcionários, sua imagem, tanto para os clientes internos e 
externos. 
Com a ajuda da Universidade e de seus professores que auxiliam na 
construção e avaliação do projeto, a acadêmica tem a condição de elaborar um bom 
trabalho, e consequentemente, aos olhos do público, ser exaltada a imagem 
corporativa da instituição de ensino. 
1.4 Aspectos metodológicos 
Segundo Roesch (2005), a metodologia descreve como o trabalho será 
realizado, partindo dos objetivos para definir que tipo de projeto é mais apropriado. 
 18 
Para a elaboração do planejamento estratégico proposto pela acadêmica, foi 
utilizado como tipologia de estudo a proposição de planos, que segundo Roesch 
(1999) tem o intuito de apresentar proposta de planos e sistemas visando à solução 
das não conformidades da empresa. É realizada propondo adaptar e controlar os 
sistemas de acordo com os objetivos da empresa. Para se propor um plano deve-se 
verificar a necessidade do mesmo. 
Mediante os objetivos e finalidades desse estudo, do ponto de vista da 
abordagem optou-se por realizar uma pesquisa de natureza descritiva. Malhotra 
(2001) destaca que a pesquisa descritiva objetiva conhecer e interpretar a realidade, 
por meio da observação, descrição, classificação e interpretação de fenômenos, sem 
nela interferir para modificá-la. 
Vieira (2002), completa dizendo que a pesquisa descritiva está interessada 
em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e 
interpretá-los. Além disso, ela pode se interessar pelas relações entre variáveis e, 
desta forma, aproximar-se das pesquisas experimentais. Esse tipo de pesquisa 
expõe as características de determinada população ou de determinado fenômeno, 
mas não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva 
de base para tal explicação. 
Classifica-se esse estudo como sendo uma pesquisa descritiva, descrevendo 
as características da empresa, no ambiente onde se encontra seus fenômenos, 
estabelecendo variáveis explicativas visando identificar os fatores que contribuem 
para as ocorrências dos fenômenos aprofundando o conhecimento da realidade, 
sendo de grande valia para se encontrar variáveis necessárias para determinar quais 
os fatores críticos para o sucesso da organização. 
Para o desenvolvimento do presente trabalho, foi adotado a metodologia de 
pesquisa qualitativa, que na visão de Roesch (2005), esse método de pesquisa é 
importante quando se quer descobrir e comunicar a realidade vivida pelas pessoas 
desta mesma realidade, e para que isso ocorra é necessário que o pesquisador 
ouça, aprenda, entreviste, tome notas e converse com as pessoas que fazem parte 
desse meio. 
De acordo com Richardson (1999), nos estudos onde se abordam a 
metodologia de pesquisa qualitativa, podem descrever a dificuldade e de um 
determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e 
classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de19 
mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o 
entendimento das particularidades dos comportamentos dos indivíduos. 
Utilizou-se o método qualitativo, visto que no âmbito da organização as 
técnicas existentes nesse método foram utilizadas como base para o 
desenvolvimento desse estudo. 
Atendendo ao objetivo principal do estudo, optou-se como procedimentos 
técnicos a pesquisa bibliográfica e documental. 
Tratou-se inicialmente de uma pesquisa bibliográfica, que segundo Mattar 
(2005), é uma das maneiras mais ágil e econômica de aprofundar um problema de 
pesquisa. Esse tipo de estudo deve envolver material já elaborado, formado 
principalmente por livros e artigos científicos. Utilizou-se esse método, para adquirir 
os conceitos sobre o tema em estudo e escolha do modelo de planejamento 
estratégico, que na visão da pesquisadora mais se adéqua a organização. 
Para elaboração do planejamento estratégico, foi realizada uma pesquisa com 
base em materiais especializados, que abordam assuntos restritos, buscando 
conhecimento e soluções para alcançar os objetivos proposto. Além da pesquisa 
bibliográfica, foi utilizada também uma pesquisa documental, fazendo uso de 
documentos formais conservados na empresa. 
Segundo Roesch (2007, p.165), a pesquisa documental é uma das fontes 
mais utilizadas em trabalhos de pesquisa em administração, tanto de natureza 
quantitativa como qualitativa, e são constituída por documentos como relatórios 
anuais da organização, materiais utilizados em relações públicas, políticas de 
marketing e de recursos humanos, documentos legais etc. Nesse estudo, a pesquisa 
documental foi utilizada para complementar as entrevistas e os outros métodos de 
coleta de dados. 
Outro procedimento técnico adotado foi à pesquisa-ação. Na pesquisa-ação, 
o pesquisador participa da implementação de um sistema e, ao mesmo tempo 
realiza certa intervenção técnica. Existe uma intenção original de desenvolver 
pesquisa. O pesquisador possui dois objetivos: agir para resolver determinado 
problema e contribuir para um conjunto de conceitos. (GODOI; BANDEIRA-DE-
MELLO; SILVA, 2006). 
Para Richardson (1999) a pesquisa-ação, é uma pesquisa social crítica que 
tem como base a busca coletiva de solução de problemas práticos. O autor salienta 
que a maior parte dessas pesquisas não está destinada a formular ou testar teorias; 
 20 
o pesquisador está, apenas, interessado em descobrir a resposta para um problema 
específico ou descrever um fenômeno da melhor forma possível. 
A pesquisa-ação é caracterizada pela participação do pesquisador no 
processo de elaboração dos fatores detectados na organização visando uma melhor 
obtenção dos resultados propostos. 
Diante disso, a pesquisa desenvolvida pela acadêmica, pode ser determinada 
de pesquisa-ação, por ter, realmente, uma ação por parte dos envolvidos implicados 
no problema sob observação. Esse estudo, não se trata de um simples levantamento 
de dados ou de relatórios a serem arquivados. A pesquisadora não quer limitar suas 
investigações aos aspectos acadêmicos e burocráticos da maioria das pesquisas 
convencionais, pretende desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos 
observados. 
1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados 
Nessa seção estão expostos os procedimentos e instrumentos de coleta de 
dados utilizados para delinear essa pesquisa, bem como o tratamento e análise dos 
mesmos, sendo esses recursos que auxiliaram no alcance dos resultados desse 
estudo, possibilitando o direcionamento a ser seguido. 
 
 
Coleta de dados 
 
 
A pesquisa foi realizada no período de julho a setembro de 2011, e para 
conseguir atingir os objetivos propostos, buscou-se estudar a população escolhida, 
ou seja, quem participou dessa pesquisa, representada pelos três sócios da 
empresa em estudo, visto que, estes possuem todas as informações necessárias 
para a elaboração do planejamento estratégico. Roesch (2007) acredita que os 
participantes da pesquisa ou população, são aqueles que irão defini-la. Questões e 
propostas são construídas com a finalidade de descobrir o que é necessário para as 
 21 
pessoas, de acordo com os princípios e valores dos mesmos. Toda pesquisa tem um 
propósito, e este deve ser considerado em todos os aspectos que colaboram para 
seu alcance. 
Segundo Richardson (1999, p. 157), população é “um grupo de pessoas que 
estão inseridas em um mesmo ambiente, trabalhando no mesmo lugar e também 
possuem determinadas características.”. 
Deste modo, a pesquisa caracteriza-se por uma amostragem intencional, que 
para Mattar (2005), esse tipo de amostragem é classificada como sendo não 
probabilística, o que gera a impossibilidade de generalização de resultados. Ainda 
segundo o autor, o pressuposto básico da amostra intencional é de que, com bom 
julgamento e uma estratégica adequada, podem ser escolhidos os casos a serem 
incluídos e, assim, chegar a amostras que sejam aceitáveis. 
O número da população pesquisada é relativamente pequena, deste modo as 
informações necessárias puderam ser facilmente levantadas, aumentando a 
confiabilidade do trabalho proposto. Utilizou-se uma amostra intencional, 
entrevistando e observando um grupo formado pelos três sócios da empresa, que 
são os tomadores de decisão da organização, e que possuem experiência de mais 
de trinta anos no ramo elétrico, tornando com isso, capazes de transmitir as 
informações que se julgam necessárias para realizar o estudo. 
Quanto à coleta de dados e de acordo com Roesch (2005), foram utilizados 
tantos métodos de coletas primários quanto secundários, em busca de uma 
complementaridade que facilitasse o desfecho da pesquisa e o alcance do objetivo. 
Na concepção de Mattar (2005), dados primários são aqueles que não foram 
antes coletados e dados secundários, são aqueles que já foram coletados, e até já 
analisados com a intenção de atender às necessidades da pesquisa. 
Os dados primários foram coletados por meio de entrevistas abertas, não 
estruturadas, com os sócios da empresa, nas reuniões agendadas, que contou com 
a participação da acadêmica e da professora orientadora. Entende-se por entrevista 
não estruturada, como sendo aquela que oferece a liberdade na formulação de 
perguntas e na intervenção da fala do entrevistado. Também foram coletados, dados 
por meio de observação. No caso desse estudo, a observação é de caráter 
participativo, onde a acadêmica trabalha na organização e vivencia o dia a dia da 
mesma. Na observação participativa o pesquisador deixa de ser somente um 
espectador, ele participa e pode assumir uma variedade de funções dentro do caso 
 22 
e participar de eventos que estão sendo estudados. (GODOI; BANDEIRA-DE-
MELLO; SILVA, 2006). 
Há duas formas de interagir na observação participante: a natural e a artificial. 
Para Marconi e Lakatos (2006) na observação participante natural o pesquisador já 
esta inserido no grupo a qual estuda. Desta maneira, o acesso é ainda maior, e faz 
com que o pesquisador alcance diretamente os dados da pesquisa. Na observação 
artificial, o pesquisador não pertence ao grupo, mas se insere a ele para resgatar e 
colher informações. Entretanto, é preciso que o pesquisador saiba interagir, tanto de 
uma forma como de outra. Na forma natural, não se tem tantas dificuldades porque o 
observador já esta inserido no grupo, porém na artificial, poderá se deparar com 
maiores dificuldades por não conhecer as pessoas e por não aceitarem, fazendo 
restrições quanto ao acesso do observador. 
Nesse estudo, não houve problemas quanto à aceitação, visto que a 
acadêmica trabalha no setor administrativo da empresa, e teve consentimento para 
realizar o presente estudo. Portanto, a ela coube a observação natural, coletando os 
dados, com base em anotações e gravação de áudio, onde foram registradase 
analisadas as informações ligadas à elaboração do planejamento estratégico. 
Já os dados secundários, foram obtidos por meio de documentos da empresa, 
livros, artigos científicos, teses e dissertações sobre o assunto. 
Ao todo foram três encontros com os gestores, com data e horários 
marcados, com o intuito de mostrar a estes, as etapas e os conceitos da 
metodologia do planejamento estratégico escolhido, os estimulando a discutir sobre 
a aplicação do processo na empresa e coletar dados para a pesquisa. 
De uma forma mais clara, apresenta-se abaixo, as técnicas de coletas de 
dados referentes a cada objetivo proposto pela acadêmica, neste estudo. 
1. Realização da análise SWOT: Na primeira reunião, que foi realizada dia 22 de 
julho de 2011, foi apresentado aos gestores primeiramente o conceito de 
planejamento estratégico, as necessidades de planejar, seu funcionamento 
bem como o modelo pesquisado e proposto para a empresa, na concepção 
da pesquisadora. Nessa mesma reunião, foram apresentados também, os 
conceitos e etapas de realização da análise SWOT, e com isso, a acadêmica 
coletou por meio de anotações, todos os dados e informações que foram 
expostos pelos gestores. Após esta coleta, analisou-se os conteúdos, 
 23 
detectando as forças e as fraquezas bem como as oportunidades e ameaças 
da empresa, formalizando-os por meio de uma tabela. 
 
2. Construção da visão, missão e princípios corporativos: Na segunda reunião 
realizada na EPS Painéis dia 02 de setembro de 2011, foi discutido e 
apresentado, aos gestores, os conceitos de missão, princípios e visão 
organizacional, mostrando algumas declarações de empresas distintas, para 
que os gestores pudessem ter uma noção do que se trata. Foi gravado por 
meio de áudio, anotado e formulado a Visão, Missão e Princípios da empresa, 
na concepção dos gestores, auxiliando-os quando necessário na busca do 
melhor termo. 
 
3. Elaboração dos objetivos e das ações estratégicas: Na terceira reunião, 
realizada dia 30 de setembro de 2011, apresentou-se aos gestores 
novamente, os conceitos, conforme Vasconcellos Filho e Pagnoncelli (2001), 
de negócio, missão, princípios e visão corporativos. Juntamente com os 
conceitos, foram apresentadas as definições de cada tema, na concepção dos 
gestores, de acordo com os dados coletados na segunda reunião. Após esse 
processo, foram expostos também aos participantes, os conceitos de 
objetivos e estratégias corporativas, de acordo com as duas últimas etapas do 
processo de planejamento estratégico proposto por Vasconcellos Filho e 
Pagnoncelli (2001). Com base nos dados coletados na análise SWOT, na 
definição de negócio, missão, princípios e visão na concepção dos gestores, 
foram definidos os objetivos organizacionais, elaborando e propondo ações 
estratégicas, para que a organização torne-se mais competitiva no mercado 
onde ela está inserida. 
Tabela1-Cronograma de reuniões 
Data da Reunião Duração Objetivo Abordado 
22/07/2011 
 
03h00min Realização da análise SWOT 
02/09/2011 02h00min Construção da visão, missão e princípios 
corporativos. 
30/09/2011 03h30min Elaboração dos objetivos e das ações 
estratégicas: 
Fonte: Observação da acadêmica 
 
Todas as apresentações foram por meio de um documento eletrônico (slides), 
facilitando a visualização e o entendimento de todos. 
 24 
Técnica de análise dos dados 
 
 
Após a coleta de dados, geralmente realiza-se outra etapa deste processo 
que é o tratamento e análise dos dados, ou seja, a organização deles e 
posteriormente a análise deles. As técnicas de análise dos dados empregada nesse 
estudo foram baseadas na análise de conteúdo tendo como foco principal as 
entrevistas e os documentos. A análise de conteúdo é utilizada no tratamento de 
dados que visa identificar o que vem sendo dito acerca de determinado tema. 
(VERGARA, 2005). 
Segundo Richardson (1999, p. 230), “toda a análise de conteúdo deve 
basear-se em uma definição precisa dos objetivos da pesquisa. [...] Tais objetivos 
variam em cada análise e condicionam a diferença das técnicas utilizadas.”. 
Para esse estudo utilizou-se o roteiro de análise de conteúdo apresentado por 
Roesch (2009), que é realizado por meio de sete passos: 
1. Defina as unidades de análise, que poder ser por meio de: palavra, tema, 
parágrafo, texto completo. 
2. Defina as categorias. Vale lembrar que grande parte dos procedimentos 
estatísticos, requer categorias reciprocamente exclusivas. 
3. Baseado nas categorias criadas tente codificar uma parte do texto. O teste 
pode levar as revisões no sistema de classificação adotado. 
4. Codifique todo o texto. 
5. Se houver um número grande de casos, estratifique as respostas, elaborando 
comparações entre grupos. 
6. Apresente os dados de forma criativa. Um exemplo é em quadros 
comparativos. 
7. Interprete os dados à luz de teorias conhecidas, ou procure levantar algumas 
hipóteses. 
 
Nesse estudo, a análise de conteúdo abrange a exploração do áudio gravado 
pela acadêmica nas reuniões realizadas com os sócios da EPS, onde buscou-se 
destacar a definição de negócio, missão, princípios e visão corporativa na 
concepção dos gestores. Além disso, procurou-se destacar as forças e fraquezas, 
 25 
oportunidades e ameaças da empresa, bem como os objetivos e estratégias 
competitivas definidas pelos sócios. 
As entrevistas gravadas em áudio totalizaram oito horas e trinta minutos de 
gravação. Por se tratar de um documento de áudio, extenso, optou-se pela não 
transcrição do mesmo, visto que, na concepção da acadêmica tornaria uma leitura 
cansativa. Ouviu-se e examinou-se as gravações, repetida vezes, com o intuito de 
entender e descobrir novas interrogantes, novos caminhos a serem trilhados na 
pesquisa. 
Seguindo o roteiro de análise de conteúdo apresentado por Roesch (2009), 
inicialmente a pesquisadora analisou as unidades, por tema, sendo esses, as sete 
etapas do planejamento estratégico, e também os departamentos definidos para a 
construção dos objetivos e estratégias competitivas. Analisou-se as ações dos 
gestores durante as reuniões, conforme a abordagem de cada tema, observando as 
falas e as expressões de cada um. Os dados analisados foram apresentados por 
meio de quadros, tabelas e em formato de texto, descrevendo a observação da 
acadêmica e as opiniões dos gestores, sobre cada tema do planejamento 
estratégico, e os departamentos separadamente. 
Analisado e finalizado o conteúdo das reuniões realizadas na EPS, a 
acadêmica preparou uma apresentação em forma de texto, de todas as etapas do 
planejamento estratégico definidos pelos gestores, conforme modelo incorporado no 
Apêndice no final desse trabalho, visando com isso, uma melhor visualização por 
parte dos sócios, quanto ao trabalho proposto. 
 
 
 26 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Neste tópico, foi desenvolvida toda parte referente às consultas e informações 
já existentes relacionados ao assunto deste trabalho, com o objetivo de aprofundar 
conhecimentos na fundamentação teórica sobre o assunto que será desenvolvido. 
 
 
2.1 Administração 
 
 
A administração é tão antiga quanto à história humana, e para Chiavenato 
(2010), o que marcou o surgimento da administração foi à revolução industrial do 
século XIX. Foi nessa fase em que o capital financeiro passou a compor a principal 
fonte de riqueza. 
Já Drucker (2001, p. 23) comenta que, “raramente na história da humanidade, 
uma instituição surgiu tão rapidamente ou causou impacto com tanta velocidade 
quanto à administração. Em menos de 150 anos, a administração transformou o 
sistema socioeconômico dos países desenvolvidos em todo o mundo.”. 
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister 
(subordinação ou obediência), significando aquele que efetua uma função, ou 
serviço,sob um comando, para o outro, estando frequentemente unido à função 
controle (CHIAVENATO, 2000). Com isso, podemos dizer que, administração é uma 
ação de prestar serviços. 
Segundo Stoner e Freeman (1999, p.04) “A Administração é o processo de 
planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da 
organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os 
objetivos estabelecidos.”. 
Chiavenato (2010) concorda com o conceito de Stoner e Freeman (1999) 
quando diz que a Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e 
controlar o uso de recursos a fim de alcançarem objetivos. Chiavenato (2010, p.06) 
complementa o conceito de Administração dizendo que “A Administração visa o 
alcance de seus objetivos organizacionais de maneira eficiente e eficaz.”. 
 27 
Segundo Certo (2003, p.05) a ”administração é o processo que permite 
alcançar as metas de uma empresa, fazendo o uso do trabalho com e por meio de 
pessoas e outros recursos na empresa”. 
Quanto ao envolvimento do profissional, Chiavenato (2010), fala que o papel 
do administrador é dar a direção e rumo ás organizações, proporcionando liderança 
às pessoas e decidindo como os recursos organizacionais devem ser preparados e 
aplicados para o alcance dos objetivos organizacionais. 
De acordo com Stoner e Freeman (1999, p.05), o desempenho do 
administrador pode ser percebido “a medida de quão eficiência e eficácia é o 
administrador, e da competência com que ele determina e alcança os objetivos 
apropriados.”. 
A eficiência relaciona-se aos meios, de como fazer as coisas da melhor forma 
possível, enquanto a eficácia se relaciona aos fins, qual o objetivo certo a ser 
seguido. 
Segundo Stoner e Freeman (1999) eficiência é a capacidade de minimizar o 
uso de recursos para alcançar os objetivos da organização e eficácia é a capacidade 
de determinar objetivos apropriados. 
Robbins e Coulter (1998, p.4), definem que as funções administrativas são: 
• Planejar: definir metas, estabelecer estratégias e desenvolver subplanos para 
coordenar atividades. 
• Organizar: determina o que precisa ser feito como vai ser feito e quem vai 
fazer. 
• Liderar: é orientar e motivar todas as partes envolvidas e resolver conflitos 
• Controlar: monitorar atividades para se assegurar de que elas serão 
realizadas conforme planejada. 
Já Stoner e Freeman (1999, p.5-7), definem essas ações de uma forma mais 
clara como: O Processo de planejar significa que os administradores pensam 
antecipadamente em seus objetivos e ações, e que seus atos são baseados em 
alguns métodos, planos ou lógica, e não em palpites. O processo de organizar ou 
arrumar é alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros de uma 
organização, de modo que eles possam alcançar eficientemente os objetivos da 
mesma. O processo de liderar significa dirigir, influenciar e motivar os empregados a 
realizar tarefas essenciais. O processo de controlar, o administrador deve se 
 28 
certificar de que os atos dos membros da organização levam-na de fato em direção 
aos objetivos estabelecidos. 
Como foi destacada, uma das funções do administrador é planejar. Dentre as 
definições de “planejar” no dicionário da administração Lacombe (2004, p. 241) está 
à seguinte: “estabelecer, de forma sistemática, o que se deseja para determinado 
período do futuro, as ações e medidas a serem tomadas, bem como a sua forma de 
execução e controle e feedback sistemático”. 
Nesse sentido, será apresentada a seguir, a primeira ferramenta do processo 
de Administrar: o Planejamento, tema abordado no presente trabalho, com o objetivo 
de entender e conhecer mais sobre seus conceitos, tipologias e benefícios. 
 
 
2.2 Planejamento 
 
 
Desde a antiguidade, o homem vem utilizando alguma maneira o 
planejamento, seja por intuição, para sobreviver ou para antecipar-se a eventos, 
tomando decisões que se assemelham as mais corretas. De uma maneira geral, o 
homem percebeu a necessidade de se preparar para enfrentar as diferentes 
situações e adversidades, e descobriu que pensar primeiro antes de agir aumentava 
as suas chances de alcançar resultados positivo e aproveitar melhor os recursos 
disponíveis. 
Segundo Faria (1994, p. 71). 
 
O planejamento é tão antigo quanto à história. A construção das pirâmides 
egípcias não se concretizou sem que tivessem sido elaborados complicados 
planos e projetos, e sem que os administradores tivessem se preocupado 
com a alimentação de milhares de trabalhadores, escravos e soldados, 
assim como planejado o transporte dos enormes blocos de granito, 
originários de local, na região sul do Egito. 
 
No ambiente organizacional é essencial conhecer a conceituação de 
planejamento para maior compreensão de sua real amplitude e seu alcance. 
Para Oliveira (2001, p. 35) o “Planejamento pode ser conceituado como um 
processo desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais 
eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela 
empresa.”. 
 29 
Portanto, tem-se, segundo Oliveira (1999, p. 217) que eficiência “é a 
otimização dos recursos utilizados para a obtenção dos resultados”, e que eficácia “é 
a contribuição dos resultados obtidos para o alcance dos objetivos da empresa.”. 
Com isso, pode-se dizer que o planejamento é uma das ferramentas da 
administração. Usá-la se faz necessário para o sucesso da gestão das empresas, 
possibilitando com isso, enxergar a realidade, compreenderem os caminhos e 
edificar referencias para o futuro. O planejamento tem por finalidade adiantar-se as 
situações previsíveis; predeterminar os acontecimentos e preservar a lógica entre 
eventos. 
Para Chiavenato (2004, p. 103), ”o planejamento constitui a primeira e a mais 
importante função adminitrativa, pois é preciso planejar antes de realizar as outras 
funções como organizar, dirigir, controlar, coordenar.”. 
O planejamento é um processo que deve fazer parte do dia-a-dia das 
empresas. No entanto, mais importante do que formular um planejamento é 
administrar e pensar sobre as ações da empresa. 
Neste contexto, Vasconcellos Filho e Pagnoncelli (1992, v.1, p. 29) Citam as 
habilidades para o executivo de sucesso. Quem planeja sabe: avaliar as 
perspectivas a curto, médio e longo prazo; agir sobre o mercado; desenvolver 
diferenciais competitivos; antecipar-se a situações desfavoráveis; criar participação 
no mercado; desenvolver serviços e produtos adequados no mercado. Quem não 
planeja acaba: sendo surpreendido por alterações no mercado; precisando sempre 
se reprogramar; dependendo do dia-a-dia; desenformado sobre seu setor; atrelado à 
iniciativa da concorrência; à mercê da conjuntura. 
Para Chiavenato (2010, p. 192), “Planejamento é a função administrativa que 
define os objetivos e decide sobre os recursos e tarefas necessários para alcançá-
los adequadamente.”. 
Neste sentido, Kotler (2000), afirma que planejamento é o processo gerencial 
do desenvolver e manter um ajuste viavel entre os objetivos, experiências e recurso 
da organização e suas oportunidades de mercado mutante. 
 
O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de 
processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma 
situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em 
função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no 
futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Dentro deste 
raciocínio, pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento 
tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, 
 30 
conseqüentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcance dos 
objetivos, desafios e metas estabelecidos para a empresa. (OLIVEIRA, 2006 
p. 36). 
 
Para complementar Oliveira,Chiavenato 2010, (p. 193) comenta que 
“Planejar significa olhar para frente, visualizar o futuro e o que deverá ser feito, 
elaborar bons planos e ajudar as pessoas a fazer hoje as ações necessárias para 
melhor enfrentar os desafios do amanhã.”. 
Para as organizações a importância de realizar um planejamento é que terá 
um futuro com bases para construção próspera e a geração de um mercado mais 
profissional e preparado para as mudanças contínuas que ocorrem nele. 
Para Lacombe (2003, p. 161) deve-se “começar a planejar no presente o que 
se deseja no futuro”, acrescenta-se que faz parte da sabedoria ser capaz de 
compreender as relações da causa e efeito das tomadas de decisões e suas 
consequências. O administrador tem como responsabilidade obter o equilíbrio entre 
as vantagens e desvantagens do curto e longo prazo. 
Maximiano (1995) reforça e completa a argumentação em torno da 
importância do planejamento ao comentar que o mesmo não permite que o futuro 
fique ao acaso e mostra o caminho a seguir, minimizando surpresas e destaca três 
importantes benefícios que o mesmo proporciona, sendo eles a permanência das 
decisões, o equilíbrio e o melhor desempenho. 
Para Certo (2003) o objetivo maior do planejamento estratégico consiste em 
diminuir o risco, minorar as incertezas que cercam as condições de negócio e 
esclarecendo os resultados das ações relacionadas ao gerenciamento. 
Com isso, entende-se que o planejamento dá direção, reduz impacto da 
mudança, minimiza o desperdício e estabelece padrões para o controle. 
Na próxima seção, serão apresentados os tipos de planejamentos, bem como 
seus conceitos e funcionalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
2.2.1 Tipos de planejamento 
 
 
Para Akolff (1974 apud OLIVEIRA, 1999, p. 42), “o planejamento é um 
processo continuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter-
relacionadas que podem ser separadas de formas diferentes”. 
Na consideração dos grandes níveis hierárquicos, Oliveira (2006) destaca três 
tipos de planejamento com diferentes níveis de decisão: 
 
 
Figura 1 Níveis de decisão nas empresas 
Fonte: (OLIVEIRA, 2006, p. 303) 
 
A Figura 1, de Oliveira (2006) ilustra o os três tipos de planejamento, 
estratégico, tático e operacional; que podem ser relacionados conforme os níveis de 
decisão de uma pirâmide organizacional. 
 
Planejamento estratégico: Segundo Lacombe (2003, p. 163), “o 
planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo 
prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais 
mais importantes da empresa e à sua área de atuação, e considera não só os 
aspectos internos da empresa, mas também, e principalmente, o ambiente externo 
no qual a empresa está inserido.”. 
Complementando o conceito de Lacombe (2003), Drucker (2006, p. 141) diz 
que: 
Nível 
Estratégico 
Nível 
Tático 
Nível 
Operacional 
Decisões 
Estratégicas 
Decisões 
Táticas 
Decisões 
Operacionais 
Planejamento 
Estratégico 
Planejamento 
Tático 
Planejamento 
Operacional 
 32 
 
O planejamento estratégico prepara a empresa de hoje para o futuro. [...] O 
planejamento estratégico precisa de um processo organizado de descarte 
do dia de ontem. Requer que o trabalho destinado a produzir o futuro 
desejado seja especificado com clareza e com clareza atribuída. O objetivo 
do planejamento estratégico é o agir agora. 
 
Já Fischmann e Almeida (1991), afirmam que planejamento estratégico é: 
uma técnica administrativa que, por meio da análise do ambiente de uma 
organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos 
fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e, por meio desta consciência, 
estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar 
as oportunidades e evitar riscos. 
Para Kotler (2000, p. 86) enfatizou que “o objetivo do planejamento 
estratégico é dar forma aos negócios e aos produtos de uma empresa, de modo que 
eles possibilitem os lucros e o crescimento almejado.”. 
O Planejamento Estratégico seria então, uma técnica gerencial que por meio 
da análise do ambiente de uma organização, procura gerar consciência de seus 
pontos fortes e pontos fracos, assim como das suas oportunidades e ameaças E 
com isso, torna-se possível, traçar os rumos que a organização deverá seguir para 
aproveitar as oportunidades, potencializar os pontos fortes e minimizar ameaças e 
riscos. 
 
Planejamento tático: De acordo com Oliveira (2006, p. 48) “[...] o 
planejamento tático tem por objetivo aperfeiçoar determinada área de resultado e 
não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos, 
estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico [...]”. 
Para Oliveira (2007), o planejamento tático é diferente do planejamento 
estratégico, visto que o tático tem pôr objetivo aperfeiçoar determinada área de 
resultados e não a empresa como um todo. Portanto trabalha com decomposições 
das objetivas estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. 
Chiavenato (2010) concorda com Oliveira (2007) ao dizer que o que diferencia 
o planejamento tático do planejamento estratégico, é que enquanto o estratégico 
envolve toda a organização, o tático envolve uma determinada unidade da 
organização, ou departamento. 
 33 
Segundo Chiavenato (2000), planejamento tático abrange determinados 
setores da organização é definido no nível intermediário, geralmente é projetado 
para o médio prazo, e apresenta uma grande preocupação em atingir os objetivos 
departamentais. 
De acordo Fernandes e Berton (2005, p. 8) “as decisões táticas se dão 
normalmente no nível gerencial e geralmente consistem em decisões para 
operacionalizar as grandes decisões estratégicas tomadas pela direção da 
organização.”. 
Em vista disso, entende-se que o Planejamento Tático é desenvolvido por 
colaboradores da média gerencia e é aplicado em departamentos específicos. E que 
este tipo de planejamento, tem o propósito de aproveitar o máximo de determinada 
área de resultados e não a empresa como um todo. 
 
Planejamento operacional: Para Chiavenato (2010, p. 207), “O 
planejamento operacional é focalizado para o curto prazo e abrange cada uma das 
tarefas ou operações individualmente. Preocupa-se com “o que fazer” e com o 
“como fazer” as atividades quotidianas da organização.”. 
Já Oliveira (2006) afirma que o Planejamento Operacional pode ser 
considerado como a formalização, principalmente por intermédio de documentos 
escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. 
Para Fernandes e Berton, (2005), as decisões operacionais, são decisões do 
cotidiano das organizações, que estabelece uma ligação entre decisões táticas e 
estratégicas e seu impacto se dá no curto prazo, afetando apenas determinados 
setores ou áreas específicas. 
De acordo com Chiavenato (2010), o planejamento operacional pode ser 
classificado em: 
• Procedimentos: Estão relacionados aos métodos que determinam a execução 
das atividades especificando a sequência de passos ou etapas que devem 
ser rigorosamente seguidos para a execução das tarefas. 
• Orçamentos: Estão relacionados com o dinheiro Planos relacionados com o 
fluxo de capital alocado a determinadas tarefas, projetos ou programas em 
um período de tempo. 
 34 
• Programas: Estão relacionados com tempo e as atividades a serem 
realizadas. 
• Regulamentos: Estão relacionados com o comportamento das pessoas 
 
Em relação a esses três tipos de planejamento, Oliveira (2006) de forma 
resumida cita, que o planejamento estratégico é relacionado com os objetivos em 
longo prazo, com maneiras e ações para alcançá-los e afetam a empresa como um 
todo, enquanto o planejamento tático relaciona-se os objetivosde curto prazo com 
ações que geralmente afetam somente uma parta da empresa. De acordo com o 
mesmo autor, o planejamento operacional pode ser considerado como formalização 
por intermédio de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e 
implantações estabelecidas. 
Nesse sentido, será apresentado com mais destaque a seguir, o primeiro 
nível da pirâmide organizacional, o Planejamento Estratégico, visto que é o tema 
escolhido para essa pesquisa. 
 
 
2.3 Planejamento estratégico 
 
 
A mudança na economia mundial vem sendo continua, inclusive no território 
brasileiro, e com isso desperta alguns fatores negativos que os administradores 
deverão concentrar sua atenção. Mudanças essas, como a redução do crescimento 
econômico, a globalização, a inflação, a falta de alguns recursos entre outros 
acontecimentos. (ALDAY, 2000). 
Diante disso, nota-se a grande importância do planejamento estratégico nas 
organizações, visto que este proporciona uma maior flexibilidade de ajuda às 
empresas e também a adiantar-se e a retribuir, às mudanças no ambiente com maior 
rapidez. 
Na abordagem de Certo (2003), o planejamento estratégico é um 
planejamento de longo alcance que se concentra em toda parte da organização. Os 
gerentes ao preparar o planejamento estratégico consideram a empresa como um 
todo e se questionam o que deve se feito em longo prazo para alcançar as metas e 
objetivos. 
 35 
Oliveira (2006) busca associar ao conceito de Planejamento Estratégico ao 
conceito de Estratégia, sendo que no primeiro ele enfatiza a necessidade de 
integração da empresa ao meio ambiente organizacional. Para o autor, o 
Planejamento Estratégico é um método de ensino gerencial que permite estabelecer 
a direção a ser seguida pela empresa, propondo maior grau de interação com o 
ambiente. 
A partir do conceito de planejamento estratégico na definição de 
administração, os autores Fischmann e Almeida (1991), enfatizam a ideia de 
capacitação dos membros da organização. Dizem eles: "Administração Estratégica é 
o processo de tornar a organização capaz de integrar as decisões administrativas e 
operacionais com as estratégias, procurando dar ao mesmo tempo maior eficiência e 
eficácia à organização.". 
Para Fernandes e Berton (2005, p. 11), “o planejamento estratégico busca 
sistematizar o pensamento estratégico, formalizando processos e procedimentos 
para que a empresa saiba exatamente os caminhos a seguir.”. 
O Planejamento Estratégico deve “enxergar” além da organização, assim é de 
suma importância considerar os reflexos dos fatores externos aos rumos e planos 
futuros. 
Fischmann e Almeida (1991) definem planejamento estratégico de uma forma 
mais técnica, lançando algumas questões, como: 
• Qual é a nossa missão? 
• O que queremos ser? 
• Quais nossos objetivos, metas e políticas? 
Resumindo: onde, quando, com quem e como a empresa realizará seus 
negócios. 
O planejamento estratégico é um método administrativo, que por meio da 
análise do ambiente de uma organização, cria a conhecimento das suas 
oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para a execução da sua 
missão e por meio deste conhecimento, estabelece o propósito de direção que a 
organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar riscos. 
(FISHMANN; ALMEIDA, 1991). 
Entende-se que o planejamento estratégico se tornou o foco de atenção da 
alta administração das empresas, voltado para as medidas positivas que uma 
 36 
empresa poderá tomar para enfrentar ameaças e aproveitar as oportunidades 
encontradas em seu ambiente. 
Oliveira (1999) destaca o Planejamento Estratégico como o mais importante 
da organização, por ser processo gerencial que possibilita ao executivo, 
administrador ou gestor, estabelecer trilhar o caminho a ser seguido pela empresa, 
com o objetivo e a finalidade de obter um nível de otimização na relação da empresa 
com o seu ambiente. 
 
O processo de elaboração do planejamento estratégico deve ser 
desenvolvido de forma interativa e participativa, de maneira a envolver os 
participantes, desde a identificação do problema, passando pelo diagnóstico 
situacional-estratégico, para concluir com o documento final estabelecendo 
a missão, o objetivo, as políticas e as diretrizes, bem como as estratégias de 
ação. (OLIVEIRA, 1999). 
 
Segundo Chiavenato (2010), o planejamento estratégico mostra cinco 
características importantes: 
1. Está relacionado com a adequação da organização a um ambiente mutável. 
2. É orientado para o futuro 
3. É compreensivo 
4. É um processo de construção de consentimento 
5. É uma forma de aprendizagem organizacional. 
 
O Planejamento estratégico é um meio extenso e organizado de preparar 
ações relativas á escolha de mercados e produtos adequados, tendo em vista uma 
situação saudável de longo prazo a empresa. (SCRAMIM; BATALHA, 1997). 
Kotler (2000, p. 86), enfatiza que “o objetivo do planejamento estratégico é 
dar forma aos negócios e aos produtos de uma empresa, de modo que eles 
possibilitem os lucros e o crescimento almejado”. 
De acordo com Almeida (1994), o processo do planejamento estratégico nas 
pequenas empresas deve ser simplificado, visto que o pequeno empresário: 
• Não dispõe de tempo e recursos para realizar um plano estratégico; 
• Não possui a adequada formação, muitas vezes, para realizar as tarefas mais 
complexas do processo; 
• É imediatista em suas atividades, exigindo rápido resultado de seus esforços. 
 37 
A literatura sobre o planejamento estratégico apresenta diversos modelos de 
elaboração e implementação de estratégias, geralmente definido para serem 
aplicados em empresa de grande porte. Entretanto a pequena empresa, no caso 
desse estudo, tem uma série de características de gestão que devem ser 
consideradas para a elaboração do planejamento estratégico. 
 
 
2.4 Modelos de planejamento estratégico 
 
 
Praticamente quase todos os livros sobre o assunto, possuem um modelo de 
planejamento estratégico, seguindo as análises e os pontos de vista de cada autor 
ou especialista na área. No entanto, as idéias e a base são praticamente as 
mesmas, como por exemplo, a análise de SWOT, dividindo-o em etapas que sejam 
claramente traçadas, fixando os objetivos e aplicando a parte técnica elaborada 
conforme a análise interna e externa da organização. (MINTZBERG, 1995). 
Para este trabalho, estudou-se os seguintes modelos: Certo e Peter, 2005; 
Thompson Jr e Strickland, 2000; Oliveira, 2007 e Vasconcellos Filho e Pagnoncelli, 
2001. 
Optou-se por estes modelos, por entender que para pequenas empresas, no 
caso desse estudo, a metodologia apresentada por estes autores, seria a mais 
adequada. Além desses autores, analisou-se de uma forma mais sintetizada, para 
contribuir com o estudo, os modelos de planejamento estratégico proposto por 
Bethlem (2004) e Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, (2000). 
 
Modelo de Bethlem (2004): Na visão do autor, é analisando os recursos e 
circunstâncias, que se chega aos objetivos, e, analisando a possibilidade de 
execução, adequação e aceitação dos objetivos e reexaminando recursos e 
circunstâncias, que se chega a estratégias propostas. O modelo apresentado pelo 
autor é um modelo mais genérico, conforme Figura 02. 
 
 38 
 
Figura 2: Modelo de processo estratégico genérico segundo Bethlem (2004) 
Fonte: (BETHLEM, 2004, p. 29) 
 
 
Na visão de Bethlem (2004), é analisando os recursos e circunstâncias, que 
se chega aos objetivos, e, analisando a possibilidade de execução, adequação e 
aceitação dos objetivos e reexaminando recursos e circunstâncias, que se chega a 
estratégias propostas. 
O modelo apresentado pelo autor propõe como primeiro passo para o 
planejamento estratégico, é estabelecer os objetivos da organização, seguindo das 
estratégias que a mesmadeseja seguir. De uma maneira mais sintetizada, é 
estabelecida a visão da situação atual da organização; seguindo das previsões para 
o futuro e assim determinando os objetivos a serem alcançados. Após esses passos, 
surgem às prioridades e os desafios a responder e a serem ignorados, e as decisões 
estratégicas que irão fixar o futuro da organização. 
 
Modelo de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000): É um modelo básico de 
planejamento estratégico, sendo que os autores observaram todo o processo, 
considerando duas novas variáveis que influenciam diretamente o método, os 
valores gerenciais e a responsabilidade social o que podemos observar com os 
passos a seguir: 
Recursos 
Objetivos 
Circunstâncias 
Estratégia 
 39 
 
Figura 3 – Processo de Planejamento Estratégico. 
Fonte: (MINTZBERG; AHLSTRAND e LAMPEL, 2000, p. 30). 
 
Avaliação externa Avaliação interna 
 
Ameaças e 
Oportunidades no 
ambiente 
 
Forças e 
Fraquezas da 
organização 
 
 
 
Fatores 
chaves de 
sucesso 
 
 
Criação de Estratégia 
 
 
Avaliação e escolha da 
Estratégia 
 
 
Implementação da 
Estratégia 
 
Responsabilidad
e Social 
 
Valores 
Gerenciais 
 
 
 
Competência
s 
Distintivas 
 40 
Observa-se na Figura 3, o processo do modelo de planejamento estratégico 
proposto pelos autores. 
Os autores acreditam que o planejamento estratégico elaborado e 
implementado, sua revisão e seu controle, estão diretamente ligados ao fracasso ou 
ao sucesso da organização. 
 
 
2.4.1 Modelo de Certo e Peter (2005) 
 
 
Os autores apresentam uma metodologia para elaboração, implementação e 
controle da estratégia organizacional, dividindo o processo estratégico em cinco 
partes, deixando visivelmente a importância do feedback em todas as etapas. 
 
 
Figura 4 – Processo Estratégico de Certo e Peter (2005). 
Fonte: (CERTO; PETER, 2005, P. 08). 
 
Etapa 1: Análise do ambiente: A primeira etapa do planejamento estratégico 
proposto pelos autores é a análise do ambiente, ou seja, o processo de avaliar o 
ambiente organizacional para identificar as oportunidades e os riscos atuais e 
futuros. Essa primeira etapa é o processo de acompanhar o ambiente 
organizacional, identificado assim, as oportunidades e ameaças, pontos fracos e 
fortes. 
A análise do ambiente interno e externo os três níveis distintos do ambiente: 
Etapa 1 
 
Análise do 
ambiente 
 
 
Interno 
Externo 
Etapa 2 
 
Estabelecimento 
da diretriz 
organizacional 
 
Missão 
Objetivos 
Etapa 3 
 
 
Formulação 
de 
Estratégias 
Etapa 4 
 
 
Implementação 
de estratégias 
Etapa 5 
 
 
Controle 
estratégico 
FEEDBACK 
 41 
• Ambiente Geral: Trata-se dos ambientes, social, político, econômico, 
tecnológico e legal. 
• Ambiente Operacional: É o nível do ambiente externo à empresa, sendo os 
componentes presentes neste nível, concorrência, disponibilidade de mão de 
obra, fornecedores, característica e comportamento dos clientes e relação 
internacional. 
• Ambiente Interno: É o nível de ambiente que está dentro da organização, e é 
composto pelos aspectos organizacionais, de pessoal, de produção, 
financeiro e marketing. 
Ainda segundo os autores, os administradores devem entender o propósito da 
análise do ambiente, distinguir os vários níveis existentes no ambiente 
organizacional e compreender as normas que devem ser seguidas para por em 
prática a análise. 
A importância de determinados aspectos para a organização depende de seu 
negócio, porte, mercado etc. Entretanto, o administrador tem que ter em mente que, 
a longo prazo, a análise dos ambientes organizacionais, do mesmo modo que a 
relação que existe entre eles, influencia as operações e determinam o sucesso 
organizacional. 
 
Etapa 2: Estabelecimento da diretriz organizacional: Para os autores, há 
dois indicadores principais da direção para o qual a organização é levada: a missão 
e os objetivos organizacionais. 
O processo de estabelecimento das diretrizes organizacionais, é a 
determinação das metas da organização, que consiste em três sub-etapas. 
• Reflexão sobre os resultados de uma análise ambiental; 
• Estabelecimento de uma missão organizacional; 
• Estabelecimentos de objetivos organizacionais. 
A missão organizacional é a determinação da razão pela qual uma empresa 
existe, são informações como os tipos de produto ou serviços que a organização 
produz os clientes que possui e os valores que consideram importantes. 
Os objetivos organizacionais são as metas que a empresa possui. Após a 
realização da análise do ambiente, detectando seus pontos fortes e fracos da 
organização, assim como as oportunidades e ameaças, os administradores 
 42 
habilitam-se a estabelecer, reafirmar ou modificar sua meta organizacional. Contudo, 
para o estabelecimento dessas metas, de uma maneira mais apropriada, os 
administradores devem compreender no que se concentra uma declaração de 
missão, compreender a natureza dos objetivos e adotar um método efetivo e 
eficiente para indicar essa meta organizacional. 
O processo de estabelecimento dos objetivos organizacionais é realizado 
geralmente em quatro passos: 
• Análise das tendências do ambiente; 
• Desenvolver os objetivos para a organização com um todo; 
• Criação de uma ordem de objetivos; 
• Desenvolvimento de objetivos individuais. 
 
Etapa 3: Formulação da estratégia: Nesta etapa, segundo os autores, 
formula-se a estratégia, na qual ela é definida com o andamento da ação com o 
propósito de garantir que a organização alcance seus objetivos. Formular a 
estratégia é, portanto, planejar e escolher as ações que levem a realização dos 
objetivos organizacionais. A sugestão dos autores é de fazer uma análise dos 
pontos fortes e fracos, das oportunidades e ameaças ambientais e tê-lo como base 
para se entender a situação atual da organização, identificando assim as estratégias 
adequadas. 
A análise dos indicadores internos e externos é um instrumento útil para se 
entender à organização como um todo, procurando equilibrar os pontos fortes e 
fracos internos da empresa com as oportunidades e ameaças que o ambiente 
externo apresenta. Com isso as estratégias poderão ser elaboradas para atender a 
análise do ambiente. 
Esta etapa inclui atividades como análise, planejamento e seleção de 
estratégias que aumentem as chances dos objetivos da empresa a serem 
alcançados. 
 
Etapa 4: Implementação da estratégia: Segundo os autores, a etapa de 
implementação de estratégia deve colocar em ação estratégias que surgiram de 
etapas anteriores dentro do método de administração estratégica. Sem a execução 
efetiva da estratégia, as empresas são incapazes de adquirir os benefícios da 
execução de uma análise organizacional, do estabelecimento de uma diretriz e da 
 43 
formulação da estratégia organizacional. As organizações necessitam de estratégias 
de negócios e funções determinadas de acordo com a sua realidade. 
Os autores propõem um modelo de implementação de estratégia, com cinco 
estágios: 
• Especificar o quanto a empresa terá que mudar com a intenção de 
implementar a estratégia escolhida. 
• Analisar a estrutura formal e informal da empresa, identificando se a estrutura 
formal existente na organização irá promover ou impedir o sucesso da 
implementação e como a estrutura informal poderá facilitar o método de 
implementação. 
• Analisar a cultura organizacional, visto que a cultura de uma organização 
influencia no comportamento das pessoas, refletindo na motivação destas 
para alcançar os objetivos da empresa. 
• Determinar uma abordagem conveniente para implementar a estratégia. 
Implementar a estratégia e avaliar os resultados. 
 
Etapa 5: Controle estratégico:Na última etapa, esta concentrada o 
acompanhamento e avaliação do processo para melhorá-lo e garantir um 
funcionamento adequado. 
Para realização com efeito dessa tarefa, os autores determinam que os 
administradores devam entender o processo de controle estratégico e a atuação das 
auditorias estratégicas. Com isso, devem conhecer os disfarces dos sistemas de 
informação da administração e as formas como esses sistemas possam 
complementar o processo do planejamento estratégico. 
De uma forma geral, esse controle estratégico é realizado em três passos: 
• Medindo o desempenho da organização. 
• Comparando o resultado atual com os objetivos. 
• Tomando atitudes corretivas, nesse caso se o resultado não esteja de acordo 
com os objetivos da organização. 
 
 
 
 
 
 44 
2.4.2 Modelo de Thompson Jr e Strickland III (2003) 
 
 
A metodologia de Thompson e Strickland é apresentada de uma forma mais 
detalhada, sempre deixando clara a possibilidade de melhorar caso haja 
necessidade, esse processo é dividido em cinco tarefas: 
Tarefa 1: Desenvolvimento de uma visão e missão Estratégica 
Tarefa 2: Estabelecimentos dos objetivos 
Tarefa 3: Elaboração das estratégias 
Tarefa 4: Implementação das estratégias 
Tarefa 5: Avaliação de desempenho; Revisão dos desenvolvimentos e 
Iniciação das correções 
 
Na Figura 5, observam-se as cinco tarefas da gerencia estratégica, na visão 
dos autores. 
 
 Tarefa 1 Tarefa 2 Tarefa 3 Tarefa 4 Tarefa 5 
 
l 
 
Figura 5: As cinco tarefas da gerência estratégica. 
Fonte: (THOMPSON JR; STRICKLAND III, 2003, p. 14) 
 
Revisar 
conforme 
necessário 
Revisar 
conforme 
necessário 
Melhorar/ 
mudar 
conforme 
necessário 
Melhorar/ 
mudar 
conforme 
necessário 
Reciclar com 
as tarefas 1, 
2,3 ou 4, 
conforme 
necessário 
 
Desenvolver 
a visão e a 
missão 
estratégica 
 
 
Estabelece
r Objetivos 
 
 
Elaborar uma 
estratégia 
 
Implementar 
as 
estratégias 
Avaliar 
desempenho
, Revisar os 
novos 
desempenho 
e iniciar as 
correções. 
 45 
Tarefa 01: Desenvolvimento de uma visão e missão estratégica: Na fase 
inicial do processo de elaboração de estratégia, é a definição da missão e visão da 
organização. 
Para os autores, definir bem uma missão é preciso que se considerem três 
elementos. 
• As necessidades do consumidor, ou o que está sendo atendido, 
• Os grupos de consumidores, ou quem está sendo atendido, e 
• As tecnologias usadas e funções executadas, ou como as necessidades dos 
consumidores estão sendo atendidas. 
Para os autores, a visão e missão estratégica da empresa são sempre 
altamente personalizadas. O objetivo da visão e missão estratégica é sobressair de 
uma empresa das outras e estabelecer sua própria identidade especial, seu 
destaque no negócio e sua trajetória. 
 
Tarefa 2: Estabelecimentos dos objetivos: Para os autores, o propósito do 
estabelecimento dos objetivos é transformar a declaração da missão do negócio e 
da direção da empresa em objetivos de desempenho exclusivo, por meio dos quais o 
progresso da organização pode ser medido. 
O estabelecimento dos objetivos pelos gerentes deve inserir objetivos de 
desempenho tanto de curto prazo e de longo prazo. Sendo que os de curto prazo 
devem sugerir melhorias imediatas e os resultados que a gerencia deseja, e os 
objetivos de longo prazo induzem os gerentes a considerar o que fazer hoje para 
colocar a empresa numa posição em que ela possa atingir um bom desempenho 
num prazo maior. 
Os autores propõem que todos os gerentes estabeleçam seus objetivos. 
“Todas as unidades organizacionais da empresa precisam de objetivos de 
desempenho concretos e mensuráveis que contribuam significativamente para 
atingir os objetivos da empresa.”. 
Os objetivos estratégicos esta relacionado à competitividade da organização e 
as previsões de longo prazo do negócio: crescimento mais rápido que a média do 
mercado, alcançar a concorrência na qualidade do produto ou serviços ao cliente e 
conquistar oportunidades de crescimento. Os objetivos estratégicos servem para 
tomar nota de que os gerentes não querem somente aumentar a lucratividade, mas 
 46 
pretendem também melhorar a competitividade e a posição do negócio da 
organização. 
 
Tarefa 3: Elaboração das estratégias: Para os autores, o estabelecimento 
de estratégias relembra o problema gerencial critico de como atingir os resultados 
programados. As estratégicas são os meios e os objetivos são os fins de atingi-los. 
“A estratégia consiste de ações e abordagens comerciais que a gerencia 
emprega para atingir os objetivos de desempenho da empresa.” (THOMPSON; 
STRICKLAND, 2004, p. 18). 
Os autores determinam que a elaboração da estratégia inicia-se com um 
diagnóstico sólido do ambiente interno e externo da organização, somente após 
esse diagnóstico é que os gerentes estarão preparados para determinar uma boa 
estratégia para alcançar objetivos estratégicos. 
A estratégia é mais do que os gerentes planejam cautelosamente e desejam 
fazer como parte de um grande projeto estratégico. O futuro detém tantas dúvidas 
que os gerentes não podem planejar cada ação estratégica com antecedência e 
perseguir sua estratégia pretendida sem necessidade de alteração. 
 
Tarefa 4: Implementação das estratégias: A implementação da estratégia 
resume-se em verificar o que é necessário para fazer a estratégia funcionar e 
alcançar o desempenho programado dentro do prazo estabelecido. Para os autores 
a implementação da estratégia é uma tarefa administrativa de campo, que envolve 
alguns aspectos, tais como: 
• Desenvolver uma empresa capaz de cumprir a estratégia com sucesso 
• Dar motivos as pessoas para perseguir seus objetivos 
• Estabelecer políticas de apoio a estratégia. 
• Construir uma cultura e um clima organizacional que conduzam á 
implementação da estratégia com sucesso. 
• Designar os melhores programas para uma melhoria contínua. 
A implementação da estratégia é a parte mais complicada e que consome 
mais tempo no gerenciamento estratégico. O responsável pela implementação das 
estratégias deve começar com uma avaliação cuidadosa do que a empresa deve 
fazer de maneira diferente e melhor para executar o plano estratégico de uma forma 
 47 
eficiente. Na concepção dos autores, cada gerente deve pensar na resposta para: 
“O que precisa ser feito em minha área de responsabilidade pra executar minha 
parte do plano estratégico geral e como é a melhor maneira de executá-la?”. 
Identificadas às mudanças e ações, a gerência deve orientar os detalhes da 
implementação e pressionar a organização para converter os objetivos em 
resultados reais. 
A implementação da estratégia é essencialmente determinada parar a ação, é 
uma atividade do tipo “faça acontecer”. 
 
Tarefa 5: Avaliação de desempenho, revisão novos desenvolvimentos e 
iniciação das correções: Para os autores, nenhumas das quatro tarefas anteriores, 
referente às etapas do planejamento estratégico, são tarefas para serem feitas de 
uma só vez. Sempre acontecem novas situações que ocasionam ajustes de 
correção. O direcionamento de longo prazo pode necessitar ser alterado, o negócio 
redefinido e a visão da gerência, quanto à direção da empresa, pode ser reduzida ou 
estendida. Segundo os autores, “a missão da empresa, os objetivos, a estratégia e a 
abordagem da implementação nunca são finais; os ajustes são normais e 
necessários.”. 
As revisões de orçamento, mudanças na política, reestruturação, 
reformulação de atividades e de processos de trabalhos, mudanças de 
colaboradores, mudanças de melhoria continua revisão no uso de recompensas, são 
meios de fazer com que a estratégia escolhida funcione

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