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Juizado Especial Criminal: Competência e Procedimentos


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Art. 60 
 No juizado especial criminal a homologação de eventual acordo deve ser feita exclusivamente por juízes togados ou togados e leigos, os mesmos detém competência para julgar, conciliar e a execução de infrações penais com menos potencial ofensivo. Ainda que a competência dos JECRIM para o processo e julgamento de infrações de menor potencial ofensivo derive do art. 98 CF, ela admite modificações, sendo, portanto, competência relativa. 
 Se a competência for de juízo comum ou do tribunal do júri para julgar também a infração de menor potencial ofensivo, deve-se aplicar os institutos da transação penal e da composição de danos civis em relação à infração de menos potencial ofensivo. 
Art. 61
 Devem ser processados e julgados perante os JECRIM todas as infrações cujas penas máximas não excedam dois anos, inclusive as de rito especial, passaram a integrar o rol de delitos de menor potencial ofensivo. 
Art. 62
 Os juizados especiais criminais serão orientados durante o processo pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade e sempre que possível será feita a reparação de danos a vitima e a aplicação da pena não privativa de liberdade.
Art. 63
 Foi adotada a teoria da atividade, onde a competência do juizado será julgada pelo lugar em que foi praticado o crime. 
Art. 64
 Os atos processuais serão públicos e podem realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana.
Art. 65
 Atendidos os critérios no art. 62 desta lei, os atos processuais serão validos sempre que atender as finalidades, para as quais foram realizados.
 A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação. Não é necessário expedir carta precatória. 
 
 Registro= atos essenciais. Os atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente. 
Art. 66
 A citação será de caráter pessoal quando feita no próprio juizado e sempre que possível por mandado.
 O processo só deve ser remetido ao juízo comum após o oferecimento da peça acusatória e tentativa de citação pessoal no JECRIM. Se o acusado não comparecer a audiência preliminar designada para oferecimento de transação penal e não havendo a necessidade de diligências imprescindíveis, o MP deve oferecer de imediato a denuncia oral e, somente depois poderão ser remetidos os autos ao juízo comum para proceder à citação editalícia. Remetida aos autos do juízo comum, mesmo que o acusado seja posteriormente encontrado, a competência dos JECRIM não se restabelecerá.