Recursos Especial e Extraordinário

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RECURSOS
	Aula 9. Recursos Especial e Extraordinário
RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
Disposições comuns
- recursos de fundamentação vinculada: CF
- recursos de estrito direito: vedada a reanálise da matéria fática: devolutividade restrita: questões de direito (duplo grau de jurisdição)
- pré-questionamento: “causa decidida”: a matéria de direito deve ter sido debatida nas instâncias inferiores
- “causas decididas em única ou última instância”: prévio esgotamento das vias ordinárias: a matéria que se pretende seja julgada pelo STF deve necessariamente ter sido apreciada/decidida anteriormente.
Recurso Especial: direcionado ao STJ
- objetivo: sanar afronta à legislação federal
- hipóteses de cabimento: art. 105, III, CF
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal = dissídio jurisprudencial
Recurso Extraordinário: direcionado ao STF
- Objetivo: correção de afronta à CF: conduzir o STF a desempenhar seu papel de guardião da Constituição / controle difuso da CF;
- hipóteses de cabimento: art. 102, III, CF
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
- pressuposto de admissibilidade: repercussão geral: a questão deve ultrapassar os limites subjetivos do processo: pressuposto de admissibilidade inserido pela EC nº 45. FILTRO: é um mecanismo de restrição das questões constitucionais. Visa a majorar a qualidade das decisões do STF.
- COMPETÊNCIA: A análise da existência ou não de repercussão geral é de competência exclusiva do STF
- O recorrente deve demonstrar a existência da repercussão geral (art. 1.035, § 2º)
Procedimento no Tribunal “a quo”:
- prazo: 15 dias úteis
- prazo para contrarrazões em 15 dias úteis
- autos conclusos: Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal “a quo”: juízo de admissibilidade provisório (duplo juízo de admissibilidade mantido pelo NCPC reformado: provisoriamente, é realizado pelo tribunal “a quo” e de forma definitiva pelo tribunal superior);
- Não possui efeito suspensivo ex lege: tem que ser requerido e concedido de forma expressa. Atribuição pelo juiz: requisitos: risco de dano grave e probabilidade de provimento do recurso
- NCPC: regra a quem deve ser dirigido o pedido de concessão de efeito suspensivo (formulado por meio de “requerimento”): art. 1.029, § 5º:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição; 
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso.