Buscar

PROCESSO CIVIL III - 2ºB - Prof. Sandro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCESSO CIVIL III - 2ºB 
Recurso:
Estrutura dos tribunais: recurso é a possibilidade que as ações que via de regra começam no 1 grau de jurisdição possam ir ao 2 grau de jurisdição, e excepcionalmente possam ir ao STJ (interpretação ou aplicação de direito federal) ou STF (recurso extraordinário – somente o que diz respeito a controvérsia da aplicação ou interpretação de norma constitucional)
Conceito: é o remédio voluntario e idôneo a ensinar dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial que se impugna.
-decisão judicial: art. 1001 (“Dos despachos não cabe recurso.”). Só pode recorrer dos pronunciamentos que configurarem decisão
No recurso importam os atos do juiz
Recurso é espécie de remédio voluntario, para que exista o recurso, deve recorrer de uma manifestação de vontade da parte de recorrer da decisão judicial
-esclarecimento ou integração: art. 1022 (“Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. P.ú. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .”)
-invalidação: art. 1010, III: “A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade.”
-reforma: art. 1010, III
Via de regra, a parte pode pedir no recurso a reforma ou a invalidação 
Busca a reforma quando aponta na fundamentação um erro injudicando – justiça na decisão. Erro de juiz, julgamento. Expõe o erro e pede que seja corrigido esta injustiça. 
Se aponta o erro improcedendo, aponta um vício de natureza formal, buscando que a decisão seja anulada/invalidade
Classificação:
-quanto a extensão: totais (se impugna no todo) ou parciais (se impugna parte da decisão)
Art. 1002: a decisão pode ser impugnada no todo ou em parte
Art. 1013: a apelação devolvera ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada
-quanto ao momento ou a relação entre si: independente/principais (interposta no primeiro momento) e subordinados/adesivos (interposta no prazo que a parte dispõe para apresentar as contra razoes)
Somente tem pertinência quando há sucumbência (perdas/prejuízos) recíproca
Art. 997: “Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. § 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. § 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte: I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder; II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial; III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.”
-quanto a fundamentação livre: norma que regula o recurso deixam o recorrente livre para escolher em que vai consistir o fundamento do recurso. Ex: apelação
-quanto a fundamentação vinculada: as normas que regulam o recurso impõem ao recorrente em que deve consistir na fundamentação do recurso. Ex: embargo de declaração
Art. 102 – recurso extraordinário dirigido ao supremo tribunal federal. Diz em que deve consistir o recurso (“Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas ao recurso interposto, se houver, no prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das sanções previstas em lei. P.ú Não efetuado o recolhimento, o processo será extinto sem resolução de mérito, tratando-se do autor, e, nos demais casos, não poderá ser deferida a realização de nenhum ato ou diligência requerida pela parte enquanto não efetuado o depósito.”)
Art. 105 – recurso ao superior tribunal de justiça (“A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. § 1º A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. § 2º A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. § 3º Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. § 4º Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença.”)
-quanto ao objetivo: ordinários e extraordinários
Em regra, os recursos começam em 1 grau de jurisdição. Mediante agravo de instrumento ou apelação vão para o 2 grau de jurisdição
Julgados estes recursos, estão esgotadas as vias ordinárias
Abrindo possibilidade das vias extraordinárias: STJ – questão de direito federal. STF – errônea aplicação de norma constitucional no acordão proferido nas instancias ordinárias
--ordinários: tem finalidade de proteção ao direito subjetivo da parte, contra eventual erro ou injustiça da decisão
--extraordinários: tem finalidade imediata de proteção da ordem jurídica, do direito objetivo. Somente por via reflexa ou mediata se destinam a proteção do direito subjetivo da parte
-quanto aos efeitos: suspensivos e não suspensivos. Art. 995 (“Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. P.ú. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.”) e 1012 (“A apelação terá efeito suspensivo. § 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. § 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. § 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; II - relator, se já distribuída a apelação. § 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.”)
--suspensivo: suspende a eficácia do comando contido na decisão até que o recurso seja julgado 
--não suspensivo: não impede a eficácia do comando contido na decisão até que o recurso seja julgado
Ex de comando: pagar
A lei dirá se for suspensivo ou não suspensivo
Princípios gerais dos recursos:
-princípio do duplo grau de jurisdição: determina a possibilidade que as decisõesjudiciais possam ser revistas/reapreciadas por um órgão diferente do que proferiu a primeira decisão
Não é um princípio absoluto
Decorrem do duplo grau de jurisdição:
--colegialidade nos tribunais: art. 932, III, IV e v (“Incumbe ao relator: III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.”) e art. 1021 (“Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. § 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. § 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. § 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno. § 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. § 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.”) – decisões nos tribunais são plurais/colegiadas, não sendo isoladas
--reserva do plenário: art. 97, cf (“Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.“) e art. 948 (“Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.”) e art. 950 (“Remetida cópia do acórdão a todos os juízes, o presidente do tribunal designará a sessão de julgamento. § 1º As pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade se assim o requererem, observados os prazos e as condições previstos no regimento interno do tribunal. § 2º A parte legitimada à propositura das ações previstas no art. 103 da Constituição Federal poderá manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação, no prazo previsto pelo regimento interno, sendo-lhe assegurado o direito de apresentar memoriais ou de requerer a juntada de documentos. § 3º Considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, o relator poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades.”), cpc – o controle difuso de constitucionalidade é feito por todos os juízes e tribunais, que eventualmente podem ser controlados pelo stf através de recurso extraordinário
-princípio da taxatividade: art. 22, i, cf (“ Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.”) e art. 994, cpc (“São cabíveis os seguintes recursos: I - apelação; II - agravo de instrumento; III - agravo interno; IV - embargos de declaração; V - recurso ordinário; VI - recurso especial; VII - recurso extraordinário; VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; IX - embargos de divergência.”) – determina que os recursos somente podem ser criados pela constituição ou por lei federal
-princípio da unirrecorribilidade ou singularidade ou unicidade: art. 1026 (“Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.”), art. 1029 (O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - a exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.”) e art. 1031 (“Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.”)– conta cada decisão judicial cabe somente um recurso com determinada finalidade
-princípio da correlação: taxatividade + unirrecorribilidade. Todos os recursos devem estar previstos em lei federal e de cada decisão cabe somente um recurso
É necessário identificar qual é o único recurso cabível, previsto em lei, para a espécie de decisão objeto do recurso
Este princípio é a exigência da utilização do recurso previsto em lei para a espécie de decisão impugnada 
-princípio da fungibilidade: excepciona a correlação. Em determinadas circunstâncias, o recurso erroneamente interposto como se fosse o correto. Significa a possibilidade de troca/substituição, desde que satisfeitos 2 pressupostos:
1- existência de uma dúvida objetiva. Controvérsia a respeito de qual é o recurso cabível
2- inexistência de erro grosseiro
A lei autoriza em alguns casos que o julgamento no tribunal não se faça de modo colegiado, se o relator se substitua (decisão monocrática)
Art. 1024, ss3: “O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º .”
-princípio da proibição da reformatio in penus – proibição da reforma para pior: determina a impossibilidade de utilização do recurso próprio recorrente para agravar/piorar sua situação. Não tem incidência quando a sucumbência recíproca e recurso de ambas as partes
Exceção: as questões de ordem pública previstas no art. 337, com exceção de convenção de arbitragem e a incompetência relativa, podem ser conhecidas de ofício, que podem piorar a situação do recorrente. Art. 337, ss5: “Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.”
(“Art. 337: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.”)
-princípio da voluntaria: recurso é um remédio voluntário. É uma manifestação de inconformismo com a decisão
Art. 998: “O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. P.ú. A desistênciado recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.”
Art. 999: “A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.”
-princípio da dialeticidade: deriva de diálogo entre 2 coisas. Impõe-se ao recorrente que impugne especificamente os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de inadmissão de seu recurso.
Art. 932, III: “Incumbe ao relator: III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.”
Súmula 182/stj
Súmula 284/stf
Súmula 287/stf
-princípio da consumação: relaciona-se com a preclusão consumativa
Tipos de preclusão:
1- preclusão temporal: decorrido o prazo, em regra passa o direito da parte de praticar o ato
2- preclusão lógica: parte praticou ato incompatível com ato que deseja praticar agora.
3- preclusão consumativa: se pratica o ato, não pode praticá-lo novamente, não sendo possível emendar ou complementar
Uma vez praticado o ato, consome-se a possibilidade de emenda-lo dentro do prazo legal disponível
-princípio da complementariedade: permite a complementação/emenda do recurso, desde que após sua interposição haja a modificação da decisão recorrida
Art. 1024, ss4: “Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.”
Art. 1044, ss2: “Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso extraordinário interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de divergência será processado e julgado independentemente de ratificação.”
Juízo de admissibilidade: análise preliminar. Juízo realizado preliminarmente, antes de analisar o mérito. Diz respeito aos preenchimentos dos requisitos ou pressupostos a que o recurso está subordinado. 2 formas:
-processamento monofásico: só há um juízo de admissibilidade. O órgão ad quem (para o qual) faz o juiz.
-processamento bifásico: há dois juízos de admissibilidade. Um preliminar feito pelo tribunal recorrido (a quo) e outro definitivo feito pelo tribunal ad quem (tem incumbência de julgar o recurso)
Em regra, os recursos têm processamento monofásico
Efeitos: 
--positivo: declaração que o recurso satisfaz todos os pressupostos a que está subordinado. Efeito: abrir a via recursal para análise do mérito. Recebo, admito, conheço do recurso...
--negativo: há declaração de inexistência de 1 ou mais de 1 dos pressupostos a qual o recurso está subordinado. Efeito: obstar a análise do mérito. Não conheço, não admito, nega-se o recurso.
Juízo de mérito: é o juízo realizado em um segundo momento, após o juízo positivo de admissibilidade e diz respeito ao pedido de reforma, invalidação ou aperfeiçoamento da decisão
--positivo: dar provimento ao recurso
--negativo: negar provimento ao recurso
Competência: em regra, juízo ad quem (art. 505: “Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo: I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; II - nos demais casos prescritos em lei.”). Exceções: juízo a quo (arts. 485, ss7: “Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 dias para retratar-se.”, art. 1018, ss1: “Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.” e art. 1021, ss2: “O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.”
Também os poderes do relator: art. 932
Pressupostos da admissibilidade dos recursos: analisa em todos os recursos antes de fazer análise de mérito
-cabimento/adequação: relacionado ao princípio da correlação. É a exigência de utilização do recurso correto, do recurso previsto em lei para a espécie de decisão recorrida (ex: art. 1009, 1015, 1021). Esse pressuposto pode ser excepcionado pelo princípio da fungibilidade
Quando satisfeito o requisito, diz-se que o recurso é cabível, adequado ou próprio
-legitimidade para recorrer: art. 996 (“O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. P.ú. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.”). Pode recorrer: a parte, o terceiro prejudicado ou o MP, como parte ou fiscal da ordem jurídica
Art. 121: “O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. P.ú. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual.
Art. 122: “A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.”
-interesse em recorrer: art. 996. A parte vencida/terceiro prejudicado é quem pode recorrer, pelo prejuízo/sucumbência
Utilidade + necessidade (a irrecorribilidade da decisão do presidente do tribunal a quo que faz um juízo positivo de admissibilidade do recurso especial e do recurso extraordinário)
O interesse em recorrer, em regra, revela-se pela parte dispositiva da decisão
-tempestividade: o recurso deve ser interposto dentro do prazo previsto em lei, sob pena de preclusão. Art. 1003, ss5 (“Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 dias.”) – prazo para interpor os recursos e responder-lhes é de 15 dias
-preparo: é a exigência do recolhimento prévio das despesas processuais com o processamento do recurso e comprovação na interposição, sob pena de deserção.
Envolve as custas processuais e eventual porte de remessa e retorno se os autor forem físicos. Art. 1007: “No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.”
-regularidade formal: o recurso deve ser interposto na forma prevista em lei. Ex: art. 1010, 1016, 1017 e 1029
Traço comum: dever de fundamentação com o princípio da dialeticidade – art. 932, III: “Incumbe ao relator: III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.”
Art. 932, p.ú. (“Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.”) O dever de prevenção no âmbito recursal
-inexistência de foto impeditivo ou extintivo do poder de recorrer:
--fato extintivos: renúncia (art. 999: “A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.”) e aceitação (art. 1000: “A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer. P.ú. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.”)
--fato impeditivos: ex: art. 998, 1021, ss4 e ss5
Efeitos dos recursos:
-efeito obstativo: a interposição do recurso faz com que seja instalada a formação da coisa julgada (formal ou material) ou a ocorrência da preclusão, conforme o caso
O recurso é a manifestação de inconformismo da parte no mesmo processo
-efeito devolutivo: devolve a reapreciaçãoda matéria a um órgão superior, diferente ou ao mesmo que proferiu a revisão impugnada
--quanto a extensão: pode ser efeito devoluto parcial ou total, dependendo do que é recorrido em relação à parte dispositiva (tantum devolutum quantum appellatum). Art. 1013: “A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.”
--quando a profundidade: parcial ou total. Diz respeito aos fundamentos do recurso. Art. 1013, ss2: “Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.”. Pode recorrer contra toda a matéria, mas utiliza apenas um fundamento
-efeito suspensivo: com a interposição do recurso, há uma suspensão da eficácia do comando contida na decisão, de modo que o comando não pode ser exigido ou executado, enquanto não julgado o recurso
--ex lege: a regra geral é de que os recursos não detêm o efeito suspensivo (art. 995: "Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. P.ú A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.”), entretanto, há casos excepcionais que por maior segurança jurídica a lei prevê o efeito suspensivo para determinados recursos. Art. 1012 (“A apelação terá efeito suspensivo.”) e art. 987, ss1 (“O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional eventualmente discutida.”)
--ope judicis: o efeito suspensivo pode ser modificado por decisão judicial, presentes os requisitos da tutela provisória de urgência (art. 932, ii, art. 995, p.ú, art. 1012, ss4, art. 1019, I e art. 1026, ss1)
Não é o feito suspensivo que impede o trânsito em julgado da sentença, em razão de que mesmo os recursos que não dispõem desse efeito, impedem o trânsito em julgado. 
Não tendo efeito suspensivo o recurso, o comando da decisão pode ser exigido mediante cumprimento provisório de sentença (execução provisória). Art. 520: “O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos; III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução; IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.”
A lei irá dizer quando o recurso tem ou não recurso suspensivo
-efeito translativo: configura a exceção ao efeito devolutivo. O recurso devolve ao tribunal ad quem o conhecimento das questões de ordem pública, ainda que não sejam objeto do recurso. Art. 337, ss5: “Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.”
-efeito substitutivo: faz com que a decisão proferida no recurso, desde que conhecido, substitua a decisão anterior proferida, no que tiver sido objeto do recurso (art. 1008: “O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso.”)
Inexistência em caso de anulação por error in procedendo. Em regra, os embargos de declaração têm efeito integrativo e não substitutivo
-efeito expansivo: acarreta a possibilidade de o órgão julgador, em determinados casos, proferir decisão mais abrangente, como consequência do provimento do recurso, não se vinculando apenas ao reexame da matéria impugnada. Pode acarretar nulidade de todos os atos decisórios que dependam da decisão formada ou anulada (Art. 281: “Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes.” Art. 282: “Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.”)
-efeito interruptivo (do prazo): a oposição de determinados recursos interrompe o prazo para a interposição de outros recursos igualmente cabíveis
--embargos de declaração: art. 1026: “Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.”
--embargos de divergência: art. 1044, ss1: “A interposição de embargos de divergência no Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo para interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes.”
-efeito regressivo: possibilita, nos casos previstos em lei, que o próprio órgão prolator da decisão recorrida, ante a interposição do recurso, reconsidere ou reforme a sua decisão, exercendo o denominado juízo de retratação ou juízo de reconsideração. Configura uma exceção a preclusão pro judicato – art. 505: “Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo: I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; II - nos demais casos prescritos em lei.”
Apelação:
Conceito: é o recurso que se interpõe das sentenças e das decisões interlocutórias dos juízes de 1 grau de jurisdição que não comportam agravo de instrumento, para levar a causa ao reexame dos tribunais de 2 grau, visando obter a reforma ou anulação total ou parcial da decisão impugnada
Cabimento: art. 1009. Da sentença cabe apelação. E contra as decisões interlocutórias proferidas que não puderam ser agraváveis
Sentença: art. 203: “Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.”
Exceções: art. 34, lei 6830 (embargos infringentes), art. 1027, II, b (recurso ordinários – art. 105, II, c, cf) e art. 41, lei dos juizados especiais (recurso inominado)
Tempestividade: necessidade da interposição do recurso dentro do prazo previsto em lei.
Prazo: 15 dias
Art. 1003, ss1, 5 e 6: “§ 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão. § 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. § 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.”
Regularidade formal: art. 1010: “ A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: I - os nomes e a qualificação das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; IV - o pedido de nova decisão.”
Deve ser interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, e conterá: (I, II, III e IV)
Efeito devolutivo:
Regra: art. 1013: “A apelação devolvera ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.” (tantum devolutum quantum appellatum)
Exceções: art. 1013, ss1, 2, 3, 4, 5: “§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. § 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485 ; II - decretar a nulidadeda sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. § 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. § 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.”
Art. 1014: “As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.”
Efeito suspensivo: 
-ex lege: art. 1012: “A apelação gera efeito suspensivo.”
--exceções: ss1, ii, v e ss2: “§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: II - condena a pagar alimentos; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; § 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.”
-ope judicis: ss3, i, ii e ss4: “§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; II - relator, se já distribuída a apelação. § 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.”
Procedimento da apelação em 1 grau:
Art. 1010, ss1, 2 e 3: “§ 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias. § 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. § 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.”
-interposição (na forma do art. 1010: “ A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: I - os nomes e a qualificação das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; IV - o pedido de nova decisão.)
-contraditório (contrarrazões em 15 dias – ss1)
-novo contraditórios se houver apelação adesiva (ss2)
-remessa ao tribunal sem juízo de admissibilidade (ss3) – procedimento monofásico do juízo de admissibilidade, uma vez que, somente é feito pelo tribunal ad quem
Procedimento no tribunal:
TJPR: composição dos órgãos do tribunal em matéria civil:
-18 câmara cíveis (em composição isolada e em composição integral). Com 5 desembargadores em cada. Tem competência concorrentes, formando 1 seção
-7 seções cíveis que correspondem à junção de câmaras com a mesma competência em razão da matéria e funciona em composição isolada, em divergência ou com composição qualificada
-1 órgão especial com 25 desembargadores. É o órgão mais alto
Registro e distribuição:
Art. 929: “Os autos serão registrados no protocolo do tribunal no dia de sua entrada, cabendo à secretaria ordená-los, com imediata distribuição. Parágrafo único. A critério do tribunal, os serviços de protocolo poderão ser descentralizados, mediante delegação a ofícios de justiça de primeiro grau.”
Art. 930: “Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade. Parágrafo único. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo.”
Art. 931: “Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria.”
Relator:
Art. 932, incisos e p.ú:  “Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal; VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. P.ú. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.”
Designação da data de julgamento e publicação da pauta:
Art. 934: “Em seguida, os autos serão apresentados ao presidente, que designará dia para julgamento, ordenando, em todas as hipóteses previstas neste Livro, a publicação da pauta no órgão oficial.”
Art. 935, ss1 e 2: “Entre a data de publicação da pauta e a da sessão de julgamento decorrerá, pelo menos, o prazo de 5 (cinco) dias, incluindo-se em nova pauta os processos que não tenham sido julgados, salvo aqueles cujo julgamento tiver sido expressamente adiado para a primeira sessão seguinte. § 1º Às partes será permitida vista dos autos em cartório após a publicação da pauta de julgamento. § 2º Afixar-se-á a pauta na entrada da sala em que se realizar a sessão de julgamento.”
Sessão de julgamento: relatório e sustentação oral. Art. 937, incisos e §: “Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do MP, pelo prazo improrrogável de 15 minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: I - no recurso de apelação; II - no recurso ordinário; III - no recurso especial; IV - no recurso extraordinário; V - nos embargos de divergência; VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal. § 1º A sustentação oral no incidente de resolução de demandas repetitivas observará o disposto no art. 984 , no que couber. § 2º O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais. § 3º Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga. § 4º É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagensem tempo real, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão.”
Votação, anúncio do resultado e redação do acordão:
Art. 940: “O relator ou outro juiz que não se considerar habilitado a proferir imediatamente seu voto poderá solicitar vista pelo prazo máximo de 10 (dez) dias, após o qual o recurso será reincluído em pauta para julgamento na sessão seguinte à data da devolução. § 1º Se os autos não forem devolvidos tempestivamente ou se não for solicitada pelo juiz prorrogação de prazo de no máximo mais 10 dias, o presidente do órgão fracionário os requisitará para julgamento do recurso na sessão ordinária subsequente, com publicação da pauta em que for incluído. § 2º Quando requisitar os autos na forma do § 1º, se aquele que fez o pedido de vista ainda não se sentir habilitado a votar, o presidente convocará substituto para proferir voto, na forma estabelecida no regimento interno do tribunal.”
Art. 941: “Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor. § 1º O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação do resultado pelo presidente, salvo aquele já proferido por juiz afastado ou substituído. § 2º No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 juízes. § 3º O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento.”
Exceções:
Julgamento em sessão virtual: é diferente do julgamento por videoconferência. Por meio da interação virtual os magistrados assistiam as sustentações orais e julgarão processos administrativos e feitos jurisdicionais não incluídos ou retirados do plenário virtual. 
O julgamento em sessão virtual tem a seguinte previsão no regimento interno do TJPR:
Art. 70-A
Art. 70-B
Art. 70-C
A decisão se irá para julgamento presencial ou virtual será realizada pelo relator. Se for em sessão virtual, as partes podem se opor
Julgamento com técnica de ampliação de quórum em resultado não unanime:
-cabimento na apelação: art. 942 (“Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.”). Quando o resultado for não unanime. Não pode anunciar o final, e deve continuar o julgamento com a técnica
Será convocado julgadores com número suficiente para reverter o resultado inicial
-cabimento na ação rescisória: art. 942, ss3, i: (“§ 3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não unânime proferido em: I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno.”) resultado for não unanime. Que haja decretado a rescisão da decisão (maioria decrete rescisão da decisão)
Para a ação rescisória é necessário a dupla conformidade
-cabimento no agravo de instrumento: at. 942, ss3, ii (“§ 3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não unânime proferido em: II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito.”): resultado for não unanime. No sentido da reforma. Somente da decisão que julgar parcialmente o mérito (art. 356: “O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 .”)
Também necessário a dupla desconformidade
Exceções:
Não se aplica a técnica de ampliação (art. 942, ss4: “Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; II - da remessa necessária; III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial.”)
-assunção de competência e IRDR (incidente de resolução de demandas repetitivas)
-remessa necessária. Se houver apenas remessa não pode, se vier junto com recurso voluntario poder
-julgador não unanimes do plenário ou da corte especial
Procedimento: art. 942, ss1 e 2: “§ 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado. § 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento.”
-com resultado não unanime, convocação de outros julgadores, em número suficiente a inverter o resulto inicial (de acordo com o relator interno)
-sendo possível, o prosseguimento pode dar-se na mesma sessão
-possibilidade de nova sustentação oral, perante os novos julgadores (se não acompanharam o julgamento não unanime)
-poderão rever seus votos os julgadores que já votaram
Decisão monocrática do relator: art. 932, III, IV e v: “Incumbe ao relator: III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.”
Decisão monocrática: em regra do relator
Agravo interno: é o recurso cabível, em regra, contra a decisão monocrática do relator para devolver o conhecimento da matéria ao órgão colegiado originalmente competente para o julgamento do recurso e do qual o relator faz parte
Art. 1021: “Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.”
Agravo de instrumento:
Conceito: é o recurso cabível contra especificas decisões interlocutórias previstas em lei
Esse recurso será processado fora dos autos da causa onde se deu a decisão impugnada e interposto diretamente no tribunal competente
O instrumento é um processado à parte, formado com as razoes, contrarrazões e copias das peças necessárias à compreensão e julgamento da causa
É o pronunciamento com conteúdo decisório proferido no curso do procedimento, que não encerra a fase cognitiva nem o processo de execução, ou seja, os atos pelos quais o juiz no curso do processo resolve questão incidente
-cabimento: art. 1015: “Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; XIII - outros casos expressamente referidos em lei.”. Art. 354, p.ú: “A decisãoa que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.” Art. 356, ss5: “A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.”
-tempestividade: art. 1003, ss5: “Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 dias.” Art. 1017, ss2: “No prazo do recurso, o agravo será interposto por: I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias; III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento; IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; V - outra forma prevista em lei.”
-regularidade formal: 
Art. 1016: “O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos: I - os nomes das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido; IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.” – petição
Art. 1017, I e ii: “A petição de agravo de instrumento será instruída: I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal.” – peças do instrumento (exceção art. 1017, ss5: “Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput , facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia.”)
Art. 1018, ss2 e 3: “§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput , no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento” – procedimento em 1 grau (requisito diferido e eventual)
Efeito suspensivo:
-ex lege: sem efeito suspensivo, conforme o art. 995
-ope judicis: pode ser atribuído pelo relator, art. 1019, i: “Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo de 5 dias: I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;” e art. 932, ii: “Incumbe ao relator: II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;”, observados os requisitos do art. 995, p.ú: “A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.”
Procedimento: 
Art. 1.019: “Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo de 5 dias: I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso; III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 dias.”
Art. 1.020: “O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado.”
Embargos de declaração:
Conceito: é o recurso destinado a pedir ao juiz ou ao tribunal prolator da decisão que esclareça a obscuridade, elimine a contradição, supra a omissão ou corrija o erro material existente no julgado
-obscuridade: falta de clareza no julgado, que impede de ver corretamente qual o alcance da decisão
-contradição: existência de partes incongruentes na decisão
-omissão: art. 1022, p.ú: (“Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º ”) – falta de decisão a respeito de questão de fato ou de direito relevantes para a causa
-erro material: erro manifesto. Ex: erro de digitação
Cabimento: art. 93, ix, cf (“Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: IX- todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.”), art. 5, XXXV, cf (“a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.”) e art. 1022, cpc (“Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material.”)
Efeitos:
-devolutivo: efeito que propicia a reapreciação ou rejulgamento por parte do poder judiciário
-suspensivo: art. 1026, ss1: “A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.”
A inexistência de efeito suspensivo dos embargos de declaração não autoriza o cumprimento provisório da sentença nos casos em que a apelação tenha efeito suspensivo
-interrupto: art. 1026 (“Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.”) e art. 1024, ss4 (“Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.”). Volta a correr com o prazo integral
-infringentes (excepcional): tem esse efeito quando a modificação na conclusão do julgado for uma consequência necessária do julgamento que supre a omissão ou elimina a contradição. Art. 1023, ss2: “O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.”
Tempestividade: art. 1023: “Os embargos serão opostos, no prazo de 5 dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.”
Embargos protelatórios: art. 1026, ss2, 3 e 4: “§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. § 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública edo beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 anteriores houverem sido considerados protelatórios.”
Procedimento:
-petição escrita ao juiz ou ao relator, no prazo de 5 dias, sem preparo (art. 1023)
-não há contraditório, salvo no caso do art. 1023, ss2: “O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.”
-não há sustentação oral (art. 937)
-julgados em 5 dias pelo juiz ou pelo relator (art. 1024 e ss2: “O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.” § 2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.”) e na 1ª sessão subsequente, em caso de decisão colegiada (art. 1024, ss1: “§ 1º Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.”), funcionando como relator o mesmo relator do acordão impugnado
-podem ser convertidos em agravo interno na hipótese do art. 1024, ss3: “§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º .” (observar o ss2: “§ 2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.”) 
Embargos de declaração e o pré questionamento: art. 1025: “Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.”
Pré questionamento: exigência que a questão federal ou constitucional controvertida consta na decisão recorrida. Que a parte tenha discutido e o tribunal apreciado
Recurso ordinário:
Competência do STJ: art. 105, cf, i, ii e III: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; c) os habeas corpus , quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; II - julgar, em recurso ordinário: a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.”
Tem a finalidade para propiciar a parte que tenha um novo julgamento. Manifestar seu inconformismo
Conceito: é o recurso cabível para, via de regra, impugnar decisões proferidas em única instancia (portanto de competência originaria) pelos tribunais superiores, pelos tribunais dos estados ou pelos tribunais regionais federais, em determinadas ações, para levar a causa a reexame, com ampla devolutividade, por parte do STF ou STJ, conforme o caso
Cabimento perante o STF: art. 102, ii, a), cf: “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: II - julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;” e art. 1027, i, cpc: “Serão julgados em recurso ordinário: I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;”
Mandado de segurança, habeas data, mandado de injunção, que tenham sido decididos em única instancia pelos tribunais superiores (STF, TSE, TSR, STM)
Quando denegatória (negada) a decisão
Cabimento perante o STJ: art. 105, ii, b), cf: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: II - julgar, em recurso ordinário: b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;” e art. 1027, ii, a, cpc: “Serão julgados em recurso ordinário: II - pelo Superior Tribunal de Justiça: a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;”
Mandado de segurança em única instancia pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, DF e territórios, quando denegatória a decisão
As causas em que forem partes estado estrangeiro ou organismo internacional (não empresa), de um lado, e, do outro município ou pessoa residente ou domiciliada no pais (competência inicial, neste caso é de juiz federal de 1 instancia, conforme art. 109, ii)
Procedimento:
Art. 1028: “Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.”
Interposição perante o tribunal de origem: art. 1028, ss2: “§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunalde origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões.”
Contraditório – art. 1028, ss2: “§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões.”
Remessa sem juízo de admissibilidade (monofásico) – art. 1028, ss3: “§ 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade.”
O tribunal ad quem pode decidir desde logo o mérito (art. 1013, ss3: “§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485 ; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.”) – art. 1027, ss2: “§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º .”
Pedido de efeito suspensivo (art. 1029, ss5: “§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; II - ao relator, se já distribuído o recurso; III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 .”)
Julgamento do recurso conforme regimento interno
Recurso especial:
Conceito: é o recurso que tem a finalidade de propiciar que o STJ exerça seu papel primordial de zelar pela obediência, e aplicação correta e uniforme do direito federal em todo o território nacional, garantindo assim, a integridade do sistema federativo e a supremacia das leis federais, impedindo não só a desobediência, como também a regionalização da interpretação e da aplicação do direito federal
Cabimento: art. 105, III
Pressupostos constitucionais:
-controvérsia federal: controvérsia em torno da aplicação ou interpretação de norma federal que se subsume em uma das hipóteses das alíneas A, B ou C, do art. 105, iii, cf: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.”
-causa decidida em única ou última instancia nos TRF’s/TJ’s (prévio esgotamento das vias ordinárias)
-prequestionamento: exigência de que a questão federal controvertida tenha sido decidida pelo acordão recorrido (observar arts. 941, ss3: “§ 3º O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento.” e art. 1025: “Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.”)
Regularidade formal: art. 1029, i, ii, III e ss1: “O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - a exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. § 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.”
-dissídio jurisprudencial (art. 1029, ss1, cpc): o recorrente deve fazer a prova da divergência mediante a prova da existência do acordão recorrido e o acordão paradigma/divergente
-confronto analítico: é a demonstração, nas razoes de recurso, mediante transcrição de trechos do acordão recorrido e do acordão paradigma, de que ambos os acórdãos se assentam em fatos idênticos ou semelhantes e apresentam divergentes conclusões jurídicas (o que é, onde se faz e como se faz)
Tempestividade:
Art. 1003, ss5 e ss6: “§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 dias. § 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.”
Art. 1029: “O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - a exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.”
Sumula n 126/STJ
Efeitos:
-devolutivo: restrito a questão de direito federal, por exemplo sumula 7/STJ
-suspensivo: 
--ex lege: art. 995 (“Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.”) e art. 987 e ss1 (“Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso.
§ 1º O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional eventualmente discutida.”)
--ope judicis: art. 1029, ss5: “§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; II - ao relator, se já distribuído o recurso; III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.” 
Procedimento no tribunal recorrido:
Art. 1030: “Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: I– negar seguimento: a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral; b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos; II– encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do SupremoTribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036; V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.“
-procedimento no tribunal a quo: art. 1030
--interposição
--contraditório
-procedimento obrigatório já formado: art. 1030, i e ii. Ou nega ou encaminha
-precedente obrigatório em formação: art. 1030, III e IV
-juízo de admissibilidade em relação aos pressupostos: art. 1030, v
Decisão de inadmissibilidade: as decisões que negam seguimento aos recursos extraordinários podem ser divididas em dois grandes grupos, a saber:
1- não admissibilidade em virtude da falta de um ou mais requisitos dos recursos excepcionais, como intempestividade, não demonstração do dispositivo violado, não comprovação de dissídio jurisprudencial, etc
2- inadmissibilidade decorrente da inexistência de repercussão geral já reconhecida pelo STF ou por ser o recurso contrário a entendimento pacificado em sede de recursos repetitivos
Recurso da decisão do presidente do tribunal recorrido: art. 1030, ss1 e ss2: “§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. § 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.”
Recurso contra decisão de inadmissibilidade: o enunciado 77 aprovado pelo conselho da justiça federal (CJF) na I jornada de direito processual civil, ocorrida em 2017, dispôs que: “para impugnar decisão que obsta transito a recurso excepcional e que contenha simultaneamente fundamento relacionado à sistemática dos recursos repetitivos ou da repercussão geral (art. 1030, i, cpc) e fundamento relacionado à analise dos pressupostos de admissibilidade recursais (art. 1030, v, cpc), a parte sucumbente deve interpor, simultaneamente, agravo interno (art. 1021, cpc) caso queira impugnar a parte relativa aos recursos repetitivos ou repercussão geral e agravo em recurso especial/extraordinário (art. 1042, cpc) caso queixa impugnar a parte relativa aos fundamentos de inadmissão por ausência dos pressupostos recursais.”
Recurso extraordinário:
É equivalente ao recurso especial, só que dirigido ao STF
Conceito: é o recurso cabível contra as decisões de única ou última instancia que contenham controvérsia em torno da interpretação/aplicação de norma constitucional e que propicia ao STF manter, dentro do sistema federal e da descentralização do poder judiciais, a autoridade e unidade da constituição, e, ainda, zelar pela obediência e pela correta e uniforme interpretação
Cabimento: art. 102. III: “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.“
Pressupostos constitucionais:
Controvérsia constitucional: controvérsia em torno da aplicação ou interpretação de norma constitucional que se subsuma numa das hipóteses das alíneas a, b, c ou d, do art. 102, III, cf
Causa decidida em única ou última instancia
Prequestionamento: exigência de que a controvérsia constitucional seja uma causa decidia, isto é, conste da decisão recorrida
Repercussão geral: art. 102, ss3, cf (“§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.”) e art. 1035, cpc (“O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.”)
Regularidade formal: art. 1029 (“O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - a exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.”) e art. 1035 (“O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.”)
Tempestividade: art. 1003, art. 1029 e sumula n 126/STJ
Efeitos: 
-devolutivo: restrito a questão constitucional. Ex: sumula 7/STJ
-suspensivo: 
--ex lege: art. 995 (“Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.”) e art. 987 (“Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso.”
--ope judicis: art. 1029, ss5: “§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; II - ao relator, se já distribuído o recurso; III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 .”
Procedimento no tribunal recorrido: 
Procedimento no tribunal a quo: art. 1030
-interposição
-contraditório
-juízo de admissibilidade pelo presidente ou vice do tribunal a quo (art. 1030, i a v)
Agravo em recurso especial e agravo em recurso extraordinário: art. 1042, cpc
Objeto: juízo de admissibilidade negativo de recurso especial ou extraordinário (hipótese do art. 1030, v) – salvo quando fundado na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos
Agravo – procedimento no tribunal de origem: art. 1042: “Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.”
Interposição perante o presidente ou vice do tribunal de origem. Sem preparo. Prazo de 15 dias
Contraditório: 15 dias
Não havendo retratação, remessa ao tribunal ad quem (STF ou STJ), sem juízo de admissibilidade
Agravo – procedimento no tribunal superior: art. 1042, ss5, ss6, ss7 e ss8: “§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. § 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. § 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo interposição

Outros materiais