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Recurso Extraordinário e Recurso Especial

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Recurso Extraordinário e Recurso Especial
Requisitos de Admissibilidade comuns ao RE e ao REsp
· Esgotamento de recursos ordinários: Enquanto houver possibilidade e aplicação de outros recursos, não será viável entrar com RE ou REsp.
· Contra decisão de única ou última instância: não cabe contra outras decisões.
OBS: Juizados Especiais Contra sentença é cabível o recurso inominado em 10 dias que será julgado por uma Turma Recursal (composta por 3 juízes da 1ª instância), que não pertence ao TJ ou TRF.
· O art. 103, III que trata do RE fala que é cabível contra decisões de única ou última instância Portanto, cabe RE contra decisões das Turmas Recursais dos Juizados Especiais;
· O art. 105, III que trata do REsp determina que é cabível contra decisões de única ou última instância nos TRF’s e TJ’s Ou seja, não é cabível REsp contra decisões das Turmas Recursais nos Juizados Especiais.
· Que não visem rediscutir matéria de fato: Os recursos são de fundamentação vinculada, isto é, somente cabem nas hipóteses previstas na CRFB. Não servem para rediscutir fatos e provas e sim para reexaminar matéria jurídica (questões de direito). Decisão fático-probatória transita em julgado ao final da 2ª instância.
· Súmula 279 do STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
· Súmula 7 do STJ: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial. 
OBS: Admissibilidade de um tipo de prova para determinado fato Os tribunais não podem reapreciar provas, mas podem discutir se aquela prova era cabível e qual a sua valoração de acordo com a CF e as leis.
· Ex: Não é possível rediscutir se a interceptação telefônica é suficiente para demonstrar os fatos, mas é possível discutir se a interceptação telefônica, naquele caso, contraria a CRFB.
· Pré-questionamento: É necessário que a questão constitucional ou federal já tenha sido discutida nas instâncias ordinárias. A questão jurídica não pode ser uma inovação recursal.
· OBS: Art. 941, § 3º: O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento.
Embargos de Declaração para fins de pré-questionamento: Se a instância inferior não analisou aquela questão que foi suscitada, a parte poderá interpor embargos de declaração para suprir a omissão. 
· Pré-questionamento implícito: Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. Ou seja, mesmo que o órgão considere que não houve omissão e não aborde a questão constitucional ou federal suscitada, a matéria será considera pré-questionada.
· O pré-questionamento explícito acontece quando o acórdão indica o dispositivo constitucional ou federal.
Súmula n. 356 do STF: O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.
Súmula 98 do STJ: Os embargos de declaração com nítido objetivo de prequestionamento, não serão considerados protelatórios.
· Necessidade de indicação da alínea de cabimento e do dispositivo violado: O art. 1029 determina que os recursos devem demonstrar o cabimento do recurso. Dessa forma, é necessário indicar qual a alínea do art. 102 ou 105 da CRFB é cabível na situação e qual o dispositivo da CF ou da lei federal está sendo violado.
· Recurso Extraordinário: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.  
· Recurso Especial: Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Interposição
OBS: O prazo de interposição é o mesmo de forma que caso a parte tenha interesse de apresentar os dois recursos, terá que fazer de forma conjunta, em petições separadas. Caso contrário, haverá preclusão consumativa.
· OBS: Segundo o STJ, a parte tem o prazo simultâneo de 15 dias para apresentar os recursos, sendo que a segunda impugnação não fica preclusa caso manejada em data posterior à primeira, desde que respeitado o interregno legal. STJ - AREsp: 2126023 GO 2022/0138038-5
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
Recurso fundado em dissídio jurisprudencial
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
· Dissídio jurisprudencial ocorre quando um tribunal dá uma interpretação diversa da estabelecida por outro tribunal. Dessa forma, quando o recurso tiver esse fundamento será necessário comprovar a divergência apresentando o acórdão paradigma e realizando o cotejo analítico entre este e o acórdão recorrido.
· Não cabe RE com fundamento em dissídio jurisprudencial.
Desconsideração de vício formal
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto.
Efeito Suspensivo
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
· I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;
· II - ao relator, se já distribuído o recurso;
· III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.         
Processamento
 Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias, findo o qual osautos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:          
· I – negar seguimento:  
· a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o STF não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF exarado no regime de repercussão geral;    
· b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF ou do STJ, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;           
 
· II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do STF ou do STJ exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
· III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;
· IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036;
· V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:  
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. 
Agravo em RE e REsp: 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. 
Agravo Interno
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I (decisão que negar seguimento) e III (decisão que sobrestar) caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
Interposição Conjunta
 
 Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
· § 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao STF para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
· § 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao STF. § 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao STJ para o julgamento do recurso especial.
Fungibilidade
No Resp
 Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional.
· Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput , o relator remeterá o recurso ao STF, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça.
No Recurso Extraordinário
 Art. 1.033. Se o STF considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao STJ para julgamento como recurso especial.
· O STF não analisa a constitucionalidade por reflexo, isto é, quando para analisar a constitucionalidade tiver que analisar a lei federal.
Admissibilidade
 Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o STF ou o STJ julgará o processo, aplicando o direito.
· Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado. é a regra de extensão do efeito devolutivo da apelação aos recursos excepcionais, permitindo ao STF e ao STJ conhecer de matéria originária que não tenha sido objeto de apreciação. 
Súmula 292 do STF: Interposto o recurso extraordinário por mais de um dos fundamentos indicados no art. 101, n. III, da Constituição, a admissão apenas por um deles não prejudica o seu conhecimento por qualquer dos outros.
Particularidades do Recurso Especial
Cabimento
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
· Súmula 518, STJ: Não é cabível REsp fundado em alegada violação de súmula.
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
 
· Somente no caso de validade de ato local, se for validade de lei local em face de lei federal é cabível RE.
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
· Tem de ter divergência entre tribunais, não pode ser entre turmas do mesmo tribunal. Súmula 13 STJ: A divergência de julgados do mesmo tribunal não enseja Resp.
Particularidades do Recurso Extraordinário
Cabimento
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
· É possível RE quando o acórdão recorrido der a dispositivo constitucional interpretação divergente da de outro tribunal.
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
· Não é cabível se for pela constitucionalidade.
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
· Se o acórdão declara a inconstitucionalidade de lei local não haverá RE.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.  
· Não cabe se for pela validade de lei federal em detrimento de lei local.
· Súmula 280 do STF: Por ofensa ao direito local não cabe RE.
Repercussão geral
 Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
· § 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
Requisito extrínseco de admissibilidade
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. Deverá demonstrar em preliminar do recurso, é um pressuposto de validade, ou seja, ainda que haja repercussão, se o recorrente não demonstrar (escrever), o recurso não será conhecido.
Repercussão geral presumida
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
· contrarie súmula ou jurisprudência dominante do STF;
· tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da CF (cláusula de reserva de plenário).
Intervenção de terceiros
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do STF. Cabível amicus curiae.
Manifestação acerca da repercussão geral
Art. 102, § 3º da CRFB: No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de 2/3 de seus membros. Competência do Pleno por decisão de, pelo menos, 8 ministros.
Suspensão dos processos que versam sobre a mesma questão
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensãodo processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
· § 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus . Quando o recurso é julgado, o entendimento exarado é aplicável aos recursos que versem sobre a mesma questão e serão decididos onde estiverem. Ex: quem decidirá o recurso aplicando o entendimento do STF é o Tribunal de Justiça.
Negação de repercussão geral
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
Exclusão de sobrestamento
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
· § 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno.
Súmula da decisão sobre a repercussão geral
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como acórdão.
RE e REsp Repetitivos
 Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
· § 1º O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso.
· § 4º A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia. § 5º O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem.
Requisitos de escolha
§ 6º Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
Exclusão de sobrestamento
§ 2º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
· § 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno.
 
Decisão de afetação
 Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá decisão de afetação, na qual:
· I - identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento;
· II - determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional;
· III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia.
· § 7º Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caput contiverem outras questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir esta em primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada processo.
Não afetação
§ 1º Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 1º.
Mais de uma afetação
§ 3º Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido a decisão a que se refere o inciso I do caput .
Julgamento dos recursos afetados
§ 4º Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
Intimação da decisão de suspensão
§ 8º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o inciso II do caput .
· § 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu processo. § 10. O requerimento a que se refere o § 9º será dirigido:
I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau;
II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem;
III - ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou recurso extraordinário no tribunal de origem;
IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso extraordinário cujo processamento houver sido sobrestado.
§ 11. A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o § 9º, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 12. Reconhecida a distinção no caso:
I - dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao processo;
II - do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice-presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou o recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.030, parágrafo único.
§ 13. Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9º caberá:
I - agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau;
II - agravo interno, se a decisão for de relator.
Incumbências do relator
Art. 1.038. O relator poderá:
I - solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno;
II - fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento;
III - requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida a diligência, intimará o Ministério Público para manifestar-se.
· § 1º No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão praticados, sempre que possível, por meio eletrônico.
· § 2º Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais ministros, haverá inclusão em pauta, devendo ocorrer o julgamento com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
· § 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise dos fundamentos relevantes da tese jurídica discutida. 
Decisão proferida
 Art. 1.039. Decididos os recursos afetados, os órgãos colegiados declararão prejudicados os demais recursos versando sobre idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando a tese firmada.
· Parágrafo único. Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários cujo processamento tenha sidosobrestado.
 Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma:
· I - o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com a orientação do tribunal superior;
· II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;
· Art. 1.041. Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou extraordinário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, § 1º.
· § 1º Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de origem, se for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento se tornou necessário em decorrência da alteração.
· § 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões.
· III - os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior;
· IV - se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.
Desistência da ação
§ 1º A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia. § 3º A desistência apresentada nos termos do § 1º independe de consentimento do réu, ainda que apresentada contestação.
· § 2º Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do pagamento de custas e de honorários de sucumbência.

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