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MÓDULO 02 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA/Teste-do-Módulo-2-AVANÇADO.docx
Teste do Módulo 2 - AVANÇADO 
Assinalar a afirmação verdadeira:
Escolha uma:
Os perfis de chapa dobrada apresentam comportamento diferente dos perfis soldados e laminados 
Os perfis de chapa dobrada são usados apenas em estruturas de pequeno porte 
Os perfis de chapa dobrada são obtidos por laminação a frio 
Os elementos constituintes da seção de um perfil de chapa dobrada recebem a denominação AA, quando:
Escolha uma:
Apresentem duas extremidades com dobras 
Apresentam uma das extremidades livres 
Apresentam suas extremidade livres 
Os elementos constituintes da seção de um perfil de chapa dobrada recebem a denominação AL, quando:
Escolha uma:
Apresentem duas extremidades livres 
Apresentam uma das extremidades livres 
Apresentam suas extremidades com dobra 
Os perfis de chapa dobrada podem apresentar qualquer espessura:
Escolha uma:
Desde que espessuras superiores a 5 mm 
Desde que suas partes mantenham uma relação adequada entre largura e espessura e espessura 
Desde que espessuras inferiores a 5 mm 
Assinale a opção correta que complementa a frase a seguir:
No dimensionamento de barras submetidas à compressão simples, a força resistente de cálculo é obtida considerando ...
Escolha uma:
• a Flambagem por flexão, flexo-torção e torção da barra 
• a Flambagem por flexão e flexo-torção da barra 
• a seção bruta plastificando e a seção líquida na ruptura 
Suponha um perfil U enrijecido usado como viga, então o valor máximo recomendado pela Norma para a relação largura-espessura da mesa é:
Escolha uma:
• b/t = 30 
• b/t = 200 
• b/t = 90 
O conceito de largura efetiva e coeficiente de flambagem local dado na Norma referem-se a:
Escolha uma:
• distribuição de tensões independente do tipo de elemento 
• diminuição da seção devida às dobras 
• distribuição de tensões dependendo se elementos AA ou AL 
O conceito de índice de esbeltez reduzido do elemento depende:
Escolha uma:
• da tensão de compressão no elemento, da relação b/t do elemento, do coeficiente de flambagem local e do material 
• apenas da relação b/t do elemento 
• apenas da tensão de compressão no elemento no estado limite último de escoamento, ou de flambagem e do coeficiente de flambagem local 
O efeito “shear lag” pode ser desconsiderado no dimensionamento dos perfis quando:
Escolha uma:
• O vão da viga for maior que 30 vezes a altura livre da alma do perfil 
• O vão da viga for maior que 30 vezes a largura livre da mesa do perfil 
• O vão da viga for menor que 30 vezes a largura livre da mesa do perfil 
No dimensionamento de barras submetidas a tração simples, a força resistente de cálculo é obtida:
Escolha uma:
• considerando a seção bruta (sem desconto dos furos) plastificando 
• considerando a seção líquida (com desconto dos furos) plastificando e a seção bruta (sem desconto dos furos) na ruptura 
• considerando a seção bruta plastificando e a seção líquida na ruptura 
MÓDULO 02 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA/MÓDULO 2 - ROTEIRO - AVANÇADO.pdf
Módulo 2 - Tópicos deste módulo 
 
Módulo 2 - DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA 
DOBRADA 
Tópicos deste módulo 
Vídeo 2 - Perfis de Chapa Dobrada 
 
2. DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA 
 
2.1. Valores máximos da relação largura-espessura 
2.2. Flambagem local (largura efetiva) 
2.3. Deslocamentos 
2.4. Efeito "shear lag" 
2.5. Dimensionamento de barras submetidas à tração 
2.6. Dimensionamento de barras submetidas à compressão centrada 
2.7. Dimensionamento de barras submetidas à momento fletor 
2.8. Dimensionamento de barras submetidas à força cortante 
2.9. Dimensionamento de barras submetidas à momentos fletores e força cortante 
simultaneamente 
 
Módulo 2 
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA - 
Parte 1 
Perfis de Chapa Dobrada 
Como sabemos os perfis de chapa dobrada são obtidos pelo dobramento de chapas planas 
em máquinas especiais chamadas dobradeiras. Devido a esse processo, e visando não alterar 
substancialmente as características do material, as chapas utilizadas na conformação desses 
perfis são chapas finas o que faz com que esses perfis sejam utilizados para obras de pequeno 
e médio porte. 
Os perfis de chapa dobrada apresentam algumas especificidades que diferenciam os critérios 
para seu dimensionamento daqueles usados para perfis laminados e de chapas soldadas. Isso 
ocorre principalmente devido às dobras e esbeltez desses perfis. Devido a essas 
especificidades esses perfis são regidos por uma Norma especial, a NBR 14762:2010. 
2.1. Valores máximos da relação largura-espessura 
O primeiro critério se refere a questão da esbeltez das partes que compõem o perfil. Neste 
critério é exigido um valor máximo da relação entre largura e espessura das partes que 
compõem o perfil. 
Esses valores são dados na tabela 3 da Norma, e para usá-la é necessário conceituar 
inicialmente o que são elementos AA e AL das partes que compõe o perfil. 
AA são elementos que apresentam dobras em suas duas extremidades, e são chamados de 
elementos com bordas vinculadas. 
Os elementos AL são aqueles que apresentam uma das extremidades sem dobras e são 
denominados elementos de borda livre. 
 
Figura 11 
Legenda: 
AA - elemento com bordas vinculadas 
AL - elemento com borda livre 
 
 
 
Figura 12 - Valores máximos da relação largura-espessura - Fonte: NBR 14762: 2001 - TABELA 3, p.12 
(Na versão NBR 14762:2010 ver Tabela 4 - p.25) 
 
Módulo 2 
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA - 
Parte 2 
2.2. Flambagem local (largura efetiva) 
Para verificação da resistência de perfis de chapa dobrada deve-se considerar uma redução na 
área real do perfil, denominada área efetiva. 
Para perfis abertos e tubulares não circulares, a resistência deve ser verificada pela área 
efetiva do perfil dada pela largura efetiva dos elementos componentes do perfil. Para isso deve-
se levar em conta a possibilidade de flambagem local que provoca a diminuição das dimensões 
da secção do perfil 
A largura efetiva é um valor reduzido da largura real. A largura efetiva depende da distribuição 
das tensões de compressão na região comprimida do perfil; depende, também do tipo de 
elemento, se AA ou AL. 
Seja 
 
 
tensão mínima 
 
tensão máxima 
 
 
Os valores acima são definidos no item 7.2.1.1 da NBR 14762. 
Elementos AA e AL com 
 
 
 
 
Elementos AL com 
 
 
 
 
 = largura da região comprimida do elemento 
 índice de esbeltez reduzido 
 
 = coeficiente de flambagem local calculado conforme as tabelas 4 e 5 da NBR14762 
 = módulo de elasticidade do aço 
 = máxima tensão de compressão, podendo ser seu estado-limite último de escoamento da seção (
) ou seu estado-limite de instabilidade da barra ( , ) 
 
Para , a largura efetiva é a própria largura do elemento 
 
 
SUGESTÃO 
Quando possível adotar: 
 
para elementos AA 
 
 
para elementos AL 
 
 
Assim a largura efetiva será a própria largura do elemento 
2.3. Deslocamentos 
O cálculo dos deslocamentos é feito por aproximação sucessiva, substituindo-se por > , que é 
dado por: 
 
 
 
Onde é a máxima tensão normal de compressão, calculada com a seção transversal efetiva. 
2.4. Efeito "shear lag" 
Para evitar o efeito "shear lag", o que aumentaria o já trabalhoso processo manual de cálculo 
recomenda-se
que se adote a relação entre vão e largura livre da mesa (distância entre a face 
da alma e a borda livre), igual a: 
 
Ex: uma viga de 6 m deve ter largura máxima de 20 cm, pois 
 
Módulo 2 
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA - 
Parte 3 
2.5. Dimensionamento de barras submetidas à tração 
O cálculo da força de tração resistente de cálculo é dada pela seguinte relação: 
 
 
 
 = área bruta 
 = área líquida fora da região da ligação, decorrente de furos e reduções 
 = área líquida na região da ligação 
 
 
Para ligações parafusadas: 
 
 = dimensão do furo 
 = quantidade de furos 
 = espaçamento dos furos na direção da solicitação 
 = espaçamento dos furos na direção perpendicular à solicitação 
 = espessura 
 
 
Para ligações soldadas: 
 (no caso de soldas transversais de topo, só deverá ser considerada a área bruta das partes 
conectadas) 
 = coeficiente de redução da área líquida (ver NBR14762) 
Para aceitação da seção deve-se ter usando o menor valor de calculados acima. 
2.6. Dimensionamento de barras submetidas à compressão centrada 
O cálculo da força de compressão resistente de cálculo é dada pela seguinte relação: 
 
 é calculada com os critérios do ítem 2.2. 
 é o fator de redução associado a flambagem calculado pela relação abaixo ou pode ser encontrado, já 
calculado, na Tabela 8 NBR 14762. 
 
Para 
 
 
Para 
 
 
 = índice de esbeltez reduzido para barras comprimidas e é dado por: 
 
 
 
 = depende do tipo do perfil (simétricos, mono-simétricos ou assimétricos) 
 
2.6.1. Para perfis simétricos tem-se: 
 
 
a) Flambagem por flexão 
 
(em relação ao eixo x e y) 
 
 
b) Flambagem por torção 
 
Onde: 
 
= constante de empenamento da seção 
 
= módulo de elasticidade 
 
= módulo de elasticidade 
 
= momento de inércia a torção 
 
Adotar 
 
 
 = raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção 
 
 
 
 e = coordenadas do centro de torção em relação ao centroide da seção 
 
2.6.2. Para perfis monossimétricos tem-se: 
 
 
Figura 13 
a) Para flambagem por flexão 
 
 
 
b) Para flambagem por flexo-torção 
 
 e = são as forças normais de flambagem elástica dos perfis simétricos, dado x o eixo de 
simetria 
 
Atenção: 
Usar o menor valor para o cálculo de para posterior cálculo de 
 
A seção é aceita quando 
 
c) Limitação para barras comprimidas 
A Norma ainda exige que as barras comprimidas tenham uma esbeltez mínima dada por: 
 
Onde é o comprimento de flambagem da barra e o raio de giração da seção. 
 
2.6.3. Flambagem distorcional 
 
 
Perfis U simples estão dispensados de verificação, exceto os que sejam também submetidos à 
flexão tendo sua mesa comprimida livre e sua mesa tracionada conectada a um painel. 
Para perfis U enrijecido e Z enrijecido estarão livres de verificação se for atendida a relação 
mínima dada na tabela 11 pag.43 da NBR 14762: 2010. 
 
Módulo 2 
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA - 
Parte 4 
2.7. Dimensionamento de barras submetidas à momento fletor 
O momento fletor resistente de cálculo é o menor valor dos calculados pelos itens abaixo: 
 
2.7.1. Início de escoamento da seção efetiva 
 
 
 
 = módulo de resistência elástico para a seção calculado com as dimensões efetivas, com 
 
 
2.7.2. Flambagem lateral por torção (calculado entre seções contidas lateralmente) 
 
 
 
 = módulo de resistência elástico da seção efetiva em relação à fibra comprimida, 
com 
 para 
 para 
 para 
 
 
Onde: 
 
 = módulo de resistência elástico da seção bruta em relação à fibra comprimida 
 
 - para seção simétricas ou mono-simétricas com flexão em torno do eixo 
x de simetria 
 
 - para seção caixão 
 
 
 
(ver 4.1-a) 
 
 
 
(ver 4.1-b) 
 
Adotar a favor da segurança 
 
 
 
 
 
2.7.3. Flambagem distorcional 
 
 
Perfis U simples estão dispensados de verificação, exceto os que sejam também submetidos à 
flexão tendo sua mesa comprimida livre e sua mesa tracionada conectada a um painel. 
Para perfis U enrijecido e Z enrijecido estão livres de verificação se for atendida a relação 
mínima dada na tabela 14 pag.50 da NBR 14762:2010. 
Para que a seção seja aceita, deve-se ter: 
 
 
 
2.8. Dimensionamento de barras submetidas à força cortante 
Para simplicidade de cálculo adotar 
 
 
Onde 
 
= espessura da alma 
 
= altura da parte plana da alma 
 
= coeficiente de flambagem local por cisalhamento 
 
Para alma sem enrijecedores transversais, que é o caso mais comum, 
 
 
 
Considerando essas simplificações pode-se calcular a força cortante resistente de cálculo 
conforme abaixo: 
 
A seção pode ser aceita quando: 
 
2.9. Dimensionamento de barras submetidas à momentos fletores e força 
cortante simultaneamente 
Para facilidade de cálculo e por ser a situação mais comum, usar barras sem enrijecedores 
transversais o que leva diretamente à fórmula de interação: 
 
Onde os valores são os calculados nos itens 2.7 e 2.8. 
 
 
Módulo 2 
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA - 
Leituras adicionais 
Para complementar o conteúdo deste módulo, aos que quiserem se aprofundar no tema, recomendamos a 
leitura do texto adicional, cujo link para download apresentamos a seguir. 
 
Para abrir ou baixar este texto, clique no titulo do manual abaixo: 
1. Coleção Manuais de Construção em Aço : Dimensionamento de perfis formados a 
frio - ( conforme NBR 14762 e NBR 6355) 
Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Siderurgia - Centro Brasileiro da Construção em Aço, 
2008. 
Autores: 
EDSON LUBAS SILVA 
VALDIR PIGNATTA E SILVA 
Exercício de dimensionamento de perfis de chapa dobrada 
CBCA 
EXERCÍCIO DE PROJETO E DIMENSIONAMENTO 
Sobre o exercício: 
 
Este exercício será desenvolvido ao longo do curso, em etapas. 
 
Nessa segunda etapa, conforme o capítulo que estudamos, será sobre perfis de 
chapa dobrada. 
 
Instruções para a resolução do exercícios: 
 
 
A resolução dos exercícios pode ser apresentada na forma de arquivos Power 
point, .doc, pdf ou Opendocument. No caso da inclusão de figuras, elas podem ser 
feitas em CAD e incorporadas ao documento como Pdf ou como figura (Jpeg). 
Também podem ser feitas a mão e escaneadas, ou fotografadas, e incorporadas 
ao documento. O importante é que a figura seja legível e de fácil entendimento, e, 
na resolução do exercício se possa acompanhar o raciocínio de seu 
desenvolvimento. 
Após a resolução do exercício ele deve ser postado neste fórum e o roteiro de 
cálculo e figuras incluídas como anexo. 
 
 
Atenção: O arquivo não pode ultrapassar 5Mb pois este é o limite para 
anexos. 
Será utilizado o mesmo projeto do Sobradinho apresentado anteriormente, cujos 
desenhos estão disponíveis no exercício do módulo anterior. 
 
Exercício 2: Dimensionamento de perfis de chapa dobrada 
Enunciado: 
Utilizando o mesmo projeto do “Exercício 1: Lançamento de estrutura”, executar os 
seguintes procedimentos: 
1. Dimensionar
terças de cobertura; 
2. Dimensionar barras da treliça. 
 
MÓDULO 02 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA/MÓDULO 2 AVANÇADO EM PDF.zip
Dim_lig_modulo2.pdf
EAD - CBCA 
Módulo2
Curso de Dimensionamento de 
Estruturas de Aço - Ligações 
em Aço
2.1 Valores máximos da relação largura-espessura
 página 3
2.2 Flambagem local (largura efetiva)
 página 4
2.3. Deslocamentos
 página 5
2.4. Efeito “shear lag”
 página 6
2.5 Dimensionamento de barras submetidas à tração
 página 6
2.6 Dimensionamento de barras submetidas à compressão centrada
 página 7
2.6.1 Para perfis simétricos tem-se:
 página 7
2.6.2 Para perfis monossimétricos tem-se:
 página 8
2.6.3 Flambagem distorcional
 página 9
2.7 Dimensionamento de barras submetidas à momento fletor
 página 9
2.7.1 Início de escoamento da seção efetiva
 página 9
2.7.2 Flambagem lateral por torção (calculado entre seções contidas 
 lateralmente)
 página 10
2.7.3 Flambagem distorcional 
 página 11
2.8 Dimensionamento de barras submetidas à força cortante
 página 11
2.9 Dimensionamento de barras submetidas à momentos fletores e 
 força cortante simultaneamente
 página 12
Sumário Módulo 2
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE 
CHAPA DOBRADA
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
3
2.1. Valores máximos da relação largura-espessura
Video 2 - Perfis de Chapa Dobrada assista on-line
Como sabemos os perfis de chapa dobrada são obtidos 
pelo dobramento de chapas planas em máquinas 
especiais chamadas dobradeiras. Devido a esse 
processo, e visando não alterar substancialmente as 
características do material, as chapas utilizadas na 
conformação desses perfis são chapas finas o que 
faz com que esses perfis sejam utilizados para obras 
de pequeno e médio porte.
Os perfis de chapa dobrada apresentam algumas 
especificidades que diferenciam os critérios para 
seu dimensionamento daqueles usados para perfis 
laminados e de chapas soldadas. Isso ocorre 
principalmente devido às dobras e esbeltez desses 
perfis. Devido a essas especificidades esses perfis 
são regidos por uma Norma especial, a NBR 
14762:2010.
O primeiro critério se refere a questão da esbeltez 
das partes que compõem o perfil. Neste critério é 
exigido um valor máximo da relação entre largura e 
espessura das partes que compõem o perfil.
Esses valores são dados na tabela 3 da Norma, e 
para usá-la é necessário conceituar inicialmente o 
que são elementos AA e AL das partes que compõe 
o perfil.
AA são elementos que apresentam dobras em suas 
duas extremidades, e são chamados de elementos 
com bordas vinculadas.
Os elementos AL são aqueles que apresentam uma 
das extremidades sem dobras e são denominados 
elementos de borda livre.
Legenda:
AA - elemento com bordas vinculadas
AL - elemento com borda livre
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
4
2.2. Flambagem local (largura efetiva)
Para verificação da resistência de perfis de chapa dobrada deve-se considerar uma redução na área real do 
perfil, denominada área efetiva.
Para perfis abertos e tubulares não circulares, a resistência deve ser verificada pela área efetiva do perfil dada 
pela largura efetiva dos elementos componentes do perfil. Para isso deve-se levar em conta a possibilidade 
de flambagem local que provoca a diminuição das dimensões da secção do perfil
A largura efetiva é um valor reduzido da largura real. A largura efetiva depende da distribuição das tensões 
de compressão na região comprimida do perfil; depende, também do tipo de elemento, se AA ou AL.
Seja
tenção mínima
tenção máxima
Os valores acima são definidos no item 7.2.1.1 da NBR 14762.
Elementos AA e AL com
Figura 12 - Valores máximos da relação largura-espessura 
Fonte: NBR 14762: 2001 - TABELA 3, p.12
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
5
Elementos AL com
= índice de esbeltez reduzido =
= largura da região comprimida do elemento
= coeficiente de flambagem local calculado conforme as tabelas 4 e 5 da NBR14762
= módulo de elasticidade do aço
= máxima tensão de compressão, podendo ser seu estado-limite último de escoamento 
da seção , ou seu estado-limite de instabilidade da barra 
Para , a largura efetiva é a própria largura do elemento
SUGESTÃO: quando possível adotar 
, para elementos AA
, para elementos AL
Assim a largura efetiva será a própria largura do elemento
2.3. Deslocamentos
O cálculo dos deslocamentos é feito por aproximação sucessiva, substituindo-se por , que é dado 
por:
Onde é a máxima tensão normal de compressão, calculada com a seção transversal efetiva.
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
6
2.4. Efeito “shear lag”
Para evitar o efeito “shear lag”, o que aumentaria o já trabalhoso processo manual de cálculo recomenda-
se que se adote a relação entre vão e largura livre da mesa (distância entre a face da alma e a borda livre), 
igual a:
Ex: uma viga de 6 m deve ter largura máxima de 30 cm, pois
2.5. Dimensionamento de barras submetidas à tração
O cálculo da força de tração resistente de cálculo é dada pela seguinte relação:
= área bruta
= área líquida fora da região da ligação, decorrente de furos e reduções
= área líquida na região da ligação
= dimensão do furo
= quantidade de furos
= espaçamento dos furos na direção da solicitação
= espaçamento dos furos na direção perpendicular à solicitação
= espessura
Para ligações parafusadas:
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
7
Para ligações soldadas:
 (no caso de soldas transversais de topo, só deverá ser considerada a área bruta das 
partes conectadas)
= coeficiente de redução da área líquida (ver NBR14762)
Para aceitação da seção deve-se ter , usando o menor valor de calculados 
acima.
2.6. Dimensionamento de barras submetidas à compressão 
centrada
O cálculo da força de compressão resistente de cálculo é dada pela seguinte relação:
é calculada com os critérios do ítem 0.
é o fator de redução associado a flambagem calculado pela relação abaixo ou pode ser encontrado, 
já calculado, na Tabela 8 NBR14762.
Para
Para
= índice de esbeltez reduzido para barras comprimidas e é dado por:
= depende do tipo do perfil (simétricos, mono-simétricos ou assimétricos)
2.6.1. Para perfis simétricos tem-se:
a) Flambagem por flexão 
 (em relação ao eixo x e y)
b) Flambagem por torção 
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
8
= módulo de elasticidade 
= momento de inércia a torção
Adotar
= raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção 
= coordenadas do centro de torção em relação ao centro
Onde:
= constante de empenamento da seção
= módulo de elasticidade
2.6.2. Para perfis monossimétricos tem-se:
a) Para flambagem por flexão
Figura 13
b) Para flambagem por flexo-torção
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
9
 = são as forças normais de flambagem elástica dos perfis simétricos, dado x o eixo de simetria
Atenção: usar o menor valor para o cálculo de para posterior cálculo de
A seção é aceita quando 
c) Limitação para
barras comprimidas
A Norma ainda exige que as barras comprimidas tenham uma esbeltez mínima dada por:
Onde é o comprimento de flambagem da barra e o raio de giração da seção.
2.6.3. Flambagem distorcional
Perfis U simples estão dispensados de verificação, exceto os que sejam também submetidos à flexão tendo 
sua mesa comprimida livre e sua mesa tracionada conectada a um painel. 
Para perfis U enrijecido e Z enrijecido estarão livres de verificação se for atendida a relação mínima 
dada na tabela 11 pag43 da NBR 14762:2010.
2.7. Dimensionamento de barras submetidas à momento fletor
O momento fletor resistente de cálculo é o menor valor dos calculados pelos itens abaixo:
2.7.1. Início de escoamento da seção efetiva
 = módulo de resistência elástico para a seção calculado com as dimensões efetivas, com
e
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
10
2.7.2. Flambagem lateral por torção (calculado entre seções 
contidas lateralmente)
 = módulo de resistência elástico da seção efetiva em relação à fibra comprimida, com 
Onde:
 = módulo de resistência elástico da seção bruta em relação à fibra comprimida
 - para seção simétricas ou mono-simétricas com flexão em torno do eixo x de 
simetria
- para seção caixão
Adotar a favor da se-
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
11
2.7.3. Flambagem distorcional
Perfis U simples estão dispensados de verificação, exceto os que sejam também submetidos à flexão tendo 
sua mesa comprimida livre e sua mesa tracionada conectada a um painel. 
Para perfis U enrijecido e Z enrijecido estão livres de verificação se for atendida a relação mínima 
dada na tabela 14 pag50 da NBR 14762:2010.
Para que a seção seja aceita, deve-se ter 
2.8. Dimensionamento de barras submetidas à força cortante
Para simplicidade de cálculo adotar
Onde = espessura da alma
= altura da parte plana da alma
 = coeficiente de flambagem local por cisalhamento
Para alma sem enrijecedores transversais, que é o caso mais comum, 
Considerando essas simplificações pode-se calcular a força cortante resistente de cálculo conforme 
A seção pode ser aceita quando:
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
12
2.9. Dimensionamento de barras submetidas à momentos 
fletores e força cortante simultaneamente
Para facilidade de cálculo e por ser a situação mais comum, usar barras sem enrijecedores transversais o 
que leva diretamente à fórmula de interação
Onde os valores são os calculados nos itens 2.7 e 2.8.
MÓDULO 02 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA/LEITURA ADCIONAL DO MÓDULO 2 AVANÇADO.zip
449_Manual_Dimensionamento_de_Perfis_Formados_a_Frio_web.pdf
1
2
- 0
8
Dimensionamento de Perfis
Formados a Frio conforme
NBR 14762 e NBR 6355
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS 
FORMADOS A FRIO CONFORME 
NBR 14762 e NBR 6355
Série  “Manual  de Construção em Aço” 
· Galpões para Usos Gerais 
· Ligações em Estruturas Metálicas 
· Edifícios de Pequeno Porte Estruturados em Aço 
· Alvenarias 
· Painéis de Vedação 
· Resistência ao Fogo das Estruturas de Aço 
· Tratamento de Superfície e Pintura 
· Transporte e Montagem 
· Steel Framing: Arquitetura 
· Interfaces Aço­Concreto 
· Steel Framing: Engenharia 
· Pontes 
· Steel Joist 
· Viabilidade Econômica 
· Dimensionamento de Perfis formados a Frio conforme NBR 14762 e NBR 6355
EDSON LUBAS SILVA 
VALDIR PIGNATTA E SILVA 
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS 
FORMADOS A FRIO CONFORME 
NBR 14762 e NBR 6355 
INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA 
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO 
RIO DE JANEIRO 
2008
ã 2008  INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA/CENTRO BRASILEIRO  DA 
CONSTRUÇÃO EM AÇO 
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por quaisquer meio, sem a prévia autorização 
desta Entidade. 
Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Informações do IBS/CBCA 
Instituto Brasileiro de Siderurgia / Centro Brasileiro da Construção em Aço 
Av. Rio Branco, 181 / 28 o Andar 
20040­007 ­ Rio de Janeiro ­ RJ 
e­mail: cbca@ibs.org.br 
site: www.cbca­ibs.org.br
 
 
 Valdir Pignatta e Silva
 Professor Doutor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
 
 Edson Lubas Silva 
 Mestre em Eng. de Estrut. pela Escola Politécnica da Univers. de SP 
S586d  Silva, Edson Lubas 
Dimensionamento de perfis formados a frio conforme NBR 14762 e NBR 6355 / 
Edson Lubas Silva, Valdir Pignatta e Silva.­ Dados eletrônico. ­ Rio de Janeiro: IBS/ 
CBCA, 2008. 
119p. – ( Série Manual de Construção em Aço) 
Sistema Requerido: Adobe Acrobat Reader 
Modo de acesso: World Wide Web: <HTTP://www.cbca ­ ibs.org.br/nsite/site/ 
acervo_item_lista_manuais_construcao.asp> 
Bibliografia 
ISBN  978­85­89819­16­9 
1. Perfis formados a frio  2. Dimensionamento de perfis I. Títulos (série)  II. Silva, 
Valdir Pignatta e. 
CDU 624.014.2 (035)
SUMÁRIO 
Capítulo 1 
Introdução  09 
Capítulo 2 
Fabricação e padronização de perfis formados a frio  13 
2.1  Processo de fabricação  14 
2.2  Tipos de aços  14 
2.3  Efeito do dobramento na resistência do perfil  14 
2.4  Padronização dos perfis formados a frio (NBR 6355:2003)  15 
Capítulo 3 
Comportamento estrutural de perfis de seção aberta  19 
Capítulo 4 
Flambagem local e o método das larguras efetivas  23 
4.1  Fatores que influenciam no cálculo da largura efetiva  25 
4.1.1 Condição de contorno  25 
4.1.2 Distribuição de tensões  26 
4.2  Cálculo das larguras efetivas  27 
4.3  Elementos comprimidos com enrijecedor de borda  32 
Capítulo 5 
Flambagem por distorção da seção transversal  45 
5.1  Seção do tipo U enrijecido submetida à compressão uniforme  47 
5.2  Seções do tipo U enrijecido e Z enrijecido submetido à flexão em ao 
eixo perpendicular à alma  49 
Capítulo 6 
Dimensionamento à tração  55 
Capítulo 7 
Dimensionamento à compressão  61 
7.1  Força normal resistente de cálculo pela flambagem da barra por 
flexão, por torção ou por flexo­torção  63 
7.1.1 Cálculo de NE em perfis com dupla simetria ou simétricos em 
relação a um ponto  64 
7.1.2 Cálculo de NE em perfis monossimétricos  64 
7.1.3 Cálculo de NE em perfis assimétricos  64 
7.2  Força normal resistente de cálculo pela flambagem por distorção 
da seção Transversal  71
Capítulo 8 
Dimensionamento à flexão  75 
8.1  Início de escoamento da seção efetiva  76 
8.2  Flambagem lateral com torção  76 
8.3  Flambagem por distorção da seção transversal  77 
8.4  Força cortante  83 
8.5  Momento fletor e força cortante combinados  83 
Capítulo 9 
Dimensionamento à flexão composta  87 
9.1  Flexo­compressão  88 
9.2  Flexo­tração  89 
9.3  Fluxogramas  94 
Referências Bibliográficas  103 
Anexo 
Anexo A  ­Torção em perfis de seção aberta  107 
Anexo B – Forças transversais não paralelas a um dos eixos principais  117
Apresentação 
OCBCA – Centro Brasileiro da Construção em Aço tem a satisfação de oferecer aos profis­ 
sionais envolvidos com o emprego do aço na construção civil o décimo quinto manual de uma série 
cujo objetivo
é a disseminação de informações técnicas e melhores práticas. 
Neste manual apresenta­se de forma didática os fundamentos teóricos e explicações práticas 
para a utilização da norma brasileira ABNT NBR 14762 ­ Dimensionamento de estruturas de aço 
constituídas por perfis formados a frio, juntamente com a norma ABNT NBR 6355 – Perfis estruturais 
de aço formados a frio – Padronização. 
O manual inclui o programa Dimperfil concebido com foco nas normas NBR 14762 e 6355 que 
calcula os esforços resistentes em barras isoladas, bem como as propriedades geométricas da se­ 
ção bruta e efetiva que serão usadas no cálculo de deslocamentos. 
Os perfis de aço formados a frio podem ser projetados para cada aplicação específica, com 
dimensões adequadas às necessidades de projeto de elementos estruturais leves, tais como terças, 
montantes, diagonais de treliças, travamentos, etc. 
São eficientemente utilizados em galpões de pequeno e médio porte, coberturas, mezaninos, 
engradamentos metálicos, moradias de interesse social, edifícios de pequeno e médio porte, entre 
outras aplicações. 
Centro dinâmico de serviços, capacitado para conduzir e fomentar uma política de promoção 
do uso do aço na construção com foco exclusivamente técnico, o CBCA está seguro de que este 
manual enquadra­se no objetivo de contribuir para a difusão de competência técnica e empresarial 
no País.
9 
Capítulo 1 
Introdução
10 
Introdução 
Este manual trata do dimensionamento de 
perfis estruturais de aço fabricados a partir do 
dobramento de chapas com espessura máxima 
igual a 8 mm, denominados perfis formados a 
frio. Tem por base as normas brasileiras ABNT 
NBR 14762:2001 ­ “Dimensionamento de es­ 
truturas de aço constituídas por perfis formados 
a frio” e ABNT NBR 6355:2003 ­ “Perfis estrutu­ 
rais de aço formados a frio – Padronização”. 
Os perfis de aço formados a frio são cada 
vez mais viáveis para uso na construção civil, 
em vista da rapidez e economia exigidas pelo 
mercado. Esse elemento estrutural pode ser efi­ 
cientemente utilizado em galpões de pequeno 
e médio porte, coberturas, mezaninos, em ca­ 
sas populares e edifícios  de pequeno porte. 
Podem ser projetados para cada aplicação es­ 
pecífica, com dimensões adequadas às neces­ 
sidades do projeto de elementos estruturais le­ 
ves, pouco solicitados, tais como terças, mon­ 
tantes e diagonais de treliças, travamentos, etc. 
A maleabilidade das chapas finas de aço per­ 
mite a fabricação de grande variedade de se­ 
ções  transversais,  desde  a mais  simples 
cantoneira (seção em forma de L), eficiente para 
trabalhar à tração, até os perfis formados a frio 
duplos, em seção unicelular, também conheci­ 
dos como seção­caixão, que devido à boa rigi­ 
dez à torção (eliminando travamentos), menor 
área exposta, (reduzindo a área de pintura) e 
menor área de estagnação de líquidos ou detri­ 
tos (reduzindo a probabilidade de corrosão) ofe­ 
recem soluções econômicas. 
Como toda estrutura feita de aço, a cons­ 
trução pré­fabricada com perfis formados a frio 
possui um tempo reduzido de execução. Sendo 
compostos por chapas finas, possui leveza, fa­ 
cilidade de fabricação, de manuseio e de trans­ 
porte, facilitando e diminuindo o custo de sua 
montagem – menor gasto com transporte, além 
de não necessitar maquinários pesados para 
içamento. 
Entretanto,  para  o  correto  dimensio­ 
namento desse elemento, é necessário conhe­ 
cer com detalhes o seu comportamento estrutu­ 
ral, pois possui algumas particularidades em 
relação às demais estruturas, tais como as de 
concreto ou mesmo as compostas por perfis 
soldados ou laminados de aço. Por serem cons­ 
tituídas de perfis com seções abertas e de pe­ 
quena espessura, as barras, que possuem bai­ 
xa rigidez à torção, podem ter problemas de ins­ 
tabilidade, deformações excessivas ou atingir 
os limites da resistência do aço devido a esfor­ 
ços de torção. Essa susceptibilidade à torção 
ocorre até mesmo em carregamentos aplicados 
no centro geométrico da seção transversal de 
vigas e de pilares, podendo  tornar­se crítico 
caso a estrutura não seja projetada com peque­ 
nas soluções técnicas que minimizam este efei­ 
to.  Os conhecimentos dos esforços internos 
clássicos, ensinados nos cursos de resistência 
de materiais, momento fletores em torno dos 
eixos x e y, momento de torção e esforços cor­ 
tantes paralelos aos eixos x e y, não são sufici­ 
entes para compreender o comportamento das 
estruturas de seção aberta formadas por cha­ 
pas finas. É necessário entender também um 
outro tipo de fenômeno que ocorre nessas es­ 
truturas:  o  empenamento. A  restrição  ao 
empenamento causa esforços internos e o en­ 
tendimento desses esforços é muito importante 
e nem sempre é trivial. Para uma simples ilus­ 
tração podemos citar o caso de um possível ti­ 
rante constituído de um perfil Z, com o carrega­ 
mento (força de tração) aplicado no centro geo­ 
métrico da seção transversal que produz ten­ 
sões de compressão nas mesas desse perfil. 
Outro  fenômeno comum nos perfis de seção 
aberta é a distorção da seção transversal, que 
consiste num modo de instabilidade estrutural 
onde a seção transversal perde sua forma inici­ 
al quando submetida a tensões de compressão, 
causando perda significante na sua capacida­ 
de de resistir esforços. 
Neste manual, procura­se apresentar de 
forma didática e prática os fundamentos teóri­
11 
cos e explicar a utilização prática da norma bra­ 
sileira para o dimensionamento de perfis de aço 
formados a frio: NBR 14762:2001. O objetivo é 
que este texto seja utilizado juntamente com a 
norma de perfis formados a frio, pois ele não 
abrange  todos  os  aspectos  de  dimensio­ 
namentos descritos na norma, mas ajuda no en­ 
tendimento das questões conceituais mais im­ 
portantes. 
Certamente esse conhecimento proporci­ 
onará aos engenheiros melhor avaliar a viabili­ 
dade econômica de uma edificação incluindo 
uma opção a mais a ser considerada na con­ 
cepção estrutural do projeto: o emprego de per­ 
fis formado a frio de aço.
13 
Capítulo 2 
Fabricação e padronização 
de perfis formados a frio
14 
Fabricação e padronização de perfis formados a frio 
2.1 – Processo de Fabricação 
Dois são os processos de fabricação dos 
perfis formados a frio: contínuo e descontínuo. 
O processo contínuo, adequado à fabrica­ 
ção em série, é realizado a partir do desloca­ 
mento longitudinal de uma chapa de aço, sobre 
os roletes de uma linha de perfilação. Os roletes 
vão conferindo gradativamente à chapa, a for­ 
ma definitiva do perfil. Quando o perfil deixa a 
linha de perfilação, ele é cortado no comprimento 
indicado no projeto. 
O processo descontínuo, adequado a pe­ 
quenas quantidades de perfis, é realizado me­ 
diante o emprego de uma prensa dobradeira. A 
matriz da dobradeira é prensada contra a cha­ 
pa de aço, obrigando­a a formar uma dobra. 
Várias  operações  similares  a  essa,  sobre  a 
mesma chapa,  fornecem à seção do perfil a 
geometria exigida no projeto. O comprimento do 
perfil está limitado à largura da prensa. 
O processo contínuo é utilizado por fabri­ 
cantes especializados em perfis formados a frio 
e o processo descontínuo é geralmente utiliza­ 
do pelos fabricantes de estruturas metálicas. 
2.2 – Tipos de aços 
A NBR  14762:2001  “Dimensiona­ 
mento de estruturas de aço constituídas por per­ 
fis formados a frio – Procedimento” recomenda 
o uso de aços com qualificação estrutural e que 
possuam propriedades mecânicas adequadas 
para receber o trabalho a frio. Devem apresen­ 
tar a relação entre a resistência à ruptura e a 
resistência ao
escoamento  f u /f y  maior ou igual 
a 1,08, e o alongamento após ruptura não deve 
ser menor que 10% para base de medida igual 
a 50mm ou 7% para base de medida igual a 
200mm, tomando­se como referência os ensai­ 
os de tração conforme ASTM A370. 
A utilização de aços sem qualificação es­ 
trutural para perfis é tolerada se o aço possuir 
propriedades mecânicas adequadas para rece­ 
ber o trabalho a frio. Não devem ser adotados 
no  projeto  valores  superiores  a  180MPa  e 
300MPa para a resistência ao escoamento f y e 
a resistência à ruptura f u , respectivamente. 
2.3 ­ Efeito do dobramento na 
resistência do perfil 
O  dobramento  de uma  chapa,  seja  por 
perfilação ou utilizando­se dobradeira, provoca, 
devido ao fenômeno conhecido como envelhe­ 
cimento (carregamento até a zona plástica, des­ 
carregamento, e posterior, porém não­ imedia­ 
to, carregamento), um aumento da resistência 
ao escoamento (f y ) e da resistência à ruptura 
(f u ), conforme demonstram os gráficos apresen­ 
tados na figuras 2.1 e2.2, com conseqüente re­ 
dução de ductilidade, isto é, o diagrama tensão­ 
deformação sofre uma elevação na direção das 
resistências limites, mas acompanhado de um 
estreitamento no patamar de escoamento. A re­ 
dução de ductilidade significa uma menor ca­ 
pacidade de o material se deformar; por essa 
razão, a chapa deve ser conformada com raio 
de dobramento adequado ao material e a sua 
espessura, a fim de se evitar o aparecimento 
de fissuras. 
Figura 2.1  ­ Aumento da  resistência ao escoamento e da 
resistência à  ruptura, num perfil  formado a  frio por 
perfiladeira  (fonte: Revista Portuguesa  de Estruturas) 
Figura 2.2  ­ Aumento da  resistência ao escoamento e da 
resistência à  ruptura, num  perfil  formado  a  frio por prensa 
dobradeira.  (fonte: Revista Portuguesa de Estruturas)
15 
O aumento das resistências ao escoamen­ 
to e à ruptura se concentra na região das curvas 
quando o processo é descontínuo, pois apenas 
a região da curva está sob carregamento. No 
processo contínuo esse acréscimo atinge outras 
regiões do perfil, pois na linha de perfilação toda 
a parte do perfil entre roletes está sob tensão. 
O aumento da resistência ao escoamento 
pode ser utilizado no dimensionamento de bar­ 
ras submetidas à compressão ou à flexão, que 
não estejam sujeitas à redução de capacidade 
devido à flambagem local, conforme a equação 
2.1. 
sendo: 
Df y  ­ acréscimo permitido à f y 
f y ­ resistência ao escoamento do aço virgem 
f yc  ­  resistência ao escoamento na região da 
curva 
f u ­ resistência à ruptura do aço virgem 
r ­ raio interno de dobramento; 
t ­ espessura. 
C ­ relação entre a área total das dobras e a 
área total da seção para barras submetidas à 
compressão; ou a relação entre a área das do­ 
bras  da mesa  comprimida e  a  área  total  da 
mesa  comprimida para  barras  submetidas  à 
flexão 
Apresentam­se na tabela 2.1 alguns valo­ 
res de Df y , em função de C, para aço com f y = 
250MPa (f u = 360 MPa), f y = 300 MPa (f u = 400 
MPa ) e f y = 355 MPa (f u = 490 MPa ). 
(2.1) 
Tabela 2.1 ­ Valores de Df y 
C 
MPa  MPa  MPa 
0,01  2  2  2 
0,02  4  4  5 
0,05  10  10  12 
0,10  21  20  24 
0,15  31  30  37 
Df y 
(1) Df y 
(2) Df y 
(3) 
(1)  f y = 250 MPa, f u = 360 MPa, r = t 
(2)  f y = 300 MPa, f u = 400 MPa, r = t 
(3)  f y = 355 MPa, f u = 490 MPa, r = 1,5 t 
Atenção especial deve ser dada ao cálcu­ 
lo das características geométricas dos perfis 
formados a frio. A existência da curva, no lugar 
do “ângulo reto”, faz com que os valores das 
características geométricas (área, momento de 
inércia, módulo  resistente, etc.)  possam ser, 
dependendo das dimensões da seção, sensi­ 
velmente reduzidos. 
A variação nas dimensões da seção devi­ 
da à estricção ocorrida na chapa quando do­ 
brada, pode, por outro lado, ser desconsiderada 
para efeito de dimensionamento. 
2.4 – Padronização dos Perfis 
Formados a Frio (NBR 6355:2003) 
A Norma NBR 6355:2003 – “Perfis Estru­ 
turais de Aço Formados a Frio”, padroniza uma 
série de perfis formados com chapas de espes­ 
suras entre 1,50 mm a 4,75 mm, indicando suas 
características geométricas, pesos e tolerânci­ 
as de fabricação. 
A nomenclatura dos perfis também foi pa­ 
dronizada. A designação dos nomes é feita da 
seguinte forma: tipo do perfil x dimensões dos 
lados  x  espessura,  todas as  dimensões  são 
dadas em mm. A tabela 2.2 mostra os tipos de 
perfis padronizados e forma de nomenclatura 
dos elementos. 
No  anexo  A  da  NBR  6355:2003 
apresentam­se  as  seções  transversais  dos 
perfis formados a frio.
16 
Fabricação e padronização de perfis formados a frio 
2.2
17
19 
Capítulo 3 
Comportamento estrutural 
de perfis de seção aberta
20 
Comportamento estrutural de perfis de seção aberta 
Os estados limites últimos das barras de 
seção transversal aberta, formadas por chapas 
finas  de  aço,  a  serem  considerados  no 
dimensionamento, freqüentemente estão asso­ 
ciados à instabilidade local, distorcional ou glo­ 
bal. 
Cabe aqui uma consideração sobre no­ 
menclatura que, por vezes, afeta o entendimen­ 
to conceitual do fenômeno da flambagem. Tome­ 
se um pilar ideal, absolutamente reto, sem im­ 
perfeições de fabricação e submetido a um car­ 
regamento perfeitamente centrado. Incremente­ 
se esse carregamento gradativamente até atin­ 
gir  a chamada  carga crítica,  o  pilar pode  se 
manter na posição reta indeformada, de equilí­ 
brio instável, ou, se houver uma perturbação, por 
menor que seja, procurar uma posição deforma­ 
da estável. Há, portanto duas soluções teóricas 
de equilíbrio. 
Tome­se, agora, um pilar real, com imper­ 
feições geométricas. Novamente, aplica­se uma 
força perfeitamente axial. Ao se incrementar o 
carregamento, a presença de imperfeições cau­ 
sará flexão. Assim, desde o início, o pilar real 
estará submetido à flexão­composta e o estado 
limite último poderá ser alcançado para valores 
inferiores ao da força normal crítica. 
Em termos mais simples, há uma diferen­ 
ça conceitual entre a resposta estrutural de um 
pilar ideal e a de um pilar real, imperfeito, mes­ 
mo que ambos estejam sujeitos apenas à força 
axial. 
Para que não haja conflito entre o entendi­ 
mento dos dois comportamentos distintos, as 
principais  escolas  brasileiras  definem 
flambagem como a ocorrência de um ponto de 
bifurcação no diagrama força x deslocamento 
de um ponto de uma barra ou chapa comprimi­ 
da. Em elementos estruturais reais, na presen­ 
ça de imperfeições, não ocorre ponto de bifur­ 
cação e, portanto, segundo a definição não ocor­ 
re flambagem.  Em outras palavras distingue­se 
a flambagem da flexão composta. Como, geral­ 
mente, as imperfeições das estruturas de aço 
são de pequeno valor, os modos de deforma­ 
ção das barras de aço lembram os modos de 
flambagem. 
Neste manual, à semelhança da norma bra­ 
sileira NBR 14762:2001, por simplicidade, os 
modos reais de deformação que podem levar à 
instabilidade são associados aos modos teóri­ 
cos de flambagem e o termo “flambagem” é usa­ 
do indistintamente para estruturas teóricas ou 
reais. 
No capítulo 4, discorre­se de forma deta­ 
lhada, sobre o fenômeno da instabilidade local 
e sobre o método das larguras efetivas, proce­ 
dimento simplificado para considerar­se a ins­ 
tabilidade no dimensionamento do perfil. No 
capítulo 5, apresentam­se considerações sobre 
a instabilidade distorcional. No capítulo 7, dis­ 
corre­se sobre os fenômenos de instabilidade 
global, quais sejam
a instabilidade lateral com 
torção das vigas e a instabilidade por flexão, 
torção ou flexo­torção de pilares. 
A capacidade resistente das barras con­ 
siderando as instabilidades globais relaciona­ 
das com a torção está diretamente associada à 
rigidez à flexão EI y , e à rigidez à torção da se­ 
ção. A parcela da torção, em especial, depende 
não apenas do termo correspondente à chama­ 
da torção de Saint Venant, GI t , mas igualmente 
da  rigidez  ao empenamento  da  seção, EC w . 
Quanto mais finas as paredes da seção do per­ 
fil, menores os valores das propriedades I t  e 
C w . Essas parcelas são proporcionais ao cubo 
da espessura t das paredes, sofrendo grandes 
variações para pequenas alterações no valor da 
espessura. 
Além dos fenômenos de instabilidade, a 
barra pode estar sujeita à torção. 
Nas vigas em que os carregamentos não 
são aplicados no centro de torção da seção, 
ocorre torção. As teorias de barras de Euler e 
de Timoshenko, comumente ensinadas nos cur­ 
sos de Resistência dos Materiais, não abran­ 
gem esse comportamento das barras com se­ 
ção aberta. 
Para um entendimento geral do compor­ 
tamento de um perfil de seção aberta, mostram­ 
se no Anexo A de forma simples e intuitiva, as­
21 
pectos relacionados à torção e no Anexo B o 
efeito de forças aplicadas em direções não­pa­ 
ralelas aos eixos principais da seção transver­ 
sal.
23 
Capítulo 4 
Flambagem local e o 
método das larguras efetivas
24 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
No dimensionamento de perfis de chapa 
dobrada, cuja seção transversal é constituída por 
elementos de chapas finas com elevada rela­ 
ção largura/espessura, é necessário verificar os 
elementos quanto à flambagem local. No cálcu­ 
lo convencional de estruturas de aço compos­ 
tas  de  perfis  laminados  ou  soldados  a 
flambagem local pode ser evitada pelo uso de 
uma classe desses perfis, que tem uma relação 
largura/espessura reduzida. 
Os elementos planos que constituem a 
seção do perfil nas estruturas de chapa dobra­ 
das podem deformar­se (flambar) localmente 
quando solicitados à compressão axial, à com­ 
pressão com flexão, ao cisalhamento, etc (figu­ 
ra 4.1). Diferentemente da flambagem de barra, 
a flambagem local não implica necessariamen­ 
te no fim da capacidade portante do perfil, mas, 
apenas uma redução de sua rigidez global à 
deformação. 
As chapas de aço ainda possuem consi­ 
derável capacidade resistente após a ocorrên­ 
cia da flambagem local. Sua capacidade resis­ 
tente chegará ao limite somente quando as fi­ 
bras mais comprimidas atingirem a resistência 
ao escoamento do aço. Isso significa que o cor­ 
reto dimensionamento desses elementos de­ 
pende de uma análise não­linear. Costuma­se 
substituí­la por expressões diretas, deduzidas a 
partir  de  teorias  simplificadas  e  calibradas 
empiricamente. Atualmente, na norma brasilei­ 
ra para o dimensionamento de perfis formados 
a frio, NBR 14762:2001, é recomendado o mé­ 
todo das larguras efetivas. 
Para exemplificar o comportamento após 
a ocorrência da flambagem local de uma cha­ 
pa, considere uma placa quadrada simplesmen­ 
te apoiada nas quatro bordas, sujeito a um es­ 
forço  de  compressão  normal  em  dois  lados 
opostos, como mostrado na figura 4.2. 
Admitindo­se faixas como um sistema de 
grelha, nota­se que, as faixas horizontais contri­ 
buem para aumentar a rigidez à deformação das 
barras verticais comprimidas. Nesse modelo, as 
faixas horizontais se comportam como se fos­ 
sem apoios elásticos distribuídos ao longo do 
comprimento das barras comprimidas. Quanto 
maior for a amplitude da deformação da barra 
comprimida, maior será contribuição das “mo­ 
las” para trazê­la à posição vertical novamente. 
Essa condição estável após a deformação per­ 
pendicular  ao  seu  plano  é  considerada  no 
dimensionamento dos perfis formados a frio. 
Figura  4.2  ­ Comportamento pós­flambagem 
Figura 4.3  ­ Comportamento associado  a grelha 
Figura 4.1  ­ Flambagem  local 
Flexão  Compressão
25 
(eq. 4.1) 
4.1 ­ Fatores que influenciam no 
cálculo da largura efetiva 
4.1.1 ­ Condição de contorno 
A condição de contorno dos elemen­ 
tos de chapa, tal qual nas barras, influi na capa­ 
cidade resistente. 
A NBR 14762 designa dois tipos de 
condição de contorno para os elementos de cha­ 
pa, AA e AL, conforme exemplificado na figura 
4.5. 
Figura 4.5  ­ Condições de contorno  (extraída da 
NBR14762:2001) 
Os  enrijecedores  e  as  mesas  não­ 
enrijecidas dos perfis de aço, figura 4.6, são ele­ 
mentos com um dos lados constituídos de bor­ 
da livre, AL indicados da figura 4.5. Essa condi­ 
ção reduz significativamente a capacidade re­ 
sistente, pois, não ocorrem na configuração de­ 
formada (figura 4.6), as diversas semi­ondas que 
aproximam seu comportamento ao de uma cha­ 
pa quadrada e nem há colaboração de “barras 
horizontais” como um modelo de grelha. Em ele­ 
mentos muito esbeltos, ou seja, com altos valo­ 
res da relação largura/espessura, a largura efe­ 
tiva calculada é muito pequena. 
O coeficiente de flambagem, k, é o fator 
inserido nas expressões para o cálculo das lar­ 
guras efetivas que quantifica as diversas condi­ 
ções de contorno e de carregamento das cha­ 
pas, sendo obtido por meio da Teoria da Esta­ 
bilidade Elástica. A tabela 4.1 mostra alguns va­ 
lores clássicos para o coeficiente k. 
Esse  conceito  de  grelha  pode  ser 
extrapolado para uma chapa retangular com a 
dimensão  longitudinal muito maior  do  que  a 
transversal, figura 4.3, e esse é o caso dos per­ 
fis formados a frio. Nesse caso, a chapa apre­ 
sentará comportamento equivalente a uma su­ 
cessão de chapas aproximadamente quadra­ 
das, sendo válido estender a conclusão sobre o 
comportamento das chapas quadradas às cha­ 
pas longas. 
A rigidez à deformação da chapa é maior 
junto aos apoios “atraindo” maiores tensões atu­ 
antes. O máximo esforço suportado pela chapa 
ocorre quando a tensão junto ao apoio atinge a 
resistência ao escoamento, f y . 
A figura 4.4 mostra a distribuição das ten­ 
sões na chapa com o aumento gradual do car­ 
regamento aplicado. De início, a distribuição 
das tensões é uniforme com valor inferior ao da 
tensão crítica de flambagem, figura 4.4a. Aumen­ 
tando o carregamento a chapa se deforma e há 
uma redistribuição das tensões internas (figura 
4.4b) até atingir a resistência ao escoamento, 
f y, figura 4.4c. 
O conceito de larguras efetivas consiste 
em substituir o diagrama da distribuição das 
tensões, que não é uniforme, por um diagrama 
uniforme de tensões. Assume­se que a distri­ 
buição de tensões seja uniforme ao longo da 
largura efetiva “b ef ” fictícia com valor igual às ten­ 
sões das bordas, figura 4.4d. A largura “b ef ” é 
obtida de modo que a área sob a curva da dis­ 
tribuição não­uniforme de tensões seja igual à 
soma de duas partes da área retangular equi­ 
valente de largura total “b ef ” e com intensidade 
“f máx ”, conforme a equação 4.1. 
Figura 4.4  ­ Distribuição de  tensões
26 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
Tabela 4.1 – Valores de k para algumas condi­ 
ções de contorno e carregamento 
Os elementos com enrijecedores de bor­ 
da não podem ser incondicionalmente conside­ 
rados como biapoiados. Como se pode notar 
no  modelo  adotado  para  representar  o 
enrijecedor  de  borda  na  figura  4.7,  um 
enrijecedor pode não ser suficientemente rígido 
para se comportar como um apoio adequado e 
assim,  comprometer a  estabilidade da mesa 
enrijecida. A  capacidade  adequada  de  um 
enrijecedor
depende  essencialmente  do  seu 
momento de inércia, I x , portanto, os valores da 
largura efetiva das mesas enrijecidas dos per­ 
fis dependem da dimensão D do enrijecedor. 
Por outro lado, o enrijecedor não deve ser muito 
esbelto, ou seja, ter a dimensão D elevada, por­ 
que ele próprio pode se instabilizar. O valor mais 
adequado para a largura do enrijecedor está 
entre  12%  a  40%  da mesa  do  perfil  a  ser 
enrijecida, conforme mostra a figura 4.8, que foi 
construída por meio de uma análise paramétrica 
a partir das expressões da norma brasileira, 
para alguns casos de perfis tipo Ue. 
4.1.2 – Distribuição de tensões 
A forma da distribuição de tensões aplica­ 
da (figura 4.9) no elemento de chapa também 
influência o cálculo da largura efetiva. 
Figura 4.6  ­ Elementos com bordas  livres 
Figura 4.8 ­ Largura efetiva em função de D/b f 
Figura 4.9  ­ Distribuição de  tensões 
Figura 4.7  ­ Enrijecedor de borda 
(fig.  4.9a) 
(fig.  4.6) 
(fig.  4.9e) 
(por  ex.  mesas  de 
perfis Ue ­ Fig. 4.7)
27 
Quando o carregamento na chapa não é 
uniforme, há  uma diminuição dos esforços de 
compressão  ao  longo  da  borda  carregada, 
consequentemente  aumentando a largura efeti­ 
va calculada. 
O valor da tensão, obviamente, é funda­ 
mental na determinação da largura efetiva. Al­ 
tos valores de tensões atuantes conduzem a 
menores larguras efetivas. 
4.2 Cálculo das larguras efetivas 
Calcula­se a largura efetiva de uma chapa 
comprimida (NBR 14762 item 7.2) por meio da 
eq. 4.2. 
(eq. 4.2) 
(eq. 4.3) 
Sendo 
b – largura do elemento 
λp ­ índice de esbeltez reduzido do elemento 
t – espessura do elemento 
E – módulo de elasticidade do aço = 20 500 kN/ 
cm 2 
s ­ tensão normal de compressão definida por: 
s = ρ.f y , sendo ρ o fator de redução associado 
à compressão centrada e s = ρ FLT T .f y , sendo ρ FLT 
o fator de redução associado à flexão simples. 
k – coeficiente de flambagem local 
Os valores do coeficiente de flambagem 
k, para elementos classificados como AA e AL 
(figura 4.5) são dados nas tabelas 4 e 5. 
Nota­se que para valores de b ef < 0,673 a 
equação 4.2 resulta em b ef = b 
Nos casos onde há tensões de tração e 
compressão no elemento, somente para ele­ 
mentos com borda livre, calcula­se as largu­ 
ras efetivas, substituindo na equação, a largura 
total do elemento pela largura comprimida, b c , 
conforme a eq. 4.4 e figura 4.10. 
Figura 4.10 –  largura efetiva  para elementos sob compres­ 
são e  tração 
(eq.4.4) 
onde b c é o comprimento da parte compri­ 
mida do elemento AL. 
As tabelas 4.2 e 4.3 mostram as equações 
para o cálculo do coeficiente de flambagem k. 
Como era de ser esperar o coeficiente k depen­ 
de das condições de contorno e carregamen­ 
tos dos elementos. A condição de carregamen­ 
to é avaliada em função da relação entre a má­ 
xima e mínima tensão atuante no elemento ψ. 
Para o cálculo dos deslocamentos, deve­ 
se considerar também, a redução de rigidez à 
flexão da seção devido à flambagem local. Para 
isso, utilizam­se as mesmas expressões do cál­ 
culo das larguras efetivas (equações 4.2 e 4.3) 
substituindo­se a máxima tensão permitida no 
elemento, s , pela tensão de utilização,  n s . 
n s ­  é a máxima tensão de compressão 
calculada para seção efetiva (portanto é neces­ 
sário fazer interação), na qual se consideram as 
combinações de ações para os estados limites 
de serviço. 
0, 22 
1 
p 
ef 
p 
b 
b b 
l 
l 
æ ö 
- ç ÷ ç ÷ 
è ø = £ 
0,95 
p 
b 
t 
kE 
l 
s 
= 
0, 22 
1 c 
p 
ef 
p 
b 
b b 
l 
l 
æ ö 
- ç ÷ ç ÷ è ø = £
28 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
4.2 
Tabela 4.3 
1 
< 0
29 
Exemplos de cálculos de larguras efetivas 
em elementos comprimidos AL: 
Exemplo 01 ­ Cálculo da largura efetiva 
da  alma  e mesas  do  perfil  padronizado 
U250x100x2,65 mm submetido ao esforço de 
momento fletor em relação ao eixo x, sob uma 
tensão de 21,32 kN/cm 2 : 
Perfil U: b w = 25 cm  b f = 10 cm t= 0,265 cm 
aço: f y = 25 kN/cm 
2  E= 20500 kN/cm 2 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas 
σ = 21,32 kN/cm2 
admitindo distribuição linear de tensões, 
com o valor  máximo na fibra mais distante do 
centro geométrico  igual a σ = 21,32 kN/cm2 e 
zero no centro geométrico  pode­se calcular as 
tensões em qualquer coordenada  y da seção. 
1.1 ­ Largura efetiva do elemento [1] 
Elemento AL 
A largura, b, é o comprimento da parte reta do 
elemento, descontados os trechos curvos: 
b= 10,0 – 2.t = 10,0 – 2 . 0,265 
b= 9,47 cm 
­ pode­se tomar, neste caso, a tensão na fibra 
média da mesa. Nos exemplos deste manual, 
por simplificação e a favor da segurança, admi­ 
te­se que a tensão na fibra média é a tensão 
máxima no perfil: 
σ 1 = 21,32 kN/cm2 
σ 2 = 21,32 kN/cm2 
Somente tração no elemento! 
1.2 ­ Largura efetiva elemento[3] 
Elemento AL 
b= 9,47 cm 
σ 1 = ­21,32 kN/cm2 
σ 2 = ­21,32 kN/cm2 
ψ = 1 
1.2.1 ­ NBR14762 ­ Tab05.caso a (Tabela 4.3) 
k= 0,43 
λ 
p 
=1,85    [λ 
p 
> 0,673] 
b ef = 4,51 cm 
b ef,1 = 4,51 cm 
1.3 ­ Largura efetiva do elemento [2] 
Elemento AA 
σ 1 = ­20,64 kN/cm 
2 
σ 2 = 20,64 kN/cm 
2 
ψ = ­1 
1.3.1 ­ NBR14762 ­ Tab04.caso d (Tabela 4.2) 
b= 25 – 4.t = 25 – 4 . 0,265 
b= 23,94 cm 
k= 24 
b= 23,94 cm 
b c = 11,97 cm 
b t = 11,97 cm 
9, 47 
0,335 
0,43.20500 
0,95 0,95 
21,32 
p 
b 
t 
kE 
l 
s 
= = 
0, 22  0, 22 1  9,47 1 
1,85 
1,85 
p 
ef 
p 
b 
b b 
l 
l 
æ ö æ ö - ç ÷ - ç ÷ ç ÷ è ø è ø = = £
30 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
λ p =0,616  [λ p < 0,673] 
b ef = b 
Propriedades geométricas: 
I x da seção bruta=  1120,17cm 
4 
I x da seção efetiva=  893,70cm 
4 
Para se calcular o momento de inércia da 
seção efetiva é necessário calcular o novo cen­ 
tro geométrico (CG) da seção transversal, des­ 
contando a parte “não­efetiva” dos elementos 
com larguras efetivas reduzidas. Calcula­se en­ 
tão, o momento de inércia em relação aos no­ 
vos eixos de referência. Pode­se utilizar proces­ 
sos automatizados para calcular essas proprie­ 
dades geométricas como, por exemplo, o Excel 
ou um programa específico para esse fim. O 
Programa DimPerfil  realiza  esses cálculos e 
exibe os resultados. 
Exemplo 02 ­ Cálculo da largura efetiva 
da  alma  e mesas  do  perfil  padronizado 
U250x100x2.65 mm submetida ao esforço de 
momento fletor em relação ao eixo de menor 
inércia, y, para uma resistência ao escoamento 
da fibra mais solicitada igual a 25,0 kN/cm 2 : 
Perfil U: b w = 25 cm  b f = 10 cm t= 0,265 cm 
Aço: f y = 25 kN/cm2  E= 20500 kN/cm 
2 
Seção submetida a esforço de momento fletor 
em relação ao eixo Y 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas 
σ = 25 kN/cm2 
Admite­se variação linear de tensões, sendo o 
valor máximo igual a 25 kN/cm 2 
1.1 ­ Largura efetiva do elemento [1] = elemento 
[3]
Elemento AL 
A largura, b, é o comprimento da parte reta do 
elemento, descontados os trechos curvos: 
b= 9,47 cm 
tensão na extremidade livre da mesa: 
posição da fibra em relação ao CG.: 
x 1 = 7,66 cm 
σ 
1 
= ­25 kN/cm2 
tensão na extremidade conectada à alma: 
posição do CG: 
xg = 2,34 cm 
posição da fibra: 
x = 2,34 – 2*t = 1,812 cm
σ 2 = 
25 
1 81 
7 66 
, 
, 
´ = 
σ 2 = 5,905 kN/cm 
2 
23,94 
0, 265 
24.20500 
0,95 0,95 
20,64 
p 
b 
t 
kE 
l 
s 
= = 
(Tração) 
(Compressão)
31 
1.2 ­ Largura efetiva do elemento [2] 
Elemento AA 
xg = 2,34 cm 
σ 1 = σ 2 = 7,20 kN/cm2  (tensão na fibra média da 
alma) 
Somente tração no elemento! 
b ef = b = 23,94 cm 
Propriedades geométricas: 
I y da seção bruta=  112,82 cm 
4 
I y da seção efetiva=  20,76 cm 
4 
Exemplo 03 ­ Cálculo da largura efetiva das 
abas do perfil padronizado L80x80x3.35 mm 
submetida ao esforço de compressão, sob uma 
tensão de 8,6 kN/cm 2 : 
Perfil L: 
b= 8,0 cm  t= 0,335 cm 
fy= 25 kN/cm 2  E= 20500 kN/cm 2 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas 
σ = 8,6 kN/cm2 
1.1­ Largura efetiva do elemento [1] = elemento 
[2]
Elemento AL 
b= 8,0 – 2.t = 8,0 – 2 . 0,335 
b= 7,33 cm 
σ 1 = ­8,6 kN/cm2 
σ 2 = ­8,6 kN/cm2 
ψ = 1 
1.1.1 ­ NBR14762 ­ Tab.05 caso a (Tabela 4.3) 
k= 0,43 
λp=1,66 [λp > 0,673] 
0, 22  0, 22 1  9, 47 1 
1,66 
1,66 
p 
ef 
p 
b 
b b 
l 
l 
æ ö æ ö - ç ÷ - ç ÷ ç ÷ 
è ø è ø = = £ 
bef= 4,94 cm à bef,1= 4,94 cm 
σ1= σ2= 
( ) 0 265 2 34  2 
25 
7 66 
, , 
, 
- 
´ 
7,33 
0,335 
0,43.20500 
0,95 0,95 
8,6 
p 
b 
t 
kE 
l 
s 
= = 
λp=0,72 [λp > 0,673] 
ψ = 5,905 / (­25,0) 
ψ = ­0,236 
1.1.1 ­ NBR14762 ­ Tab.05 caso d 
k= 0,624   (Tabela 4.3)
32 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
b ef = 7,07 cm 
b ef,1 = 7,07 cm 
Propriedades geométricas: 
A da seção bruta=  5,18 cm 2 
A da seção efetiva=  5,00 cm 2 
4.3 ­ Elementos comprimidos com 
enrijecedor de borda 
Para calcular a largura efetiva de um ele­ 
mento com enrijecedor de borda é necessário 
considerar as dimensões do elemento (b) e as 
do enrijecedor de borda (D) (figura 4.11). Se o 
elemento b for pouco esbelto (valor de b/t pe­ 
queno ­ até cerca de 12) não haverá necessida­ 
de de enrijecedor para aumentar sua capacida­ 
de resistente de compressão e sua largura efe­ 
tiva será igual à largura bruta. Para elementos 
esbeltos o enrijecedor de borda deverá servir 
como um apoio “fixo” na extremidade do elemen­ 
to. Nesse caso a largura efetiva calculada de­ 
penderá da esbeltez do elemento (b/t), da es­ 
beltez do enrijecedor de borda (D/t) e da inércia 
do enrijecedor de borda (I s ­ momento de inér­ 
cia do enrijecedor em relação ao seu centro 
geométrico, figura 4.11). 
Além de servir como apoio, o enrijecedor, 
também, se comporta como um elemento de 
borda livre (AL) sujeito à flambagem local. A ocor­ 
rência da flambagem local do enrijecedor indu­ 
zirá a flambagem local na mesa enrijecida. Um 
enrijecedor de borda adequado é aquele que 
tem condições de se comportar como um apoio 
à mesa. Para isso, ele precisa ter uma rigidez 
mínima, ou seja, um momento de inércia míni­ 
mo, denominada de I a . Se o enrijecedor for ina­ 
dequado, ou seja I s <I a , o comportamento da cha­ 
pa da mesa, será mais próximo a uma chapa 
com borda livre, portanto o valor do coeficiente 
de flambem local para mesa, k, será pequeno 
aproximando­se ao da chapa livre. Quando as 
dimensões do enrijecedor não respeitam os li­ 
mites de adequação, será necessário, também, 
reduzir a largura efetiva do enrijecedor de bor­ 
da, d s da figura 4.12, a fim de se reduzir as ten­ 
sões nele aplicadas. 
O procedimento para o cálculo das largu­ 
ras efetivas para elementos com enrijecedores 
de borda, na norma brasileira é feito da seguin­ 
te forma: 
Figura 4.11  ­ elemento enrijecido 
0, 22  0, 22 1  7,33 1 
0,72 
0,72 
p 
ef 
p 
b 
b b 
l 
l 
æ ö æ ö - ç ÷ - ç ÷ ç ÷ 
è ø è ø = = £
33 
Figura 4.12  ­ Enrijecedor de borda 
Primeiramente se calcula  0 p l , que é o va­ 
lor da esbeltez reduzida da mesa como se ela 
fosse um elemento de borda livre (AL): 
(eq. 4.5) 
Caso I –  0 p l < 0,673  ­ Elemento pouco 
esbelto. Mesmo que a mesa fosse de borda livre 
(AL) sua largura efetiva seria igual a largura bru­ 
ta. Nesse caso então, não seria necessária a 
ajuda do enrijecedor de borda. 
b ef = b à para a mesa comprimida 
Caso II – 0,673 <  0 p l < 2,03 – Elemento 
medianamente  esbelto,  precisa  ser  apoiado 
pelo enrijecedor para aumentar sua capacida­ 
de resistente. 
O cálculo da largura efetiva é feito por meio 
da  equação  4.2,  onde  o  coeficiente  de 
flambagem k, é calculado conforme a equação 
4.6. 
O momento de inércia de referência (ade­ 
quado) para o enrijecedor é determinado con­ 
forme a equação 4.7. 
O momento de inércia da seção bruta do 
enrijecedor em relação ao seu centro geométri­ 
co  em  torno  do  eixo  paralelo  ao  elemento 
enrijecido é determinado conforme a equação 
4.8. 
O valor de k a é calculado pela equação 4.9 
ou 4.10, conforme o caso. 
1 ­ para enrijecedor de borda simples com 
40 140 o o q £ £ e  0,8 
D 
b 
£ , onde q é mostrado na 
figura 3.9a: 
(eq. 4.6) 
(eq. 4.7) 
(eq. 4.8) 
(eq. 4.9) 
0 
0, 43 
0,95 0,623 
p 
y 
b b 
t t 
E E 
f 
l 
s 
= = 
( ) 0,43 ,043 s  a a 
a 
I 
k k k 
I 
= - + £ 
( ) 3 4  0 400 0, 49 0,33 a p I t l = - 
3 2 . 
12 s 
d t sen 
I q = 
5, 25 5 4,0 a 
D 
k 
b 
æ ö = - £ ç ÷ 
è ø 
(a) 
(b)
34 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
2 ­ para outros tipos de enrijecedor: 
k a = 4,0  (eq. 4.10) 
Com o valor de k obtido da equação 4.6 
obtém­se a largura efetiva por meio da equa­ 
ção 4.2 já apresentada, que aqui se repete. 
Sendo 
(equação 4.2) 
(equação 4.3) 
A largura efetiva do elemento é divido em 
dois trechos próximos às extremidades do ele­ 
mento, o primeiro trecho de comprimento b ef,1 
no lado da alma do perfil e o segundo trecho 
b ef,2 no lado do enrijecedor de borda, esses va­ 
lores são obtidos por meio das equações 4.11 
e 4.12. 
Caso a inércia (I s ) do enrijecedor de bor­ 
da  não  seja  adequada para  servir  como um 
apoio para a mesa enrijecida, este deve ter sua 
área efetiva reduzida, afim de que se diminuam 
as tensões nele atuantes, conforme equações 
4.13 e 4.14. 
­ Para enrijecedor de borda simples (figu­ 
ra 4.12a): 
A largura efetiva do enrijecedor de borda 
deve ser previamente calculada tratando­o como 
um elemento de borda livre, AL e as proprieda­ 
des geométricas da seção efetiva do perfil me­ 
(eq. 4.11) 
(eq. 4.12) b ef,1 = b ef – b ef,2 
(eq. 4.13) 
tálico, A ef , I xef , I yef são calculadas considerando 
a largura d s do enrijecedor de borda. 
­ Para demais enrijecedores de borda (figura 
4.12b): 
Caso III –  0 p l > 2,03 – Elemento muito esbelto. 
O enrijecedor precisa ter alta rigidez para apoi­ 
ar a mesa adequadamente. 
O cálculo da largura efetiva é feito por meio da 
equação 4.2, onde o coeficiente de flambagem 
k, é calculado conforme a equação 4.15. 
Sendo 
b ef , b ef,1 , b ef,2 , d s , k a e A s são calculados da mes­ 
ma forma que no caso II. 
Exemplos de cálculos de larguras efetivas em 
perfis com mesas enrijecidas: 
Exemplo 04 – Cálculo da  largura efetiva da 
alma  e  mesas  do  perfil  padronizado  Ue 
250x100x2,65 mm submetido ao esforço nor­ 
mal de compressão, sob uma tensão de 25,00 
kN/cm 2 : 
Aço: f y =
25 kN/cm 
2  E= 20500 kN/cm 2 
G= 7884,615 kN/cm 2 
Seção submetida a esforço normal 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas 
σ = 25 kN/cm 2 
(eq. 4.14) 
(eq. 4.15) 
(eq. 4.16) 
0, 22 
1 
p 
ef 
p 
b 
b 
l 
l 
æ ö 
- ç ÷ ç ÷ è ø = 
0,95 
p 
b 
t 
kE 
l 
s 
= 
,2  2 2 
ef ef s 
ef 
a 
b b I 
b 
I 
æ ö 
= £ ç ÷ 
è ø 
s 
s ef ef 
a 
I 
d d d 
I 
= £ 
( ) s s ef ef ef 
a 
I 
A A A A área efetiva do enrijecedor 
I 
= £ - - 
( ) 3  0, 43 0,43 s  a a 
a 
I 
k k k 
I 
= - + £ 
( )  4 0 56 5 a p I t l = +
35 
1.1 ­ Largura efetiva dos enrijecedores de bor­ 
da 
Elemento AL 
b= 1,97 cm 
σ 
1 
= ­25 kN/cm 2  σ 
2 
= ­25 kN/cm 2 
ψ = σ 
1 
/σ 
2 
= 1,0 
1.1.1 ­ NBR14762 ­ Tab.05 caso a (tabela 4.3) 
k= 0,43 
0,417 
como λ p < 0,673, então: 
b ef = b 
b ef = 1,97 cm 
1.2 ­ Largura efetiva das mesas enrijecidas 
1.2.1  ­  NBR14762.  7.2.2.2  ­ Elemento  com 
enrijecedor de borda: 
σ 1 = ­25 kN/cm2 
σ 2 = ­25 kN/cm2 
b=8,94 cm 
D=2,5 cm  t= 0,265 cm  d ef =1,97 cm 
d=1,97 cm  σ=25 kN/cm 2 
θ=90 º 
k a = 3,85 < 4,0 
Como  0.673 < λ p0 < 2,03, então: 
Caso II: 
λ 
p 
=0,769 
como λ 
p 
> 0,673 – então: 
b ef =8,301 cm 
(eq. 4.2) 
1.97 
0,265 
. 0, 43.20500 
0,95 0,95 
25 
p 
y 
b 
t 
k E
f 
l = = = 
0 
8,94 
0, 265 
20500 
0,623 0,623 
25 
p 
y 
b 
t 
E 
f 
l = = = 1,891 
3 2 3 2 . 1,97 .0,265. (90) 
12 12 s 
d t sen sen I q = = 
Is= 0,1689 cm 4 
2,5 
5,25 5 5, 25 5 4,0 
8,94 a 
D 
k 
b 
æ ö æ ö = - = - £ ç ÷ ç ÷ è ø è ø 
( ) 3 4  0 400 0, 49 0,33 a p I t l = - 
Ia = ( ) 3 4 400 0, 265 0,49 1,891 0,33 ´ ´ - 
Ia=0,419 cm 4 
( ) 0, 43 ,043 s  a a 
a 
I 
k k k 
I 
= - + £ 
Is/Ia=0,403 
( ) 0,403 3,85 0,43 0, 43 k = - + 
k=2,602 
8,94 
0,265 
2,62.20500 
0,95 0,95 
25 
p 
b 
t 
kE 
l 
s 
= = (eq. 4.3) 
0, 22  0, 22 1  8,94 1 
0,769 
0,769 
p 
ef 
p 
b 
b 
l 
l 
æ ö æ ö - ç ÷ - ç ÷ ç ÷ è ø è ø = =
36 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
b ef,2 = 1,672 cm 
b ef,1 = b ef – b ef,2 = 8,301 – 1,672 
b ef,1 = 6,629 cm 
como I s < I a , então: 
d s = 1,97 . 0,43= 0,794 cm 
1.3 ­ Largura efetiva da alma 
Elemento AA 
b= 23,94 cm 
σ 
1 
= ­25 kN/cm 2 
σ 
2 
= ­25 kN/cm 2 
ψ = 1 
1.3.1 ­ NBR14762 ­ Tab.04 caso a (tabela 4.2) 
k= 4 
b ef = 12,508 cm 
b ef,1 =  b ef,2 = b ef /2 
b ef,1 = 6,254 cm 
b ef,2 = 6,254 cm 
Propriedades geométricas: 
A da seção bruta=  12,79 cm 2 
A da seção efetiva=  8,80 cm 2 
Exemplo 05 ­ Cálculo da largura efetiva da alma 
e  mesas  do  perfi l   padronizado  Z 45 
100x50x17x1,2 mm submetido ao esforço nor­ 
mal de compressão, sob uma tensão de 25,00 
kN/cm 2 : 
Aço: fy= 25 kN/cm2  E= 20500 kN/cm2 
G= 7884,615 kN/cm2 
Seção submetida a esforço normal 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas 
σ = 25 kN/cm 2 
1.1 ­ Largura efetiva dos enrijecedores 
Elemento AL 
b= 1,565 cm 
σ 1 = ­25 kN/cm 
2 
σ 2 = ­25 kN/cm 
2 
ψ = 1 
1.1.1 ­ NBR14762 ­ Tab.05 caso a (tabela 4.3) 
k= 0,43 
,2  2 2 
ef ef s 
ef 
a 
b b I 
b 
I 
æ ö 
= £ ç ÷ 
è ø 
,2 
8,301 
0, 403 
2 ef 
b æ ö = ç ÷ è ø 
s 
s ef ef 
a 
I 
d d d 
I 
= £ 
23,94 
0, 265 
4.20500 
0,95 
25 
p l = 
λp=1,66 [λp > 0,673] 
0, 22 
23,94 1 
1,66 
1,66 ef 
b 
æ ö - ç ÷ 
è ø = (eq. 3.2) 
1,565 
0,12 
0, 43.20500 
0,95 
25 
p l = = 0,731 
[λp > 0,673] 
(eq. 4.2)
37 
3 2 3 2 . 1,565 .0,12. (45) 
12 12 s 
d t sen sen 
I q = = 
Is= 0,0192 cm 4 
1,7 
5, 25 5 5, 25 5 4,0 
4,625 a 
D 
k 
b 
æ ö æ ö = - = - £ ç ÷ ç ÷ è ø è ø 
ka= 3,40 
( )  4 0 56 5 a p I t l = + = ( )  4 56 2,161 5 0,12 ´ + 
Ia= 0,026 cm 4 
( ) 3  0,43 0,43 s  a a 
a 
I 
k k k 
I 
= - + £ 
Is/Ia= 0,734 
( ) 3  0,734 3,41 0,43 0, 43 k = - + 
k=3,10 
4,625 
0,12 
3,10.20500 
0,95 
25 
p l = 
b ef,1 = 1,497 cm 
1.2 ­ Largura efetiva das mesas 
1.2.1  ­  NBR14762.  7.2.2.2  ­  Elemento  com 
enrijecedor de borda (com inclinação de 45º): 
σ 
1 
= ­25 kN/cm 2 
σ 2 = ­25 kN/cm 
2 
b=4,625 cm  D=1,70 cm 
t=0,12 cm d ef =1,497 cm 
d=1,565 cm  σ=25 kN/cm 2 
θ=45 º 
Como  λ p0 =2,161 > 2,03, então: 
1.3 ­ Largura efetiva da alma 
Elemento AA 
b= 9,52 cm 
σ 1 = ­25 kN/cm 
2 
σ 2 = ­25 kN/cm 
2 
ψ = 1 
1.3.1 – Tabela 4.2 – caso a (NBR14762 ­ Tab04) 
k= 4 
0,22 
1,565 1 
0,731 
0,731 ef 
b 
æ ö - ç ÷ 
è ø = = 1,497 cm 
0 
4,625 
0,12 
20500 
0,623 0,623 
25 
p 
y 
b 
t 
E 
f 
l = = = 2,161 
λp=0,805 [λp > 0,673] 
0,22 
4,625 1 
0,805 
0,805 ef 
b 
æ ö - ç ÷ 
è ø =
bef=4,175 cm 
,2  2 2 
ef ef s 
ef 
a 
b b I 
b 
I 
æ ö 
= £ ç ÷ 
è ø 
,2 
4.175 
0,734 
2 ef 
b æ ö = ç ÷ 
è ø 
bef,2= 1,532 cm 
bef,1 = bef – bef,2= 4,175 – 1,532 
bef,1= 2,642 cm 
como Is < Ia, então: 
s 
s ef ef 
a 
I 
d d d 
I 
= £ 
ds= 0,734 . 1,497 = 1,099 cm
38 
9,52 
0,12 
4.20500 
0,95 
25 
p l =
λp=1,458 [λp > 0,673] 
0, 22 
9,52 1 
1,458 
1, 458 ef 
b 
æ ö - ç ÷ 
è ø =
bef= 5,544 cm 
bef,1= 2,772 cm 
bef,2= 2,772 cm 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
Propriedades geométricas: 
A da seção bruta=  2,8 cm 2 
A da seção efetiva=  2,10 cm 2 
Exemplo 06 ­ Cálculo da largura efetiva da alma 
e mesas do perfil Ue com enrijecedor de borda 
adicional, Uee 200x100x25x10x2,65 mm sub­ 
metido a momento fletor em relação ao eixo de 
maior inércia, X, sob uma tensão máxima de 
25,00 kN/cm 2 : 
Aço: f y = 25 kN/cm2  E= 20500 kN/cm 
2 
G= 7884,615 kN/cm 2 
Uee: b w = 20,0  b f = 10,0  D= 2,5  D e = 1,0 
t= 0,265  α=0  β=90  θ=90 
Seção submetida a esforço de momento fletor 
em relação ao eixo X 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas 
σ 
máx 
= 25 kN/cm 2 
O cálculo das tensões nas extremidades de cada 
elemento é feito considerando diagrama linear 
de tensões ao longo da altura do elemento com 
a linha neutra passando pelo centro geométrico 
e perpendicular ao plano de aplicação do mo­ 
mento e o máximo valor de tensão igual a 25 
kN/cm 2  (tração ou compressão) na fibra mais 
distante da linha neutra: 
1.1  – Largura efetiva do enrijecedor de borda 
e do enrijecedor de borda adicional: 
O valor de b/t máximo em elementos com borda 
livre (AL) submetidos a uma tensão de 25 kN/ 
cm 2 para ter a largura efetiva igual a largura bru­ 
ta (b ef = b) é dado pela equação 4.3 ao igualar­ 
se a esbelteza reduzida, λ p , a 0,673: 
0,673 
.20500 
0,95 
p 
b 
t 
k 
l 
s 
= = è
0, 43.20500 
0,95 0,673 
25 
b 
t =
39 
b/t max = 12 – (máximo valor de b/t no qual não 
será necessário reduzir a largura do elemento 
de borda livre, para uma tensão de 25kN/cm 2 ) 
Como neste exemplo as relações largura/espes­ 
sura dos enrijecedores de borda e enrijecedores 
adicionais do perfil são bem pequenas, respec­ 
tivamente 5,4 e 1,8, então as larguras efetivas 
desses elementos são iguais suas larguras bru­ 
tas. 
b/t = 1,44 / 0,265= 5,4 – enrijecedor de borda 
b/t = 0,47 / 0,265= 1,8 – enrijecedor adicional 
1.2 ­ Largura efetiva da mesa enrijecida 
­ NBR14762. 7.2.2.2 ­ Elemento com enrijecedor 
de borda e enrijecedor de borda adicional: 
­ Por simplificação e a favor da segurança, será 
admitido que a máxima tensão dada ocorre na 
fibra média do elemento : 
σ 
1 
= ­25 kN/cm2 
σ 2 = ­25 kN/cm2 
b=8,94 cmt=0,265 cm 
I s = 0,247 cm4 
σ=25 kN/cm2 
Como   0,673 < λ p < 2,03 – então: 
Caso II 
Ia=0,419 cm 4 
I s /I a =0,591 
k a = 4,0 – para enrijecedores de borda que não 
sejam os simples 
k=3,175 
λ 
p 
=0,696 
como λ p > 0,673 – então: 
b ef = 8,785 cm 
b ef,2 = 2,596 cm 
0 
8,94 
0, 265 
20500 
0,623 
25 
p l = = 1,891 
( ) 3 4  0 400 0, 49 0,33 a p I t l = - = 
( ) 3 4 400 0, 265 0, 49 1,891 0,33 ´ ´ - 
( ) 0,43 ,043 s  a a 
a 
I 
k k k 
I 
= - + £ 
( ) 0,591 4 0, 43 0, 43 k = - + 
8,94 
0, 265 
3,175.20500 
0,95 
25 
p l = 
0, 22  0, 22 1  8,94 1 
0,696 
0,696 
p 
ef 
p 
b 
b 
l 
l 
æ ö æ ö - ç ÷ - ç ÷ ç ÷ è ø è ø = = 
,2  2 2 
ef ef s 
ef 
a 
b b I 
b 
I 
æ ö 
= £ ç ÷ 
è ø 
,2 
8,785 
0,591 
2 ef 
b æ ö = ç ÷ è ø
40 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
b ef,1 = b ef – b ef,2 = 8,785 – 2,596 
b ef,1 = 6,188 cm 
como I s < I a , então a área efetiva do enrijecedor 
de borda a ser considerada nas propriedades 
geométricas de deve ser reduzida na propor­ 
ção I s /I a 
Isso pode ser obtido diminuindo a 
espessura efetiva do enrijecedor de borda: 
t ef = 59.1% . 0,265 = 0,157 cm 
1.3 ­ Largura efetiva da Alma:    Elemento AA 
b= 18,94 cm 
σ 
1 
= ­23,993 kN/cm2 
σ 2 = 23,993 kN/cm2 
ψ = ­1 
1.3.1 ­ NBR14762 ­ Tab04.caso d (tabela 4.2) 
k= 24 
b= 18,94 cm 
b c = 9,47 cm 
b t = 9,47 cm 
como λ p =0,525  < 0,673 então, 
b ef = 18,94 cm 
bef = b 
Propriedades geométricas: 
I x da seção bruta=  767,09 cm 
4 
I x da seção efetiva=  743,88 cm 
4 
Exemplo 07 ­ Cálculo da largura efetiva da alma 
e  mesas  do  perfi l  padronizado  Cr 
100x50x20x2,0 mm submetido a momento fletor 
em relação ao eixo X, sob uma tensão máxima 
de 25,00 kN/cm 2 com os enrijecedores voltados 
para o lado das tensões de compressão : 
Aço: f y = 25 kN/cm2  E= 20500 kN/cm 
2 
G= 7884,615 kN/cm 2 
Perfil:  Cr:  bw=10    bf=5    D=2    t=0,2 
Nota: Mesas enrijecidas sob tensões de 
compressão não uniformes, como é o caso des­ 
te exemplo (momento fletor aplicado no eixo 
perpendicular às mesas), não possuem nas nor­ 
mas em vigor um procedimento de cálculo es­ 
pecífico. É necessário, portanto, a favor da se­ 
gurança, considerar que estes elementos estão 
uniformemente comprimidos. 
s 
s ef 
a 
I 
A A 
I 
= 
0,591 = s 
a 
I 
I 
18,94 
0, 265 
24.20500 
0,95 0,95 
25 
p 
b 
t 
kE 
l 
s 
= = = 0,525
41 
Seção submetida a esforço de momento fletor 
em relação ao eixo X 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas 
σ 
máx 
= 25 kN/cm2 
1.1 ­ Largura efetiva dos enrijecedores 
Elemento AL 
b= 1,6 cm 
σ 1 = ­25 kN/cm 
2 
σ 2 = ­25 kN/cm 
2 
ψ = σ 
1/ 
σ 
2 
= 1,0 
1.1.1 ­ NBR14762 ­ Tab05.caso a (tabela 4.3) 
k= 0,43 
λ 
p 
=0,448462 
como λ p < 0,673, então 
b ef = 1,6 cm 
b ef = b 
1.2 ­ Largura efetiva das mesas enrijecidas 
­ NBR14762. 7.2.2.2 ­ Elemento com enrijecedor 
de borda: 
y 1  = 4,78  (posição  da  extremidade  junto  ao 
enrijecedor) 
y 2 = ­4,42 (posição da extremidade junto a alma 
do perfil) 
y máx = 5,08 y mín =  ­4,72 
(obs. para o divisor dessa equação use sempre 
a coordenada mais distante do CG do perfil, em 
módulo). 
b=9,2 cm  D=2 cm 
t=0,2 cm  d ef =1,6 cm 
d=1,6 cm  σ=23,52 kN/cm 2 
θ=90 º 
b ef = 7,283 cm 
1.6 
0,2 
0, 43.20500 
0,95 
25 
p l = = 
σ1= 
4 78 
25 
5 08 
, 
, 
´ - = ­23,523 kN/cm 2 
σ2= 
4 42 
25 
5 08 
, 
, 
´ = 21,78 kN/cm 2 
0 
9, 2 
0, 2 
20500 
0,623 0,623 
25 
p 
y 
b 
t 
E 
f 
l = = 
λp0=2,50 
Como λp0 > 2,03, então: 
Caso III:
3 2 3 2 . 1,6 .0, 2. (90) 
12 12 s 
d t sen sen 
I q = = 
Is= 0,068 cm 4 
2 
5, 25 5 5, 25 5 4,0 
9, 2 a 
D 
k 
b 
æ ö æ ö = - = - £ ç ÷ ç ÷ è ø è ø 
ka=4 
( )  4 0 56 5 a p I t l = + = ( )  4 56 2,50 5 0, 2 ´ + 
Ia=0,232 cm 4 
( ) 3  0, 43 0,43 s  a a 
a 
I 
k k k 
I 
= - + £ 
Is/Ia=0,294 
( ) 3  0,294 4 0,43 0,43 k = - + 
k=2,80 
9, 2 
0, 2 
2.8.20500 
0,95 
25 
p l = 
λp= 0,98 [λp > 0,673] 
0, 22 
9, 2 1 
0,98 
0,98 ef 
b 
æ ö - ç ÷ 
è ø =
bef= 7,283 cm
42 
Flambagem local e o método das larguras efetivas 
b ef,2 =1,071cm 
b ef,1 = b ef – b ef,2 = 9,2 – 1,071 
b ef,1 = 6,212 cm 
como I s < I a , então: 
d s = 1,6 . 0,294= 0,471 cm 
d s = 0,471 cm 
1.3 ­ Largura efetiva da mesa 
Elemento AA 
b= 4,2 cm 
σ 
1 
= 23,257 kN/cm 2 
σ 2 = 23,257 kN/cm 
2 
Elemento somente sob tensões de tração! 
Propriedades geométricas: 
I x da seção bruta=  69,98 cm 
4 
I x da seção efetiva=  47,78 cm 
4 
,2  2 2 
ef ef s 
ef 
a 
b b I 
b 
I 
æ ö 
= £ ç ÷ 
è ø 
,2 
7, 283 
0, 294 
2 ef 
b æ ö = ç ÷ 
è ø 
s 
s ef ef 
a 
I 
d d d 
I 
= £
43
45 
Capítulo 5 
Flambagem por distorção da 
seção transversal
46 
Flambagem por distorção da seção transversal 
A flambagem por distorção é caracteriza­ 
da  pela  alteração  da  forma  inicial  da  seção 
transversal ocorrendo uma rotação dos elemen­ 
tos submetidos à compressão. 
Esse fenômeno torna­se mais evidente em: 
­ aços de alta resistência 
­ em elementos com maior 
relação 
largura da mesa 
largura da alma , 
­  elementos  com  menor  largura  do 
enrijecedor de borda, 
­ seção cujos elementos são poucos es­ 
beltos (menor b/t). Nesse caso, a carga crítica 
de flambagem distorcional pode ser menor do 
que a da flambagem local. 
Uma  característica  que  diferencia  a 
flambagem local da distorcional é a deformada 
pós­crítica.  Na flambagem por distorção a se­ 
ção perde sua forma inicial (figuras 5.1 e 5.2), o 
que não ocorre na flambagem local. 
Figura 5.1  ­ Flambagem  local  e distorcional 
a) compressão  centrada            b) momento fletor 
Figura 5.2 – Distorção da seção  transversal 
Figura 5.3  ­ Modelo simplificado proposto por Hancock & 
Lau 
A NBR 14762:2001 utiliza o método sim­ 
plificado proposto por Hancock, para calcular a 
força crítica
de flambagem por distorção dos 
perfis formados a frio. Esse modelo simplifica­ 
do dispensa a solução numérica que demanda­ 
ria programas de computador. 
Hancock  idealizou  um modelo  de  viga 
composto apenas pela mesa do perfil e do seu 
enrijecedor, submetido à compressão. A ligação 
da mesa com a alma é representada por dois 
apoios de molas, um para restringir à rotação e 
outro para restringir o deslocamento horizontal, 
conforme esquematizado na figura 5.3. Esse 
modelo procura considerar, de forma aproxima­ 
da, a influência da alma sobre a mesa compri­ 
mida, por meio de coeficientes de mola k f e  x k  , 
respectivamente, à rotação e translação. É fácil 
notar que quanto mais esbelta for a alma (maior 
b w /t), menor  serão os valores de  e  k f e  x k  . 
A partir desse modelo matemático, com 
algumas simplificações, é possível determinar­ 
se a tensão crítica de distorção do perfil e, con­ 
seqüentemente, a força normal e o momento 
fletor críticos. Esses esforços podem ser deter­ 
minados conforme os itens 7.7.3 e 7.8.1.3 da 
NBR 14762.
47 
(eq. 5.5) 
O coeficiente de mola à rotação (equação 
5.4) depende do valor da tensão no qual a alma 
está solicitada. Quanto maior for essa tensão, 
menor será a restrição que ela poderá oferecer 
para a mesa. No caso da compressão uniforme 
admite­se que o perfil está sob tensão unifor­ 
me, o que significa que a alma estará solicitada 
a, no máximo, à tensão  σ dist . Sendo assim, é 
necessário fazer uma iteração para a obtenção 
da tensão crítica da flambagem por distorção. 
Admite­se, inicialmente, que k f = 0 ao substituir 
a equação 5.2 pela equação 5.5 para a obten­ 
ção do primeiro valor de σ dist da iteração . A se­ 
guir, com o valor da primeira tensão crítica en­ 
contrada calcula­se o  (equação 5.4) e, em fim, 
calcula­se σ dist . 
Sendo assim, é necessário fazer esta pe­ 
quena interação na obtenção da tensão crítica 
da flambagem por distorção. Admiti­se inicial­ 
mente  que  a  rigidez  k f =  0  ao  substituir  a 
equação 5.2 pela equação 5.5 na obtenção do 
primeiro  σ dist .  Depois  com  a  primeira  tensão 
crítica encontrada calcula­se o  k f (equação 5.4) 
e, em fim, calcula­se σ dist definitivo admitindo, 
desta vez, a contribuição da rigidez a rotação 
que a alma exerce sobre a mesa. 
As propriedades geométricas do modelo 
estudado, A d ; I x ; I y ; I xy ; I t ; h x e h y devem ser calcu­ 
ladas para a seção transversal constituída ape­ 
nas pela mesa e do enrijecedor de borda (figu­ 
ra 5.4), cujas expressões são apresentadas a 
seguir: 
Figura 5.4 – Propriedades geométrica da mesa  e o 
enrijecedor de borda 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
÷ ÷ 
ø 
ö 
ç ç 
è 
æ 
+ 
s 
- 
+ 
= f 
2 
2 
d 
2 
w 
d 
2 
w 
2 
dist 
d w 
3 
L b 
L b 
Et 
11 , 1 
1 
) L 06 , 0 b ( 46 , 5 
Et 
k 
a1 = (h/b1)(b2 + 0,039It Ld 2 ) As expressões para o cálculo da tensão 
crítica de distorção,σ dist , encontram­se no anexo 
D da NBR 14762 e são apresentada a seguir. 
5.1 Seção do tipo U enrijecido 
submetida à compressão uniforme 
Para as seções transversais com relação 
b f / b w  compreendida entre 0,4 e 2,0 a tensão 
crítica  à  distorção pode  se  determinada  por 
meio da equação 5.1. 
s dist = (0,5E/A d ){a 1 + a 2 – [(a 1 + a 2 ) 
2 ­ 4 3 ] 
0,5 } 
(eq. 5.1) 
Onde: 
a 1 = (h/b 1 )(b 2 + 0,039I t L d 
2 ) + k f /(b 1 hE) 
(eq. 5.2) 
a 2 = h(I y ­ 2 y o b 3 /b 1 ) 
a 3 = h(a 1 I y ­ hb 3 
2 /b 1 ) 
b 1 = h x 
2 + (I x + I y )/A d 
b 2 = I x b f 
2 
b 3 = I xy b f 
b 4 = b 2 = I x b f 
2 
h = (p/L d ) 
2 
L d = 4,8(b 4 b w /t 
3 ) 0,25 (eq.5.3) 
Sendo L d o comprimento teórico da semi­ 
onda na configuração deformada. 
(eq. 5.4) 
dist  pode ser calculada, em primeira apro­ 
ximação, pela equação 5.1 coma 1 conforme in­ 
dicado na equação 5.5. 
σ
48 
Flambagem por distorção da seção transversal 
A d = (b f + D)t 
I x = b f t 
3 /12 + tD 3 /12 + b f t h y 
2 + Dt(0,5D + 
h y ) 
2 
I y = tb f 
3 /12 + Dt 3 /12 + Dt(b f + h x ) 
2 + b f t(h x 
+ 0,5b f ) 
2 
I xy = b f t h y (0,5b f + h x ) + Dt(0,5D + h y )(b f + 
h)
I t = t 
3 (b f + D)/3 
h x = ­ 0,5(b f 
2 + 2b f D)/(b f + D) 
h y = ­ 0,5D 
2 /(b f + D) 
b f ; b w ; D ; t são indicados na figura 5.2. 
Outro fator que deve ser observado na aná­ 
lise da flambagem por distorção é o limite de 
validade das expressões normatizadas, ou seja, 
0,4 < b f / b w  < 2,0. Essa  limitação se deve à 
calibaração da equação 5.4 para o cálculo de 
k f . Para perfis fora dessa faixa é necessário 
empregar métodos mais precisos. 
A tabela 5.1 indica as dimensões mínimas 
que deve ter o enrijecedor de borda (em rela­ 
ção a dimensão da  alma, D/b w ) de perfis Ue de 
forma  a  dispensar maiores  verificações    à 
flambagem por distorção. Essa tabela, retirada 
do anexo D da NBR 14762, foi construída com 
base nas tensões críticas de flambagem, em 
regime elástico, pelo método das faixas finitas. 
Para cada modo de flambagem, global, local ou 
distorcional, há uma tensão crítica diferente (veja 
a figura 7.2). 
As  dimensões  recomendadas  pelas 
tabela 5.1 garantem que o modo distorcional não 
será o modo crítico de flambagem . 
A tabela 5.1 é válida para barras em que 
L x , L y e L t são iguais. As barras em que os com­ 
primentos de flambagem mencionados são di­ 
ferentes, por exemplo, barras com travamentos 
intermediários,  devem  ser  verificados  à 
distorção pela equação 5.1 
Exemplo 08: (exemplo de utilização da tabela 
5.1) 
Qual  deve  ser  o  comprimento mínimo  do 
enrijecedor do perfil Ue 200x100xDx3 mm de 
uma barra submetida à compressão centrada 
para  não  ser  necessário  a  verificação  da 
flambagem por distorção? 
Da tabela 5.1, por interpolação linear, tem­se: 
b w  / t 
b 
f 
/ b 
w 
100  67  50 
0,4  0,04  0,0664  0,08 
0,5  0,0929 
0,6  0,06  0,1194  0,15 
100 
0,5 
200 
f 
w 
b 
b  = = 
200 
67 
3 
w b 
t  = = 
0,0929 
w 
D 
b  = è D= 0,0929 . 200= 18,58 mm 
Tabela 5.1 – Valores mínimos da relação D/b w 
de  seções do  tipo U enrijecido  submetida  à 
compressão centrada para dispensar a verifi­ 
cação da flambagem por distorção.
49 
Para uma barra onde os comprimentos de 
flambagem são iguais, L x =L y =L t , o menor valor 
de enrijecedor de borda para dispensar a verifi­ 
cação da flambagem por distorção é D= 19mm. 
5.2 Seções do tipo U enrijecido e Z 
enrijecido submetidas à flexão em 
relação ao eixo perpendicular à alma 
A tensão crítica de flambagem elástica por 
distorção σ dist  para seções do tipo U enrijecido 
e do tipo Z enrijecido submetidas à flexão em 
relação ao eixo perpendicular à alma pode ser 
determinada conforme a equação 5.1 substitu­ 
indo­se apenas as equações de L d  (eq. 5.3) e 
k f (eq.  5.4)  pelas  equações  5.6  e  5.7 
respectivamente. 
L d = 4,8(0,5I x b f 
2 b w /t 
3 ) 0,25  (eq. 5.6) 
(eq. 5.7) 
De mesma forma que no caso da compres­ 
são uniforme, σ dist  deve ser calculada, em pri­ 
meira aproximação utilizando­se a equação 5.1, 
mas substituindo a equação de 5.2 pela equa­ 
ção 5.5. 
Se o valor de  k f .  resultar negativo,  k f . 
deve ser novamente calculado com σ dist =0. 
Se o comprimento livre à flambagem por 
distorção (L dist ­ distância
entre seções com res­ 
trição total à distorção da mesa comprimida) for 
inferior a L d teórico, calculado conforme equa­ 
ção 5.6, então L d pode ser substituído pelo com­ 
primento livre à flambagem por distorção. 
A tabela 5.2 indica as dimensões mínimas 
que deve ter o enrijecedor de borda (em rela­ 
ção a dimensão da  alma, D/b w ) de perfis Ue e 
Ze de forma a dispensar maiores verificações 
à flambagem por distorção . Essa tabela foi re­ 
tirada do anexo D da NBR 14762. 
Tabela 5.2 – Valores mínimos da relação 
D/b w  de  seções  do  tipo  U  enrijecido  e  Z 
enrijecidos submetida à flexão para dispensar 
a verificação da flambagem por distorção. 
Exemplos  para  o  cálculo  da  tensão de 
distorção no perfil: 
Exemplo 09  ­   Cálculo  da  tensão  crítica  de 
flambagem elástica à distorção do perfil padro­ 
nizado Ue 250x100x25x2.65 mm submetido ao 
esforço normal de compressão: 
1 ­ Cálculo de σ dist [NBR 14762­Anexo D] 
NBR 14762 ­ Anexo D3: Seções Ue submeti­ 
dos a compressão uniforme 
t=0,265 cm  b w =25 cm  b f =10 cm 
D=2,5 cm  E=20500 kN/cm 2 
Propriedades  geométricas  da  mesa  e 
enrijecedor (ver item 5.1 e figura 5.4): 
A d = 3,05661 cm 
2  I x = 1,00392 cm 
4 
I y = 28,20113 cm 
4 
I xy = 2,83349 cm 
4  I t = 0,07145 cm 
4 
C w = 0,00079 cm 
6 
h x = ­5,556 cm  h y = ­0,2454 cm 
x 0 = 3,73896 cm  y 0 =­0,24098 cm 
Equação da tensão crítica de flambagem 
elástica por distorção é dada por (eq. 5.1): 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
÷ ÷ 
ø 
ö 
ç ç 
è 
æ 
+ + 
s 
- 
+ 
= f  2 
w 
2 
d 
4 
w 
4 
d 
2 
d 
4 
w 
2 
dist 
d w 
3 
b L 39 , 13 b 192 , 2 L 56 , 12 
L b 
Et 
11 , 1 
1 
) L 06 , 0 b ( 73 , 2 
Et 
k 
sdist = (0,5E/Ad){a1 + a2 – [(a1 + a2) 2 ­ 4a3] 0,5 }
50 
Flambagem por distorção da seção transversal 
b 4 = b 2 = I x b f 
2 = 1,004 . 10 2 
b 4 =100,392 
b 2 =100,392 
comprimento teórico da semi­onda na configu­ 
ração deformada: 
L d = 4,8(b 4 b w /t 
3 ) 0,25 
L d = 4,8(100,392 . 25 /0,265 
3 ) 0,25 
L d =91,985 cm 
h = (p/L d ) 
2 = (p/91,985) 2 
h=0,0011664511 
b 1 = h x 
2 + (I x + I y )/A d 
b 1 = (­5,556) 
2 + (1,004 + 28,201)/3,057 
b 1 =40,4193 
b 3 = I xy b f = 2,83349 . 10 
b 3 = 28,3349 
s dist deve ser calculada em primeira 
aproximação com, 
a 1 = (h/b 1 )(b 2 + 0,039I t L d 
2 ) 
a 1 = (0,001166 / 40,419)(100,392 + 0,039 
. 0,07145.(91,985) 2 
a 1,1ªaprox = 0,0035776 
a 2 = h(I y ­ 2 y o b 3 /b 1 ) = 0,001166 (28,201 – 
2(­0,24098).28,33349 / 40,4193) 
a 2 =0,033289 
a 3 = h(a 1 I y ­ hb 3 
2 /b 1 ) = 0,001166 
(0,0035776 . 28,20113 ­ 0,001166 
(28,3349) 2 / (40,4193)) 
a 3 =0,00009066 
Para o primeiro cálculo de s dist 
(considerando k f = 0 ): 
s dist = (0,5 . 20500 / 3,0566).{0,00358+ 
0,03329– [(0,00358+0,03329) 2 – 4,0 . 
0,0000907] 0,5 } 
s dist,1ªaprox =17,70 kN/cm 
2 
então o coeficiente à rotação da mola para a 
tensão calculada será: 
k f =1,0336 
a 1 = (h/b 1 )(b 2 + 0,039I t L d 
2 ) + k f /(b 1 hE) 
a 1 = 0,0035776 + 1,0336 / (40,419 . 
0,001167 . 20500 ) 
a 1 =0,0046470723 
a 3 = h(a 1 I y ­ hb 3 
2 /b 1 ) = 0,00117 (0,004647 
. 28,201 ­ 0,00117 (28,335) 2 / (40,419)) 
a 3 =0,0001258402 
finalmente o valor da tensão crítica, σ dist : 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
÷ ÷ 
ø 
ö 
ç ç 
è 
æ 
+ 
s - 
+ 
= f 
2 
2 
d 
2 
w 
d 
2 
w 
2 
dist 
d w 
3 
L b 
L b 
Et 
11 , 1 
1 
) L 06 , 0 b ( 46 , 5 
Et 
k 
( ) 
( ) ( ) 
2 3  2 
2 2 2 
20500. 0, 265  1,11 17,70 25 91,985 
1­ 
20500 0, 265 25 91,985 5,46 25 0,06. 91,985 
k f 
é ù æ ö ´ ´ 
ê ú = ç ÷ ´ + + ê ú è ø ë û 
sdist = (0,5E/Ad){a1 + a2 – [(a1 + a2) 2 ­ 4a3] 0,5 } 
( ) { } 0,5 2 dist  0,5 20500 = 0,00465+ 0,03329­  0,00465 + 0,03329 ­ 4  0,0001258 3,057 s ´ æ ö é ù ´ ´ ç ÷ ë û è ø
51 
σ dist = 24,63 kN/cm 
2 
Exemplo 10 ­ Cálculo da tensão crítica de 
flambagem elástica  à  distorção do perfil  Ue 
150x60x20x2 mm  submetido  ao esforço  de 
momento fletor no plano perpendicular a alma: 
Ue: b w =15 cm  b f =6 cm  D=2 cm  t=0,2 cm 
E= 20500 kN/cm2 
1 ­ Cálculo de σ dist [NBR 14762­Anexo D] 
NBR 14762 ­ Anexo D4: Seções Ue e Ze sub­ 
metidos a flexão em relação ao eixo perpendi­ 
cular à alma 
Propriedades geométricas  da mesa  e  enri­ 
jecedor: 
A d = 1,454 cm 
2  I x = 0,370 cm 
4  I y = 4,7879 cm 
4 
I xy = 0,757 cm 
4  I t = 0,01936 cm 
4  C w =  0,00014 
cm 6 
h x = =­3,4177 cm  h y = ­0,2504 cm  x 0 = 2,05286 
cm 
y 0 = ­0,24568 cm 
Equação da tensão crítica de flambagem 
elástica por distorção é dada por (eq. 5.1): 
b 4 = b 2 = I x b f 
2 = 0,370 . 6 2 
b 4 =13,32612 
b 2 =13,32612 
comprimento teórico da semi­onda 
na configuração deformada: 
L d = 4,8(0,5I x b f 
2 b w /t 
3 ) 0,25 
L d = 4,8(0,5 . 0,370 . 6 
2 15 / 0,2 3 ) 0,25 
L d =50,7469 cm 
h = (p/L d ) 
2 = (p/50,7469) 2 
h= 0,0038324789 
b 1 = h x 
2 + (I x + I y )/A d 
b 1 = (­3,4177) 
2 + (0,370 + 4,7879) / 1,454 
b 1 =15,22775 
b 3 = I xy b f = 0,757 . 6 
b 3 = 4,54386 
σ dist  deve ser calculada em primeira aproxima­ 
ção com, 
σ 
1 
= (h/b 
1 
)(b 
2 
+ 0,039I 
t 
L 
d 
2 ) 
a 
1 
= (0,0038324789/15,22775)( 13,32612+ 0,039 . 
0,01936.( 50,7469) 2 
a 1,1ªaprox = 0,0038432481 
a 2 = h(I y ­ 2 y o b 3 /b 1 ) = 0,0038324789 (4,7879 – 
2(­0,24568). 4,54386  / 15,227749) 
a 2 = 0,018911515 
a 3  =  h(a 1 I y  ­  hb 3 
2 /b 1 )  =  0,003832479 
(0,003843248 . 4,7879 ­ 0,0038325 (4,5439) 2 / 
(15,228)) 
a 3 = 0,0000506074 
Para o primeiro cálculo de σ dist  (considerando 
k f = 0 ): 
σ 
dist 
=  (0,5  .  20500/  1,454).{  0,003843+0,01891– 
[(0,003843+0,01891) 2 –4,0 . 0,00005061 ] 0,5 } 
a 
dist,1ªaprox 
= 35,22 kN/cm 2 
coeficiente de mola à rotação: 
k 
φ 
=3,10215 > 0 (ok!) 
sdist = (0,5E/Ad){a1 + a2 – [(a1 + a2) 2 ­ 4a3] 0,5 } 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
÷ ÷ 
ø 
ö 
ç ç 
è 
æ 
+ 
s 
- 
+ 
= f 
2 
2 
d 
2 
w 
d 
2 
w 
2 
dist 
d w 
3 
L b 
L b 
Et 
11 , 1 
1 
) L 06 , 0 b ( 46 , 5 
Et 
k 
( ) 
( ) ( ) 
2 3  2 
2 2 2 
20500. 0, 2  1,11 35, 218 15 50,749 
1­ 
20500 0, 2 15 50,749 5, 46 15 0,06. 50,749 
k f 
é ù æ ö ´ ´ 
ê ú = ç ÷ ´ + + ê ú è ø ë û
52 
Flambagem por distorção da seção transversal 
a 1 = (h/b 1 )(b 2 + 0,039I t L d 
2 ) + k f /(b 1 hE) 
a 1 = 0,0038432481+ 3,10215 / 
(15,2277496434. 0,0038324789.20500) 
a 1 = 0,0064361959 
a 3 = h(a 1 I y ­ hb 3 
2 /b 1 ) = 0,0038432 
(0,00384325 . 4,7879 ­ 0,003843 
(4,54386) 2 / (15,22775)) 
a 3 = 0,0000981869 
σ 
dist 
= 67,27 kN/cm 2 
sdist = (0,5E/Ad){a1 + a2 – [(a1 + a2) 2 ­ 4a3] 0,5 } 
( ) { } 0,5 2 dist  0,5 20500 = 0,006436+ 0,01891­  0,006436+ 0,01891 ­ 4 0,000098187 1,454 s ´ æ ö é ù ´ ´ ç ÷ ë û è ø
53
55 
Capítulo 6 
Dimensionamento à tração
56 
Dimensionamento à tração 
Antes de adotar os valores das dimensões 
dos perfis a serem utilizadas no projeto é ne­ 
cessário estar atento aos limites geométricos 
imposto pela norma em especial as relações 
largura/espessuras máximas que consta no item 
7.1 da NBR 14762:2001. 
É apresentada na tabela 6.1 alguns dos 
limites impostos pela norma quanto aos valores 
máximos da relação largura­espessura: 
Tabela 6.1 ­ Valores máximos da relação 
largura­espessura para elementos comprimidos 
No dimensionamento a tração dos perfis 
metálicos são necessários fazer dois tipos de 
verificações: a primeira, denominada verifica­ 
ção  ao  escoamento  da  seção  bruta, 
corresponde verificar se, ao longo da barra, as 
tensões são menores que o limite de escoamen­ 
to do aço. A segunda verificação, denominada 
de verificação da capacidade última da seção 
efetiva, é feita na região das ligações, onde exis­ 
te a interferência dos furos para passagem dos 
parafusos, que reduzem a área tracionada em 
determinadas seções. A excentricidade da en­ 
trada de carga de  tração no perfil  também é 
considerada no dimensionamento. Na região da 
ligação, onde o esforço normal é transmitido de 
um elemento para outro, as tensões não são, no 
caso geral, uniformes na seção. Sendo neces­ 
sário introduzir um coeficiente na expressão do 
esforço resistente que represente este efeito, C t . 
O valor do coeficiente C t é obtido empiricamente 
e a NBR 14762:2001 apresenta tabelas para 
sua obtenção. A verificação da capacidade últi­ 
ma da seção efetiva é feita com a tensão última 
de ruptura a tração do aço, f u , pois permite­se 
plastificação na seção para a distribuição das 
tensões. 
As peças tracionadas não devem ter 
índice de esbeltez superior a 300: 
r – raio de giração 
L – comprimento da barra 
k – coeficiente para comprimento de flambagem 
A força normal de tração resistente de cál­ 
culo N t,Rd deve ser tomada como o menor valor 
entre as equações 6.1 e 6.2: 
N t,Rd = Af y  / g com g = 1,1  (eq. 6.1) 
N t,Rd = C t A n f u / g com g = 1,35      (eq. 6.2) 
A ­ área bruta da seção transversal da barra; 
A n ­ área líquida da seção transversal da barra. 
Para ligações soldadas, considerar An = 
A. Nos casos em que houver apenas soldas 
transversais (soldas de topo), A n deve ser con­ 
300 
kL 
r 
l = £ 
( ) 2 0,9 / 4 n f f A A n d t ts g = - + S (eq. 6.3)
57 
siderada  igual  à  área  bruta  da(s)  parte(s) 
conectada(s) apenas. 
d f  ­ dimensão do furo, 
n f ­ quantidade de furos contidos na linha de rup­ 
tura analisada, figura 6.1; 
s ­ é o espaçamento dos furos na direção da 
solicitação, figura 6.1; 
g ­ espaçamento dos furos na direção perpen­ 
dicular à solicitação, figura 6.1; 
t ­ espessura da parte conectada analisada 
C t ­ coeficiente de redução de área líquida con­ 
forme item 7.6.1 da NBR 14762:2001 mostra­ 
dos nas tabelas 6.2 a 6.4. 
Tabela 6.2 ­ Chapas com ligações parafusadas 
Figura 6.1 – Linha de ruptura 
d ­ diâmetro nominal do parafuso; 
Em casos  de  espaçamentos  diferentes, 
tomar sempre o maior valor de g para cálculo de 
C t ; 
Nos casos em que o espaçamento entre 
furos g for inferior à soma das distâncias entre 
os centros dos furos de extremidade às respec­ 
tivas bordas, na direção perpendicular à solici­ 
tação (e 1 + e 2 ), C t deve ser calculado substituin­ 
do g por  e 1 + e 2 . 
Havendo um único parafuso na seção ana­ 
lisada, C t deve ser calculado tomando­se g como 
a própria largura bruta da chapa. 
Nos casos de furos com disposição em zig­ 
zag, com g inferior a 3d,  C t deve ser calculado 
tomando­se g  igual ao maior valor entre 3d e a 
soma  e 1 + e 2 . 
Tabela 6.3 ­ Chapas com ligações soldadas 
Figura 6.2 – Ligações parafusadas 
Figura 6.3 – Ligações  soldadas
58 
Dimensionamento à tração 
Tabela 6.5 – Perfis com ligações parafusadas 
b ­ largura da chapa; 
L ­ comprimento da ligação parafusada (figura 
6.2) ou o comprimento da solda (figura 6.3); 
x ­ excentricidade da ligação, tomada como a 
distância entre o plano da ligação e o centróide 
da seção transversal do perfil (figuras 6.2 e 6.3). 
Exemplos de tirantes: 
Exemplo 11 ­ Cálculo da capacidade resisten­ 
te à tração de um tirante de 3,5 m de compri­ 
mento em perfil padronizado L 100x40x2 mm, 
com a ligação feita por meio de 4 parafusos com 
diâmetro de 12,5 mm na alma conforme dispos­ 
tos na figura abaixo: Adotar aço f y = 25 kN/cm 
2 e 
f u = 40 kN/cm 
2 
1) Verificação ao escoamento da seção bruta: 
N t,Rd = Af y / g 
A= 3,468 cm 2 
f y = 25,0 kN/cm 
2 
g = 1,1 
N t,Rd = 3,468 
. 25,0 / 1,1 = 78,83 kN 
2) Verificação da ruptura da seção efetiva: 
N t,Rd = C t A n f u / g 
g = 1,35 
( ) 2 0,9 / 4 n f f A A n d t ts g = - + S 
n f = 2 
d f = 1,25+0,15 cm 
s = 3 cm 
g = 4 cm 
C t – tabela 6.2 – perfis com ligações parafusa­ 
das: 
Perfis U com dois ou mais parafusos na dire­ 
ção da solicitação 
C t = 1 – 0,36(x/L) < 0,9  (porém, não inferior a 
0,5) 
L = 3+3+3 = 9 cm  x = 0,98 cm (coordenada 
do centro geométrico) 
Ct = 1 – 0,36 (0,98 / 9) = 0,96 
N t,Rd = 0,96 . 2,72 . 40 / 1,35 = 77,36 kN 
N t,Rd  é o menor valor calculado: 
N t,Rd = 77,36 kN 
Verificação da esbeltez da barra: 
r min = r y = 1,23 
2 0, 2.3 
0,9 3,468 2.(1, 25 0,15).0, 2 
4.4 
æ ö 
= - + + ç ÷ 
è ø 
n A  =2,72 cm 2 
300 
kL 
r 
l = £ à  1 350  300 
1, 23 
l × = £ à  285 300 l = £ ­ ok! 
2 
2 
dois ou mais 
parafusos 
dois ou mais 
parafusos
59 
Exemplo 12 ­ Cálculo da capacidade resisten­ 
te à tração de um tirante de 5,0 m de compri­ 
mento em perfil padronizado L 100x4,75 mm, 
com a ligação feita com 2 parafusos com diâ­ 
metro de 16 mm conforme dispostos na figura 
abaixo: Adotar aço f y = 25 kN/cm 
2 e f u = 40 kN/ 
cm 2 
(r min = 1,95 cm) 
1) Verificação ao escoamento da seção bruta: 
N t,Rd = Af y  / g 
A= 9,129cm 2 
f y = 25,0 kN/cm 
2 
g = 1,1 
N t,Rd = 9,129 
. 25,0 / 1,1 
N t,Rd = 207,47 kN 
2) Verificação da ruptura da seção efetiva: 
N t,Rd = C t A n f u / g 
g = 1,35 
( ) 2 0,9 / 4 n f f A A n d t ts g = - + S 
n f = 1 
d f = 1,6+0,15 cm 
s = 0;  neste caso a linha de ruptura abrange 
apenas um furo (figura 6.1 linha de ruptura 2) 
( ) 0,9 9,129 1.(1,6 0,15).0, 475 0 = - + + n A  =  7,47 
cm 2 
C t – tabela 6.2 – perfis com ligações parafusa­ 
das: 
Perfis L com dois ou mais parafusos na direção 
da solicitação 
C t = 1 – 1,2(x/L) < 0,9 (porém, não inferior a 0,4) 
L = 4 cm  x = 2,48 cm (coordenada do centro 
geométrico) 
C t = 1 – 1,2 (2,48 / 4) = 0,25 à C t = 0,4 
N t,Rd = 0,4 . 7,47 . 40 / 1,35 = 88,53 kN 
N t,Rd  é o menor valor calculado: 
N t,Rd = 88,53 kN 
Verificação da esbeltez da barra: 
r min = 1,95 
300 
kL 
r 
l = £ à 
1 500 
300 
1,95 
l 
× 
= £ à  256 300 l = £ ­ ok!
61 
Capítulo 7 
Dimensionamento à 
compressão
62 
Dimensionamento à compressão 
Barras  comprimidas  estão  sujeitas  à 
flambagem por flexão (ou flambagem de Euler), 
à flambagem por torção ou à flambagem por 
flexo­torção. Essas denominações devem­se às 
formas da deformação pós­critíca, como se pode 
ver na figura 7.1 
O aumento da esbeltez da barra diminui 
sua  capacidade  para  resistir  aos  esforços
solicitantes. Isso significa que a máxima tensão 
que poderá atuar num elemento de chapa será 
a tensão crítica de flambagem global e não mais 
a tensão de escoamento do aço,  máx s =  crít s . As As 
larguras efetivas dos elementos da seção são, 
portanto, calculadas para esse valor de tensão. 
Em peças excessivamente esbeltas a ten­ 
são crítica de flambagem global é muito peque­ 
na, menor que da flambagem local (figura 7.1a), 
não havendo redução das larguras efetivas, a 
seção efetiva é a própria seção bruta. Nesses 
casos é a flambagem global que determina a 
capacidade resistente do perfil. 
Em  peças  curtas  as  cargas  críticas  da 
flambagem global são altíssimas e a capacida­ 
de resistente do perfil é determinada pela resis­ 
tência do material (o aço) somado aos efeitos 
da flambagem local. 
a) flambagem por torção             b) flambagem por flexo­torção 
Figura 7.1 
Figura  7.3­ Perfil  que  não  ocorre a  flambagem distorcional 
Figura 7.2­  Perfil  que ocorre a  flambagem  distorcional 
Para uma faixa de esbeltez intermediária 
da barra, não excessivamente esbelta ou curta, 
pode ocorrer um fenômeno que é desacoplado 
da flambagem local e global: a flambagem por 
distorção. A ocorrência desse fenômeno depen­ 
de da geometria da seção transversal e do com­ 
primento longitudinal da barra comprimida ou 
fletida  (L x ,  L y  e  L t ).  Existem perfis  em que  a 
flambagem por distorção não ocorre. Isso acon­ 
tece  quando  o  comprimento  crítico  para  a 
flambagem distorcional (L dist crítico) é elevado o 
suficiente para ocasionar flambagem global an­ 
tes de atingir esse comprimento, (figura 7.3). 
As figuras 7.2 e 7.3 mostram exem­ 
plos de curvas da capacidade resistente e com­ 
primento de barras submetidas à compressão 
centrada. Os modos de flambagens que ocor­ 
rem para cada comprimento da barra são iden­ 
tificados. O perfil representado na figura 7.2 terá 
ocorrência de flambagem por distorção quando 
seu comprimento estiver dentro de uma peque­ 
na faixa próximo ao comprimento de distorção 
crítico, L d . Os valores apresentados nas tabelas 
das relações mínimas b w /D para se dispensar a 
verificação da flambagem por distorção, foram 
extraídas de análises desse tipo, utilizando um
63 
programa de faixas  finitas para encontrar os 
esforços críticos e identificar os casos onde N dist 
< N 0 , conforme a figura 7.3. 
Cálculo da capacidade resistente de bar­ 
ras submetidas à compressão centrada confor­ 
me a norma brasileira NBR 14762:2001: 
A força normal de compressão resistente 
de cálculo N c,Rd deve ser tomada como o menor 
valor calculado entre: 
1 – Força normal resistente de cálculo pela 
flambagem da barra por flexão, por torção ou 
por flexo­torção. 
2 ­ Força normal resistente de cálculo pela 
flambagem por distorção da seção transversal. 
A primeira verificação engloba a interação 
dos modos de flambagem global e local do per­ 
fil. A flambagem por distorção ocorre de modo 
independente das demais e de forma súbita, 
sendo sua verificação realizada em separado 
na segunda verificação. 
7.1 – Força normal resistente de 
cálculo pela flambagem da barra por 
flexão, por torção ou por flexo­torção. 
Processo de cálculo ­ NBR 14762:2001: 
1­ Cálculo das propriedades geométricas da 
seção bruta (A, I x , I y , C w , r x , r y ) 
2­ Cálculo da força normal de compressão elás­ 
tica, N e (sempre considerando a seção bruta) 
3­Cálculo de λ 0 = 
y 
e 
f 
N 
bruta A 
aproximado – (equa­ 
ção 7.3) 
4­ Cálculo de ρ usando λ 0 aproximado – (equa­ 
ção 7.2) 
5­ Cálculo de A ef com σ = ρ*f y 
( ) 0 5 2 2 0 
1 
1 0 ,  , r 
b b l 
= £ 
+ - 
(eq. 7.4) 
( )  2 0 0 0 5 1 0 2 , , b a l l é ù = + - + ë û 
0 
ef y 
e 
A f 
N 
l = (eq. 7.5) 
6­ Cálculo de λ 0 = 
y 
e 
f 
N 
ef A 
(2º cálculo de λ 0 ). 
7­ Cálculo de ρ usando o segundo valor de λ 0 (2º 
cálculo de ρ). 
8­Cálculo da força resistente  , 
y ef 
c Rd 
f A 
N 
r 
g 
= (eq. 
7.3) 
A força normal de compressão resistente 
de cálculo N c,Rd deve ser calculada por: 
N c,Rd  = r A ef  f y / g ,com g = 1,1  (eq. 7.1) 
ρ  ­  fator de redução associado à flambagem 
calculado pela equação 7.2 ou por meio das tabelas 
7.2 a 7.4. 
(eq. 7.2) 
a é o fator de imperfeição inicial. Nos ca­ 
sos de flambagem por flexão, os valores de a 
variam de acordo com o tipo de seção e o eixo 
da seção em torno do qual a barra sofrerá flexão 
na ocorrência da flambagem global. Os valores 
de a são obtidos, conforme tabela 7.1 (Tabela 7 
da NBR 14762), sendo: 
curva a:a = 0,21 
curva b:a = 0,34 
curva c: a = 0,49 
­ Nos casos de flambagem por torção ou 
por flexo­torção, deve­se tomar a curva b. 
­ l 0 é o índice de esbeltez reduzido para 
barras comprimidas, dado por: 
(eq. 7.3)
64 
Dimensionamento à compressão 
A ef  é a área efetiva da seção transversal 
da barra, calculada com base nas larguras efe­ 
tivas dos elementos, adotando s = rf y . Para o 
primeiro cálculo de r pode ser adotado de for­ 
ma aproximada, A ef = A para o cálculo de l 0 . 
N e é a força normal de flambagem elásti­ 
ca da barra, calculado conforme item 7.7.2 da 
NBR 14762, conforme mostra­se a seguir: 
7.1.1 ­ Cálculo de Ne em perfis com dupla 
simetria ou simétricos em relação a um ponto 
A força normal de flambagem elástica  N e 
é o menor valor entre: 
C w ­ constante de empenamento da seção; 
E ­ módulo de elasticidade; 
G ­ módulo de elasticidade transversal; 
I t ­ momento de inércia à torção uniforme; 
K x L x  ­ comprimento efetivo de flambagem por 
flexão em relação ao eixo x; 
K y L y  ­ comprimento efetivo de flambagem por 
flexão em relação ao eixo y; 
K t L t  ­ comprimento efetivo de  flambagem por 
torção. Quando não houver garantia de impedi­ 
mento ao empenamento, deve­se tomar K t  igual 
a 1,0. 
r 0 é o raio de giração polar da seção bruta em 
relação ao centro de torção, dado por: 
r 0 = [r x 
2 + r y 
2 + x 0 
2 + y 0 
2 ] 0,5  (eq. 7.7) 
r x ; r y ­ raios de giração da seção bruta em 
relação aos eixos principais de inércia x e y, 
respectivamente; 
x 0  ; y 0 ­ coordenadas do centro de torção 
na direção dos eixos principais x e y, respecti­ 
vamente, em relação ao centróide da seção. 
7.1.2  ­  Cálculo  de  Ne  em  perfis 
monossimétricos 
A força normal de flambagem elástica N e 
de um perfil com seção monossimétrica, cujo 
eixo x é o eixo de simetria, é o menor valor en­ 
tre: 
Caso o eixo y seja o eixo de simetria, bas­ 
ta substituir  y por x  e  x 0  por y 0 
7.1.3  ­  Cálculo  de  Ne  em  perfis 
assimétricos 
A força normal de flambagem elástica  N e 
de um perfil com seção assimétrica é dada pela 
menor das raízes da seguinte equação cúbica: 
r 0 
2 (N e ­ N ex )(N e ­ N ey )(N e ­ N et ) ­ N e 
2 (N e ­ N ey )x 0 
2 ­ 
N e 
2 (N e ­ N ex )y 0 
2 = 0 
(eq.7.10) 
N ex ; N ey ; N et ; x 0 ; y 0 ; r 0  conforme definidos pelas 
equações 7.4 a 7.6. 
2 
2 
) (  x x 
x 
ex 
L K 
EI 
N 
p 
= (eq. 7.6) 
2 
2 
) (  y y 
y 
ey 
L K 
EI 
N 
p 
= (eq. 7.7) 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ =  t 
t t 
w 
et  GI 
L K 
EC 
r 
N 
2 
2 
2
0  ) ( 
1 p 
(eq. 7.8) 
2 
2 
) (  y y 
y 
ey 
L K 
EI 
N
p 
= (eq. 7.10) 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ 
- 
- - 
- 
+ 
= 
2 
2 
0 0 
2 
0 0  ) ( 
] ) / ( 1 [ 4 
1 1 
] ) / ( 1 [ 2  et ex 
et ex et ex 
ext 
N N 
r x N N 
r x 
N N 
N  (eq. 7.11) 
(eq. 7.4) 
(eq. 7.5) 
(eq. 7.6) 
(eq. 7.8) 
(eq. 7.9)
65 
.11)
66 
Dimensionamento à compressão
67 
Exemplos de cálculo de pilares submeti­ 
do à compressão: 
Exemplo 13 ­ Cálculo da capacidade resisten­ 
te a esforços de compressão do montante de 
uma treliça de seção do tipo U 100x50x2,0 mm 
e comprimento de 1,5m. Sem travamentos in­ 
termediários, apenas as ligações nas extremi­ 
dades (k x =k y =k t =1,0): 
f y = 25 kN/cm 
2  E= 20500 kN/cm 2 
G= 7884,615 kN/cm 2 
Barras  submetidas  à  compressão  centrada 
[NBR 14762­7.7] 
1 ­ Flambagem da barra por flexão, por torção 
ou por flexo­torção [NBR 14762­7.7.2] 
1.1 ­ Cálculo Ne 
L x = 150 cm  L y = 150 cm  L t = 150 cm 
r 0 = 5,298 cm  x 0 = ­3,108 cm 
I x =61,491 cm 
4  I y =9,726 cm 
4  I t =0,052 cm 
4 
C w =159,068 cm 
6  A=3,87cm 2 
N ex = 552,95 kN 
N ey = 87,46 kN 
N et = 65,43 kN 
Perfil monosimétrico:  em  relação ao  eixo  X 
[NBR14762 ­ 7.7.2.2] 
2 
2 
) (  x x 
x 
ex 
L K 
EI 
N 
p 
= = 
2 
2 
20500 61 491 
150 
, 
( ) 
p × 
2 
2 
) (  y y 
y 
ey 
L K 
EI 
N 
p 
= = 
2 
2 
20500 9 726 
150 
, 
( ) 
p × 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ =  t 
t t 
w 
et  GI 
L K 
EC 
r 
N 
2 
2 
2 
0  ) ( 
1 p 
= 
2 
2 2 
1 20500 159 068 
7884 61 0 052 
5 298 150 
, 
, , 
, ( ) 
p é ù × 
+ × ê ú 
ë û 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ 
- 
- - 
- 
+ 
= 
2 
2 
0 0 
2 
0 0  ) ( 
] ) / ( 1 [ 4 
1 1 
] ) / ( 1 [ 2  et ex 
et ex et ex 
ext 
N N 
r x N N 
r x 
N N 
N
68 
0 
ef y 
e 
A f 
N 
l = =  3 87 25 
62 67 
, 
, 
× 
λ0= 1,242 
( )  2 0 5 1 0 34 1 242 0 2 1 242 , , , , , b é ù = + - + ë û 
β = 1,448 
Dimensionamento à compressão 
N ext = 62,67 kN 
N e é o menor valor entre N ey e N ext : 
N e = 62,67 kN 
modo de flambagem global: flexo­torção 
­ Nos casos de flambagem por torção ou por 
flexo­torção, deve­se tomar a curva b –  0 34 , a = . 
Cálculo do λ 0 aproximado (calculado com a área 
efetiva igual a área da seção bruta): 
A ef = A b = 3,87cm 
2 
ρ = 0,456 (aproximado, calculado com A 
ef 
= A) 
σ = ρ .f 
y 
= 11,39 kN/cm 2 (com ρ aproximado) 
Cálculo da área efetiva com a tensão = 11,39 
kN/cm 2 : 
Largura efetiva das mesas 
Elemento AL 
b= 4,4 cm 
σ 1 = ­11,39 kN/cm2 
σ 2 = ­11,39 kN/cm2 
ψ = 1 
­ Tabela 4.3 caso a: k= 0,43  (NBR14762 ­ Tab05) 
λ 
p 
(b=4,6 t=0,2 k=0,43 =11,39 ): 
λ p =0,870  [λ p > 0,673] 
b ef = 3,949 cm 
Largura efetiva da alma 
Elemento AA 
b= 9,2 cm 
σ 1 = ­11,39 kN/cm2 
σ 2 = ­11,39 kN/cm2 
ψ = 1 
­ Tabela 4.2 caso a:   k= 4   (NBR14762 ­ Tab04) 
λ p (b=9,2 t=0,2 k=4 σ=11,39 ): 
λ p =0,571  [λ p < 0,673] 
b ef = 9,2 cm 
b ef = b 
Portanto, 
A ef = 3,61 cm 
2 
Cálculo de λ 0  final 
2 
2 2 
552 95 65 43 4 552 95 65 43 1 3 108 5 298 
1 1 
2 1 3 108 5 298 552 95 65 43 
, , , , [ ( , / , ) ] 
[ ( , / , ) ] ( , , ) ext 
N 
é ù + × × - - 
= - - ê ú 
- - + ê ú ë û 
( ) 0 5 2 2 0 
1 
1 0 ,  , r 
b b l 
= £ 
+ - 
( ) 0 5 2 2 
1 
1 0 
1 448 1 448 1 242 
,  , 
, , , 
r = £ 
+ - 
0 
ef y 
e 
A f 
N 
l = =  3 61 25 
62 67 
, 
, 
× 
λ0= 1,20 
( )  2 0 5 1 0 34 1 2 0 2 1 2 , , , , , b é ù = + - + ë û 
β = 1,39 
( ) 0 5 2 2 0 
1 
1 0 ,  , r 
b b l 
= £ 
+ - 
( ) 0 5 2 2 
1 
1 0 
1 39 1 39 1 2 
,  , 
, , , 
r = £ 
+ - 
ρ = 0,478 
γ = 1,1 
, 
y ef 
c Rd 
f A 
N 
r 
g 
= 
, 
0,478 25 3,61 
1,1 
× × 
= c Rd N 
Nc,rd= 39,22 kN
69 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ =  t 
t t 
w 
et  GI 
L K 
EC 
r 
N 
2 
2 
2
0  ) ( 
1 p 
= 
2 
2 2 
1 20500 12951 32 
7884 61 0 268 
11 868 150 
, 
, , 
, ( ) 
p é ù × 
+ × ê ú 
ë û 
Exemplo14 ­ Cálculo da capacidade resisten­ 
te de flambagem por flexão de um pilar com 
seção do tipo Ue 200x100x25x2,65 mm e com­ 
primento de 3,0m com um travamento no meio 
do vão na direção de menor inércia (k x = 1,0 k y = 
k t =0,5): 
f y = 25 kN/cm 
2  E= 20500 kN/cm 2 
G= 7884,615 kN/cm 2 
1 ­ Flambagem da barra por flexão, por torção 
ou por flexo­torção [NBR 14762­7.7.2] 
1.1 ­ Cálculo N e 
L x = 300 cm  L y = 150 cm 
L t = 150 cm 
r 0 = 11,868 cm  x c = ­7,858 cm 
y c = 0 cm 
I x =749,504 cm 
4  I y =157,365 cm 
4 
I t =0,268 cm 
4 
C w =12951,323 cm 
6  A=11,463 cm 2 
N ex = 1684,942 kN 
N ey = 1415,074 kN 
N et = 841,839 kN 
Perfil monosimétrico:  em  relação  ao  eixo X 
[NBR14762 ­ 7.7.2.2] 
N ext = 657,444 kN 
Para perfis monossimétricos N e é o menor valor 
entre N ey e N ext : 
N e = 657,44 kN 
modo de flambagem global: flexo­torção 
­ Nos casos de flambagem por torção ou por 
flexo­torção, deve­se tomar a curva b à  0 34 , a = . 
Cálculo do λ 0 aproximado (calculado com a área 
efetiva igual a área da seção bruta): 
A ef = A b = 11,463 cm 
2 
ρ = 0,806 (aproximado, calculado com A 
ef 
= A) 
σ= ρ.f 
y 
= 20,14 kN/cm 2 (com ρ aproximado) 
Cálculo da área efetiva com a tensão ó= 20,14 
kN/cm 2 : 
­ Largura efetiva dos enrijecedores de borda: 
Elemento AL 
b= 1,97 cm 
σ 1 = ­20,14 kN/cm 
2 
σ 2 = ­20,14 kN/cm 
2 
2 
2 
) (  x x 
x 
ex 
L K 
EI 
N 
p 
= = 
2 
2 
20500 749 50 
300 
, 
( ) 
p × 
2 
2 
) (  y y 
y 
ey 
L K 
EI 
N 
p 
= = 
2 
2 
20500 157 36 
150 
, 
( ) 
p × 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ 
- 
- - 
- 
+ 
=  2 
et ex 
2 
0 0 et ex 
2 
0 0 
et ex 
ext  ) N N ( 
] ) r / x ( 1 [ N N 4 
1 1 
] ) r / x ( 1 [ 2 
N N 
N 
2 
2 2 
1684 94 841 83 4 1684 94 841 83 1 7 85 11 86 
1 1 
2 1 7 85 11 86 1684 94 841 83 
, , , , [ ( , / , ) ] 
[ ( , / , ) ] ( , , ) ext 
N 
é ù + × × - - 
= - - ê ú 
- - + ê ú ë û 
0 
ef y 
e 
A f 
N 
l = =  11 46 25 
657 44 
, 
, 
× 
λ0= 0,66 
( )  2 0 5 1 0 34 0 66 0 2 0 66 , , , , , b é ù = + - + ë û 
β = 0,796 
( ) 0 5 2 2 0 
1 
1 0 ,  , r 
b b l 
= £ 
+ - 
( ) 0 5 2 2 
1 
1 0 
0 796 0 796 0 66 
,  , 
, , , 
r = £ 
+ -
70 
ψ  = 1  à Tabela 4.3 caso a (NBR14762 ­ Tabela05) 
k= 0,43 
λ 
p 
= 0,37
[λ 
p 
>  0,673] 
b ef = 1,97 cm 
b ef = b 
­ Largura efetiva das mesas 
­ NBR14762. 7.2.2.2 ­ Elemento com enrijecedor 
de borda: 
σ 
1 
= ­20,14 kN/cm2 
σ 2 = ­20,14 kN/cm2 
b=8,94 cmD=2,5 cm  t=0,265 cm 
d ef =1,97 cm   d=1,97 cm  σ=20,14 kN/cm 
2 
I s = 0,1688 cm4 
λ p0 =1,69 
Como 0,673 < λ p0 < 2,03, então: 
Caso II: 
( ) 3 4  0 400 0, 49 0,33 a p I t l = - = 
( ) 3 4 400 0, 265 0, 49 1,69 0,33 ´ ´ - 
I a =0,2492 cm 
4 
Dimensionamento à compressão 
k=3,24 
λ p (b=8,94 t=0,265 k=3,24 σ=20,14 ): 
λ p =0,617    [λ p < 0,673] 
b ef =8,94 cm 
b ef = b 
como I s < I a , então: 
d s = 0,677 . 1,97 = 1,33 cm 
d s =1,33 cm 
­ Largura efetiva elemento da alma 
Elemento AA 
b= 18,94 cm 
σ 1 = ­20,14 kN/cm2 
σ 2 = ­20,14 kN/cm2 
ψ = 1 
– Tabela 4.2 – caso a à  k= 4 
λ p (b=18,94 t=0,265 k=4 σ=20,14 ): 
b ef,1 = 6,53 cm 
b ef,2 = 6,53 cm 
Área da seção efetiva:   A ef = 9,57 cm 
2 
Cálculo de λ 0 final 
1,97 
0, 265 
0, 43 20500 
0,95 0,95 
20,14 
l = = 
× p 
y 
b 
t 
kE 
f 
0 
8,94 
0, 265 
20500 
0,623 0,623 
25 
l = = p 
y 
b 
t 
E 
f 
2,8 
5,25 5 5, 25 5 4,0 
8,94 
æ ö æ ö = - = - £ ç ÷ ç ÷ è ø è ø 
a 
D 
k 
b 
s 
s ef ef 
a 
I 
d d d 
I 
= £ 
18,94 
0, 265 
4.20500 
0,95 
25 
l = p  =1,179 [λp > 0,673] 
0, 22 
18,94 1 
1,179 
1,179 
æ ö - ç ÷ 
è ø = ef b  = 13,06 cm 
0 
ef y 
e 
A f 
N 
l = =  9 57 25 
657 44 
, 
, 
×
71 
ρ= 0,835 
γ = 1,1 
, 
y ef 
c Rd 
f A 
N 
r 
g 
= 
, 
0,835 25 9,57 
1,1 
× × 
= c Rd N 
Nc,rd= 181,70 kN 
λ0= 0,603 
( )  2 0 5 1 0 34 0 603 0 2 0 603 , , , , , b é ù = + - + ë û 
β = 0,75 
7.2 – Força normal resistente de 
cálculo pela flambagem por distorção 
da seção transversal 
Para  as  barras  com seção  transversal 
aberta sujeitas à flambagem por distorção, a 
força normal de compressão resistente de cál­ 
culo N c,Rd  deve ser calculada pelas expressões 
seguintes: 
A é área bruta da seção  transversal da 
barra; 
l dist é o índice de esbeltez reduzido referen­ 
te à flambagem por distorção, dado por: 
para l dist < 1,414 
N c,Rd = Af y {0,055[l dist – 3,6] 
2 + 0,237}/ g 
σ dist é a tensão convencional de flambagem 
elástica por distorção, calculada pela teoria da 
estabilidade elástica ou conforme anexo D da 
NBR 14762. 
Exemplo15 ­ Cálculo da capacidade re­ 
sistente de flambagem por distorção de um pi­ 
lar com seção do tipo Ue 200x100x25x2,65 mm 
e comprimento de 3,0m: 
f y = 25 kN/cm 
2  E= 20500 kN/cm 2 
G= 7884,615 kN/cm 2 
Flambagem por distorção da seção transversal 
[NBR 14762­7.7.3]: 
1.1­ Cálculo da tensão crítica de flambagem por 
distorção, σ dist (Capítulo 4.2) 
­ NBR 14762 ­ Anexo D3: Seções Ue submeti­ 
dos a compressão uniforme 
t=0,265 cm  b w =20 cm  b f =10 cm  D=2,5 cm 
E=20500 kN/cm 2 
Propriedades  geométricas  da  mesa  e 
enrijecedor: 
A d =3,05 cm 
2  I x =1,003 cm 
4  I y =28,201 cm 
4 
I xy =2,833 cm 
4 
I t =0,0714 cm 
4  C w =0,000 cm 
6  h x =­5,555 cm 
h y =­0,245 cm  x 0 =3,74 cm  y 0 =­0,2409 cm 
( ) 0 5 2 2 0 
1 
1 0 ,  , r 
b b l 
= £ 
+ - 
( ) 0 5 2 2 
1 
1 0 
0 75 0 75 0 603 
,  , 
, , , 
r = £ 
+ - 
Nc,Rd = Afy (1 – 0,25ldist 2 ) / g 
para 1,414 £ ldist £ 3,6 
onde, g =1,1 
l dist = (f y /s dist ) 
0,5
72 
Dimensionamento à compressão 
Equação da tensão crítica de flambagem 
elástica por distorção é dada por (eq. 4.1): 
comprimento teórico da semi­onda na con­ 
figuração deformada: 
λ 
dist 
deve ser calculada em primeira aproximação 
com, 
então o coeficiente à rotação da mola para a 
tensão calculada será: 
1.2  – Cálculo da força resistente: 
sdist = (0,5E/Ad){a1 + a2 – [(a1 + a2) 2 ­ 4a3] 0,5 } 
b4 = b2 = Ixbf 2 = 1,004 . 10 2 
β4=100,392 β2= β4= 100,392 
Ld = 4,8(b4 bw /t 3 ) 0,25 
Ld = 4,8(100,392 . 20 /0,265 3 ) 0,25 
Ld=86,99 cm 
h = (p/Ld) 2 = (p/86,99) 2 
η=0,001304 
b1 = hx 2 + (Ix + Iy)/Ad 
b1 = (­5,556) 2 + (1,004 + 28,201)/3,057 
β1=40,4193 
b3 = Ixybf = 2,83349 . 10 
β3= 28,3349 
a1 = (h/b1)(b2 + 0,039It Ld 2 ) 
a1 = (0,001304 / 40,419)(100,392 + 
0,039 . 0,07145.(86,99) 2 
α1,1ªaprox= 0,003919 
a2 = h(Iy ­ 2 yob3/b1) = 0,001304 (28,201 – 
2(­0,2409).28,33349 / 40,4193) 
α2=0,037218 
a3 = h(a1Iy ­ hb3 2 /b1) = 
0,001304 (0,003919 . 28,3349 – 
0,001304 (28,3349) 2 / (40,4193)) 
α3=0,0001103 
Para o primeiro cálculo de sdist 
(considerando kf = 0 ): 
sdist = (0,5 . 20500 / 3,0566).{0,003919+ 
0,037218– [(0,003919+0,037218) 2 – 
4,0 . 0,0001103 ] 0,5 } 
σdist,1ªaprox=19,35 kN/cm 2 
ú 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ê 
ë 
é 
÷ 
÷ 
ø 
ö 
ç 
ç 
è 
æ 
+ 
s 
- 
+ 
= f 
2 
2 
d 
2 
w 
d 
2 
w 
2 
dist 
d w 
3 
L b 
L b 
Et 
11 , 1 
1 
) L 06 , 0 b ( 46 , 5 
Et 
k 
( ) 
( ) ( ) 
2 3  2 
2 2 2 
20500. 0,265  1,11 19,35 20 86,99 
1­ 
20500 0,265 20 86,99 5, 46 20 0,06. 86,99 f 
é ù æ ö ´ ´ 
ê ú = ç ÷ ´ + + ê ú è ø ë û 
k 
kφ =1,98 
a1 = (h/b1)(b2 + 0,039It Ld 2 ) + kf /(b1hE) 
a1 = 0,001304 / 40,419)(100,392 + 
0,039 . 0,07145.(86,99) 2 +1,98/ 
(40,4193 . 0,001304 . 20500) = 0,005753 
a3 = h(a1Iy ­ hb3 2 /b1) = 0,001304 (0,005753 . 
28,201 ­ 0, 001304 (28,335) 2 / 
(40,419)) = 0,0001778 
finalmente o valor da tensão crítica, σdist: 
sdist = (0,5E/Ad){a1 + a2 – [(a1 + a2) 2 ­ 4a3] 0,5 } 
( ) { } 0,5 2 dist  0,5 20500 = 0,005753+ 0,03721­  0,005753 + 0,03721 ­ 4 0,0001778 3,057 s ´ æ ö é ù ´ ´ ç ÷ ë û è ø 
γ= 1,1 
ldist = (fy/sdist) 0,5 = (25/31,11) 0,5 
λdist= 0,896
73 
. 
Como λdist < 1.414, então, 
Nc,Rd = Afy (1 – 0,25ldist 2 ) / g 
A= 11,463 cm 2 
fy= 25 kN/cm 2 
Nc,Rd = 11,463 . 25 (1 – 0,25 . 0,896 2 ) / 1,1 
Nc,Rd = 208,194 kN
75 
Capítulo 8 
Dimensionamento à 
flexão
76 
Dimensionamento à flexão 
O momento fletor resistente de cálculo  M Rd 
deve ser tomado como o menor valor calculado 
entre: 
1 –Momento de cálculo que causa escoamento 
na seção na fibra mais solicitada. 
2 – Momento de cálculo referente à flambagem 
lateral com torção. 
3 – Momento de cálculo referente à flambagem 
por distorção da seção transversal. 
8.1 Início de escoamento da seção 
efetiva 
W ef  ­ módulo de resistência elástico da 
seção efetiva calculado com base nas larguras 
efetivas dos elementos, com σ calculada para o 
estado limite último de escoamento da seção, 
σ = f y. 
Deve­se observar nessa verificação que 
o centro geométrico da seção efetiva não coin­ 
cide com da seção bruta, essa diferença modi­ 
fica a coordenada da fibra mais solicitada, para 
o cálculo de W ef . 
8.2 Flambagem lateral com torção 
A flambagem lateral com torção ocorre em 
vigas fletidas. Este modo de flambagem é re­ 
sultado
da instabilidade longitudinal da viga.  É 
possível entender a origem desse  fenômeno 
observando  uma  viga  fletida  e  isolando 
esquematicamente  a  parte  comprimida  da 
tracionada, figura 8.1. A região comprimida ao 
longo do comprimento da barra pode ser anali­ 
sada como um “pilar” submetido a esforços de 
compressão e com apoios elásticos ao longo 
de um de seus lados (que é formado pela re­ 
gião tracionada). Este pilar também está sujei­ 
to flambagem a flexão de Euler, porém sua dire­ 
ção de menor inércia, nesse caso é a do eixo y. 
Como a “barra” comprimida está apoiada num 
de seus lados, quando ocorrer a perda de esta­ 
bilidade à flexão, o perfil tenderá a torcer. Des­ 
sa  forma a rigidez envolvida nesse modo de 
flambagem é a rigidez a flexão em torno do eixo 
y e também a rigidez a torção. 
O momento fletor resistente de cálculo re­ 
ferente à flambagem lateral com torção, toman­ 
do­se um trecho compreendido entre seções 
contidas lateralmente, deve ser calculado por: 
W c,ef  ­ módulo de resistência elástico da 
seção efetiva em relação à fibra comprimida, 
calculado com base nas larguras efetivas dos 
elementos, adotando  σ = ρ FLT .f y ; 
ρ 
FLT 
­ fator de redução associado à flambagem 
lateral com torção, calculado por: 
­ para λ 0 < 0,6:  ρ FLT = 1,0 
­ para 0,6 < λ 0 < 1,336:ρ FLT = 1,11(1 – 0,278λ 0 
2 ) 
­ para λ 0 ³ 1,336: ρ FLT = 1/λ 0 
2 
λ 0 = (W c f y /M e ) 
0,5 
W c  ­ módulo de resistência elástico da seção 
bruta em relação à fibra comprimida; 
M e ­ momento fletor de flambagem lateral com 
torção, em regime elástico. As equações para 
o cálculo de M e  para os casos mais comuns 
encontram­se  no  item  8.8.1.2  da  norma, 
conforme a seguir: 
As  expressões  apresentadas  para  o 
cálculo  de  M e  foram  deduzidas  para 
carregamento aplicado na posição do centro de 
torção. A favor da segurança, também podem 
ser empregadas nos casos de carregamento 
Figura 8.1 – Tensões em viga  sob  flexão 
MRd = Wef fy / g (g = 1,1) 
MRd = [rFLT Wc,ef fy] / g (g = 1,1)
77 
M e = C b r 0 (N ey N et ) 
0,5 
Em barras  com seção monossimétrica, 
sujeitas à flexão em torno do eixo perpendicular 
ao eixo de simetria, consultar bibliografia espe­ 
cializada. 
­ barras com seção Z ponto­simétrica (si­ 
métricas em relação a um ponto), com carrega­ 
mento no plano da alma: 
M e = 0,5C b r 0 (N ey N et ) 
0,5 
­ barras com seção fechada (caixão), su­ 
jeitas à flexão em torno do eixo x: 
M e = C b (N ey GI t ) 
0,5 
N ey ; N et ; r 0 conforme definidos no capítulo 7. 
Os valores de K y L y e K t L t  podem ser to­ 
mados com valor inferiores a L y e L t , respecti­ 
vamente, desde que justificados com base em 
bibliografia  especializada. Para  os  balanços 
com a extremidade livre sem contenção lateral, 
K y L y e K t L t podem resultar maiores que L y e L t , 
respectivamente, em função das condições de 
vínculo,  por  exemplo,  em barras  contínuas 
conectadas apenas pela mesa tracionada, por­ 
tanto com deslocamentos laterais, rotação em 
torno do eixo longitudinal e empenamento par­ 
cialmente  impedidos  no  apoio.  Nesse  caso 
deve­se consultar bibliografia especializada. 
C b é o coeficiente de equivalência de mo­ 
mento na flexão, que a favor da segurança pode 
ser tomado igual a 1,0 ou calculado pela seguinte 
expressão: 
Para balanços com a extremidade  livre 
sem contenção lateral e para barras submeti­ 
das à flexão composta, C b deve ser tomado igual 
a 1,0. 
M max é o máximo valor do momento fletor 
solicitante de cálculo, em módulo, no trecho ana­ 
lisado; 
M A é o valor do momento fletor solicitante 
de cálculo, em módulo, no 1 o . quarto do trecho 
analisado; 
M B é o valor do momento fletor solicitante 
de cálculo, em módulo, no centro do trecho ana­ 
lisado; 
M C é o valor do momento fletor solicitante 
de cálculo, em módulo, no 3 o . quarto do trecho 
analisado; 
8.3 Flambagem por distorção da 
seção transversal 
Para  as  barras  com seção  transversal 
aberta sujeitas à flambagem por distorção, o 
momento fletor resistente de cálculo deve ser 
calculado pela seguinte expressão: 
Onde: 
M dist  é  o momento  fletor  de  flambagem  por 
distorção, dado por: 
­ para λ dist < 1,414: M dist = W c f y (1 – 0,25λ dist 
2 ) 
­ para λ dist ³ 1,414: M dist = W c f y /λ dist 
2 
W c  ­ módulo de resistência elástico da 
seção bruta em relacão a fibra comprimida; 
λ dist é o índice de esbeltez reduzido refe­ 
rente à flambagem por distorção, dado por: 
σ dist é a tensão convencional de flambagem 
elástica por distorção, calculada pela teoria da 
estabilidade elástica ou conforme anexo D da 
norma (capítulo 5 deste manual). 
Exemplo para as três verificações ao mo­ 
mento fletor: 
C B A max 
max 
b  M 3 M 4 M 3 M 5 , 2 
M 5 , 12 
C 
+ + + 
= 
MRd = Mdist / g (g = 1,1) 
ldist = (fy/sdist) 0,5 
aplicado em posição estabilizante, isto é, que 
tende a restaurar a posição original da barra 
(por  exemplo,  carregamento  gravitacional 
aplicado na parte inferior da barra). Em casos 
de  carregamento  aplicado  em  posição 
desestabi l izante,  consultar  bibliografia 
especializada. 
­ barras com seção duplamente simétrica 
ou monossimétrica sujeitas à flexão em torno do 
eixo de simetria (eixo x):
78 
Dimensionamento à flexão 
Exemplo 16 ­ Cálculo do momento fletor 
resistente em torno do eixo X do perfil padroni­ 
zado U250x100x2,65 mm. O comprimento da 
viga é de 320 cm, sem travamentos intermediá­ 
rios, submetido a um carregamento distribuído, 
tensão de escoamento de 25,0 kN/cm 2 : 
1­ Início de escoamento da seção efe­ 
tiva [NBR 14762­7.8.1.1] 
Cálculo da seção efetiva é realizado para uma 
tensão de σ =25 kN/cm 2 : 
Seção submetida a esforço de momento fletor 
em relação ao eixo X 
Cálculo das Larguras Efetivas 
­ Largura efetiva da mesa inferior: 
Somente Tração no elemento! 
b ef = b 
­ Largura efetiva da mesa superior: 
Elemento AL 
b= 9,47 cm 
σ 1 = ­25 kN/cm 
2 
σ 2 = ­25 kN/cm 
2 
ψ = 1 
Tabela  4.3  caso a  (NBR14762  ­ Tabela05)  ­ 
k= 0,43 
λ 
p 
=2,00  [λ 
p 
> 0,673] 
b ef = 4,208 cm 
b ef,1 = 4,208 cm 
­ Largura efetiva da alma 
Elemento AA 
b= 23,94 cm 
σ 1 = ­24,19 kN/cm 
2 
σ 2 = 24,19 kN/cm 
2 
ψ= ­1 
Tabela 4.2 caso d (NBR14762 ­ Tabela04) 
b c = 9,47 cm 
b t = 9,47 cm 
b= 18,94 cm 
k= 24 
λ 
p 
=0,667    [λ 
p 
< 0,673] 
b ef = b 
b ef,1 = 5,98 cm 
b ef,2 = 11,97 cm 
b ef,1 + b ef,2 > b c 
b ef = b 
Propriedade geométrica da seção efetiva: 
Para calcular o módulo resistente efetivo 
(W ef ) é necessário encontrar o novo CG da se­ 
ção efetiva e calcular o momento de inércia em 
relação aos novos eixos de referência. O módulo 
resistente é definido como sendo o momento 
de inércia da seção dividido pela distância da 
fibra mais distante (y máx ). 
Pode­se utilizar processos automatizados 
para calcular essas propriedades geométricas 
MRd = Wef fy / g (g = 1,1) 
9, 47 
0, 265 
0,43.20500 
0,95 0,95 
25 
l 
s 
= = p 
b 
t 
kE 
18,94 
0,265 
24 20500 
0,95 0,95 
23,99 
l 
s 
= = 
× p 
b 
t 
kE
79 
momento máximo: 
2 
8 máx 
qL 
M = 
momento em B: 
2 
8 B 
qL 
M = 
momento em A e C: 
2 3 
32 c A 
qL 
M M = = 
como, por exemplo, o Excel ou um programa 
específico para este fim. O Programa
DimPerfil 
realiza esses cálculos e exibe os resultados. 
I x_ef = 878,00 cm 
4 
W x_ef = 878,00/14,04 = 64,58 cm 
3 
2 ­ Flambagem lateral com torção [NBR 
14762­7.8.1.2] 
2.1 ­ Cálculo Me 
Cálculo de C b : 
Para uma viga biapoiada submetida a car­ 
regamento distribuído uniforme: 
C b = 1,13  (não depende do valor do carregamento) 
Cálculo de M e : 
Perfil monossimétrico 
L x = 320 cm  L y = 320 cm 
L t = 320 cm  r 0 = 11,756 cm 
x c = 5,723 cm  y c = 0 cm 
C w = 12013,76 cm2 
Cálculo de W c – módulo resistente do per­ 
fil em relação à fibra comprimida (seção bruta): 
máxima coordenada Y= 12,367 cm (fibra com­ 
primida) 
I x = 1120,17 cm 
4 
W c = 90,574 cm 
3 
Cálculo de λ 0 : 
λ 0 = (W c f y /M e ) 
0,5 
λ 0 = 0,913 
como 0,6 < λ 0 < 1,336, 
ρ 
FLT 
= 1,11(1 – 0,278λ 
0 
2 ) 
ρ FLT = 0,8526 
MRd = Wef  fy  / g 
MRd = 62,58 . 25 / 1,1 
MRd = 1421,08 kN.cm 
MRd = [rFLT Wc,ef fy] / g 
C B A max 
max 
b  M 3 M 4 M 3 M 5 , 2 
M 5 , 12 
C 
+ + + 
= 
2 
2 2 
( ) 
qL q 
M x x x = × - × 
2 
2 
) (  x x 
x 
ex 
L K 
EI 
N 
p 
= = 2213,286 kN 
2 
2 
) (  y y 
y 
ey 
L K 
EI 
N 
p 
= = 222,911 kN 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ =  t 
t t 
w 
et  GI 
L K 
EC 
r 
N 
2 
2 
2 
0  ) ( 
1 p 
= 187,375 kN 
Me= Cbr0(NeyNet) 0,5 = 2714,847 kN.cm
80 
Dimensionamento à flexão 
O valor da tensão a ser tomada no cálculo das 
larguras efetivas é dado por: 
σ = ρ 
FLT 
f 
y 
= 0,8526 . 25= 21,32 kN/cm 2 
O cálculo das larguras efetivas foi realizado no 
exemplo 01. 
máxima  coordenada da  fibra comprimida Y= 
13,933 cm 
­ módulo resistente em relação as fibras 
comprimidas da seção efetiva 
M Rd = [r FLT W c,ef f y ] / g = 0,8526 . 64,14 . 25 / 1,1 
M Rd = 1242,9 kN.cm 
3– Flambagem por distorção da seção 
transversal [NBR 14762­7.8.1.3] 
Perfis com mesa sem enrijecedor de bor­ 
da não estão sujeitos a flambagem por distorção 
da seção transversal, nesses perfis fenômeno 
da flambagem local (verificado pelo método das 
larguras efetivas) será sempre crítico compara­ 
do com cálculo de distorção da seção pelo mo­ 
delo de Hancok mostrados no capítulo 04. 
O momento resistente do perfil será o me­ 
nor valor calculado em 1 e 2: 
M Rd = 1242,9 kN.cm 
Exemplo 17 ­ Cálculo da capacidade re­ 
sistente ao momento fletor em relação ao eixo 
X de uma viga de 4,0m de comprimento, perfil 
Ue 150x60x20x2, submetida a uma carga con­ 
centrada no meio do vão. Aço f y = 30 kN/cm 
2 ; 
E= 20500 kN/cm 2 . 
1­ Início de escoamento da seção efe­ 
tiva [NBR 14762­7.8.1.1] 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas para se­ 
ção submetida a esforço de momento fletor em 
relação ao eixo X: 
σ = 30 kN/cm 2 
­ Largura efetiva do enrijecedor de borda inferi­ 
or e da mesa inferior do perfil: 
Elementos tracionados! – b ef = b 
­ Largura efetiva do enrijecedor de borda supe­ 
rior 
Elemento AL 
γ = 1,1 
Ixef= 893,693 cm 4 
Wcef= 
893 693 
13 933 
, 
, 
= 64,14 cm 3 
MRd = Wef fy / g (g = 1,1) 
b= 1,6 cm 
σ1= ­28,784 kN/cm 2 
σ2= ­22,297 kN/cm 2 ψ= 0,775 
­ NBR14762 ­ Tab05.caso b 
0 £ y = s2 / s1 < 1,0 à 
k = 0,578 / (y + 0,34) 
k= 0,519 
(tabela 4.3)
81 
­ Largura efetiva da mesa superior 
­ NBR14762. 7.2.2.2 ­ Elemento com enrijecedor 
de borda: 
σ 
1 
= ­30 kN/cm 2 
σ 2 = ­30 kN/cm 
2 
b=5,2 cm  D=2 cm  t=0,2 cm 
d ef =1,6 cm          d=1,6 cm  σ=30 kN/cm 
2 
θ=90 º 
Como  0.673 < λ p0 < 2,03, então: 
Caso II: 
W x da  seção efetiva é igual ao W x da seção 
bruta! 
W xef = W x = 28,002 cm 
3 
M Rd = 28 . 30 / 1,1 
M Rd = 763,6 kN.cm 
2  – Flambagem  lateral  com  torção  [NBR 
14762­7.8.1.2] 
[λ p < 0,673] 
1,61 
0, 2 
0,519 20500 
0,95 
30 
l = 
× p 
= 0,438 
[λp ? 0,673] 
bef= 1,6 cm bef = b 
0 
5, 2 
0, 2 
20500 
0,623 
30 
l = p  =1,597 
3 2 3 2 . 1,6 .0,2. (90) 
12 12 
q = = s 
d t sen sen 
I  = 0,068267 cm 4 
2 
5, 25 5 5, 25 5 4, 0 
5, 2 
æ ö æ ö = - = - £ ç ÷ ç ÷ è ø è ø 
a 
D 
k 
b 
ka=3,327 
( ) 3 4  0 400 0, 49 0,33 a p I t l = - = 
( ) 3 4 400 0, 2 0, 49 1,597 0,33 ´ ´ - 
=0,059 cm 4 
Is/Ia=1,152 
( ) 0,43 ,043 s  a a 
a 
I 
k k k 
I 
= - + £ 
è k=3,327 
5, 2 
0,2 
3,327 20500 
0,95 0,95 
30 
l 
s 
= = 
× p 
b 
t 
kE 
= 0,574 
[λp ? 0,673] 
bef=5,2 (bef = b) 
como Is/Ia=1,152 > 1,0, então 
ds = def 
‐ Largura efetiva da alma: 
Elemento AA 
b= 14,2 cm 
σ1= ‐28,78 kN/cm 2 σ2= 28,78 kN/cm 2 è ψ= ‐1 
‐ NBR14762 ‐ Tab04.caso d 
bc= 7,1 cm bt= 7,1 cm 
k = 4 + 2(1­y) + 2(1­y) 3 à k= 24 
14, 4 
0,2 
24.20500 
0,95 0,95 
28,78 
l 
s 
= = p 
b 
t 
kE 
= 0,572 
bef= 14,2 cm  (bef = b) 
(tabela 4.2) 
<  <
82 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ =  t 
t t 
w 
et  GI 
L K 
EC 
r 
N 
2 
2 
2
0  ) ( 
1 p 
= 39,726 kN 
2 
2 
) (  y y 
y 
ey 
L K 
EI 
N 
p 
= = 37,999 kN 
momento máximo: 
4 máx 
PL 
M = 
momento em B: 
4 B 
PL 
M = 
momento em A e C: 
8 c A 
PL 
M M = = 
Dimensionamento à flexão 
­ Cálculo M e 
Cálculo de C b : 
Para uma viga biapoiada submetida 
a uma força concentrada no meio do vão: 
C b = 1,31  (não depende da carga P) 
Perfil monossimétrico 
L x = 400 cm  L y = 400 cm  L t = 400 cm 
r 0 = 7,845 cm  x c = 4,645 cm 
C w =1440,47 cm 
2 
I x = 207,21 cm 
4  I y = 30,05 cm 
4  I t = 0,079 cm 
4 
M e = C b r 0 (N ey N et ) 
0,5 = 399,27 kN.cm 
máxima coordenada Y= 7,4 cm (fibra comprimi­ 
da) 
I x = 207,211 cm 
4 
W x = 28,002 cm 
3 
λ 
0 
= (W 
c 
f 
y 
/M 
e 
) 0,5 = 1,45 
0,6 < λ 0 < 1,336 
ρ FLT = 1,11(1 – 0,278λ 0 
2 ) 
ρ FLT = 0,475 
O valor da tensão a ser tomada no cálculo das 
larguras efetivas é dado por: 
σ = ρ 
FLT 
f 
y 
= 0,475 . 30= 14,25 kN/cm 2 
No item anterior foi calculado as larguras efeti­ 
vas do perfil para uma tensão de 30,0 kN/cm 2 e 
o resultado foi que a seção efetiva é igual a se­ 
ção bruta. Como nesse caso que a tensão é 
menor, pode­se concluir a seção efetiva será 
igual a seção bruta,  σ =14,25 kN/cm 2 . 
máxima coordenada Y= 7,4 cm (fibra comprimi­ 
da) 
3 – Flambagem por distorção da seção 
transversal [NBR 14762­7.8.1.3] 
­ O cálculo de σ dist foi realizado no exemplo 10: 
σ dist =67,27 kN/cm 
2 
λ 
dist 
= (f 
y 
/s 
dist 
) 0,5 = (30/67,27) 0,5 
λ dist = 0,668 
­ para λ dist < 1,414: 
MRd = [rFLT Wc,ef fy] / g 
C B A max 
max 
b  M 3 M 4 M 3 M 5 , 2 
M 5 , 12 
C 
+ + + 
= 
2 
2 
) (  x x 
x 
ex 
L K 
EI 
N 
p 
= = 262,028 kN
γ = 1,1 
Ixef= Ix = 207,211 cm 4 
Wcef= 
207 211 
7 4 
, 
, 
=28,002 cm 3 
MRd = [rFLT Wc,ef  fy] / g 
MRd= 362,9 kN.cm 
MRd = Mdist / g (g = 1,1)
83 
M dist = W c f y (1 – 0,25λ dist 
2 ) 
M dist = 28,002 . 30 . (1 – 0,25 . 0,668 
2 ) 
M dist = 746,34 kN.cm 
M Rd = M dist / g 
M Rd = 746,34 / 1,1 
M Rd = 678,5 kN.cm 
O momento resistente do perfil é o menor 
valor calculado nos itens 1, 2 e 3: 
M Rd = 362,9 kN.cm 
8.4 ­ Força cortante 
No dimensionamento das peças submeti­ 
das ao esforço cortante, como nas demais es­ 
truturas de aço, as tensões de cisalhamento na 
alma do perfil devem ser verificadas. Uma cha­ 
pa de aço (alma) sob esforços cisalhantes tam­ 
bém está sujeita ao fenômeno da flambagem 
local. Sendo necessário, portanto, limitar as ten­ 
sões atuantes quando a chapa for esbelta. A 
norma brasileira  apresenta  expressões  para 
capacidade resistente ao esforço cortante para 
três intervalos de esbelteza da alma (h/t). 
A força cortante resistente de cálculo V Rd 
deve ser calculada por: 
t ­ espessura da alma; 
h ­ largura da alma (altura da parte plana da 
alma); 
k v  ­  coeficiente  de  flambagem  local  por 
cisalhamento, dado por: 
­ para alma sem enrijecedores transver­ 
sais: 
k v = 5,34 
­ para alma com enrijecedores transversais 
dimensionado conforme as exigências do item 
7.5 da NBR 14762:2001. 
a  é a distância entre enrijecedores trans­ 
versais de alma. 
Para seções  com duas  ou mais  almas, 
cada alma deve ser analisada como um elemen­ 
to separado resistindo à sua parcela de força 
cortante. 
8.5 Momento fletor e força cortante 
combinados 
Em peças onde existem esforços de mo­ 
mento fletor e esforço cortante (em todas as 
barras com carregamento transversal aplicado) 
o efeito associado das tensões normais devido 
ao momento fletor com as tensões cisalhantes 
deve ser verificado. 
Para barras sem enrijecedores transver­ 
sais de alma, o momento fletor solicitante de 
cálculo e a força cortante solicitante de cálculo 
na mesma seção, devem satisfazer à seguinte 
expressão de interação: 
(M Sd / M 0,Rd ) 
2 + (V Sd / V Rd ) 
2 < 1,0 
M Sd ­ momento fletor solicitante de cálculo; 
­ para  h/t £ 1,08(Ekv/fy) 0,5 
VRd = 0,6fyht / g (g = 1,1) 
­ para  1,08(Ekv/fy) 0,5 < h/t £ 1,4(Ekv/fy) 0,5 
VRd = 0,65t 2 (kvfyE) 0,5  / g (g = 1,1) 
­ para  h/t > 1,4(Ekv/fy) 0,5 
VRd = [0,905Ekvt 3 /h] / g (g = 1,1) 
1,0 a/h para 
) / ( 
34 , 5 
0 , 4 
2 
£ + = 
h a 
k v 
1,0 a/h para 
) / ( 
0 , 4 
34 , 5 
2 
> + = 
h a 
k v
84 
M 0,Rd ­ momento fletor resistente de cálcu­ 
lo pelo escoamento da seção efetiva, conforme 
o item 8.1; 
V Sd ­ força cortante solicitante de cálculo; 
V Rd  ­ força cortante resistente de cálculo 
conforme o item 8.4. 
Para barras com enrijecedores transver­ 
sais de alma, além de serem atendidas as exi­ 
gências do item 8.1 e 8.4 deste manual, quando 
M Sd /M 0,Rd > 0,5 e V Sd /V Rd > 0,7 deve ser satisfei­ 
ta a seguinte expressão de interação: 
Exemplo  18  –  Verificação  quanto  ao 
cisalhamento do perfil do exemplo 17 para uma 
carga de cálculo concentrada no meio do vão 
da  viga  biapoiada  no  valor  de  4  kN  (Ue 
150x60x20x2;  L= 400 cm) . 
Solicitações na barra: 
M sd = P.L/4 = 4 . 400 / 4 = 400 kN.cm 
V sd = P/2 = 2 kN 
M 0,Rd = 763,6 kN.cm – Momento resistente 
pelo escoamento das fibras mais solicitadas 
(exemplo 17 item 1). 
Dimensionamento à flexão 
­ Cálculo do esforço cortante resistente: 
h = 14,20 (altura da parte plana da alma) 
h= 14,2 cm  kv= 5,34  h/t= 71 
1,08(E.k v /f y ) 
0,5 = 65,3 
1,4(E.k v /f y ) 
0,5 = 84,6 
como, 
1,08(E.k v /f y ) 
0,5 < h/t <= 1,4.(E.k v /f y ) 
0,5 , então, 
V Rd = 0,65t 
2 (k v f y E) 
0,5  / g 
V Rd = 0,65 . 0,2 
2 (5,34 . 30 . 20500) 0,5 / 1,1 
V Rd = 42,8 kN 
Verificação do efeito combinado momento fletor 
e esforço cortante: 
(M Sd / M 0,Rd ) 
2  + (V Sd / V Rd ) 
2 < 1,0 
(400 / 763,6) 2 + ( 2 / 42,8) 2 
0,274    +  0,002 = 0,276 < 1,0 – Verificado! 
0,6(MSd  / M0,Rd) + (VSd  / VRd) £ 1,3
85
87 
Capítulo 9 
Dimensionamento à 
flexão composta
88 
Dimensionamento à flexão composta 
A força normal solicitante de cálculo e os 
momentos fletores solicitantes de cálculo devem 
satisfazer as equações de interação apresen­ 
tadas neste capítulo. 
9.1 Flexo­compressão 
Em perfis submetidos a flexo­com­ 
pressão é necessário verificar a combinação de 
esforços por meio de duas equações, 9.1 e 9.2. 
A equação 9.1 considera  os efeitos de segun­ 
da ordem na barra, a equação 9.2 apenas quan­ 
to a resistência do material. No entanto, quando 
o esforço normal da barra for relativamente pe­ 
queno, (N c,Sd < 0,15 . N c,Rd ) pode­se utilizar ape­ 
nas a equação 9.3 para a verificação á flexo­ 
compressão. 
Quando N c,Sd / N c,Rd < 0,15  as duas expres­ 
sões anteriores podem ser substituídas por: 
Onde: 
N c,Sd  ­  força  normal  de  compressão 
solicitante de cálculo, considerada constante na 
barra; 
M x,Sd ; M y,Sd ­ momentos fletores solicitantes 
de cálculo, na seção considerada, em relação 
aos eixos x e y, respectivamente; 
(eq. 9.1) 
e 
(eq. 9.2) 
(eq. 9.3) 
N c,Rd  ­ força normal de compressão resis­ 
tente de cálculo, conforme os itens 7.1 e 7.2; 
N 0,Rd ­ força normal de compressão resis­ 
tente de cálculo, calculada conforme 7.1, nesse 
caso tomando­se para o cálculo o valor de ρ = 
1,0 e calcula­se a aréa efetiva do perfil com a 
tensão σ = f y ; 
M x,Rd ; M y,Rd  ­ momentos fletores resisten­ 
tes de cálculo, em relação aos eixos x e y, res­ 
pectivamente, calculados conforme 8.1, 8.2 e 8.3 
(no  cálculo  do  momento  resistente  pela 
flambagem lateral com torção, conforme 8.2 o 
valor de C b deve ser igual a 1,0). 
N ex  ; N ey  ­ forças normais de flambagem 
elástica, em relação aos eixos x e y, respectiva­ 
mente, calculadas por: 
I x ; I y ­ momentos de inércia da seção bruta 
em relação aos eixos x e y, respectivamente; 
(K x L x ) ; (K y L y ) ­ comprimentos efetivos de 
flambagem em relação aos eixos x e y, respec­ 
tivamente; 
C mx  ; C my  ­ coeficientes de equivalência 
de momento na flexão composta, em relação aos 
eixos x e y, respectivamente, determinados con­ 
forme a), b) ou c) seguintes: 
a) barras de estruturas indeslocáveis, sem 
ações transversais entre as extremidades: 
C m = 0,6 ­ 0,4(M 1 /M 2 ) 
M 1 é o menor e M 2 o maior dos dois mo­ 
mentos fletores solicitantes de cálculo nas ex­ 
tremidades do trecho sem travamento lateral. A 
relação M 1 /M 2 é positiva quando esses momen­ 
tos provocarem curvatura reversa e negativa em 
caso de curvatura simples. 
1 0 
1  1 
, , , 
, ,  , 
,  , 
, my y Sd c Sd mx x Sd 
c Sd c Rd  c Sd 
x Rd  y Rd 
ex  ey 
C M N C M 
N N  N 
M  M 
N  N 
+ + £ 
æ ö æ ö 
- - ç ÷ ç ÷ ç ÷ è ø è ø 
0 
1 0 , , , 
, , , 
, y Sd c Sd x Sd 
Rd x Rd y Rd 
M N M 
N M M 
+ + £ 
1 0 , , , 
, , , 
, y Sd c Sd x Sd 
c Rd x Rd y Rd 
M N M 
N M M 
+ + £ 
Nex = p 2 EIx / (KxLx) 2 Ney = p 2 EIy / (KyLy) 2
89 
b) barras de estruturas indeslocáveis, su­ 
jeitas à ações transversais entre as extremida­ 
des:
Caso não sejam determinados de manei­ 
ra mais precisa, os seguintes valores de C m 
podem ser adotados: 
1) para ambas as extremidades da barra 
engastadas: C m = 0,85 
2) para os demais casos:  C m = 1,0 
c) barras de estruturas deslocáveis:  C m = 
1,0 
9.2 ­ Flexo­tração 
e 
N t,Sd  ­ força normal de tração solicitante 
de cálculo, considerada constante na barra; 
M x,Sd ; M y,Sd ­ momentos fletores solicitantes 
de cálculo, na seção considerada, em relação 
aos eixos x e y, respectivamente; 
N t,Rd ­ força normal de tração resistente de 
cálculo, conforme o capítulo 7; 
M xt,Rd ; M yt,Rd ­ momentos fletores resisten­ 
tes de cálculo, na seção considerada, em rela­ 
ção aos eixos x e y, respectivamente, calcula­ 
dos  com  base  no  escoamento  da  fibra 
tracionada da seção bruta, dados por 
M xt,Rd = W xt f y /g e 
M yt,Rd = W yt f y /g com g = 1,1; 
W xt  ; W yt  ­ módulos de resistência elásti­ 
cos da seção bruta em relação aos eixos x e y, 
respectivamente, referentes à fibra tracionada; 
M x,Rd ; M y,Rd  ­ momentos fletores resisten­ 
tes de cálculo, em relação aos eixos x e y, res­ 
pectivamente, conforme 8.1, 8.2 e 8.3. 
Exemplo 19 – Verificação da viga abaixo 
quanto à flexo­compressão: 
Perfil Ue 150x60x20x2 mm. Aço f y = 30 kN/cm 
2 ; 
E= 20500 kN/cm 2 . 
Esforços solicitantes: 
M xSd = 1 .4 
2 /8 = 2 kN.m = 200,0 kN.cm 
N c,Sd = 5,0 kN 
Esforços resistentes: 
N c,Rd = 29,09 – cálculo é demonstrado a seguir. 
N c,Rd  / N c,Sd = 5,0/29,09 = 0,17 > 0,15, portanto 
na verificação da combinação dos esforços de­ 
vem ser satisfeitas as equações 9.1 e 9.2. 
M x,Rd = 277,08 kN.cm 
N ex = 262,03 kN 
N ey = 38,00 kN 
N 0,Rd = 130,31 kN 
Os cálculos dos esforços acima relaciona­ 
dos são demonstrados adiante. 
Coeficientes: 
C b = 1,0 – para o cálculo do momento re­ 
sistente pela flambagem lateral com torção para 
momentos em torno dos eixos X e Y. 
C mx = 1,0 – critério b) para determinação 
de C m : estruturas indeslocáveis sujeitas à ações 
transversais entre as extremidades 
1ª verificação: equação 9.1 considerando 
os efeitos de 2ª ordem. 
*os  carregamentos  apresentados são  valores de cálculo, 
já  considerados  os  devidos  coeficientes de majoração. 
1 0 , , , 
, , , 
, y Sd x Sd t Sd 
xt Rd yt Rd t Rd 
M M N 
M M N 
+ + £ 
1 0 , , , 
, , , 
, y Sd x Sd t Sd 
x Rd y Rd t Rd 
M M N 
M M N 
+ - £ 
1 0 
1  1 
, , , 
, ,  , 
,  , 
, my y Sd c Sd mx x Sd 
c Sd c Rd  c Sd 
x Rd  y Rd 
ex  ey 
C M N C M 
N N  N M  M 
N  N 
+ + £ 
æ ö æ ö 
- - ç ÷ ç ÷ ç ÷ è ø è ø
90 
Dimensionamento à flexão composta 
2ª verificação: equação 9.2 verificando a 
resistência do material. 
Conclusão: o perfil adotado resiste o car­ 
regamento solicitado 
Cálculo dos esforços resistentes no perfil: M x,Rd ; 
N ex ; N ey ; N 0,Rd ; N c,RD 
Cálculo de M xRd 
Barras  submetidas  à Flexão Simples    [NBR 
14762­7.8] 
1 ­ Início de escoamento da seção efetiva [NBR 
14762­7.8.1] 
­ calculado no exemplo 17 (item 1) 
M Rd = 763,6 kN.cm 
2 ­ Flambagem por distorção da seção trans­ 
versal  [NBR 14762­7.8.1.3] 
­ calculado no exemplo 17 (item 3) 
M Rd = 678,5 kN.cm ( flambagem por distorção) 
3 ­ Flambagem lateral com torção [NBR 14762­ 
7.8.1.2] 
Cálculo M e ­ semelhante ao realizado no 
exemplo 17 (item 2), porém neste caso o valor 
de C b adotado deverá ser igual a 1,0. 
C b = 1 
Perfil monossimétrico 
L x = 400 cm  L y = 400 cm 
L t = 400 cm 
r 0 = 7,845 cm  x c = 4,645 cm 
C w = 1440,47 cm 
2 
I x = 207,21 cm 
4  I y = 30,05 cm 
4 
I t = 0,079 cm 
4 
M e = C b r 0 (N ey N et ) 
0,5 = 304,78 kN.cm 
máxima coordenada Y= 7,4 cm (fibra comprimi­ 
da) 
I x = 207,211 cm 
4 
W x = 28,002 cm 
3 
λ 
0 
= (W 
c 
f 
y 
/M 
e 
) 0,5 = 1,66 
0,6 < λ 0 < 1,336 
ρ 
FLT 
= 1,11(1 – 0,278λ 
0 
2 ) 
ρ FLT = 0,363 
O valor da tensão a ser tomada no cálculo das 
larguras efetivas é dado por: 
σ = ρ 
FLT 
f 
y 
= 0,363 . 30= 10,89 kN/cm 2 
No exemplo 17 foi calculado as larguras 
efetivas desse perfil para uma tensão de 30,0 
kN/cm 2 e o resultado foi que a seção efetiva é 
igual a seção bruta. Nesse caso que a tensão é 
menor pode­se concluir a seção efetiva é igual 
a seção bruta, σ =10,89 kN/cm 2 . 
máxima coordenada Y= 7,4 cm (fibra comprimi­ 
da) 
g = 1,1 
I xef = 207,211 cm 
4 
W cef = 28,002 cm 
3 
M Rd = [ρ FLT W c,ef  f y ] / g 
M Rd = 277,08 kN.cm 
O momento fletor resistente de cálculo M Rd 
deve ser o menor valor calculado: 
5 0 1 0 200 
0 908 1 0 
29 09 5 0 
1 277 08 
262 03 
, , 
, , 
, , 
, 
, 
× 
+ = £ 
æ ö - ç ÷ 
è ø 
0 
1 0 , , , 
, , , 
, y Sd c Sd x Sd 
Rd x Rd y Rd 
M N M 
N M M 
+ + £ 
5 0 200 
0 76 1 0 
130 31 277 08 
, 
, , 
, , 
+ = £ 
2 
2 
) (  x x 
x 
ex 
L K 
EI 
N 
p 
= = 262,028 kN 
2 
2 
) (  y y 
y 
ey 
L K 
EI 
N 
p 
= = 37,999 kN 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ =  t 
t t 
w 
et  GI 
L K 
EC 
r 
N 
2 
2 
2
0  ) ( 
1 p 
= 39,726 kN
91 
M Rd = 763,679 kN.cm (escoamento da seção) 
M Rd = 277,08 kN.cm (flambagem lateral com tor­ 
ção) 
M Rd = 678,534 kN.cm (distorção da seção trans­ 
versal) 
M x,Rd = 277,08 kN.cm 
Cálculo de N 0,Rd 
Para  calcular  N 0,Rd ,  utiliza­se mesmo 
procedimento do cálculo de N Rd porém e tomado 
o valor de ρ = 1 (este é o valor máximo de N Rd 
para pilares curtos onde não ocorre flambagem 
global) 
1 ­ Cálculo das Larguras Efetivas para seção 
submetida a esforço de compressão centrada: 
σ= 30 kN/cm 2 
­ Largura efetiva dos enrijecedores de borda 
Elemento AL 
b= 1,6 cm 
σ 1 = ­30 kN/cm2 
σ 2 = ­30 kN/cm2 
ψ= 1 
– Tabela 4.3 caso a (NBR14762 ­ Tab05) 
k= 0,43 
bef= 1,6 cm 
bef = b 
30 
20500 43 , 0 
95 , 0 
2 , 0 
6 , 1 
× 
= p l = 0,491 [λp = 0,673] 
­Largura efetiva das mesas 
[NBR14762. 7.2.2.2 ­ Elemento com enrijecedor 
de borda] 
σ 1 = ­30 kN/cm2 
σ 2 = ­30 kN/cm2 
b=5,2 cm  D=2 cm  t=0,2 cm 
d ef =1,6 cm 
d=1,6 cm  σ=30 kN/cm2  θ=90 º 
0 
5,2 
0,2 
20500 
0,623 
30 
l = p  =1,597 
Como 0.673 < λp0 < 2,03, então: 
Caso II: 
3 2 3 2 . 1,6 .0,2. (90) 
12 12 
q 
= = s 
d t sen sen 
I  = 0,068267 cm 4 
2 
5, 25 5 5, 25 5 4, 0 
5,2 
æ ö æ ö = - = - £ ç ÷ ç ÷ 
è ø è ø 
a 
D 
k 
b 
ka=3,327 
( ) 3 4  0 400 0,49 0,33 a p I t l = - = 
( ) 3 4 400 0,2 0,49 1,597 0,33 ´ ´ - =0,059 cm 4 
Is/Ia=1,152 
( ) 0, 43 ,043 s  a a 
a 
I 
k k k 
I 
= - + £ è k=3,327 
5, 2 
0,2 
3,327 20500 
0,95 0,95 
30 
l 
s 
= = 
× p 
b 
t 
kE 
= 0,574 
[λp = 0,673] 
bef=5,2 (bef = b) 
como Is/Ia=1,152 > 1,0, então ds = def 
­ Largura efetiva da alma 
[NBR14762. 7.2.2.2 ­ Elemento com enrijecedor 
de borda]
92 
Dimensionamento à flexão composta 
Cálculo de N c,Rd  ­ Barras submetidas à com­ 
pressão centrada  [NBR 14762­7.7] 
1 ­ Flambagem
por distorção da seção trans­ 
versal  [NBR 14762­7.7.3] 
1.1 ­ Cálculo de σ dist [NBR 14762­Anexo D4] 
NBR 14762 ­ Anexo D3: Seções Ue submeti­ 
dos a compressão uniforme 
Propriedades geométricas da seção composta 
da mesa e enrijecedor (ver ítem 5.1 e figura 5.4) 
t=0,2 cm  b w =15 cm  b f =6 cm 
D=2 cm  A d =1,45425 cm 
2 
E=20500 kN/cm 2 
I x =0,37017 cm 
4  I y =4,78792 cm 
4 
I xy =0,75731 cm 4 
I t =0,01936 cm 
4  C w =0,00014 cm 
6 
h x =­3,4177 cm 
h y =­0,2504 cm  x 0 =2,05286 cm 
y 0 =­0,24568 cm 
Cálculo dos coeficientes 
a 
1,1ªaprox 
=0,0028609 
a 2 =0,013372 a 3 =0,0000271634 
β 
1 
=15,227749  β 
2 
=13,32612 
β 
3 
=4,54386  β 
4 
=13,32612 
L 
d 
=60,348 cm  σ=0,00270997 
k =0,8941 a dist,1ªaprox =26,70 kN/cm 
2 
a 1 =0,0039178194 a 3 =0,0000408769 
σ dist = (0,5E/A d ){a 1 + a 2 – [(a 1 + a 2 ) 
2 ­ 4a 3 ] 
0,5 } 
σ dist =39,84 kN/cm 
2 
Cálculo da  forma normal  resistente devido a 
distorção da seção transversal 
λ 
dist 
=  (f 
y 
/σ 
dist 
) 0,5 
λ dist = (30/39,84) 
0,5 
λ dist = 0,868 
σ 1 = ­30 kN/cm2 
σ 2 = ­30 kN/cm2 
b= 14,2 cm 
Tabela 4.2 caso a [NBR14762 ­ Tab04] 
k = 4 
14, 2 
0,2 
4.20500 
0,95 0,95 
28,78 
l 
s 
= = p 
b 
t 
kE 
= 1,43 
[λp > 0,673] 
0,22  0, 22 1  14,2 1 
1, 43 
1,85 
l 
l 
æ ö æ ö - ç ÷ - ç ÷ ç ÷ 
è ø è ø = = £ 
p 
ef 
p 
b 
b b 
bef= 8,4 cm 
bef,1= bef,2= 4,20 cm 
0, 22  0, 22 1  14,2 1 
1, 43 
1,85 
l 
l 
æ ö æ ö - ç ÷ - ç ÷ ç ÷ 
è ø è ø = = £ 
p 
ef 
p 
b 
b b 
bef= 8,4 cm 
bef,1= bef,2= 4,20 cm 
Aef= 4,78 cm 2 
N0Rd = Aef . fy /γ (ρ = 1) 
γ = 1,1 
N0Rd= 130,307 kN
93 
Como,  λ dist < 1,414 então, 
N c,Rd = Af y (1 – 0,25λ dist 
2 ) / g 
g = 1,1 
A= 5,937 cm 2 
f y = 30 kN/cm 
2 
N dist = 131,435 kN 
2 ­ Flambagem da barra por flexão, por torção 
ou por flexo­torção [NBR 14762­7.7.2] 
N ex = 262,028 kN   (demonstrado no cálculo de 
M xRd deste exemplo) 
N ey = 37,999 kN     (demonstrado no cálculo de 
M xRd deste exemplo) 
N et = 39,726 kN     (demonstrado no cálculo de 
M xRd deste exemplo) 
Perfil monosimétrico:  em  relação ao  eixo X 
[NBR14762 ­ 7.7.2.2] 
N ext = 37,527 kN 
N e = 37,527 kN  (menor valor entre N ex , N ey , N et e 
N ext ) 
modo de flambagem:   flambagem por flexo­tor­ 
ção ­ a= 0,34  (curva b) 
(sempre que o modo crítico de flambagem for 
por flexo­torção toma­se a curva b de resistên­ 
cia) 
( Aef = A para esse primeiro cálculo de λ 0 ) 
Cálculo da área efetiva: 
Resumo do cálculo das larguras efetivas: 
σ = 5,39 kN/cm 2 
1 ­ Largura efetiva dos enrijecedores 
Elemento AL 
b= 1,6 cm 
σ 1 = ­5,39 kN/cm 
2  σ 2 = ­5,39 kN/cm 
2  ψ= 1 
­ NBR14762 ­ Tab05.caso a  ­   k= 0,43 
λ p (b=1,6 t=0,2 k=0,43 σ=5,39 ) à λ p =0,208 
[λ p < 0,673] 
b ef = b 
2 ­ Largura efetiva das mesas enrijecidas 
­ NBR14762. 7.2.2.2 ­ Elemento com enrijecedor 
de borda: 
σ 1 = ­5,39 kN/cm 
2  σ 2 = ­5,39 kN/cm 
2 
b=5,2 cm  D=2 cm  t=0,2 cm 
d ef =1,6 cm 
d=1,6 cm  σ=5,39 kN/cm 2  θ=90 º 
λ p0 =0,677 
I s = 0,068267 cm4 
k a =3,327 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ 
- 
- - 
- 
+ 
= 
2 
2 
0 0 
2 
0 0  ) ( 
] ) / ( 1 [ 4 
1 1 
] ) / ( 1 [ 2  et ex 
et ex et ex 
ext 
N N 
r x N N 
r x 
N N 
N 
ú 
ú 
û 
ù 
ê 
ê 
ë 
é 
+ 
- 
- - 
- 
+ 
= 
2 
2 
0 0 
2 
0 0  ) ( 
] ) / ( 1 [ 4 
1 1 
] ) / ( 1 [ 2  et ex 
et ex et ex 
ext 
N N 
r x N N 
r x 
N N 
N 
0 
ef y 
e 
A f 
N 
l = =  5 937 30 
37 527 
, 
, 
× 
= 2,179 
( )  2 0 5 1 0 34 2 179 0 2 2 179 , , , , , b é ù = + - + ë û 
β= 3,209 
( ) 0 5 2 2 0 
1 
1 0 
, 
, r 
b b l 
= £ 
+ - 
ρ= 0,18  (aproximado) 
σ= 5,39 kN/cm 2  (com ρ aproximado)
94 
Dimensionamento à flexão composta 
[λ p < 0,673] 
Conclusão: para essa tensão, a área da seção 
efetiva é igual a da seção bruta. 
A ef = 5,937 cm2 
λ 
0 
= 2,179  (usando a área efetiva calculada) 
β = 3,209 
ρ = 0,18  (novo valor de  usando λ 
0 
calculado com 
A 
ef 
) 
g = 1,1 
N c,Rd = 29,09 kN 
A força normal de compressão de cálculo deve 
ser o menor valor calculado: [NBR 14762­7.7.1] 
N c,Rd = 29,089 kN (flambagem por flexo­torção) 
N c,Rd = 131,435 kN (flambagem por distorção) 
N c,Rd = 29,089 kN 
Ia=0,0001 cm 4 k=3,327 
Is/Ia= 68267 
λp(b=5,2 t=0,2 k=3,327 σ=5,39 ) à λp=0,243 
[λp ? 0,673] à bef = b 
3 ­ Largura efetiva da alma 
Elemento AA 
b= 14,2 cm 
σ1= ­5,39 kN/cm 2 
σ2= ­5,39 kN/cm 2 à ψ= 1 
­ NBR14762 ­ Tab04.caso a à k= 4 
λp(b=14,2 t=0,2 k=4 σ=5,39 ) à λp=0,606 
0,673 < λ p0 < 2,03 ­ Caso II 
9.3 ­ Fluxogramas 
A  seguir  apresentam­se  fluxogramas 
orientativos para o dimensionamento de perfis 
formados a frio.
95
96 
Dimensionamento à flexão composta
97
98 
Dimensionamento à flexão composta
99
100 
Dimensionamento à flexão composta
101
103 
Referências 
Bibliográficas
104 
Referências Bibliográficas 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR­ 
MAS  TÉCNICAS  (2001).  NBR  14762: 
Dimensionamento de estruturas de aço cons­ 
tituídas por perfis formados a frio. Rio de Janei­ 
ro: ABNT 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR­ 
MAS TÉCNICAS (2003). NBR 6355: Perfis es­ 
truturais de aço formados a frio ­ Padronização. 
Rio de Janeiro: ABNT 
BATISTA,  E.  M.;  MALITE,  M.; 
RODRIGUES, F. C. (2001). Perfis formados a 
frio: Comportamento  e  dimensionamento.  IV 
Seminário Internacional O Uso de Estruturas 
Metálicas na Construção Civil/ I Congresso In­ 
ternacional da Construção Metálica (ICICOM). 
FRUCHTENGARTEN, J..  Notas de aula 
da disciplina PEF 5734­ Estruturas Metálicas 
II, do curso de pós graduação – Escola Politéc­ 
nica da Universidade de São Paulo, São Paulo. 
CARVALHO, P. R. at al (2006). Curso bá­ 
sico de perfis de aço  formados a  frio. 2ª ed. 
Porto Alegre. 
SILVA,  E.  L.  (2006).  Sobre  o 
dimensionamento  de  perfis  formados  a  frio. 
Dissertação de Mestrado – Escola Politécnica 
da Universidade de São Paulo, São Paulo.
105
107 
Anexo A 
Torção em Perfis de Seção Aberta
108 
Anexo A ­ Torção em perfis de seção aberta 
A.1 – Carregamentos transversais 
fora do centro de torção 
Figura A.1 – Seção aberta com força cortante fora do CT 
A  figura A.1  mostra  uma  seção  Ue, 
monossimétrica, submetida a um esforço cor­ 
tante V cuja linha de ação não passa pelo cen­ 
tro de torção. As forças v 1 , v 2 ,...v 5 representam 
as resultantes das tensões de cisalhamento atu­ 
antes nos elementos de chapa da seção. No­ 
tam­se pela figura dois pontos importantes: 
1. fazendo o equilíbrio
das forças verticais, 
nota­se que o esforço cortante na alma do per­ 
fil, (v 3 ), é maior que o  esforço cortante atuante 
na seção (V): 
Como na verificação ao esforço cortante 
nos perfis formados a frio admite­se que todo o 
esforço cortante é absorvido pela alma é impor­ 
tante notar que esforço a ser resistido pela alma 
deve ser maior que a cortante atuante na se­ 
ção: V Rd > v 3 (onde V Rd é o esforço cortante re­ 
sistente da alma do perfil). 
2. fazendo o equilíbrio do  momento das 
forças no plano da seção, constata­se a exis­ 
tência de um momento de torção (M t ) agindo na 
seção transversal. É possível notar pela figura 
A.1 que, em relação a um ponto arbitrário, o 
momento de  torção resultante é diferente de 
zero:  . t M F d = å = v 1 .d 1 + ... + v 5 .d 5 + V.d = 0, 
em que “d i ” são as distâncias entre a linha de 
aplicação das cortantes “v i ” e o ponto conside­ 
rado. 
Porém, é intuitivo pensar que existe um 
ponto no plano da seção, em que, se as forças 
transversais externas forem nele aplicadas não 
ocorrerá torção na seção, pois o momento de 
torção resultante das forças de cisalhamento 
(V 1 .d 1 , ...V 5 .d 5 ) será igual em módulo mas com 
sentido contrário ao momento de torção causa­ 
do pelo carregamento externo. Esse ponto exis­ 
te e é definido, na teoria de flexão, como o cen­ 
tro de torção. Isso ocorre quando o carregamento 
é aplicado numa linha que passa pelo CT da 
seção (distante x c do centro geométrico), q v da 
figura A.1. 
Se o carregamento aplicado em uma 
viga não passar pelo centro de  torção da 
seção transversal, a viga estará submetida 
à torção. 
Observação: CT, centro de torção, é o cen­ 
tro de rotação da seção quando está submeti­ 
da somente à torção. Nos perfis de seção aber­ 
ta de paredes esbeltas, o centro de torção (CT) 
coincide com o centro de cisalhamento da se­ 
ção. No caso particular de seção com um eixo 
de simetria, o CT encontra­se sobre esse eixo. 
Nas seções duplamente simétricas o centro de 
torção  coincide  com o  centro  geométrico  da 
seção, como são os casos dos perfis tipo I si­ 
métricos. 
A.2 ­ Torção 
O  empenamento  de  uma  seção 
corresponde a deslocamentos que ocorrem fora 
do seu plano ao ser submetida à torção (fig. A.4). 
Ocorre apenas torção uniforme, quando não há 
qualquer restrição ao livre empenamento na di­ 
reção longitudinal. A torção uniforme é caracte­ 
­ V + v3 – v5 – v1 = 0 è v3 = V + v1 + v5
109 
rizada por causar na seção transversal um esta­ 
do de tensões de cisalhamento puro. Quando 
há restrição ao livre empenamento, ocorre a tor­ 
ção não­uniforme. A torção não­uniforme causa 
na seção transversal tensões normais de tração 
e  compressão  (que podem  ser  vistas  como 
momentos fletores aplicados em determinadas 
regiões da seção) e tensões de cisalhamento. 
O efeito do momento de torção (M t ) apli­ 
cado numa barra, portanto, deve ser considera­ 
do em duas parcelas: a primeira se refere à tor­ 
ção de Saint Venant M z , ou simplesmente tor­ 
ção uniforme, e a segunda ao efeito da restri­ 
ção ao empenamento, sendo denominada de 
torção com flexão T ù , ou simplesmente torção 
não­uniforme. Assim, temos a equação A.1. 
M t = M z + T ω  (A.1) 
A.2.1 ­ Torção Uniforme 
Figura A.2 – Tensões de cisalhamento na  torção uniforme 
As tensões de cisalhamento de um perfil 
de seção aberta submetido à torção uniforme 
(sem restrição ao empenamento) têm distribui­ 
ção linear ao longo da espessura do perfil, como 
mostra o detalhe da figura A.2. O valor da máxi­ 
ma tensão de cisalhamento,  máx t , numa seção 
submetida ao esforço de torção uniforme, M z , 
pela teoria da torção uniforme (teoria de Saint­ 
Venant) é dado pela equação A.2. 
onde, I t é o momento de inércia à torção 
da seção transversal. Para perfis de seção aber­ 
ta e paredes finas, o momento de inércia à tor­ 
ção é obtido pela equação A.3. 
onde, b i são os comprimentos dos lados 
da seção e t é a espessura. 
O valor da rigidez a torção é dado por G.I t , 
onde G é o módulo de elasticidade transversal 
do material que a barra é formada. Para o aço, 
tem­se G = 7.884 kN/cm 2 . 
A.2.2 Torção não­uniforme 
Figura A.4 – Empenamento na  torção uniforme 
O  empenamento  de  uma  seção 
corresponde a deslocamentos que ocorrem fora 
do seu plano. A presença do empenamento em 
uma barra invalida as simplificações adotadas 
na resistência dos materiais, dentre as quais a 
hipótese das seções permanecerem planas na 
configuração deformada da barra. A restrição 
ao empenamento, ou seja, impedir que ocor­ 
ram deslocamentos fora do plano de uma se­ 
ção, implica no surgimento de tensões normais 
t 
I 
M 
t 
z 
máx = t (eq. A.2) 
å =  3 
3 t b I  i t  (eq. A.3)
110 
e de cisalhamento na seção transversal. Os efei­ 
tos da restrição ao empenamento devem ser 
considerados tanto na análise de tensões quan­ 
to na avaliação da instabilidade da barra. 
A figura A.4 mostra um perfil Ue sob efeito 
de  torção  uni forme  (sem  restrição  ao 
empenamento) provocada pela aplicação dire­ 
ta de um momento de torção. Não há restrições 
a deslocamentos nas extremidades dessa bar­ 
ra, podendo se deformar livremente. Nesse caso, 
percebe­se na configuração deformada da bar­ 
ra, deslocamentos fora do plano das seções, 
configurando o empenamento da seção. 
Na figura A.5a, no entanto, a barra está 
com uma das extremidades engastada. Nesse 
caso, o impedimento ao empenamento em uma 
extremidade induz à flexão das mesas em seu 
próprio plano, o que conduzirá a tensões nor­ 
mais e de cisalhamento nas mesas. Esse tipo 
de solicitação origina na barra uma configura­ 
ção de esforços internos que não podem ser 
representados pelos esforços internos clássicos 
(esforço normal, momento fletor, cortante e tor­ 
ção). 
Figura A.5 – Torção não­uniforme  (a) e bimomento  (b) 
A figura A.5b apresenta o mesmo perfil da 
figura A.5a separado em duas partes, substitu­ 
indo­se a solicitação externa original, M t , por um 
par de momentos, M, aplicados nos planos das 
Anexo A ­ Torção em perfis de seção aberta 
mesas do perfil. Esse par de momentos repro­ 
duz a configuração original gerada pelo momen­ 
to M t . 
As  tensões normais  e  de  cisalhamento 
existentes na seção transversal, decorrentes da 
restrição ao empenamento,  são similares às 
tensões oriundas do par de momentos fletores 
M, aplicados nos planos das mesas do perfil. 
Esse par de momentos fletores multiplicado pela 
distância  entre  eles  é  denominado  de 
bimomento, M 
ω 
= M.h. Ao bimomento estão as­ 
sociadas tensões de cisalhamento agindo nos 
elementos de chapa do perfil. A somatória dos 
momentos, no plano da seção, devido às resul­ 
tantes das tensões de cisalhamento, τ 1 , τ 2 , τ 3 ... τ n 
(figura A.6) resulta em um momento de torção, 
T 
ω 
,  denominado  de  torção  com  flexão,  que 
corresponde exatamente à parcela do esforço 
de torção aplicado, M t , que é resistido pela res­ 
trição ao empenamento da seção. O esforço de 
torção com flexão ao longo da barra (também 
chamado de torção não­uniforme), T 
ω 
, tem o va­ 
lor da derivada do bimomento ao longo da bar­ 
ra, M 
ω 
, com o sinal oposto, equação A.4. 
Figura A.6 – Tensões na  torção não­uniforme 
A distribuição das tensões normais da se­ 
ção  transversal  devido  à  restr ição  ao 
empenamento assemelha­se ao mostrado na 
(a)  (b) 
' 
w w  M T - = (eq. A.4)
111 
figura A.6. Nota­se que as tensões de tração e 
compressão na seção, realmente comportam­ 
se como se houvesse momentos  fletores
de 
sentido opostos agindo nas mesas do perfil e 
as tensões de cisalhamento são corresponden­ 
tes a essas tensões normais. Os deslocamen­ 
tos normais ao plano da seção transversal acom­ 
panham a distribuição de tensões da figura A.6. 
A resultante das tensões normais, nesse caso é 
nula, e por isso não acarreta nenhum esforço 
normal adicional na seção transversal. A resul­ 
tante das tensões de cisalhamento é o momen­ 
to de torção T 
ω 
. 
Figura A.7 – Empenamento na tração 
O empenamento na seção transversal não 
ocorre somente quando submetida a momento 
de torção, mas também, quando a seção é sub­ 
metida a forças fora do seu plano. A figura A.7 
procura  mostrar  de  forma  intuit iva  o 
empenamento na seção Ue quando submetida 
a uma força de tração (T) localizada próximo ao 
vértice do perfil. 
Parte das tensões provocadas pela força 
T será distribuída na mesa superior e parte irá 
para a alma do perfil. As excentricidades da for­ 
ça em relação a ambas conduzem à ocorrência 
de momentos  fletores nos planos da mesa e 
alma da  seção,  similares  ao  caso da  torção 
aplicada ao perfil, configurando o empenamento 
da seção. Note que, algo similar ocorre, com 
sinal trocado, quando a força for de compres­ 
são, nesse caso, acoplando­se aos fenômenos 
de flambagem. 
O valor do bimomento, (M 
ω 
), causado pela 
aplicação de uma força na direção longitudinal 
(figura A.7), na seção onde a força é aplicada, é 
obtido pela  equação A.5. 
onde,  ) (P w é o valor da área setorial da 
seção no ponto de aplicação da força T, figura 
A.7 (nessa ilustração mostra­se uma força de 
tração, mas ocorre o mesmo, com o sinal troca­ 
do, com uma força de compressão). Uma expli­ 
cação geral sobre a área setorial pode ser vista 
no item A.3. 
Também neste caso, de aplicação de for­ 
ça longitudinal excêntrica, há esforços internos 
de torção induzidos pelas tensões cisalhantes 
resultante da restrição ao empenamento (τ 1 , τ 2 , 
τ 3 dafigura 2.6). O valor desse momento de tor­ 
ção não­uniforme, T, é determinado pela equa­ 
ção A.4. Em vista de o momento externo ser nulo, 
o momento de torção não­uniforme é equilibra­ 
do por um momento de torção uniforme na se­ 
ção, M 
ω 
, como mostram as equações A.6 e A.7. 
Para calcular os efeitos do empenamento 
na seção transversal necessita­se das chama­ 
das propriedades setoriais da seção, ω, S 
ω 
e I 
ω 
. 
Uma explanação geral de como obter essas pro­ 
priedades é mostrada no item A.3 . 
As expressões completas das tensões que 
atuam numa seção transversal, levando­se em 
conta os efeitos do empenamento, são mostra­ 
das nas equações A.8 e A.9. 
Mω= T.  ) (P w (eq. A.5) 
Mt =  z M T w + = 0  (eq. A.6) 
z M T w = - (eq. A.7)
112 
Anexo A ­ Torção em perfis de seção aberta 
(eq. A.8) 
(eq. A.9) 
Como pode ser visto na equação A.8, há 
uma parcela adicional àquelas da teoria da Re­ 
sistência dos Materiais, correspondente ao efei­ 
to da restrição ao empenamento. A distribuição 
dessa parcela das tensões normais, na seção 
transversal,  portanto,  é  análoga  à  da  área 
setorial ω(s) (figuraA.7). 
Da mesma forma, nota­se na equação A.9, 
também, uma parecela adicional, em relação 
aos da teoria da Resistência dos Materiais. A 
distribuição dessa parecela  das  tensões  de 
cisalhamento, na seção transversal, é análoga 
à do momento estático setorial, S w ( cuja a defi­ 
nição é mostrada mais adiante). As tensões de 
cisalhamento da equação A.9 são constantes 
na espessura do perfil, ou seja, não consta nes­ 
sa equação a parcela de tensões oriundas da 
torção uniforme. A tensão de cisalhamento total 
é determinada adicionando­se o valor obtido da 
equação A.9 , ao da equação A.2. 
A3 ­ Propriedades setoriais 
Para calcular os efeitos do empenamento 
na seção transversal necessita­se das chama­ 
das propriedades setoriais da seção. São pro­ 
priedades geométricas definidas por Vlasov na 
teoria de torção não­uniforme. Pode ser feita 
uma analogia entre as propriedades setoriais 
(área setorial, ω, momento estático setorial, S 
ω 
e momento de inércia setorial, T 
ω 
) e as proprie­ 
dades das figuras planas (área, A, momento es­ 
tático, S e momento de inércia à flexão, I). Não 
é objetivo deste texto detalhar o cálculo das pro­ 
priedades setoriais, mas, para um entendimen­ 
to geral, serão apresentadas as equações que 
as definem e as equações das propriedades 
setoriais das principais seções transversais. 
CT 
s) ( w da equação A.10 é chamada de área 
setorial do ponto s em relação ao pólo CT e a 
origem O, onde s e r n são vetores com sentido 
e direção conforme mostrados na figura A.8. É 
usual representar  ) (s w por um diagrama traçado 
sobre a linha média da seção transversal, com 
o valor de ω indicado na direção normal ao con­ 
torno, como mostrado nas figuras A.8 e A.9. 
Figura A.8 – Propriedades setoriais 
O momento estático setorial no ponto s, 
definido na equação A.12, é a área sob o dia­ 
grama da área setorial no intervalo entre o pon­ 
to s e a origems 0 multiplicada pela espessura t, 
conforme mostra a figura A.8. A origem s 0 deve 
ser um ponto em que S ù é igual a zero, pode­se 
tomar as extremidades do perfil onde o momento 
estático setorial é sempre zero. 
2  2 
x  y  xy  x  y  x  xy  y 
x  y  xy  x  y  xy 
I  M  I  M  I  M  I  M N 
x  y 
A  I  I  I  I  I  I 
s 
M 
I 
w 
w 
w 
- - 
= - + + 
- - 
2  2 
1 
(  )  (  ) y  xy  x  x  x  xy  y  y v  y  x 
x  y  xy  x  y  xy 
V  I  V  I  V I  V  I 
S  s  S  s 
t  I  I  I  I  I  I 
(  ) 
T 
S  s 
I  t 
w 
w 
w 
t 
é ù + + 
= - + ê ú 
- - ê ú ë û 
ò - = 
s 
n 
CT 
s  ds r 0 ) ( w (eq. A.10)
113 
O momento de inércia setorial, I 
ω 
, é defini­ 
do pela equação A.13 e é também chamado de 
constante de empenamento da seção transver­ 
sal,  C 
ω 
. A  rigidez  da  seção  transversal  ao 
empenamento é definida pelo produto EC w . 
A seguir mostram­se os valores da área 
setorial, ω, dos principais perfis formados a frio: 
Figura A.9 – Área setorial de seções Ue e U 
Seção Ue e U: 
Figura A.10 – Área setorial de seções Z e Z90 
Seção L: 
Nos perfis tipo L não existe empenamento. 
Nesse caso há apenas torção uniforme quando 
submetido a esforços de torção (figura A.11). 
Figura A.11 – Seção L 
0 = w  (eq. A.23) 
Para os perfis U, Ue, Cr, Z 90 e Z 45 , os valo­ 
res de I 
ω 
(ou C 
ω 
) podem ser encontrados nas 
tabelas da NBR 6355:2003 para os perfis pa­ 
dronizados ou utilizando­se das equações apre­ 
sentadas na mesma norma para os perfis não 
padronizados. 
No  caso  de  perfi l   Z  simples  (não 
enrijecido) o valor de I 
ω 
pode ser calculado utili­ 
zando­se as equações A.18 e A.19 introduzin­ 
ò = 
s 
s 
tds s S 
0 
. ) ( w w (eq. A.12) 
2 1 
w c b e w = (eq. A.14) 
2 1 2 
f w b b w w - = (eq. A.15) 
( )D b e w w  f c + - =  2 3  (eq. A.16) 
g c c  x x e - = (eq. A.17) 
Seção Z: 
A 
t b b 
w  f w 
2 
2 
1 = (eq. A.18) 
2 1 2 
f w b b w w - = (eq. A.19) 
Seção Z90: 
÷ ÷ 
ø 
ö 
ç ç 
è 
æ 
+ + =  2 1  2 
D D b 
b b 
A 
t b 
w  w 
f w f 
(eq. A.20) 
2 1 2 
w f b b w w - = (eq. A.21) 
D b w w  f - =  2 3  (eq. A.22)
114 
Anexo A ­ Torção em perfis de seção aberta
do­as  na  equação  de definição, A.13,  como 
mostra­se a seguir: 
onde A 1 representa o trecho positivo e A 2 
o trecho negativo da área setorial nas mesas, 
figura A.12. 
Figura A.12 – Áreas setoriais 
1 2 e w w são dados nas equações A.18 e 
A.19 respectivamente. 
Exemplo A.1 ­  Determinar as máximas 
tensões de tração e de compressão, na seção 
onde é aplicado a carga, de um tirante constitu­ 
ído de perfil tipo Z, submetido a uma força con­ 
centrada de tração, no centro geométrico, no 
valor de 100 kN. 
Perfil Z 200x50x3 
Resolução: 
ò =  A  dA I 
2 w w = 
2 2 2 
1 1 1 2 2 2 2 alma mesa mesa dA dA dA w w w + + ò ò ò 
2 2 
1 1  w alma 
dA b t w w = ò 
( ) 
2  3 1  2 2  1 1 
1 1 1 0 
1  3 
b 
mesa 
b 
dA k x tdx t 
b 
w w 
æ ö 
= = ç ÷ 
è ø 
ò ò 
2  3 
2  2 2 
2 2 
2  3 mesa 
b 
dA t 
b 
w w 
æ ö 
= ç ÷ 
è ø 
ò 
então, 
2 2 3 3 
2  1 1 2 2 
1 
1 2 
2 2 
3 3 w 
b b 
I b t 
b b w 
w w w 
æ ö æ ö 
= + + ç ÷ ç ÷ 
è ø è ø 
(eq. A.24) 
onde, 
1 
1 
1 2 
b bf 
w 
w w 
= 
+ 
(fig. A.12) 
2 
2 
1 2 
b bf 
w 
w w 
= 
+ 
(fig. A.12) 
M N 
A I 
w 
w 
s w = + 
Mω= T.  ) (P w 
2 
( )  2 
w f 
P 
b b t
A 
w = (Anexo A­ eq. A.18) 
) (P w = 8,33 
Mω= 100 × 8,33 = 833 kN.cm 2 
Iω= 1875cm 6 
(Anexo A­ eq. A.24) 
M 
I 
w 
w 
w 
s w =  833 
1875 
w = 
100 
11,1 
9 n 
N 
A 
s = = = kN/cm 2
115 
Tensão no CG do perfil (máxima tensão de 
tração) 
Tensão na extremidade do perfil (máxima ten­ 
são de compressão) 
Pode­se visualizar as distribuições de ten­ 
sões na seção transversal no exemplo acima, 
onde um tirante constituído de perfil tipo Z apre­ 
senta tensões de compressão consideráveis em 
alguns pontos da seção pela figura A.13. Essas 
tensões ocorrem na extremidade das mesas do 
perfil, quando a parcela das tensões de tração, 
A 
N 
, for menor que a parcela das tensões devido 
ao empenamento, que são negativas (ou seja, 
de compressão). 
100 833 
8,33 
9 1875 
s = + = 11,1+3,7 = 
+14,8 kN/cm 2 
100 833 
41,66 
9 1875 
s = - = 11,1­18,5 = 
­7,4 kN/cm 2
117 
Anexo B 
Forças transversais não­paralelas a um 
dos eixos principais
118 
Anexo B ­ Forças transversais não­paralelas a um dos 
eixos principais 
Nos casos em que os eixos principais não 
coincidem com as direções das forças aplica­ 
das, a seção transversal do perfil ficará subme­ 
tida a momentos fletores em torno dos dois ei­ 
xos principais e não apenas a momento no pla­ 
no do carregamento. Se o carregamento apli­ 
cado não passar pelo centro de torção (CT) a 
seção estará sujeita, também, a esforços de 
torção (vide Anexo A). No caso dos perfis tipo Z 
e Z com enrijecedor de borda, o centro de tor­ 
ção  (CT)  coincide  com o  centro  geométrico 
(CG), não ocorrendo torção quando submetidos 
a forças que passem pelo CG. 
Uma força transversal vertical aplicada na 
alma do perfil Z, não produzirá esforços de tor­ 
ção,  porém,  as  resultantes  das  tensões de 
cisalhamento, V 1 e V 3 , nas mesas de um perfil Z 
submetido a uma força transversal vertical apli­ 
cada na sua alma (passando pelo CG), resul­ 
tam em uma força agindo na direção x. Essa 
força provoca um momento fletor em torno do 
eixo y, como é mostrado na figura B.1b. Então, 
o resultado da força vertical q v , aplicado no CG 
de um perfil Z é, além do momento fletor em tor­ 
no de x, deslocamento horizontal da seção (  x 
na figura B.1c) e momento fletor em torno do 
eixo y, conforme a ilustração da barra deforma­ 
da mostrada na figura B.1.C. 
Os efeitos das tensões de cisalhamento 
horizontais, responsáveis pelo momento fletor 
em torno do eixo y, podem ser analisados e 
quantificados projetando­se a força vertical, q v , 
nas direções principais de inércia do perfil e 
estudando o comportamento do perfil (distribui­ 
ção das tensões na seção e os deslocamentos 
na barra), a partir dos eixos principais de inér­ 
cia da seção (x’ e y’). 
(a)
(b) 
(c) 
Figura B.1  – Efeitos  de  forças  transversais  não­paralelas a 
um  dos  eixos principais 
Δ
119 
Fenômeno análogo ocorre na seção tipo 
cantoneira. No entanto, como o centro de tor­ 
ção não coincide com centro geométrico, um 
carregamento transversal que passe pelo CG 
da cantoneira produzirá, também, esforços de 
torção na seção, por isso, esse perfil não é indi­ 
cado quando há ocorrência de carregamentos 
transversais, apenas para trabalhar à tração ou 
à compressão. 
As tensões e deslocamentos decorrentes 
do momento fletor aplicado no perfil podem ser 
calculados utilizando­se as equações comple­ 
tas da Resistência dos Materiais, válidas para 
eixos de referências diferentes dos eixos prin­ 
cipais de inércia, conforme mostrado nas equa­ 
ções B.1 a B.4. 
(tensões normais)  (eq. B.1) 
(tensões de cisalhamento)  (eq. B.2) 
(deslocamento na direção y)  (eq. B.3) 
(deslocamento na direção x)  (eq. B.4) 
y 
I I I 
M I M I 
x 
I I I 
M I M I 
2 
xy y x 
y xy x y 
2 
xy y x 
x xy y x 
- 
- 
+ 
- 
- 
- = s 
x 2 
xy y x 
y y xy x 
y 2 
xy y x 
x x xy y  S 
I I I 
I V I V 
S 
I I I 
I V I V 
t . 
- 
+ 
- 
- 
+ 
= t 
2 
xy y x 
xy y y x 
I I I 
I M I M 
" Ev 
- 
+ - 
= 
2 
xy y x 
xy x x y 
I I I 
I M I M 
" Eu 
- 
- 
=
1
2
- 0
8
Dimensionamento de Perfis
Formados a Frio conforme
NBR 14762 e NBR 6355

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