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AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais CUSTOS INDUSTRIAIS Aula 11: Sistemas de acumulação – produção contínua AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Conteúdo 1. Sistemas de Acumulação – Produção Contínua ou Por Processo; 2. Conceito e Aplicação; 3. Comparação entre os Sistemas de Acumulação; 4. Metodologia de Apuração; 5. Vantagens e Desvantagens. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Conceito O sistema de acumulação contínuo ou por processo é outro sistema básico para a determinação do custos industriais. Destina-se a acumular os custos, em uma empresa em que a fabricação se caracteriza por produtos padronizados, produção contínua e demanda constante. Determina-se o custo unitário, dividindo-se o total dos custos acumulados em determinado processo, durante certo período de tempo, pelas unidades produzidas no mesmo período, nesse mesmo processo. Este método é conhecido como cálculo do Equivalente de Produção. Nas indústrias em que os produtos vão se transformando mediante processos distintos e continuadamente, a apuração dos custos unitários é feita por processo, por fase de fabricação, por departamento, ou por etapa. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Aplicação Este método é adotado quando os custos não podem ser identificados durante o processo produtivo, sendo aplicado com resultados positivos em refinarias de petróleo, derivados químicos de petróleo e anidros, de lâmpadas, de produtos farmacêuticos, de tecidos, moinhos, cimento, bebidas de grande consumo como refrigerantes e cervejas, produtos de higiene, alimentos, enlatados, etc. A produção é realizada em diversos centros de custos produtivos, separadamente, e o custo unitário é determinado por cada centro de custos, ou seja, cada centro de custos é identificado como um processo específico. Muitas companhias usam simultaneamente os dois Sistemas: Por Ordem e Produção Contínua. Por exemplo, numa fábrica que produz transformadores. Segundo as especificações do cliente, podem ser usados ambos os sistemas. O custeamento por ordem de produção é adotado na acumulação dos custos dos transformadores e de muitos de seus componentes. O sistema por processo será empregado para acumulação dos pequenos componentes que serão utilizados na montagem do transformador. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Problemas na aplicação • A aplicação desta sistemática trás consigo alguns problemas: • A determinação do estágio de fabricação em que se encontram os produtos em processamento no final do período, sendo necessário fazer levantamentos sistemáticos (inventários) periodicamente; • O tratamento das perdas e dos resíduos, em que as perdas podem ocorrer, no início, no meio ou no fim do processo; • Uma única matéria-prima pode ser alocada e resultar em dois ou mais coprodutos. Os problemas de apropriação de custos agregam maior grau de complexidade. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Comparação entre os sistemas de acumulação • O sistema contínuo só pode ser empregado em produção padronizada. O sistema por ordem é mais versátil, podendo ser aplicado em indústrias de produção intermitente, por encomenda ou mesmo padronizada; • Os custos de produção contínua são registrados por fases de fabricação, enquanto na Ordem de Produção os custos são acumulados na OP por produto; • O sistema por ordem independe do período para obtenção do custo total. No contínuo, a apuração do custo total coincide com o período de apuração; • Na OP, o custo unitário é obtido dividindo-se o custo total pelas unidades produzidas. No sistema contínuo, determina-se o custo unitário dividindo-se o custo acumulado por processo no período pelo número de unidades equivalentes; • A acumulação dos custos no sistema contínuo frequentemente exige a avaliação dos estoques (inventário). No sistema por ordem não há dependência do período, pois os custos são obtidos pela acumulação dos custos incorridos lançados na OP. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Metodologia de apuração As estruturas de controle de custos e a contabilidade acumulam os custos dos fatores de produção (custos diretos e indiretos) alocados na atividade produtiva, determinando o custo da produção por processo produtivo e obtêm o custo unitário de produção, dividindo o valor dos custos acumulados no centro de custos (processo ou atividade produtiva), pela produção total do período (equivalente de produção do processo). Este custo unitário é utilizado para o cálculo do custo da produção transferida para outros processos até os produtos estarem finalizados e apuração do custo dos produtos que permaneceram em processamento no fim do período (estoque final da linhas de produção no período), incluindo-se nestes cálculos as perdas verificadas no processo. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Metodologia de apuração Os responsáveis pelo processo produtivo e a contabilidade preparam um relatório periódico de produção e de custos para cada fase de fabricação. Os custos são acumulados em instrumentos de controle informatizados ou manuscritos e na contabilidade em conta de Produtos em Processo e as diversas fazes de fabricação em subcontas representativas dos processos, departamentos, seções ou centros de custos, que por sua vez são vez são desmembradas em subcontas representativas dos elementos de custos apropriados a cada processo. O custo total acumulado nas diversas fases de fabricação é dividido pelo volume de unidades produzidas (equivalente de produção) nessas fases para obtenção do custo unitário do processo. O custo das unidades prontas em um processo produtivo destina-se a compor os custos de transferência para o processo subsequente, onde a produção completada num processo vai constituir a matéria prima do processo subsequente. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Representação gráfica PRODUÇÃO DEPARTAMENTO PROCESSO 1 DEPARTAMENTO PROCESSO 2 DEPARTAMENTOS DE APOIO CUSTOS INDIRETOS CUSTOS DIRETOS (CUSTOS DIRETOS + INDIRETOS) EQUIVALENTE DA PROD. 1 (CUSTOS DIRETOS + INDIRETOS) EQUIVALENTE DA PROD. 2 MATÉRIA- PRIMA ESTOQUES AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Equivalente de Produção (EQP) O equivalente de produção é obtido pelo resultado da apuração física do volume produzido pelo esforço de produção dentro do centro de custos (departamento, seção ou processo de fabricação). O cálculo é realizado a partir do esforço necessário para complementar o Estoque Inicial (Ei) herdado do período anterior, que já foi incluído no esforço anterior; as unidades iniciadas e completadas no período atual de apuração e o que faltou para completar o Estoque Final (Ef), também trabalhado no mês atual. Assim, quando existem estoques de produtos em processo no fim e no início do período de apuração, é necessário calcular a produção equivalente para distribuir os custos pela produção completada e pela produção não completada que permanece em processo. Veja os exemplos a seguir: EQP = Esforço p/completar o Ei + Total de Unidades Acabadas – Falta para completar o Ef AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Exemplo 1: O Centro de Custos X (supondo que não aplica outras matérias primas, além do que recebe) tem um estoque inicial de 1.000 unidades em processo com material direto (MAD), mas apenas 50% da mão de obra (MOD) ecustos indiretos (CIF) elaborados e custeados. Durante o período, o centro recebeu 5.000 unidades de matéria prima de outro centro (antecedente) e foram completadas e transferidas para o centro subsequente 4.500 unidades, enquanto 1.500 unidades permaneceram em processo, no fim do mês, completadas quanto à MAD, mas apenas 50% prontas, quanto a MOD e CIF. A fabricação durante o mês completou as 1.000 unidades existentes no estoque inicial, que exigiram um equivalente a 500 unidades de MOD e CIF, representando a produção efetiva de 3.500 unidades e iniciou a transformação das restantes 1.500 unidades, que ficaram 50% completadas, equivalente a 750 unidades. Expresso em unidades equivalentes de produção, temos um total de (500 + 3.500 + 750) ou (500 + 5.000 - 750) = 4.750 unidades de esforço realizado, pelas quais se podem dividir os custos debitados ao centro para determinar o custo unitário do produto no mês. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Exemplo 2: Durante determinado período o Centro de Custos M possuía um Estoque Inicial de 1.500 unidades completadas e custeadas em 60%. Durante o período, o centro recebeu 4.500 unidades equivalentes 20% prontificadas, representando os materiais aplicados na produção do período (supondo que não há outros materiais diretos no processo M), custeadas do Centro L (antecedente) e foram acabadas e transferidas para o Centro N (subsequente) 4.000 unidades, enquanto 2.000 unidades permaneceram em processo, trabalhadas e custeadas em 80%. O custo total apurado no processo foi de $72.000. Qual o equivalente da produção e o custo unitário neste caso? Solução: 1.500 + 4.500 - 4.000 = 2.000 unidades no Ef. EQP = (100% - 60%) de 1.500 un. + 80% de 4.500 un. - (100% - 80%) de 2.000 = 3.800 unidades, o que representa o esforço de produção realizado pelo Centro de Custos M no período, que, transferiu 4.500 un., mas o esforço equivalente foi de 3.800 un. Custo Unitário = $72.000/3.800 un. = $40/unidade. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais Vantagens e desvantagens • No sistema por processo a produção é padronizada e contínua, a fabricação passa a dispor de maiores conhecimentos sobre o produto e seus custos. Os fatores de produção, sobretudo os custos primários (matéria-prima e mão de obra), tornam-se mais conhecidos, mesmo os custos indiretos que passam a ser mais bem controlados em virtude da departamentalização da fábrica em centros de produção. Esse fato reduz o trabalho burocrático e atribui maior exatidão à apuração de custo. • Os custos do processo geralmente são médios, ensejando, no caso de flutuações da demanda e nos preços dos fatores de produção, diferenças que ficam diluídas no processo de determinação do custo total do processo. • Uma outra desvantagem do processo é a estimativa que se faz do estágio de fabricação dos produtos no fim do período contábil. Se a produção fosse programada de tal modo que, no fim do período, não houvesse nenhum produto na linha de produção, então não haveria muita dificuldade para determinação dos custos. Se o processo produtivo fosse dividido em muitos processos, poder- se-ia, ao final do período, ter os estoques entre os processos e não nos processos. AULA 11: SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO – PRODUÇÃO CONTÍNUA Custos industriais VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Sistemas de Mensuração – Custo Padrão; Conceito e Aplicação; Finalidade do Custo Padrão; Fixação do Custo Padrão; Influência das Variações de Custos. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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