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Semana 8 Prática Jurídica V - Ação Direta de Constitucionalidade

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO PXY, com representação no Congresso Nacional, representado por seu Presidente, CNPJ Nº xxx, com sede na rua xxx, bairro xxx, cidade xxx, por seu advogado, procuração com poderes especiais em anexo, com endereço profissional na rua xxx, bairro xxx, cidade xxx, para fins do art. 106, do CPC, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 102, I, “a” e 103, VIII da CRFB/88, propor
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR
Pelo rito especial da Lei 9.868/99, em defesa da Lei Complementar nº 135, de junho de 2010, conforme especificará ao longo desta petição, nos termos e motivos que passa a expor, esperando que seja recebida, distribuída, e ao final declarada a constitucionalidade da referida lei.
DA LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa do partido político PXY para a propositura da presente ação declaratória de constitucionalidade encontra amparo no inciso VIII do artigo 103 da Constituição Federal, e portanto, independentemente de pertinência temática, os partidos políticos com representação no Congresso Nacional são legitimados para compor o polo ativo da presente ação. 
Portanto, o Partido Político PXY, com representação no Congresso nacional, é legítimo para propor a presente ação.
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Conforme o artigo 102, I, “a”, CF/88 a competência originária para julgar e processar Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei ou ato normativo federal é do Supremo Tribunal Federal.
DO CABIMENTO
Necessário se faz o requerente demonstrar a controvérsia judicial relevante acerca da aplicação da norma, uma vez que a Ação Declaratória de Constitucionalidade objetiva preservar a ordem jurídica constitucional, evitando assim que haja insegurança jurídica sobre a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, conforme disposto no art. 14, III da Lei 9.868/99.
Assim, para comprovação da controvérsia jurisprudencial relevante, segue em anexo decisões do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Sergipe (SE), e do TRE de Minas Gerais, onde o primeiro adotou o entendimento segundo o qual a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica, e já o segundo optou por adotar o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, que, entende que a Lei Complementar se aplica às condenações anteriores. 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
A presente ação tem por objeto a declaração de constitucionalidade da Lei Complementar nº 135, de junho de 2010, que: 
Estabelece, de acordo com o § 9o do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.
Acerca da referida Lei, há previsão da sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao princípio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica.
Ocorre que, alguns juízos e tribunais tem entendimentos diversos acerca da constitucionalidade Lei Complementar nº 135, apresentando-se divergência nos Tribunais Eleitorais sobre a aplicação do disposto na referida norma constitucional a fatos que tenham ocorrido antes do advento da lei.
Neste sentido, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Sergipe (SE) adotou o entendimento de que a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica.
Por outro lado, em sentido completamente diverso, de forma a evidenciar a controvérsia judicial, o TRE de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, que, entende que a Lei Complementar se aplica às condenações anteriores.
Desta forma, havendo controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das hipóteses de inelegibilidade instituídas pela lei complementar em análise, a atos jurídicos que tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, e para evitar que surjam questionamentos futuros dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de 20xx, deve-se declarar a constitucionalidade da Lei Complementar nº 135, de junho de 2010, evitando, desta forma, grave insegurança jurídica nas eleições vindouras.
Assim, o requerente pretende demonstrar com a presente ação que a aplicação dos dispositivos da lei à situações ocorridas antes da existência desta não ofende o disposto nos incisos XXXVI e XL, ambos do artigo 5º da Constituição Federal.
Ora, Vossa Excelência, a Constituição Federal autoriza o exame da vida progressiva do candidato, podendo desta forma, o legislador complementar, considerar fatos já passados para prever hipóteses de inelegibilidades à candidatura.
Ademais, a inelegibilidade constitui uma restrição do direito de ser votado (ius honorum), não podendo, desta forma, ser considerada como pena. 
Afasta-se, ainda, eventual obstáculo do princípio da segurança jurídica, uma vez que a verificação dos requisitos de elegibilidade se dá no momento de registro da candidatura. Além do mais, o direito de um cidadão se candidatar não é um direito natural e inalienável.
Além disso, a lei não atinge eleições anteriores, ou seja, apenas será aplicada para as eleições futuras, garantindo o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Assim, diante dos argumentos acima, a Lei Complementar nº 135 de junho de 2010 deve ser declarada Constitucional.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, com fundamento no parágrafo único do artigo 14 da Lei 9.868/99, em especial a prova documental (em anexo cópia das decisões judiciais).
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
A concessão da Medida Cautelar para, liminarmente, suspender os efeitos de quaisquer decisões que, direta ou indiretamente, neguem vigência à lei por considera-la inconstitucional, até o julgamento em definitivo da presente ação com fulcro no art. 21 da Lei 9.868/99.
A oitiva do Procurador-Geral da República
Que sejam solicitadas informações às autoridades competentes
A procedência do pedido com a declaração de constitucionalidade da Lei Complementar nº 135, de junho de 2010, com efeitos ex tunc, erga ommes e vinculante. 
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1000,00 reais (mil reais) para fins de alçada.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, Data 
Advogado
OAB nº XXX

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