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SOCIEDADE SIMPLES
- Concebida para se distinguir das sociedades empresárias
- Serve como fonte supletiva dos demais tipos societários
- Serve como uma espécie de sociedade padrão
- Apesar de não ser empresarial, pode se revestir da forma societária de uma destas.
Objeto da sociedade simples
- Distinto da atividade empresária
ex: prestação de serviços intelectuais, artísticos, científicos ou literários
prestação de natureza estritamente pessoal (prof. liberais - mesmo que exerçam com o auxílio de colaboradores, não é organização empresarial)
OBs. Mas pode ser elemento da empresa
ex: sociedade de médicos que prestam serviços a seus clientes -não é empresa
     médicos contratados para prestar serviços de plano de saúde = empresa
Diferença para a empresa:
art. 966
-economicidade
- organização
- profissionalidade
Exceções: por força de lei, independente do seu objeto
cooperativas - sociedades simples
sociedade por ações-  empresa
Formação 
- É uma sociedade pessoal
- Se forma através de um contrato social, que deve conter, como cláusulas essenciais, os requisitos do art. 997: 
* Nome, nacionalidade, estado civil, domicilio
* denominação
* objeto, denominação, sede
* capital da sociedade
* quotas sociais
* participação nos lucros
* responsabilidade dos sócios
*administração da sociedade
- O contrato social deve ser inscrito no Cartório de Registro Civil de Pessoas jurídicas do local da sede, em até 30 dias após a sua constituição (art. 998, CC). 
- Já que não se destina às atividades empresariais, a inscrição não se dá na Junta Comercial.
- Quaisquer modificações devem ser averbadas (Art. 999, p. único)
Obs. filial - inscreve na circunscrição correspondente, mas averba na sede (art. 1000, CC)
Direitos e Obrigações dos Sócios
DEVER DE CONTRIBUIR (art. 1004)
- Os sócios se comprometem a contribuir com o capital social da empresa na forma e prazos previstos no contrato social. 
- Após ser notificado, se o sócio não pagar nos 30 dias seguintes poderá sofrer conseqüências distintas:
a) cobrança do valor devido à integralização subscrita + indenização, em caso de dano acarretado pela diminuição do patrimônio social 
b) exclusão do sócio remisso, por decisão da maioria
c) Redução de sua participação societária ao montante integralizado.
Obs. Os demais sócios podem integralizar o valor para evitar  redução do capital social (art. 1031, §1º)
- A contribuição social pode dar-se em outros bens que não capital líquido. (Art. 1005, e 1006, CC)
Se o sócio contribuir com um bem ou direito real sobre ele, responde pela evicção (perda da coisa em virtude de direito anterior reconhecido por sentença judicial)
Se o sócio contribuiu com algum crédito para a constituição do capital social, este responde pela solvência do devedor (exceção ao Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.).
Se o sócio contribuir com serviços, não pode empregar-se em outra atividade, sob pena de exclusão
DEVER DE PROBIDADE NA GESTÃO
- Principalmente direcionado ao administrador da sociedade  (art. 1011, CC)
Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios.
- Não pode agir em desacordo com as decisões da maioria, sob risco de responsabilidade pessoal por perdas e danos (art. 1013, § 2º)
- O sócio que participar da distribuição ilegal dos lucros podem responder solidariamente (art. 1009, cc)
DEVER DE LEALDADE:
art. 1010, § 3º. Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a seu voto.
PARTICIPAÇÃO NAS PERDAS E LUCROS
- Na proporção de sua quota ou da determinação do contrato
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas.
- Nenhum sócio pode deixar de participar nem das perdas, nem dos lucros
Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.
PARTICIPAÇÃO NAS DELIBERAÇÕES
- Nem todos os sócios serão responsáveis pela administração, mas mesmo aos sócios não administradores, cabe a responsabilidade de deliberar sobre as atividades sociais
- As decisões são tomadas por maioria de votos, considerando o valor das quotas de cada um. Ou seja, para alcançar a maioria absoluta, é preciso mais da metade do capital social favorável à decisão (art. 1010, caput e §1º)
-  Havendo empate: novo sufrágio. Novo empate: decisão judicial (art. 1010,§2º)
- Em algumas situações, é preciso haver unanimidade. Por exemplo, para alteração das cláusulas essenciais é necessário o consentimento unânime dos sócios nas deliberações 
Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime
Em outros casos, basta o consenso.
Para substituir sócio ou participação societária
Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social.
Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.
DIREITO DE FISCALIZAÇÃO
- Fiscalizar o andamento dos negócios sociais e examinar os livros e documentos sociais, caixa e carteira da sociedade (creditos e débitos)
Art. 1.021. Salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da carteira da sociedade.
- Exigir prestação de contas do administrador (até mesmo judicialmente)
DIREITO DE RETIRADA (art. 1029)
- Tipos
a) Comum ou imotivado
- Sociedades sem prazo determinado
-  mediante simples notificação aos demais sócios com antecedência mínima de 60 dias 
- Vale lembrar que, após a sua retirada, a responsabilidade do sócio pelas quotas cedidas permanece, ainda, por dois anos da data da averbação da modificação do contrato, respondendo solidariamente (art. 1003, p. único)
b) extraordinário
- Quando há prazo para duração da sociedade
- A retirada depende de consentimento unânime dos sócios. Não sendo concedida, sujeitar-se-á a decisão judicial ( Ação de resolução de contrato social), a fim de demonstrar a justa causa , ou seja , a impossibilidade de prosseguimento da atividade comum, da vida societária. 
DIREITO A PARTICIPAR DO ACERVO, EM CASO DE LIQUIDAÇÃO
- Em caso de dissolução da sociedade, após a satisfação das dívidas, os sócios podem participar do rateio dos bens restantes, na proporção de sua participação no capital social.
Administração da sociedade simples
- A nomeação do administrador deve ser indicada no contrato social
- Se não houver tal indicação, competirá, separadamente, a cada sócio (Art. 1013)
ADMINISTRADOR
-  Na Sociedade simples o administrador é sempre é pessoa natural (art. 997, VI)
- Administrador não sócio: Em regra, entende-se que, como as sociedades simples não desenvolvem atividades empresariais, não comportariam administração por não sócios
- Mas alguns autores não consideram a redação do texto legal clara. 
- Passível de esclarecimento jurisprudencial
- O administrador, como órgão participante e representante da sociedade, tem poderes para realizar todos os atos necessários à sua gestão, que, nessas condições, serão tomados como atos da empresa.- As questões que sejam cláusulas essenciais e outros que a lei destinar competem apenas aos sócios
Impedimentos do administrador
Existem impedimentos de ordem geral, cabíveis a toda sociedade (simples ou empresária)
art. 1011, § 1º Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.
Também são impedidos estrangeiros:
Estatuto do Estrangeiro (lei 6815/80), art. 95 a 110
- que estiverem com visto de turista ou de trânsito no país
- atividades de navegação, jornalística, televisão e radiodifusão, exploração de recursos minerais e energia hidráulica
Impedimentos profissionais
AGENTES POLÍTICOS - 
Ex: deputados e senadores , Membros do MP, salvo se cotistas ou acionistas (art. 128, p. 5º, II, c, CF e art. 44, III, Lei 8625/93)
SERVIDORES PÚBLICOS
art. 117, X - lei 8112/90
LEI DE FALÊNCIAS
art. 102
- Existem outras normas que prevêem autorizações especiais para exercício de determinadas atividades
ex: seguro (lei 4594/64)
EXERCÍCIO DA ADMINISTRAÇÃO
(art. 1013 e 1014, cc)
Administração Disjuntiva
Art. 1.013. A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios.
- Na omissão do contrato social, os sócios exercerão a administração separadamente, cabendo a todos, reciprocamente, a impugnação dos demais
- As questões serão decididas por maioria de votos, que irá confirmar ou não a impugnação (art. 1010)
Administração Conjuntiva
(RICARDO NEGRÃO)
Todos sócios poderão exercer em conjunto: as decisões são tomadas por consenso entre todos, salvo nos casos urgentes, que poderão ser objeto de decisão de um ou alguns deles (art. 1014);
Somente alguns sócios, em conjunto: nesse caso, os atos de execução não podem desobedecer às deliberações dos sócios, que decidem por maioria (art. 1010 e 1013, § 1º). 
DEVERES DO ADMINISTRADOR
Dever de Gerência e Representação
- art. 1011, § 2o Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições concernentes ao mandato.
- analogia com o mandato  (art. 667) - indenizar qualquer prejuízo por sua culpa ou de quem este substabelecer sem autorização
Art. 1015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir.
Art. 1.022. A sociedade adquire direitos, assume obrigações e procede judicialmente, por meio de administradores com poderes especiais, ou, não os havendo, por intermédio de qualquer administrador
Dever de informar e prestar contas
- Conseqüência natural do dever dos sócios de fiscalizar
- esse dever protege os interesses dos sócios
Art. 1.020. Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Art. 1.021. Salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da carteira da sociedade
RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR
1. O administrador responde pelos excessos cometidos na sua administração:
Art. 1.017. O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá de restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá.
Parágrafo único. Fica sujeito às sanções o administrador que, tendo em qualquer operação interesse contrário ao da sociedade, tome parte na correspondente deliberação.
Art. 1.013, § 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria.
2. Responde pelos atos ultra vires
- Teoria Inglesa do  ultra vires societatis
- Se o administrador, ao praticar atos de gestão, violar o objeto social delimitado no ato constitutivo, este ato não será de responsabilidade da sociedade, se esta não se beneficiou com o ato.
- Protege a pessoa jurídica contra abusos na administração
-art. 1015, III
3. Perante terceiros
art. 1.015. parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: 
I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade; 
II - provando-se que era conhecida do terceiro; 
III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade. 
Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções.
Responsabilidade dos Sócios 
- Poderá ser limitada ou ilimitada, a depender do contrato social.
Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
- É subsidiária ao patrimônio social
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
- Mesmo o sócio que for admitido posteriormente, responde pelas dividas anteriores
Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão.

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