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Conteúdo
INTRODUCÃO
2INTRODUÇÃO	�
41.	CONTEXTUALIZAÇÃO	�
41.1.	Breve histórico da habitação no Brasil	�
51.2.	Programa Minha Casa, Minha Vida – Entidade	�
61.3.	Justificativa	�
72.	ESTRUTURA DO PENSAMENTO	�
72.1.	Processo de Metodologia	�
72.2.	Objetivo	�
72.2.1.	Objetivos Gerais	�
72.2.2.	Objetivos específicos	�
83.	CONDOMÍNIO VALE DA MATA	�
93.1.	Análise Crítica	�
93.1.1.	Participação	�
93.1.2.	Localização	�
93.1.3.	Poluição	�
103.1.4.	Lazer	�
103.1.5.	Sustentabilidade	�
103.1.6.	Mobilidade e deslocamento	�
�
INTRODUÇÃO
Eu via o Trabalho Final de Graduação como desafio de resumir em um produto o conhecimento adquirido durante todo o curso de Arquitetura e Urbanismo da Unigranrio. Logo percebi que seria impossível, tanto pelo tempo hábil quanto pela quantidade de conhecimento que foram introduzidos durante meu curso nessa faculdade. Entendi que o mais importante era colocar no trabalho a forma crítica de pensar e projetar que aprendi com meus colegas e professores. Decidi então escolher um tema de meu interesse e a partir dele, desenvolver um projeto que de alguma forma revelasse questões ambientais que acredito que o arquiteto hoje deve enfrentar.
O tema escolhido para esse trabalho foi a Habitação de Interesse Social Sustentável. Tratarei o tema da Habitação não como um estudo encerrado no desenho da unidade ou do prédio, mas como um elemento da cidade. Assim, a partir de um projeto de habitação em um terreno específico de Duque de Caxias, buscarei a qualificação da habitação como uma forma de atender os usuários que irão habitar futuramente, utilizando conceitos sustentáveis e acessíveis, tornando o projeto viável economicamente, e contribuindo com o meio ambiente.
A cidade hoje é regida pela política econômica de lucro de mercado, e sua produção e evolução se tornam processos mercantis. O grande mal desse modo de produção é a fragmentação da cidade em mercadorias a serem fabricadas e consumidas, sem uma preocupação de planejamento urbano e melhoria da qualidade de vida. 
Os projetistas, quase sempre, adotam soluções tradicionais sem avaliar melhor os projetos, pois receiam que o empreendimento se torne inviável devido às implicações no orçamento, e o “morar” já não é mais a ação protagonista da cidade, e sim o “lucrar”.
No “déficit habitacional” percebemos que o que falta não é moradia para a população, pois as pessoas vivem em algum lugar. O que falta é acesso a moradia de qualidade. 
Estudos encomendados pela SEDU (Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano), a Fundação João Pinheiro evidenciam que a maior parte dos problemas de habitação está na inadequação do domicílio. Nesses estudos a inadequação é caracterizada pela carência de infraestrutura, pelo adensamento excessivo, pela inadequação fundiária e pela inexistência de unidade sanitária exclusiva. Dentre esses critérios, o mais recorrente é o de carência de infraestrutura – o relatório emitido pela Fundação João Pinheiro, em 2000, no Brasil, 11.992.535 sofriam de carência de infraestrutura; 3.215.997 não possuíam banheiro; 2.839.170 apresentavam adensamento excessivo; 2.173.068 apresentavam inadequação fundiária. Além da inadequação, o estudo quantifica também o déficit, que é caracterizado pela necessidade de incremento/reposição do estoque de precariedade da construção, pela coabitação familiar ou pela localização de moradia para lugar impróprio ao uso residencial – em 2000 esse déficit era de 7.222.645. Esses dados mostram que o problema da habitação muitas vezes não está ligado ao desenho da unidade em si, mas envolvem outras questões urbanas, como disponibilidade de infraestrutura, localização e adensamento, as quais exigem um planejamento urbano. A habitação só será adequada quando estiver bem inserida na cidade. O que acontece hoje é que a população mais pobre está excluída do mercado, e assim excluída da cidade.
Incluir a habitação social na cidade não deve ser visto como um problema, mas uma solução. Habitações sendo bem inseridas são capazes de melhorar o trânsito da cidade ao exigir menos deslocamento, evitar poluições clandestinas de rios e mananciais ao oferecer saneamento básico, diminuir o desmatamento e deslizamento ao planejar os locais próprios para habitação e qualificar o lugar ao desenhar o espaço urbano e trazer habitantes para animá-lo.
Nesse trabalho não procuro montar um plano urbano, apesar de que ele seja essencial. O que proponho é desenvolver um projeto de habitação de Interesse Social com conceitos de sustentabilidade e demonstrar que mesmo obedecendo a parâmetros financeiros, podemos projetar habitações com qualidade, menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais. Pois o projeto de arquitetura para HIS será sempre criativo, econômico e acessível a partir do momento em que o profissional designado para fazê-lo tenha bons conhecimentos técnicos e entenda as normas estabelecidas pela ABNT e pelo Desenho Universal.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Breve histórico da habitação no Brasil
A trajetória política habitacional brasileira se dá entre 1930 e 2011. Em 1937 foi dado inicio ao financiamento em larga escala de moradias para trabalhadores com a criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPs) que atuou até 1964 quando foi criado o Banco Nacional de Habitação (BNH). Anterior a criação do BNH, em 1946 foi criada a Fundação da Casa Popular (FCP) que foi o primeiro Órgão Federal Brasileiro cuja finalidade era centralizar a política de habitação. 
Na década de 60 houve um crescimento explosivo da demanda por habitação urbana que gerou um déficit habitacional. O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) foi implantado em uma tentativa de conter este déficit. Ainda nesta década foi criada, a partir da Lei 5107/66, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em 1973 foram instituídos o Plano Nacional de Habitação Popular (PlanHab) e o Sistema Brasileira de Habitação Popular cuja atuação se dava através das Companhias de Habitação (COHABs) estaduais. 
No inicio dos anos 80 o SFH entrou em crise acompanhando a recessão econômica que tomava conta do país. O SFH passa por uma profunda reestruturação e o BNH é instinto. O Ministério de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (MDU) assume a função de formular proposta política habitacional. A Caixa Econômica Federal (CEF) fica encarregada da administração do passivo e ativo, do pessoal e dos bens móveis e imóveis do BNH, bem como a gestão do FGTS. 
A partir de 1995, depois de anos de paralisação, os financiamentos de habitação são retomados. Foram lançados vários programas como: Pró-moradia, Programa de Carta de Crédito, Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), Programa de Arrendamento Residencial (PAR). 
O século XXI inicia com a aprovação do Estatuto da Cidade que cria novos instrumentos para viabilizar a regularização fundiária e fazer valer a função social da propriedade. A partir de 2005 a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades coordena a elaboração do Plano Nacional de Habitação (PlanHab). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV) a pobreza caiu 50,64% entre 2002 e 2010. Isso levou a criação da ‘nova classe média’, que com maior poder de compra deu mais dinamismo à economia. O mercado imobiliário brasileiro vive um momento de aquecimento, puxado pelo acesso mais fácil a Linhas de Crédito, pela redução dos juros e pelo crescimento econômico. 
A CEF lança, em 2009, o Selo Casa Azul Caixa par diferenciar e reconhecer os empreendimentos que adotam soluções sustentáveis de projeto e construção. O selo dividi-se em três níveis e estabelece critérios de pontuação que consideram desde a qualidade do entorno e a orientação para melhor aproveitamento da incidência solar, ate o sistema de gerenciamento de resíduos utilizados na obra. Neste mesmo ano foi criado o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) que se propõe a reduzir em 14% o déficit habitacional do país e construir 1 milhão de casas para famílias com renda de ate10 salários mínimos. 
Em 2010 a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) começa a incorporar conceitos de sustentabilidade nas obras e nos projetos dos conjuntos habitacionais do Estado de São Paulo. 
A presidente Dilma Rousseff, em 2011, apresenta a segunda fase do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) com a meta audaciosa de assegurar que dois milhões de brasileiros poderão desfrutar do sonho da casa própria até 2014.
Programa Minha Casa, Minha Vida – Entidade
Após a extinção do BNH em 2004, além de outras medidas como a criação do SFI, em março de 2009 o Governo Federal criou o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) como ação para enfrentar a crise econômica mundial. No mesmo ano, o Programa de Subsídios à Habitação de Interesse Social (PSH) passou a compor o PMCMV e permitiu que às COHAB voltar a atuar como repassadoras de recursos.
	Se você morar em:
	Valores máximo do imóvel
	Regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro ou Distrito Federal
	R$ 190 mil
	Demais Capitais
	R$ 170 mil
	População a partir de 250 habitantes
	R$ 145 mil
	População a partir de 50 habitantes
	R$ 115 mil
	Outras cidades
	R$ 90 mil
Tabela de limite de valor dos imóveis - Fonte: site MCMV
O Programa estabelece um limite de valor do imóvel de acordo com cada cidade. As taxas de juros variam de acordo com a renda bruta familiar e o tempo de contribuição de FG.
	Renda Familiar
	Taxa de Juros
	R$ 2.455,00
	4,50%
	De R$ 2.455,00 até R$ 3.275,00
	5,50%
	De R$ 3.275,00 até R$ 5.000,00
	6,66%
Tabela de Juros - Fonte: site MCMV
O valor dos subsídios pode chegar até R$ 25.000,00 variando de cidade. Nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro ou Distrito Federal o limite é de R$ 25.000,00; Demais capitais R$ 17.960,00; e cidades com população a partir de 250 mil habitantes R$ 13.735,00. Já o valor das parcelas são decrescentes e calculados em até 30% do valor da renda bruta familiar.
O imóvel poderá ser 100% financiado com um prazo de 240 meses, no prazo de 300 meses a cota máxima será de 90% e em 360 meses será de 80%.
Apesar de estar apresentando resultados positivos no sentido quantitativo, desde a concepção do programa foi possível observar a desigualdade de unidades produzidas para cada faixa salarial, visto que não estão sendo priorizadas as famílias de 0 a 3 salários mínimos, que constituem 90% do déficit habitacional.
Além disso, cabe ressaltar que o problema habitacional não é apenas de caráter quantitativo, mas também qualitativo. Mais ainda, é preciso ter em mente que o aspecto qualitativo engloba não apenas as unidades habitacionais, mas também o espaço urbano em que se insere.
Analisando a lógica do programa, é possível observar que ele repete o mesmo erro dos programas anteriores: Priorizar o mercado imobiliário em detrimento da resolução do problema habitacional, ou seja, o interesse privado se sobressai ao interesse social.
Para que o PMCMV construa moradias adequadas e bem localizadas é essencial à participação ativa dos municípios mobilizando instrumentos em seus Planos Diretores que favoreçam a disponibilidade de bons terrenos para o programa, especialmente para famílias com renda de 0 a 6 salários mínimos. Este Programa tem como meta construir um milhão de habitações. Abaixo formas de atendimento.
Justificativa
O tempo passou, mas o desejo pelo abrigo continua fazendo parte dos planos das famílias deste século. Os temas habitação, acessibilidade e construção sustentável vêm sendo cada dia mais pesquisado e levado a sério pelos incorporadores e construtores. A população, independente da sua renda, está a procura da casa própria que atenda as suas necessidades e de sua família. Mas além de procurar por uma casa bem localizada, com toda infraestrutura, é importante que esta casa seja acessível a qualquer tipo de pessoa, seja ela idosa ou tenha alguma dificuldade de locomoção, e seja construída com materiais reaproveitados da obra ou de outros meios, o que contribui e muito para o meio ambiente. 
O motivo da realização deste trabalho é a preocupação com a inclusão social e a preservação do meio ambiente através da construção sustentável dentro dos empreendimentos para baixa renda e classe média que são atendidos no PMCMV.
ESTRUTURA DO PENSAMENTO
Processo de Metodologia
Como metodologia de projeto parti de um estudo sobre a análise da produção de Habitação no Brasil. Diversos trabalhos já foram realizados para estudar o tema, desde a história, seus parâmetros de qualidade até requisitos de projeto. Aqui destaco alguns conceitos de análise que elegi importante para pensar o planejamento de habitação social adequada.
A ideia desse trabalho é levantar uma discussão sobre o nosso modelo de HIS para pensar propostas de moradias de qualidade, que seja adaptada ou adaptável, para se adequar ao uso dos moradores em qualquer fase de suas vidas. Essa preocupação é relevante, pois podem acontecer eventualidades na vida de algum dos moradores ocasionando uma delimitação permanente (nascença, doença, acidente), temporária (gravidez, cirurgia) ou evolutiva (idosos).
Destaco três pilares para essa análise: a sustentabilidade, a acessibilidade e o Desenho Universal. Acredito que esses pilares são capazes de garantir a habitação ideal.
Objetivo
Objetivos Gerais
O desejo de ter um abrigo ou um lugar para morar faz parte dos sonhos do ser humano desde os primórdios quando as famílias buscavam abrigos em cavernas. O tempo passou, mas o desejo pelo abrigo continua fazendo parte dos planos das famílias deste século. 
Baseado neste fato este trabalho tem por objetivo relatar o que vem acontecendo ao longo do tempo na busca pela casa própria e de tudo que envolve este tema. A localização da casa, toda infraestrutura que é oferecida, a qualidade na construção com aproveitamento de materiais reciclados, e a acessibilidade ao empreendimento como um todo. 
O PMCMV foi o tema escolhido para ser analisado e dentro das informações coletadas para mostrar o que pode ser proposto, dentro do programa, para oferecer construções sustentáveis e principalmente acessíveis.
Objetivos específicos
Identificar os materiais existentes na natureza da região que se adaptam à construção, materiais reciclados existentes no mercado e materiais de construção utilizados em construções de habitações populares, seus valores estético e econômico;
Investigar o que a população de baixa renda espera de uma habitação quanto ao programa de necessidades e à escolha de materiais de acabamentos;
Elaborar uma proposta de desenvolvimento de projeto arquitetônico residencial para a população de baixa renda, visando melhorar a qualidade de vida com a preservação do meio ambiente, utilizando os conceitos de arquitetura sustentável.
Relatar o que vem acontecendo ao longo do tempo na busca pela casa própria e de tudo que envolve este tema. A localização da casa, toda infraestrutura que é oferecida, a qualidade na construção com aproveitamento de materiais reciclados, e a acessibilidade ao empreendimento como um todo;
Estabelecer diretrizes para a construção de habitações de interesse social sustentável e acessível;
Realizar um projeto arquitetônico de uma habitação de interesse social multifamiliar a partir das diretrizes estabelecidas;
Realizar um estudo de caso específico sobre o Programa MCMV, avaliando seus potenciais e deficiências;
Estudar os conceitos de sustentabilidade e acessibilidade na construção; 
Estudar inovações tecnológicas, componentes, elementos e sistemas construtivos em HIS (Habitação de interesse social) ;
Elaborar um projeto de uma residência popular, levando em consideração conceitos de desenvolvimento sustentável e acessível na concepção e execução da obra; 
Apresentar materiais, tecnologias e processos construtivos que viabilizem economicamente a obra; 
Garantir uma cidade equilibrada (moradia e emprego);
CONDOMÍNIO VALE DA MATAO Condomínio Vale da Mata, situado à Rua Torres,80, Bairro de Xérem, 4° distrito de Duque de Caxias, do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, foi construído durante o governo do Prefeito Washignton Reis, com o objetivo de nova moradia para as pessoas que moravam na beira do rio e que sofreram com a enchente em Xerém em janeiro 2013.
O empreendimento é constituído por 215 unidades unifamiliares de um pavimento, adotando um partido arquitetônico de casas geminadas, buscando uma economia de materiais na construção, composta por 2 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, com área total de 41,44m² e avaliadas em cerca de R$ 75 mil. As unidades foram construídas sobre fundação em radier e seu sistema estrutural é auto-portante.
Planta Baixa Unidade Padrão – Condomínio Vale da Mata
O conjunto conta com toda a infraestrutura necessária à drenagem de águas pluviais, ao abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, além do fornecimento de energia elétrica. Todas as ruas internas são pavimentadas com paralelepípedos, permitindo o acesso de veículos leves e de passeio. O estacionamento são em frente as casas, não possuindo muro frontal.
As casas foram nomeadas “Sustentáveis” por conter captação de energia solar em cada casa para o aquecimento da água do chuveiro e estação de tratamento de esgoto própria. 
Análise Crítica
Fazendo uma análise geral, vários pontos podem ser destacados para um melhor entendimento do possível fracasso do Condomínio Residencial Vale da Mata. Foi realizado um questionário com aproximadamente 40 moradores, para saber o que eles pensam sobre a habitação, onde vários problemas foram discutidos.
Por que essas pessoas? Num primeiro momento estabeleceu um contato com a liderana da associação....; a partir dali, a própria síndica indicou as famílias consideradas mais representativas e/ou que teríamos maior facilidade de acesso para as entrevistas.
Participação
A comunidade não foi envolvida nas decisões iniciais do projeto arquitetônico, definindo apenas uma tipologia, contendo dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Também não levaram em conta o número de pessoas que iriam habitar tais casas, como é o caso de uma moradora, que reside na área há dez meses com seus cinco filhos. 
Problemas que envolvem a localização
 Algo para ser analisado, é que o Condomínio foi construído em uma APA (Área de Preservação Ambiental), e próximo ao rio. Segundo a ex Síndica, e demais moradores, quando tem chuva muito forte o rio enche e chega a ficar no mesmo nível da rua. Os moradores também reclamam com problemas de umidade na casa toda, inclusive no chão. “O chão, parece que você está patinando, de tanta água. Parece que lavou e não secou”, diz a síndica. Dona Zumira também reclama que seu filho passou a sofrer com Bronquite depois que foi morar no Vale da Mata, devido a umidade. Alguns moradores revelaram a presença de animais perigosos, como cobras e aranhas dentro das suas casas.
Implantação Condomínio Vale da Mata / sem escala
 
APA (Área de Preservação Ambiental)
Poluição
O Condomínio situa-se em uma área não servida por sistema público de coleta e tratamento de esgoto. Então foi feito um Sistema de Tratamento de Esgoto, onde depois de tratado, é despejado no rio. O problema é que o sistema está desligado, causando mal cheiro e provavelmente poluindo o rio. Moradores dizem não tomar mais banho na cachoeira, pois a água está suja.
 
Lazer
 Dentro do condomínio possui, uma quadra de vôlei de areia, um Salão de Festa e uma Área de Recreação de brinquedos não havendo manutenção dos mesmos. Não ocorreu também uma preocupação em ouvir os futuros moradores nas questões das edificações públicas, como praças, centro comunitário, para definição do melhor uso, de acordo com os anseios e necessidades locais. Durante as visitações, foi observada a presença de muitas crianças de 6 a 12 anos. Márcia, por exemplo, que mora desde dezembro de 2015 e está desempregada momento, pois precisa cuidar dos seus 3 filhos pequenos. “Uma Creche me ajudaria muito se tivesse no condomínio, porque poderia deixar meus filhos enquanto trabalho e ajudo o meu marido”, diz ela.
 
Sustentabilidade
As placas solares são utilizadas apenas para aquecimento da água do chuveiro, porém em entrevista, os moradores reclamam que nem todas as placas estão em funcionamento, e que não há manutenção das mesmas. Também reclamam que a água só consegue ser aquecida, quando há sol forte, “Eu acharia que não deveria ser apenas para o chuveiro, e sim pra casa toda. Assim não precisaríamos pagar energia. E agora que o meu gerador está funcionando”, reclama Érica, moradora há 1 ano. A Caixa Econômica dá 5 anos de garantia para a casa, deveria ser responsabilidade da mesma fazer manutenção das placas. 
Placas Solares
Mobilidade e deslocamento
A Habitação foi construída longe do Centro de comércio do local, e do transporte público, levando aproximadamente cerca de 30 minutos para se chegar. Dona Rosa, já é idosa e diz que seria ótimo se tivesse uma padaria próxima ao condomínio. Equipamentos públicos, como escola e posto de saúde também são distantes. O único posto de saúde existente é o Posto de Xerém. “Imagina se fossemos picados pelas as cobras venenosas que surgem dentro da nossa casa? Talvez não conseguiríamos chegar com vida no hospital.”, reclama a sub-síndica.
Conclusão para o final do trabalho: Pode-se concluir que o Condomínio Residencial Vale da Mata no município de Duque de Caxias, atualmente não alcançou os objetivos que foram propostos no princípio, levando-se em consideração todos os pontos observados. Portanto, além de um projeto arquitetônico bem resolvido, faz-se importantíssimo envolver a comunidade local tanto nas definições de partido arquitetônico quanto na construção das residências.

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