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4.1 Introdução Ou, decompondo-se forças e momentos em temos das componentes cartesianas, então, � Condições de Equilíbrio: � Para que haja o equilíbrio de um corpo rígido é preciso que o somatório de forças e momentos seja nulo, ou seja, 0=∑F , ( ) 0=×=∑∑ FrMO Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos componentes cartesianas, então, 0=∑ xF , 0=∑ yF e 0=∑ zF 0=∑ xM , 0=∑ yM e 0=∑ zM Estas equações permitem determinar forças desconhecidas aplicadas ao corpo rígido ou até mesmo reações exercidas por vínculos. 4.2 Diagrama do Corpo Livre � A decomposição das forças em componentes mostra que as forças externas se compensam nas direções x, y e z; � A decomposição dos momentos mostra que os momentos das forças externas em relação aos eixos x, y e z se anulam. � Diagrama do Corpo Livre:� Diagrama do Corpo Livre: � Para a solução de problemas que envolvem o equilíbrio de corpo-rígido, é necessário identificar todas as forças atuantes sobre tal corpo a partir da esquematização dos diagramas de corpo livre. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.2 Diagrama do Corpo Livre a. Escolha do corpo livre a ser considerado: Uma vez escolhido, tal corpo é destacado do solo e separado dos demais para construção do diagrama; b. Identificação das forças externas: As forças externas representam a ação exercida sobre o corpo livre pelo solo e pelos corpos dos quais foi separado. Tais � Etapas para a construção de diagramas de corpo livre: solo e pelos corpos dos quais foi separado. Tais forças são aplicadas nos locais onde o corpo livre estará vinculado ao solo ou a outros corpos. O peso deve ser incluído entre as forças externas e aplicado ao baricentro do corpo. Quando o corpo livre é constituído por várias partes, as forças exercidas umas sobre as outras não são incluídas entre as forças externas. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.2 Diagrama do Corpo Livre c. Representação do módulo, direção e sentido das forças externas: Devem ser corretamente descritos nos diagramas de corpo livre o módulo, a direção e o sentido das forças externas conhecidas. Em relação ao sentido das forças, devem ser mostrados os sentidos das forças exercidas sobre o corpo e não aqueles associados aos das forças exercidas pelo corpo livre;corpo livre; As forças externas conhecidas são: i. Peso do corpo; ii. Forças aplicadas ao corpo. As forças externas desconhecidas são: i. Reações ou forças de vínculo → Ação do solo e de outros corpos contrária ao movimento do corpo livre mantendo-o equilibrado. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.2 Diagrama do Corpo Livre d. Dimensões: As dimensões devem aparecer num diagrama de corpo livre para o cálculo dos momentos das forças; Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões � Reações nos Vínculos de uma Estrutura 2D: � Dividem-se em três classes associadas a três tipos de vínculos: i. Reações Equivalentes a uma força com linha de ação conhecida: Vínculos que causam reações: roletes, balancins, superfícies lisas, hastes curtas e cabos, cursores e pinos deslizantes sem atrito. Estes vínculos impedem o movimento em apenas uma direção. Estas reações tem como incógnita o seu módulo e suas linhas de ação são conhecidas e devem ser indicadas claramente no diagrama de corpo livre. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões ii. Reações Equivalentes a uma força de direção desconhecida: Vínculos que causam reações: pinos polidos, articulações e superfícies ásperas. Estes vínculos restringem a translação de um corpo livre em todas as direções mas não a rotação em torno da conexão. Estas reações originam duas incógnitas representadas pelas suas componentes x e y. iii. Reações Equivalentes a uma força e um binário: Vínculos que causam reações: apoios fixos. Estes vínculos imobilizam completamente o corpo livre e produzem forças sobre toda a superfície de contato que podem ser reduzidas a uma força a um binário em razão do sistema de forças que originam. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões Estas reações fornecem três incógnitas, ou seja, duas componentes da força e o momento do binário. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões � Equilíbrio de um corpo rígido em duas dimensões: � Aproximando-se ao caso bidimensional, as equações de equilíbrio podem ser simplificadas quando escolhe- se os eixos x e y no plano da estrutura por: ou seja, 0=∑ zF ; Oz MM =0== yx MM ; Simplificação ao caso 2D ou seja, 0=∑ xF 0=∑ yF 0=∑ OM; ; Equações de equilíbrio em 2D Mas, independentemente da escolha da origem O, Mo = 0, as equações de equilíbrio para uma estrutura 2D podem ser escritas de forma generalizada, ou seja, 0=∑ xF 0=∑ yF 0=∑ AM; ; onde A é qualquer ponto no plano da estrutura. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões � Ex.: Considere a treliça abaixo, submetida às forças N, Q e S, e mantida no lugar por uma articulação em A e um rolete em B. A articulação em A impede a movimentação deste ponto e exerce sobre a treliça uma força que tem componentes Ax e Ay. O rolete impede as rotações da treliça em relação a A e exerce uma força vertical em B. N Q S A B C D N Q S Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões O diagrama do corpo livre inclui as reações Ax, Ay e B, as forças aplicadas N, Q e S e o peso P da treliça. C D Ny Nx Qy Qx Sy Sx A BAx Ay B Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões Já que a soma dos momentos em relação a A e das forças é nula, tem-se que 0=∑ AM Determinação da intensidade B(não contém Ax e Ay) 0=∑ xF Determinação de Ax e Ay 0=∑ yF Determinação de Ax e Ay Além disso, equações adicionais podem ser obtidas igualando-se a zero a soma dos momentos das forças externas em relação a outros pontos da estrutura. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Equilíbrio em Duas Dimensões Por exemplo, tem-se que, 0=∑ BM Esta equação de equilíbrio não fornece novas informações uma vez que o sistema de forças mostrado no diagrama de corpo livre é nulo. Entretanto, pode-se utilizá-la na verificação da solução das três equações de equilíbrio originalmente obtidas.originalmente obtidas. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.3 Reações Estaticamente Indeterminadas � Vinculação Parcial – Treliça: � No caso anterior, vínculos utilizados impediam os movimentos de corpo rígido. Neste caso, o corpo estava completamente vinculado. Além disso, as três incógnitas relacionadas às equivalentes reações de cada vínculo são obtidas pela solução das equações de equilíbrio, ou seja, tais reações são estaticamente determinadas.determinadas. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos Considere a treliça vinculada por articulações em A e B, ‘ A B C D N Q S 4.3 Reações Estaticamente Indeterminadas Estes vínculos restringem, além do necessário, os movimentos da treliça sob cargas dadas. O diagrama do corpo livre permite identificar quatro incógnitas associadas às reações. Assim, C D Ny Nx Qy Qx Sy Sx Incógnitas: Ax; Ay Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos A B C D Ax Ay By Bx P Ax; Ay Bx; By 4.3 Reações Estaticamente Indeterminadas Portanto, existem mais incógnitas do que equações, ou seja, 0=∑ AM Determinação de By e Ay 0=∑ xF Determinação de Ax + Bx ; 0=∑ BM Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos Logo as componentes Ax e Bx são denominadas estaticamente indeterminadas. Alémdisso, a estrutura em questão está demasiadamente restringida, ou seja, é hiperestática. Solução: Para tanto deve-se considerar as deformações impostas à treliça pelo carregamento adotado, que é objeto da disciplina Resistência dos Materiais. 4.3 Reações Estaticamente Indeterminadas � Estrutura Parcialmente Vinculada: � Considere a treliça abaixo vinculada em A e B por roletes, C D N Q S Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos Os vínculos não são suficientes para manter a treliça sem movimento, pois o movimento horizontal é notório. Desta forma, tal estrutura está parcialmente vinculada ou hipoestática. A B 4.3 Reações Estaticamente Indeterminadas C D Ny Nx Qy Qx Sy Sx P O diagrama do corpo livre revela a existência de duas reações (A e B), ou seja, duas incógnitas, logo Neste caso, existem mais equações que incógnitas!!!! Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos Entretanto, observam-se três equações, A B Ay By 0=∑ xF0=∑ BM0=∑ AM ; ; O último somatório, Fx , somente será satisfeito se, 0=++ xxx SQN incógnitas!!!! 4.3 Reações Estaticamente Indeterminadas � Vinculação Ineficaz: � Considere a treliça abaixo vinculada em A, B e C por roletes, C D N Q S Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos A B E 4.3 Reações Estaticamente Indeterminadas O diagrama do corpo livre revela a existência das reações desconhecidas A, B e E, ou seja, C D Ny Nx Qy Qx Sy Sx P Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos A B Ay By P E 4.3 Reações Estaticamente Indeterminadas � A equação, ∑Fx = 0 será satisfeita somente se, Nx+ Qx+ Sx = 0; � Apesar de um número suficiente de vínculos, estes não estão adequadamente dispostos, o que permite movimentos horizontais da treliça. Neste caso, a estrutura está ineficazmente vinculada; � Como existem somente duas equações de equilíbrio e três incógnitas, as reações são estaticamente indeterminadas. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos incógnitas, as reações são estaticamente indeterminadas. 4.4 Equilíbrio de um Corpo a Duas Forças � Equilíbrio de um Corpo Submetidos a Duas Forças: � Um corpo submetido a duas forças estará equilibrado quando tais forças apresentarem mesmo módulo e linha de ação e sentidos opostos. Considere a placa em L submetida às forças F1 em A e F2 em B. Se esta placa está em equilíbrio a soma dos momentos de F1 e F2 em relação a qualquer eixo é zero. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos F1 e F2 em relação a qualquer eixo é zero. F1 F2 B A 4.4 Equilíbrio de um Corpo a Duas Forças F1 F2 � Soma dos momentos em relação a A: Já que os momentos de F1 e F2 são nulos, a linha de ação de F2 deve passar pelo ponto A. B A Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 1 � A soma dos momentos em relação a B: Novamente, os momentos nulos de F1 e F2 mostram que a linha de ação de F1 passa pelo ponto B. A F1 F2 B A 4.5 Equilíbrio de um Corpo a Três Forças � Equilíbrio de um Corpo Submetidos a Três Forças: � Considere o corpo rígido abaixo submetido às forças F1 em A, F2 em B e F3 em C. F2 B F3 C Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos F1 B A 4.5 Equilíbrio de um Corpo a Três Forças Já que o corpo está equilibrado, a soma dos momentos destas forças é nula. Assim, supondo-se que as linhas de ação de F1 e F2 se interceptem em D, pode-se somar os momentos em relação a D, logo, F2 F3 C Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos F1 B A C D 4.5 Equilíbrio de um Corpo a Três Forças Mas como os momentos de F1 e F2 são nulos em relação a D, igualmente, o momento de F3 neste ponto D vale zero. Portanto, a linha de ação de F3 deve passar por D e as três linhas de ação são concorrentes. F2 F3 Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos F1 B A C D Quando as linhas de ação não se cortam, isto é, são paralelas tem-se a única exceção! 4.6 Equilíbrio em Três Dimensões � Reações nos Vínculos de uma Estrutura 3D: Tipos de Reação Um única força (superfície lisa)→ 1 incógnita até Um sistema força-binário (engastamento)→ 6 incógnitas Figura 4.10 Beer & Johnston 5ª Edição! Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos Identificação do tipo de reação relacionada a um dado vínculo: Verificar, dentre os seis movimentos fundamentais (translação e rotação nos eixos x, y e z) são permitidos e quais impedidos. 4.6 Equilíbrio do Corpo Rígido em 3D � Condição de Equilíbrio Tridimensional: 0=∑ xF , 0=∑ yF e 0=∑ zF 0=∑ xM , 0=∑ yM e 0=∑ zM Equações resolvidas para até 6 incógnitas!!! � Reações que envolvem mais de seis incógnitas: Há mais incógnitas do que equações. Neste caso, algumas reações Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos incógnitas do que equações. Neste caso, algumas reações são estaticamente indeterminadas e o corpo é hiperestático. � Reações que envolvem menos de seis incógnitas: Há mais equações do que incógnitas e algumas equações não são satisfeitas sob condições gerais de carregamento. Assim, o corpo rígido está parcialmente vinculado e é denominado hipoestático. 4.6 Equilíbrio do Corpo Rígido em 3D � Corpos Impropriamente Vinculados: Ainda com seis ou mais incógnitas é possível que algumas equações de equilíbrio não sejam satisfeitas. A estes casos estão relacionados a vínculos que produzem reações definidas por forças paralelas ou que interceptam a mesma reta. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.6 Equilíbrio do Corpo Rígido em 3D � Ex.: Um cartaz de 1,50 m x 2,40 m de densidade uniforme, pesa 1350 N e está vinculado por uma junta esférica em A e por dois cabos. Determine a força de tração em cada cabo e a reação A. D C 1,20 m y Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos A C B 0,90 m x 1,50 m E 4.6 Equilíbrio do Corpo Rígido em 3D Solução: Esquematiza-se um diagrama do corpo livre, da seguinte forma, A D C 1,20 m y Ayj A i TBDT Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos A B 0,90 m 1,50 m E G Azk Axi TEC P= -(1350 N) j 4.6 Equilíbrio do Corpo Rígido em 3D As componentes das forças TBD e TEC podem ser expressas em termos dos módulos TBD e TEC como se segue, m 60,3=BD e m 10,2=EC Logo, os vetores serão, kjiTBD ˆ40,2ˆ20,1ˆ40,2 −+−= r e kjiTEC ˆ60,0ˆ90,0ˆ80,1 ++−= r Desta forma, as tensões podem ser escritas como, Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos Desta forma, as tensões podem ser escritas como, kTjTiTTT BDBDBDBDBDBD ˆ3 2 ˆ 3 1 ˆ 3 2 −+−== λ r e kTjTiTTT ECECECECECEC ˆ7 2 ˆ 7 3 ˆ 7 6 ++−== λ r 4.6 Equilíbrio do Corpo Rígido em 3D Escrevendo as equações de equilíbrio, Escrevendo em função das componentes, 01350 =−++++ jTTkAjAiA ECBDzyx0=∑F 0 7 2 3 21350 7 3 3 1 7 6 3 2 = +−+ −+++ −− kTTAjTTAiTTA ECBDzECBDyECBDx Calculando os momentos em relação a A, Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 0=×=∑∑ FrAM Calculando os momentos em relação a A, Tem-se, ( ) 0ˆ1350ˆ20,1 ˆ 7 2 ˆ 7 3 ˆ 7 6 ˆ80,1ˆ 3 2 ˆ 3 1 ˆ 3 2 ˆ40,2 =−×+ ++−×+ −+−× ji kTjTiTikTjTiTi ECECECBDBDBD 4.6 Equilíbrio do Corpo Rígido em 3D Simplificando, ( ) ( ) 0ˆ514,060,1ˆ1620771,0800,0 =−+−+ jTTkTT ECBDECBD então, N 506=BDT e N 1580=ECT Resolvendo a equação para o somatório das forças, [N] ˆ114ˆ504ˆ1690 kjiA −+= Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos [N] 114ˆ504ˆ1690 kjiA −+= 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros � Centro de Gravidade de um corpo bidimensional: A placahorizontal abaixo pode ser dividida em n pequenos elementos. As coordenadas do primeiro elemento são x1 e y1, assim como para o segundo elemento pode se escrever x2 e y2. As forças exercidas pela Terra sobre os elementos da placa são ∆P1, ∆P2, ..., ∆Pn que podem ser consideradas como paralelas, ou seja, sua resultante é uma única força numa única direção. O módulo P dessa força é dada por: ∆P Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos = única direção. O módulo P dessa força é dada por: o z x y x y G o z x y x y ∆P ∑∑ ∆= PxPxM y : ∑∑ ∆= PyPyM x : P 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros Coordenadas e do ponto G, onde a resultante P deve ser aplicada: nny PxPxPxPxM ∆++∆+∆=∑ K2211: x y e, nnx PyPyPyPyM ∆++∆+∆=∑ K2211: Aumentando-se o número de elementos, no limite, tem-se Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos ∫= dPP Aumentando-se o número de elementos, no limite, tem-se que: ; ∫= dPxPx ; ∫= dPyPy Tais equações definem o peso P e as coordenadas e do baricentro G da placa. x y 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros O mesmo procedimento pode ser adotado para um arame no plano y e, neste caso, o baricentro G não está sobre o arame. Esta fato também ocorrerá em placas com furos: y z x P y z x ∆P = Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos x x y x y ∑∑ ∆== PxPxM y ∑∑ ∆== PyPyM x; = 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros Placa homogênea de espessura uniforme: � Centróides de Superfícies Curvas: Módulo do Peso de um elemento de placa γ : peso específico do material; t : espessura da placa; ∆A: Área do elemento. AtP ∆=∆ γ Para a placa inteira, o módulo P do peso é dado por Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos nny PxPxPxPxM ∆++∆+∆=∑ K2211: AtP γ= A: Área total da placa. Introduzindo-se ∆P e P na equação de momentos My e Mx nny AtxAtxAtxAtxM ∆++∆+∆=∑ γγγγ K2211: Então, 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros nnx PyPyPyPyM ∆++∆+∆=∑ K2211: e, nnx AtyAtyAtyAtyM ∆++∆+∆=∑ γγγγ K2211: assim, Simplificando-se as equações de x e y, AxAxAxAxM ∆++∆+∆=∑ K: Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos nny AxAxAxAxM ∆++∆+∆=∑ K2211: e, nnx AyAyAyAyM ∆++∆+∆=∑ K2211: Para um número elevado de elementos, ∫= dAxAx ∫= dAyAy; 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros Estas equações definem as coordenadas e do baricentro para uma placa homogênea. x y y x y x C = x y x ∆A y Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos o y x = o x ∑∑ ∆== PxPxM y ∑∑ ∆== PyPyM x; No caso de placas não-homogêneas as integrais não podem ser empregadas para determinar o baricentro, mas definem o centróide da superfície. 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros Arames homogêneos: � Centróides de Superfícies Curvas: γ : peso específico do material; a : área da seção transversal do arame; ∆l : comprimento do elemento. laP ∆=∆ γ Assim, o baricentro do arame é coincidente com o centróide da curva L associada à forma do arame, isto é,y y Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos da curva L associada à forma do arame, isto é, o y x y x C o y x y x ∆L = ∑∑ ∆== LxLxM y∑∑ ∆== LyLyM x 4.6 Momentos de Primeira Ordem de Curvas e Sup. As integrais ∫xdA e ∫ydA denotam os momentos de primeira ordem da superfície A em relação aos eixos y e x, respectivamente. Desta forma, ∫== dAxQAx y ; ∫== dAyQAy x onde, Qy : Momento de primeira ordem de A (superfície) em relação ao eixo y; Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos y ao eixo y; Qx : Momento de primeira ordem de A (superfície) em relação ao eixo x. Uma vez que, AxQy = ; AyQx = 4.6 Momentos de Primeira Ordem de Curvas e Sup. As coordenadas e do centróide podem ser obtidas, reciprocamente, por A Q x y = ; A Qy x= Observa-se que se o centróide de uma superfície estiver situado sobre um eixo, os momentos de primeira ordem serão nulos. x y Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos serão nulos. 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros � Superfícies com um eixo de simetria: � Eixos de Simetria: y xx− Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos o x Ad ′ dA A C Cada elemento dA referente a uma abscissa x corresponde a um elemento dA’ com abscissa –x, desta forma, 0== ∫ dAxQy ou 0=x 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros � Superfícies com dois eixos de simetria: B D’ Dois Eixos de simetria não perperdic ulares não B D’ D Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos o xD C ulares não tem centro de simetria B’ D’ D Dois Eixos de simetria perpendiculares. O ponto de interesse dos eixos é um centro de simetria 4.6 Forças Distribuídas Centróides e Baricentros � Superfícies com um centro de simetria: y dA x Figuras com um centro de simetria não tem, necessariamente, um eixo de simetria como se observa abaixo, Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos x Ad ′ o x− y y− 4.6 Placas e Arames Compostos z ∑ P y z y ∑ P ∑ P3 = A placa abaixo pode ser dividida em retângulos e triângulos para a determinação das coordenadas e de seu baricentro.x y Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos o x Gx y o x G1 ∑ P1 ∑ P2 G2 G3 = 4.6 Placas e Arames Compostos Assim, ( ) nnny PxPxPxPPPxM +++=+++∑ KK 221121: ( ) nnnx PyPyPyPPPyM +++=+++∑ KK 221121: ou, ∑∑∑ = ∑∑∑ = PyPyM :; Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos ∑∑∑ = iiiy PxPxM : ∑∑∑ = iiix PyPyM :; 4.6 Placas e Arames Compostos Se a placa for homogênea e apresentar espessura constante, haverá a coincidência entre o baricentro e o centróide. Neste caso, utilizando-se os momentos de 1ª ordem, será possível determinar as coordenadas e do centróide.x y � Coordenada : Duas opções para determinaçãox i. AxQy = Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos ii. iiiy AxAxQ ∑∑ == Subdivisão da placa emtriângulos e retângulos � Coordenada : Duas opções para determinaçãoy i. AyQx = ii. iiix AyAyQ ∑∑ == Subdivisão da placa emtriângulos e retângulos 4.6 Placas e Arames Compostos y y = Então, graficamente, Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos o x C ∑ A x y o x C1A1 A2 A3 C2 C3 = 4.6 Placas e Arames Compostos � Ex: Determine, para a superfície plana abaixo, ( a ) os momentos estáticos com relação aos eixos x e y, e ( b ) a posição do centróide. y 120 mm Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos x 80 mm 60 mm 4.6 Placas e Arames Compostos � Solução: Basta subdividir a placa em várias partes mais simples, y 60 mm y 40 mm Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos x 40 mm x -20 mm + 4.6 Placas e Arames Compostos y 60 mm 4r/3π = 25 mm y 60 mm _ Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos x 80 mm 60 mm x 80 mm 60 mm 4.6 Placas e Arames Compostos Calculando as figuras individualmente, � Retângulo: 2mm 960080120 == xA 3mm 576000960060 == xAx 3mm 384000960040 == xAy Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos mm 384000960040 == xAy � Triângulo: 2mm 360060120 2 1 == xA 3mm 144000360040 == xAx 3mm 72000360020 −=−= xAy 4.6 Placas e Arames Compostos � Semi-Círculo: 2 22 mm 5655 2 60 2 ≅== pipi rA 3mm 339300565560 == xAx 3mm 5937555655105 == xAy � Círculo: Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos � Círculo: ( ) 3mm 301620502760 −=−= xAx ( ) 3mm 402160502780 −=−= xAy 222 mm 502740 −≅−=−= pipi rA 4.6 Placas e Arames Compostos � Posição do Centróide: Desta forma, 3mm 50359540216059375572000384000≅−+−==∑ iix AyQ 3mm 757680301620339300144000576000 ≅−++==∑ iiy AxQ Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos � Posição do Centróide: mm79.54 13828 757680 ≅== ∑ ∑ i ii A Ax x mm 42.36 13828 503595 ≅== ∑ ∑ i ii A Ay y 4.7 Determinação do Centróide por Integração Devem ser escolhidos retângulos estreitos, faixas finas ou triângulos como elementos diferenciais de área dA. Desta forma, utilizando-se os momentos estáticos em relação às coordenadas xel e yel do elemento dA, obtém-se, dAxAxQ ely ∫== ; dAyAyQ elx ∫== y y Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos x elx ely x y ( )xP xxel = ; 2yyel = dxydA = x elx ely x y ( )xP a 2 xa xel + = yyel = ( )dyxadA −= 4.7 Determinação do Centróide por Integração Devem ser escolhidos retângulos estreitos, faixas finas ou triângulos como elementos diferenciais de área dA. Desta forma, utilizando-se os momentos estáticos em relação às coordenadas xel e yel do elemento dA, obtém-se, dAxAxQ ely ∫== ; dAyAyQ elx ∫==y 2r 1 Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos x x elx ely ( )r,R θ 32 r r θ θcos 3 2r xel = θsen 3 2ryel = θdrdA 2 2 1 = Área de um setor circular Obs.: As coordenadas e são expressas em função das coordenadas de um ponto localizado sobre a curva limitante desta superfície. elx ely 4.7 Determinação do Centróide por Integração Para uma linha definida por uma equação algébrica, o centróide pode ser calculado por, dLxLx ∫= ; dLyLy ∫= Para o elemento dL, dx dx dydL 2 1 2 1 += Estas equações Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos dx dy dy dxdL 2 1 2 1 += θ θ d d dr rdL 2 1 2 2 += Estas equações dependem do tipo de expressão que define a linha 4.8 Teorema de Pappus-Guldin � Ex.: Associado a superfícies e corpos de revolução, � Conceito de Superfície de Revolução: É aquela obtida a partir da rotação de uma curva plana em torno de um eixo fino, conforme apresentado abaixo, B A superfície de uma esfera é obtida pela rotação de uma semi-circunferência ABC em Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos CA semi-circunferência ABC em torno de eixo AC. CA B A superfície lateral de um cone é determinada pela rotação da reta AB em torno do eixo AC. 4.8 Teorema de Pappus-Guldin É aquela obtida a partir da rotação de uma curva plana em torno de um eixo fino, conforme apresentado abaixo, B A superfície de um toróide é obtida pela rotação de uma circunferência B em torno de eixo AC. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos CA 4.8 Teorema de Pappus-Guldin � Ex.: Associado a superfícies e corpos de revolução, � Conceito de um corpo de Revolução: É aquele gerado pela rotação de uma superfície plana em torno de um eixo fino. Assim, uma esfera sólida é obtida pela rotação de um semi-círculo e um cone pela rotação de uma superfície triangular. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos Teorema I : “A área de uma superfície de revolução é igual ao comprimento da curva geratriz multiplicado pela distância percorrida pelo centróide da curva durante a revolução” 4.8 Teorema de Pappus-Guldin Considere o elemento dL da linha L girando ao redor do eixo x, dL y x L C y x A curva geratriz não intercepta o eixo x! Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos dA ypi2 Área, , entãodLydA pi2= ∫= dLyA pi2 Todavia, . Logo,∫= dLyLy LyA pi2= :2 ypi Distância percorrida pelo centróide de L. :y Ordenada do centróide C. 4.8 Teorema de Pappus-Guldin Teorema II : “O volume de um corpo de revolução á igual à área da superfície geratriz vezes a distância percorrida pelo centróide durante a revolução” dA x y A x y C A superfície geratriz não intercepta o eixo x! Denota a distância percorrida pelo centróide de A. :2 ypi Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos dV ypi2 Volume gerado: ∫=→= dAyVdAydV pipi 22 Mas, AyVdAyAy pi2=→= ∫ Ordenada do centróide C.:y de A. 4.8 Teorema de Pappus-Guldin � Ex: A partir dos teoremas de Pappus-Guldin, determinar: (a) o centróide de uma superfície semi-circular, e (b) o centróide de uma semi-circunferência. Dados: 3 3 4 rV pi= e 24 rA pi= Solução: 2 2 rA pi= Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos y 2 A = x Lembrando que, AyV pi2= , então , o que produz, = 23 2 12 3 4 ryr pipipi pi3 4 ry = 4.8 Teorema de Pappus-Guldin y rL pi= x Lembrando que, LyA pi2= , assim No caso do item (b), tem-se, [ ]ryr pipipi 24 2 = O que fornece, Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos O que fornece, pi ry 2= 4.9 Baricentro e Centróide de Sólidos � Baricentros e Centróides: A representação esquemática abaixo mostra que o baricentro G do sólido é obtido dividindo-se o mesmo em pequenos elementos de forma que o peso P seja associado aos incrementos ∆P de cada elemento individual. y y Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos x z ∆ P = -∆P j G r P = -P j x z ∆Pr 4.9 Baricentro e Centróide de Sólidos Assim, ∑ :F ( )∑ ∆−=− jPjP i ˆˆ ∑ :OM ( ) ( )[ ]∑ ∆−×=−× jPjP i ˆˆ rr Desta forma, reescrevendo a última equação, ( ) ( )[ ]∑ −×∆=−× jPjP i ˆˆ rr Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos ∑ i Portanto, ∑∆= iPP ; ∑ ∆= iPP rr E, no caso limite, ∫= dPP ; ∫= dPP rr Estas relações independem do eixo adotado, ou seja, da orientação do corpo! 4.9 Baricentro e Centróide de Sólidos Expandindo os dois vetores posição em termos das componentes cartesianas, kzjyix ˆˆˆ ++=r Tem-se que, ; ( ) ( )∫ ++=++ dPkzjyixPkzjyix ˆˆˆˆˆˆ ou, kzjyix ˆˆˆ ++=r Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos ou, Assim, verifica-se a equivalência, ( ) ∫∫∫ ++=++ dPzkdPyjdPxikPzjPyiPx ˆˆˆˆˆˆ ∫= dPP rr equivalente à { }∫∫∫ === dPzPzdPyPydPxPx ;; 4.9 Baricentro e Centróide de Sólidos Para corpos homogêneos de peso específico γ, O que resulta, após a relação com os vetores posição, então,∫= dPP rr dVdP γ= ; VP γ= ∫= dVV γγ rr , fornecendo, ∫= dVV rr Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos Em termos de componentes escalares, ;∫= dVxVx Estas últimas equações são momentos estáticos do sólido em relação aos planos yz, zx, xy, respectivamente. ∫= dVV rr ∫= dVyVy e ∫= dVzVz 4.9 Baricentro e Centróide de Sólidos O ponto de coordenadas , e denota o centróide de um sólido de volume V. Caso tal sólido seja homogêneo, há coincidência entre seus centróides e o baricentro do volume. x y z As equações integrais anteriores definem apenas o centróide de sólidos não-homogêneos. Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.9 Baricentro e Centróide de Sólidos Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos 4.9 Baricentro e Centróide de Sólidos Se um mesmo corpo pode ser divido em formas geométricas ilustradas na tabela anterior, o baricentro G pode ser determinado igualando-se o momento em relação à origem O de seu peso total à soma dos momentos dos pesos de cada figura também em relação ao ponto O, ou seja, ∑∑∑∑∑∑ === iiiiiiiii PzPZPyPYPxPX ;; E, para corpos homogêneos, a coincidência entre o Capítulo 4 – Equilíbrio dos Corpos Rígidos E, para corpos homogêneos, a coincidência entre o baricentro e o centróide de volume permite escrever, ∑∑∑∑∑∑ === iiiiiiiii VzVZVyVYVxVX ;;
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