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Psicopatologia 1 ( Paulo Dalgalarrondo) Caps 2,3,4,5,6,7,8 e 14 
 
Capitulo 02 ( Definição de psicopatologia e ordenação dos seus fenômenos) 
 
A psicopatologia em acepção mais ampla , pode ser definida como conjunto de conhecimentos 
referentes ao adoecimento mental do ser humano, conhecimento que se esforça em ser 
sistemático, elucidativo e desmistificante; não inclui critérios de valor, nem aceita dogmas ou 
verdades a priori . Tem sua origem na tradição médica( na obra dos grandes clínicos e alienistas do 
passado); em outra vertente nutre-se de uma tradição humanística (filosofia, artes, psicanálise), o 
campo da psicopatologia inclui um grande número de fenômenos humanos especiais , associados ao 
que se denominou historicamente de doença mental. 
Quando se estuda os sintomas psicopatológicos precisamos lembrar de dois aspectos: forma e 
conteúdo. A primeira seria a estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes ( 
alucinação, delírio, ideia obsessiva), o segundo é aquilo que preenche a alteração estrutural ( 
conteúdo de culpa, religioso, de perseguição). Sendo este último mais pessoal, que inclui a 
historicidade e vivências sociais do sujeito. 
No geral, o conteúdo do sintoma esta relacionado aos temas centrais da existência humana, tais 
como sobrevivência e segurança; sexualidade; temores básicos ( morte, doença, miséria). Estes 
temas representam substratos, ou seja aquilo que representa o indivíduo no seu intimo , a 
subjetividade. 
A psicopatologia, sendo um estudo de doenças mentais, como qualquer outro estudo se inicia a 
partir da observação, definição, classificação a fim de se melhorar as técnicas de aprendizado. Diante 
disso, classificaram 3 tipos de fenômenos humanos nesta área: 
Fenômenos semelhantes: Aqueles que ocorrem em todas as pessoas, ou seja aquilo que é comum 
sem ser algo relacionado a doença mental como sentir fome ou sede. Aqui podemos incluir o medo 
de algum animal , ansiedade, desejo. Tais experiências são basicamente semelhantes em todos. 
Fenômenos em parte semelhantes e em partes diferentes: São os que o homem comum 
experimenta e em parte o são semelhantes aos do doente mental. Exemplos: tristeza, depressão 
grave. 
Fenômenos qualitativamente novos, diferentes: são próprios apenas a certas doenças e estados 
mentais. Alucinações, delírios, turvação da consciência. 
 
Capítulo 03 ( O conceito de normalidade em psicopatologia) 
O conceito de normalidade em psicopatologia também implica a própria definição de saúde e 
doença mental. Esses temas apresentam desdobramentos em diversas áreas, dentre elas: 
 
Psiquiatria legal ou forense: A determinação de normalidade pode ter implicações legais, criminais e 
éticas, podendo definir o destino social, institucional e legal de um indivíduo; 
Psiquiatria cultural e etnopsiquiatria: O conceito de normalidade em psicopatologia impõe análise 
do contexto sociocultural, exige o estudo da relação entre o fenômeno patológico e o contexto 
social no qual o fenômeno emerge e recebe este ou aquele significado cultural. 
Planejamento em saúde mental e políticas de saúde: Aqui se estabelece critérios de normalidade, no 
sentido de verificar demandas assistenciais de determinado grupo populacional, necessidades dos 
serviços. 
Orientação e capacitação profissional: Tem importância na capacidade e adequação do indivíduo 
para exercer certa profissão, por exemplo, no caso de indivíduos com déficits cognitivos e que 
desejam dirigir veículos; pessoas psicóticas que querem portar armas. 
Prática clínica: É muito importante a capacidade de discriminar, no processo de avaliação e 
intervenção clínica, se tal fenômeno é patológico ou normal. 
As áreas por si só não podem observar os fenômenos sozinhas, sendo assim estabeleceu-se alguns 
critérios de normalidade em psicopatologia: 
1. Normalidade como ausência de doença: "normal" seria, aquele individuo que não é portador 
de algum transtorno mental definido. Tal critério é falho, por se definir a normalidade 
naquilo que ela não é, ou seja a falta de algo. 
2. Normalidade ideal: estabelece-se uma norma ideal, o que seria supostamente "sadio", mais 
"evoluído". Esta norma é socialmente construída e referendada, dependendo de critérios 
socioculturais e ideológicos. 
3. Normalidade estatística: Aqui tem significado de norma e frequência, se aplica 
especialmente a fenômenos quantitativos na população. O '' normal '' passa a ser aquilo que 
se observa com mais frequência, ou seja quem não se encaixa nesse padrão sofre de alguma 
anormalidade. É um critério falho visto que nem tudo que ocorre com frequência é "sadio". 
4. Normalidade como bem-estar: Utiliza-se a definição de saúde da OMS, que seria um 
completo bem-estar físico, mental e social, e não como simplesmente ausência de doença. 
Conceito criticável uma vez que não se pode definir objetivamente o que seria "bem-estar". 
5. Normalidade funcional: Baseia-se em aspectos funcionais, considerando o fenômeno 
patológico a partir que produz sofrimento para o próprio indivíduo ou grupo social. 
6. Normalidade como processo: consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento 
psicossocial, das desestruturações e reconstruções ao longo do tempo. 
7. Normalidade subjetiva: é dada ênfase na percepção subjetiva do sujeito em relação ao seu 
estado de saúde, seu ponto falho é que muitas pessoas se sentem bem mas mesmo assim 
sofrem de um transtorno mental grave, que é o caso dos indivíduos em crise maníaca. 
8. Normalidade como liberdade: Neste caso a saúde mental se vincularia às possibilidades de 
transitar em graus distintos de liberdade sobre o mundo 
9. Normalidade operacional: Aqui separa-se o que é normal e o que é patológico e busca-se 
trabalhar operacionalmente com esses conceitos, aceitando as consequências de tal 
definição prévia. 
 
Capítulo 04 ( Os principais campos e tipos de psicopatologia) 
Neste capítulo vamos estudar sobre as principais correntes da psicopatologia 
1. Psicopatologia Descritiva: interessa fundamentalmente a forma das alterações psíquicas , a 
estrutura dos sintomas, aquilo que caracteriza a vivência patológica como sintoma mais ou 
menos típico; 
2. Psicopatologia Dinâmica: interessa o conteúdo da vivência, os movimentos internos de 
afetos, desejos e tremores do indivíduo, sua experiência particular; 
3. Psicopatologia Médica: trabalha com a noção de homem centrada no corpo, no ser biológico 
como espécie natural e universal, sendo o adoecimento mental um mau funcionamento do 
cérebro. 
4. Psicopatologia Existencial: o doente é visto como " existência singular", como ser lançado ao 
mundo que é apenas natural e biológico na sua dimensão elementar, sendo construído por 
meio da experiência particular, sua relação com os outros sujeitos 
5. Psicopatologia Comportamental/Cognitiva: o homem é visto como um conjunto se 
comportamentos observáveis, verificáveis, regulados por estímulos e leis determinantes do 
aprendizado, centrando a atenção sobre as representações cognitivas conscientes. 
6. Psicopatologia Psicanalítica: o homem é visto como "ser" determinado, dominado, por 
forças e desejos e conflitos inconscientes, dando grande importância aos afetos, aqui os 
sintomas são apenas formas de conflitos, inconscientes, de desejos que não podem ser 
realizados 
7. Psicopatologia Biológica: enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou neurofisiólogicos 
das doenças e sintomas mentais, sua base são alterações de mecanismos neurais e de 
determinadas áreas e circuitos cerebrais. 
8. Psicopatologia Sociocultural: visa estudar os transtornos mentais como comportamentos 
desviantes que surgem a partir de fatores socioculturais, como discriminação, pobreza, 
migração, desmoralização,estresse ocupacional. 
 
Capítulo 05 ( Princípios gerais do diagnóstico psicopatológico) 
 
Discute-se muito sobre o valor e os limites do psicodiagnóstico, e podemos identificar duas posições 
extremas. A primeira afirma que o diagnóstico não tem valor algum , pois cada pessoa é uma 
realidade única e inclassificável; a segunda sustenta que o diagnóstico é necessário e tem o mesmo 
valor e lugar que do diagnóstico das outras especialidades, sendo o elemento principal e mais 
importante da prática psiquiátrica. 
 O diagnóstico se baseia em dados clínicos, pois não existem sinais ou sintomas patológicos 
totalmente específicos, é preciso se analisar todo um conjunto e não apenas uma parte. 
O diagnóstico psicopatológico é , em inúmeros casos , apenas possível com a observação do curso da 
doença, pois uma das funções do psicopatólogo é prever e prognosticar a evolução da doença e seu 
desfecho, sendo assim o médico pode mudar seu diagnóstico anterior. 
 
Capítulo 07 ( A avaliação do paciente) 
Avaliação física: O exame físico do paciente com transtornos mentais, ao contrário do que alguns 
supõem , quando realizado de forma adequada, pode ser um "excelente" instrumento de 
aproximação afetiva, principalmente com pacientes muito regredidos, inseguros e mesmo com os 
pacientes psicóticos. Ser examinado respeitosamente pelo médico, pode inclusive, transmitir 
segurança e afeto a muitos pacientes. O médico deve saber lidar com possíveis aspectos paranóides 
e eróticos que, eventualmente, emergem em alguns pacientes quando "tocados" e "apalpados" por 
seus médicos. 
Avaliação Neurológica: De particular importância em neuropsiquiatria são alguns sinais e reflexos 
neurológicos, ditos primitivos: reflexo de preensão, de sucção, orbicular dos lábios, palmomentual. 
Psicodiagnóstico: Os testes mais utilizados são os "abertos", como: Teste de Rorscharch, o TAT, 
Teste de Relações Objetais, Teste das pirâmides, HTP-F. Os testes de rastreamento como os de 
Bender e Benton, são utilizados para a detecção de alterações cognitivas mais específicas que 
aquelas identificadas pelos instrumentos globais de screening, que reconhecem apenas organicidade 
de forma inespecífica. 
 
Capítulo 08 ( A entrevista com o paciente)************ 
 
Capítulo 14 ( A sensopercepção e suas alterações) 
 
Sensação: Fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, 
originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, 
estimulando-os. 
Percepção: Entende-se a tomada de consciência , pelo indivíduo, do estimulo sensorial. 
Alterações da sensopercepção: Compreendem ilusões, alucinações. 
Alucinação: É a percepção clara e definida de um objeto sem a presença do objeto estimulante real. 
Tipos de alucinação************ 
Causas e etiologia da alucinação: teorias psicodinâmicas , psicológicas e afetivas das alucinações ( 
necessidades e tendências afetivas, desejos, e sobretudo, conflitos inconscientes constituiriam a 
base das alucinações); Teoria irritativa cortical (as alucinações correspondem a lesões irritativas em 
áreas cerebrais corticais, relacionadas a percepção complexa); Teoria neurobioquímica das 
alucinações( diversas substâncias podem produzir alucinações em indivíduos normais); Teoria da 
desorganização global ( alterações globais produziriam a perda das inibições);

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