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Tabus e Crenças-HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA DA NUTRIÇÃO

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Prévia do material em texto

Tabus e crenças na 
alimentação 
Prof. Aline M. Salami 
Avaliando os saberes!!! 
 “Alimento e comida tem o mesmo significado” 
 “As escolhas alimentares refletem a fome do 
indivíduo” 
 “Elementos culturais influem em última instância 
nos hábitos alimentares” 
 “Tabus podem ser considerados como tradicionais e 
modernos” 
 “Tabus e crenças tem o mesmo significado” 
 “A sabedoria popular não tem fundamentação” 
 “O nutricionista deve evitar uma postura 
dominadora” 
Cultura e comportamento 
alimentar 
 Tabus 
 Crenças 
 Mitos 
 Preconceitos 
 Idolatria 
TABUS ALIMENTARES 
 São uma interdição, uma proibição categórica 
que surge sem um mandante específico que 
tem mais valores sociais do que científicos; 
 CASTRO (1938) 
 
 Faz-se pelo sentimento de medo; 
 
 Na grande maioria dos casos, esses tabus 
alimentares são sustentados na oralidade 
quando são passados de geração para 
geração com características folcloristas. 
 MAUÉS (1980) 
TABUS ALIMENTARES 
Podem ser classificados: 
 Tabu permanente: associados a aspectos 
sociais e religiosos; 
 
 Tabu temporário (segmentar): 
acompanham períodos dos ciclos de vida 
(gestação, menstruação, puerpério, 
puberdade, etc.). 
TABUS ALIMENTARES 
PERMANENTES 
 “Comer carne de gado para os hindus ” 
 “Praticar antropofagia” 
 “Consumir carne na Sexta Feira Santa” 
 “Malaios beber leite de cabra” 
 “Judeus comer carne de porco” 
 “Manga com leite mata” 
TABUS ALIMENTARES 
TEMPORÁRIOS 
 “Abacaxi é um veneno na menstruação” 
 “O leite materno não mata a sede do bebê” 
 “Os seios caem durante a amamentação” 
 
TABUS ALIMENTARES E A 
SAÚDE 
Restrições alimentares não podem interferir no 
EN do indivíduo. 
 Ex: não consome leite e manga juntos, mas 
separados sim! 
 
 Restrições em períodos críticos: comprometem o 
estado de saúde 
 Ex: substituição de alopáticos por chás; 
restrição completa de CHO no DM; consumo 
menor de alimentos “fracos” durante a gestação, 
etc. 
MITOS 
 É uma narrativa de caráter simbólico, relacionada a uma 
dada cultura. São representações de fatos ou 
personagens reais exageradas pela imaginação popular, 
tradição, etc. 
 
 Ao mito está associado o rito (rituais) – cerimônias, 
danças, orações e sacrifícios. 
 
 O termo “mito” é usado de forma pejorativa para se 
referir às crenças comuns (consideradas sem fundamento 
científico e vistas apenas como histórias de um universo 
puramente maravilhoso) de diversas comunidades. 
Também, o termo refere-se aos relatos de civilizações 
antigas (mitologia grega e a mitologia romana). 
Mito da mandioca 
“Conta a história de Mani, um linda índia neta 
de um cacique Tupi. De pele bem branca desde 
que nasceu, ela se tornou muito amada por 
toda a aldeia. Um dia, ficou doente e morreu. A 
indiazinha foi enterrada dentro da oca em que 
sempre morou, seguindo a tradição do seu 
povo. Todos os dias, seus pais choravam sobre 
o local. Depois de alguns dias, nasceu dentro 
da oca uma planta de raiz marrom por fora e 
bem branca por dentro, da cor de mani. Após 
cozinhar e provar a raiz, os índios entenderam 
que se tratava de um presente do deus Tupã: a 
raiz de Mani tinha vindo para saciar a fome da 
aldeia. Como nasceu dentro de uma oca, a raiz 
mani recebeu o nome de manioca, que hoje 
conhecemos como mandioca.” 
CRENÇAS 
 São supostas ações nocivas (ou benéficas) de alimentos, as 
quais são passadas de geração a geração e tornam-se 
"verdades“ culturalmente aceitas. 
 
 Muitos deles têm início na infância (repassados pelos 
antepassados – pais/avós através da história oral), 
referindo-se à alimentação e a combinação de certos tipos 
de alimentos que seriam prejudiciais à saúde. 
 Ex: vinagre e limão corroem o estômago 
CRENÇAS 
Estados 
fisiológicos 
(menstruação, 
gestação) 
Períodos do 
dia 
Entre os 
alimentos 
Períodos 
etários 
(infância, 
velhice,...) 
Valorização 
socioeconômica
/cultural 
CRENÇAS 
Quando realmente acreditamos em algo, 
nos comportamos de maneira congruente 
com essa crença – que necessariamente 
não se baseia numa estrutura lógica de 
ideias 
(DILTS, 1993) 
 
Exemplos do “faz mal”: 
 Ovos com banana faz mal; 
 Comer mamão com ovo dá dor e pode ser fatal; 
 Tomar sopa e sair no vento; 
 Melancia com vinho empedra no estômago; 
 Tomar cachaça e depois caldo de cana provoca dor de 
estômago; 
 Comer pepino e tomar cachaça dá congestão; 
 Banana de manhã é ouro, de tarde é prata e de noite mata; 
 Comer banana e depois jaca faz mal porque dá prisão de 
ventre; 
 Meu leite é insuficiente e fraco. 
Exemplos do “faz mal”: 
 Chupar manga e beber muita água, em seguida, dá dor-de-barriga; 
 Não convêm misturar manga com cachaça, intoxica; 
 Não deve-se consumir pepino e pimentão a noite; 
 Misturar manga com jaca provoca dores intestinais 
 Comer carne e peixe na mesma refeição encurta a vida; 
 Misturar banana com goiaba, faz mal, dá constipação; 
 Cachaça com leite talha dentro da gente. 
Crivo da ciência – 
provas científicas 
 Não ter o status “cientificamente comprovado” 
não significa que sejam simplesmente 
infundados; 
 
 Alguns passaram por inúmeras provas científicas 
e foram consideradas como engano 
cientificamente comprovado (ex: água engorda); 
 
 Outros ainda precisam ser submetidos a estudos 
científicos para comprovação, ou seja, devem ser 
considerados como algo que ainda não foi 
cientificamente comprovado (ex: alimentos 
afrodisíacos 
PRECONCEITOS 
 São decorrentes de impressões causadas 
pelas características organolépticas dos 
alimentos, ou seja, não uso de algum 
alimento em decorrência do odor, textura 
ou aparência do mesmo. 
 A proibição ou prescrição de alimentos 
segundo a teoria popular não devem ser 
consideradas irracionais ou desprovidas 
de lógica; 
 Devem ser captadas pela riqueza que 
possuem e utilizadas como processo de 
ressignificação das práticas alimentares! 
LEMBRETE 
IDOLATRIAS 
 Pessoas que, tendo adquirido certos 
conhecimentos sobre alimentação, se 
entusiasmam excessivamente com 
determinados alimentos ou tipo de 
alimentação, atribuindo-lhes propriedades 
que nutricionalmente podem não 
corresponder à verdade. 
 Ex: alimentos fitness 
POSTURA PROFISSIONAL 
 Evitar postura dominadora: o saber 
científico é o verdadeiro e paciente/cliente 
é ignorante e rebelde. 
POSTURA PROFISSIONAL 
 Evitar levar o conhecimento pronto para o 
grupo; 
 Construir o conhecimento a partir do 
saber do outro. 
POSTURA PROFISSIONAL 
 Reconhecer e respeitar o diferente... 
Referências Bibliográficas 
 CARNEIRO, H. Comida e sociedade: uma história da alimentação. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 
 LAURENTI, Ruy; BUCHALLA, Cassia Maria. Os Mitos a Respeito das 
Doenças Cardiovasculares. Arq Bras Cardiol, volume 76 (nº 2), 99-
104, 2001. 
 MARQUES, Emanuele Souza; COTTA, Rosângela Minardi Mitre; 
PRIORE, Silvia Eloiza. Mitos e crenças sobre o aleitamento materno. 
Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 16, n. 5, May 2011 . 
 PINHEIRO, Joana; SEABRA, Daniela. Alteração dos hábitos 
alimentares durante a gravidez: Identificação dos mitos relacionados 
com a alimentação na gravidez e amamentação. Acta Med Port., 
2008; 21: 149-160. 
 SILVA, Andréa Leme da. Comida de gente: preferências e tabus 
alimentares entre os ribeirinhos do Médio Rio Negro (Amazonas, 
Brasil). Rev.Antropol. [online]. 2007, vol.50, n.1 [cited 2014-09-
02], pp. 125-179. 
 Vieira, E. Tabus, mitos e crendices em nutrição. Rev Med Minas 
Gerais 2010;20(3):371-374 .

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