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Aula. ISC

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OBJETIVOS: 
 Definir Infecção Relacionada à Assistência à Saúde 
(IRAS); 
 Definir e classificar a Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC); 
 Identificar os fatores predisponentes de ISC; 
 Medidas de prevenção e controle de ISC. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 196, 24 de junho de 1993. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2616, 12 de maio de 1998. DOU, 13 de maio de 1998. 
 Controle de Infecções Hospitalares – Marco 
Referencial: Portaria do Ministério da Saúde nº 196 
de 24 de junho de 1993  Comissões de Controle de 
Infecções Hospitalares (CCIH); 
 Infecção Hospitalar é aquela adquirida após a 
admissão do paciente e que manifeste durante a 
internação ou após a alta, quando puder estar 
relacionada com a internação ou procedimentos 
hospitalares (BRASIL, 1998). 
 
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde 
(IRAS) 
 Condição localizada ou sistêmica, resultante de uma 
reação adversa à presença de um agente infeccioso 
ou toxina, causada por agentes infecciosos 
endógenos ou exógenos ao paciente, e está 
presente ou incubada do momento da sua admissão 
até a saída de qualquer serviço de saúde. 
 
Infecção Relacionada à Assistência 
à Saúde (IRAS) 
 Infecção do Trato Urinário (ITU); 
 Pneumonia Relacionada à Assistência à Saúde; 
 Infecção de Sítio Cirúrgico; 
 Infecção da Corrente Sanguínea 
Infecção de Sítio Cirúrgico 
(ISC) 
É a infecção que acomete a incisão ou qualquer tecido 
manipulado durante a operação, inclusive órgãos ou 
cavidades naturais, e se inicia até 30 dias após a 
realização do procedimento. Em cirurgias onde foram 
implantadas próteses, a ISC pode ser diagnosticada 
até um ano após a data do implante, ou até a retirada 
do mesmo, se esta se der num período inferior a um 
ano 
 (MANGRAM et al., 1999) 
Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) 
 É a terceira IRAS mais frequente; 
 Incidência entre 14% e 16% de todas as 
IRAS em pacientes hospitalizados; 
 Estudos norte-americanos: acréscimo de 6,5 dias de 
internação; custo adicional de mais de 3 mil dólares; 
pacientes apresentam cinco vezes mais chances de 
reinternação após alta hospitalar; 60% maior 
possibilidade de internação em UTI;maior risco/morte. 
Microorganismo: 
 Quantidade de inóculo; 
 Virulência. 
Paciente: 
 Idade; 
 Obesidade/desnutrição; 
 Diabetes mellitus. 
 
Procedimento cirúrgico: 
 Tricotomia; 
 Técnica cirúrgica; 
 Drenos; 
 Duração da cirurgia; 
 Estresse cirúrgico; 
 Hipotermia; 
 Potencial de 
contaminação da ferida 
cirúrgica. 
O número de microrganismos presentes no tecido a ser 
operado  determina o potencial de contaminação da 
ferida cirúrgica: 
 limpas; 
 potencialmente contaminadas; 
 contaminadas; 
 infectadas. 
Classificação de cirurgias segundo 
potencial de contaminação 
Cirurgias limpas (1-5%): 
 Realizadas em tecidos estéreis ou de fácil 
descontaminação; 
 Ausência de processo infeccioso e inflamatório local; 
 Cirurgia eletiva, não traumática; 
 Fechamento por primeira intenção; 
 Sem penetração nos tratos respiratório, digestório e 
geniturinário; 
 Sem falha na técnica asséptica e sem drenos. 
Exemplos: safenectomia, revascularização do miocárdio. 
Classificação de cirurgias segundo 
potencial de contaminação 
Cirurgias potencialmente contaminadas 
 (3-11%): 
 Realizadas em tecidos colonizados por microbiota residente 
pouco numerosa ou tecido de difícil descontaminação; 
 Cirurgias com drenagem aberta; 
 Cirurgias com discretas falhas técnicas no intraoperatório; 
 Procedimentos com penetração nos tratos respiratório, 
digestório ou geniturinário sob condições controladas. 
Exemplos: gastrectomia, colecistectomia, histerectomia 
abdominal. 
Classificação de cirurgias segundo 
potencial de contaminação 
Cirurgias contaminadas (10-17%): 
 Realizadas em tecidos com abundante microbiota, cuja 
descontaminação seja difícil; 
 Incisão na presença de inflamação aguda sem supuração 
local; 
 Quebra grosseira da técnica asséptica; tecidos 
traumatizados e abertos recentemente; 
 Cicatrização por segunda intenção. 
Exemplos: colectomia, cirurgias de reto e ânus, 
apendicectomia. 
Classificação de cirurgias segundo 
potencial de contaminação 
Cirurgias infectadas (27%): 
 Realizadas em tecidos ou órgãos com presença de 
supuração local; 
 Feridas traumáticas com mais de seis horas de exposição; 
 Tecidos desvitalizados ou necróticos. 
 
Exemplos: apendicectomia supurada, debridamento de úlcera 
por pressão com necrose. 
Classificação de cirurgias segundo 
potencial de contaminação 
Critérios para definição de ISC 
ISC – incisional superficial 
ISC – incisional profunda 
ISC – órgão/espaço 
ISC – incisional superficial: envolve pele e tecido subcutâneo 
no local da incisão, ocorrendo em até 30 dias após o 
procedimento. Caracterizada por pelo menos um dos itens: 
 Drenagem purulenta da incisão superficial, com ou sem 
cultura confirmada; 
 Cultura positiva da incisão cirúrgica, após a coleta com 
técnica asséptica; 
 Presença de pelo menos um dos sinais e sintomas na 
incisão: dor, sensibilidade, edema, hiperemia, calor, incisão 
deliberadamente aberta pelo médico. 
Critérios para definição da ISC 
ISC – incisional profunda: envolve tecidos moles e profundos, 
fáscia e músculos. Ocorre em até 30 dias após a cirurgia, se 
não houver implante e, em um ano, no caso de implante. 
Caracterizada por pelo menos um dos itens: 
 Drenagem purulenta do sítio profundo; 
 Incisão profunda com deiscência espontânea ou aberta 
deliberadamente pelo cirurgião, na presença de pelo menos 
um sinal ou sintoma: hipertermia (T>38ºC), dor, 
sensibilidade, abscesso ou outra evidência de infecção 
envolvendo a incisão profunda. 
Critérios para definição da ISC 
ISC – órgão/espaço: envolve qualquer parte do sítio 
anatômico (órgão ou cavidade), diferente da incisão, que foi 
aberto ou manipulado durante a cirurgia. Ocorre em até 30 
dias após a cirurgia, se não houver implante e, em um ano, no 
caso de implante. Caracterizada por pelo menos um dos itens: 
 Drenagem purulenta em um dreno localizado em órgão ou 
cavidade; 
 Cultura positiva, com coleta asséptica do órgão ou 
cavidade; 
 Abscesso ou outra evidência de infecção no órgão ou 
cavidade. 
Critérios para definição da ISC 
Paciente 
Profissionais de saúde 
 Ambiente; 
 Materiais; 
 Equipamentos. 
Mecanismos de contaminação 
Microrganismos relacionados à ISC 
 Geralmente é causada por microrganismos 
colonizadores da pele e/ou mucosa do próprio 
paciente. 
 
 
 
 Os cocos Gram-positivos são os mais comuns: 
 Staphylococcus aureus e o Staphylococcus coagulase 
negativo  principais patógenos. 
 O principal mecanismo de contaminação de ISC é a 
inoculação direta da microbiota do próprio paciente, 
principalmente da pele e do sítio manipulado; 
 Outros mecanismos: equipe cirúrgica, material, 
equipamento e o ambiente; 
 A ocorrência depende: capacidade de defesa do hospedeiro 
+ quantidade do agente inoculado + virulência do 
microrganismo. 
Pré-operatório 
Procedimento Recomendação 
 
 
 
 
 
 
Preparo do 
paciente 
Sempre que possível, identificar e tratar as infecções a 
distância antes de cirurgias eletivas; adiar o 
procedimento até que a infecção seja resolvida; 
 
Não remover os pelos, exceto quando estiverem ao redor 
da incisão e interferirem no ato cirúrgico; 
 
Se for necessário realizar a tricotomia, fazê-la 
imediatamente antes da cirurgia,com o uso de aparelho 
elétrico (tricotomizador); 
Pré-operatório 
Procedimento Recomendação 
 
 
 
 
Preparo do 
paciente 
 
 
Controle glicêmico de pacientes com diabetes, evitando a 
hiperglicemia perioperatória (evidências atuais para 
controle glicêmico de pacientes sem diabetes); 
 
Banho pré-operatório no chuveiro com degermante na 
noite anterior ao procedimento ou na manhã da cirurgia; 
 
Usar degermante apropriado para o preparo da pele 
(soluções alcoólicas à base de clorexidina ou PVPI). 
Intraoperatório 
Procedimento Recomendação 
 
 
 
 
 
 
Controle da 
contaminação 
ambiental 
Uso de sistema de ventilação adequado (ar condicionado 
centralizado); 
 
Manter pressão positiva na sala de operação (SO) em 
relação ao corredor e às áreas adjacentes; 
 
Manter as portas fechadas, exceto para passagem de 
equipamentos, pessoal e paciente; 
 
Limitar o número de pessoas em SO somente ao 
necessário. 
Intraoperatório 
Procedimento Recomendação 
 
 
 
 
 
 
Preparo da 
equipe 
cirúrgica 
Manter unhas curtas e não utilizar unhas artificiais; 
 
Executar a escovação das mãos, antebraços e cotovelos 
por pelo menos 2 a 5 minutos, com degermante; 
 
Não utilizar joias de mãos ou braço, como pulseira, 
braceletes, relógios e anéis; 
 
Intraoperatório 
Procedimento Recomendação 
Vestimenta 
 
 
 
 
 
 
 
Paramentação 
cirúrgica 
Usar máscara cirúrgica que cubra totalmente a boca e o nariz 
quando entrar na SO, a partir do momento de exposição do 
primeiro material estéril. Usar a máscara durante todo o 
procedimento cirúrgico; 
Todo o cabelo e barba devem ser cobertos ao entrar na SO; 
Não utilizar propés; 
Calçar luvas cirúrgicas estéreis após a escovação das mãos; 
Usar aventais e campos cirúrgicos estéreis que promovam 
barreira efetiva, mesmo quando molhadas, isto é, materiais que 
resistam à penetração de líquidos; 
 
Trocar a paramentação quando estiver visivelmente suja ou 
infiltrada com sangue ou outro fluido corpóreo potencialmente 
infectante. 
Intraoperatório 
Procedimento Recomendação 
 
 
 
 
 
 
Técnica 
cirúrgica 
Técnica asséptica na instalação de dispositivos intravasculares 
ou cateteres de anestesia epidural e raquidiana, ou quando 
preparar e administrar medicamentos endovenosos; 
Montar equipamentos e soluções estéreis imediatamente antes 
de usar; 
 
Manipular os tecidos delicadamente, manter hemostasia 
eficiente, diminuir os tecidos desvitalizados e corpos estranhos 
(por exemplo: suturas, uso de bisturis elétricos e restos 
necróticos) e eliminar espaço morto do sítio cirúrgico; 
 
Se a drenagem for necessária, utilizar dreno com sistema 
fechado. Inserir o dreno por meio de uma incisão separada, 
diferente da incisão operatória, e removê-lo assim que possível. 
 
Pós-operatório 
Procedimento Recomendação 
 
 
 
 
 
 
Incisão 
Proteger a incisão primariamente fechada com curativo 
estéril por 24 a 48 horas; 
Lavar as mãos antes e após a realização de curativo ou 
qualquer contato com a incisão cirúrgica; 
Trocar o curativo com técnica asséptica; 
Educar pacientes e familiares quanto aos cuidados com a 
incisão, na identificação e notificação de sinais e 
sintomas relacionados à infecção. 
REFERÊNCIAS 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de 
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 92p. 2013. Disponível em: 
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/f7893080443f4a03b441b64e46
1d9186/Modulo+4+Medidas+de+Prevencao+de+IRA+a+Saude.pdf?MOD=
AJPERES 
 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios Diagnósticos de 
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. 84p. 2013. Disponível 
em: 
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros
/Livro2-CriteriosDiagnosticosIRASaude.pdf 
 
Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação 
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recomendadas SOBECC. 6.ed. 2013

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