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Antropologia Cultural

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Antropologia Cultural
Objetivos:
Reconhecer a Antropologia como uma disciplina científica; 
2. Identificar as diferentes áreas de estudo da Antropologia e os distintos pressupostos e paradigmas que as condicionam; 
3. Refletir acerca de como a Antropologia pode ser utilizada para o entendimento da nossa realidade cotidiana e das formas de organização da sociedade contemporânea.
Aula 1
O que é Antropologia?
A princípio, a Antropologia dividiu-se em duas principais áreas de estudo: a biologia cultural. No caso, as duas dimensõesbásicas do ser humano. Sendo assim, temos como principais sub-campos da antropologia a Antropologia Biologica e a Antropologia Cultural. Devido aa razões práticas, posteriormente mais duas áreas ganharam destaque o suficiente para ganharem espaço como sub-campos propriamente ditos: a Arqueologia e a Antropologia Linguistica. E, ainda, últimamente, temos a Antropologia Aplicada.
Antropologia Biológica
Antropologia Sócio-Cultural
Denominada tambem de Antropologia Social, Antropologia cultural ou Etnologia.
Arqueologia
Linguistica 
A Antropologia necessitou especializar-se em campos distintos. Seu obejtivo de estudo, o homem e a humanidade, é complexo e impossível de se compreender de uma maneira fragmentada.
Como vimos, o homem é um ser biológico e cultural por natureza, portanto é necessário que os campos da antropologia, sejam eles, biológicos, sócio-culturais, arqueológicos ou linguisticos, articulem entre si como uma disciplina única: a antropologia.
A antropologia se faz com todo esse movimento, uma ciência dinâmica, que atua nos mais diversos níveis humanos e acadêmicos, transitando nas ciências humanas, sociais, mesmo apesar de sua identidade dominante entre as ciências sociais, em que ocupa uma posição central.
 Nessa aula você:
Reconheceu quais as condições que possibilitaram à Antropologia o estatuto de ciência;
Reconheceu que a Antropologia dividiu-se em duas principais áreas de estudo: a biológica e a cultural, que também são as duas dimensões básicas do ser humano;
Identificou os pressupostos e paradigmas adotados por cada um dos subcampos da Antropologia, assim como as diferenciações que levam aos subcampos apresentados (Antropologia Biológica, da Antropologia Cultural ou Social, da Arqueologia e da Linguística), serem assim divididos;
Refletiu sobre como a Antropologia pode ser utilizada para o entendimento da nossa realidade cotidiana e das formas de organização da sociedade contemporânea.
Aula 2- Ciências Naturais versus Ciências Sociais	
Objetivos:
1.Reconhecer a existência de uma dicotomia entre as Ciências Naturais e as Ciências Sociais em relação à natureza dos fenômenos, fatos e eventos estudados por cada uma dessas ciências;
2. Identificar as diferenças em relação aos métodos de trabalho adotados pelas Ciências Naturais e pelas Ciências Sociais; 
3. Identificar as diferenças no que diz respeito a como se estabelece a relação sujeito/objeto nas Ciências Naturais e nas Ciências Sociais.
AS CHAMADAS CIÊNCIAS NATURAIS
A prova ou teste de determinada teoria pode ser feito por dois observadores diferentes, situados em locais distintos.
O laboratório assegura, de certo modo, a condição de objetividade.
ANTENÇÃO!
Estudam fatos simples, eventos que presumivelmente têm causas simples e são facilmente isoláveis. Tais fenômenos seriam, por isso mesmo, recorrentes e sincrônicos, isto é, eles estariam ocorrendo nesse momento. A matéria-prima da ciência natural, portanto, é todo o conjunto de fatos que se repetem e têm uma constância verdadeiramente sistêmica, já que podem ser vistos, isolados e, assim, reproduzidos dentro de condições de controle razoáveis, num laboratório.
Simplicidade, sincronia e repetitividade são suas características.
NAS CHAMADAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Estudam fenômenos complexos, situados em planos de casualidade e determinação complicados. Nos eventos que constituem a matéria-prima do antropólogo, do sociólogo, do historiador, do cientista político, do economista e do psicólogo, não é fácil isolar causas e motivações exclusivas. Até mesmo quando o “sujeito” está apenas desejando realizar uma ação aparentemente inocente e simples.
A matéria-prima das Ciências Sociais são eventos com determinações complicadas e que podem ocorrer em ambientes diferenciados tendo, por causa disso, a possibilidade de mudar seu significado de acordo com o ator, as relações existentes num dado momento e, ainda, com sua posição numa cadeia de eventos anteriores e posteriores.
Os eventos que servem de foco ao “cientista social” são fatos que não estão mais ocorrendo entre nós ou que não podem ser reproduzidos em condições controladas.O conjunto criado pela ocasião social que, de certo modo, decola dela e, recaindo sobre ela, provoca o que podemos chamar de “sobre determinações”, como a imagem projetada numa tela ou num espelho.
O plano de reflexo, da circularidade e da sobredeterminação são essenciais na definição do objeto da Antropologia Social (e da Sociologia).
NAS CHAMADAS CIÊNCIAS NATURAIS
Os fenômenos podem ser percebidos, divididos, classificados e explicados dentro de relativo controle e em condições de laboratório. 
Existe uma ligação direta entre ciências naturais e tecnologia.
As condições de percepção, classificação e interpretação são complexas, mas os resultados em geral não têm consequências na mesma proporção das ciências naturais.
Os fatos que formam a matéria-prima das ciências sociais são, pois, fenômenos complexos, geralmente impossíveis de serem reproduzidos, embora possam ser observados.
UMA DIFERENÇA CRUCIAL
De todas as diferenças entre as Ciências Naturais e as Ciências Sociais, a mais fundamental é que: as ciências sociais trabalham com fenômenos que estão bem perto de nós, pois pretendemos estudar eventos humanos, fatos que nos pertencem integralmente.
Nas Ciências Sociais, é possível jogar com a dicotomia clássica da ciência, a relação entre sujeito (que conhece ou busca conhecer) e objeto (a realidade ou fenômeno sob estudo do cientista). Nessa perspectiva, as teorias e métodos científicos são os mediadores que permitem uma aproximação entre o sujeito e o objeto de estudo.
DaMatta (2000) procura situar a Antropologia no centro epistemológico de um movimento relativizador. Quando uma teoria é apresentada ao “objeto”, não só se abre a possibilidade de relativização dos parâmetros epistemológicos, como também faz nascer um plano de debate inovador: aquele formado por uma dialética entre o fato interno com o fato externo.
Podemos dizer que, é na possibilidade de diálogo com o informante que jaz a diferença crítica entre um saber voltado para as coisas inanimadas ou passíveis de serem submetidas a uma objetividade total (os objetos do mundo da natureza) e um saber, como o da Antropologia Social, constituído sobre os homens em sociedade.
A raiz da diferença entre as ciências naturais e sociais reside, portanto, no fato de que a natureza não pode falar diretamente com o investigador; ao passo que cada sociedade humana conhecida é um espelho que reflete a nossa própria existência.
CIÊNCIAS NATURAIS
X
CIÊNCIAS SOCIAIS
 Nessa aula você:
Reconheceu a existência de uma dicotomia entre as Ciências Naturais e as Ciências Sociais em relação à natureza dos fenômenos, fatos e eventos estudados por cada uma dessas ciências;
Identificou as diferenças em relação aos métodos de trabalho adotados pelas Ciências Naturais e pelas Ciências Sociais;
Identificou as diferenças no que diz respeito a como se estabelece a relação sujeito/objeto nas Ciências Naturais e nas Ciências Sociais.

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