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NEOPLASIAS

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Distúrbios do crescimento e da diferenciação celular
Crescimento celular – multiplicação celular, responsável pela formação do conjunto de células que compõe os indivíduos
Diferenciação – especialização morfológica e funcional das células
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 Quanto ao potencial e multiplicação, as células podem ser classificadas em:
 perenes: atingiram o estágio terminal e possuem baixa multiplicação devido à seu alto grau de diferenciação (neurônios)
 estáveis: possuem baixo índice mitótico, mas são capazes de multiplicar se estimuladas (fígado, pâncreas, fibroblastos)
 lábeis: alto grau de mitoses e em constante renovação (células do epitélio de revestimento, hematopoéticas) 
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Classificação:
Alterações do volume celular
Hipertrofia – (hiper = excesso; trofia = nutrição): aumento do volume celular provocado pelo aumento individual do tamanho da célula, sem alteração do seu número. Comum em células permanentes ou estáveis (células musculares).
Hipotrofia - sofre agressão com diminuição do volume de uma região ou de um órgão: carência nutricional, a isquemia da região, a fatores fisiológicos (senilidade) ou por desuso do órgão (atrofia muscular).
 Em algumas situações não há diminuição do volume do órgão, mas suas células são substituídas por fibrose ou células gordurosas, constituindo também uma espécie de atrofia por haver menos células específicas
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2. Alterações da divisão celular
Hiperplasia – (hiper = excesso; plasia= formação) aumento da divisão celular com aumento do número de células parenquimatosas, que mantêm seu tamanho e função normais. Comum em células lábeis ou estáveis. 
Hipoplasia – (hipo = escassez; plasia = formação) diminuição da proliferação celular e formação deficiente de parte ou totalidade de um órgão ou tecido. 
Há diminuição do número de células, porém, estas conservam morfologia e função normais; o tecido ou órgão é que tem o volume e a função diminuídos.
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3. Alterações da diferenciação celular
Metaplasia – (meta = mudança; plasia= formação)
 as células modificam seu estado de diferenciação normal passam a adquirir características de outro tipo de célula
 Pode se desenvolver em tecidos expostos a prolongados traumatismos ou a irritações crônicas.
 Ex.: a célula cilíndrica dos epitélios respiratórios pode adquirir características de célula escamosa (semelhante a do epitélio cutâneo) - metaplasia escamosa.
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4. Alterações do crescimento e da diferenciação celular
Displasia – (dys = imperfeito; plasia = formação): proliferação celular excessiva, acompanhada de ausência ou escassez de diferenciação. Precedido por uma irritação ou inflamação crônica, o processo displásico pode regredir se retirada a causa irritante. 
Neoplasia – proliferação autônoma acompanhada de perda de diferenciação
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Hipotrofia 
redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares, resultando em diminuição do volume das células e do órgão atingidos
Fisiológica
 senilidade – redução das atividades metabólicas e do ritmo de proliferação celular
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Patológica
 inanição – deficiência nutricional
 desuso –imobilização dos músculos esqueléticos
 compressão – pressão por uma lesão expansiva
 obstrução vascular – diminuição de O2 e nutrientes
 substâncias tóxicas – bloqueiam produção de energia pelas células
 hormônios – deficiência 
 inervação – perda da estimulação nervosa (poliomielite)
 inflamações crônicas
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2. Hipertrofia
 aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares que provoca aumento volumétrico das células e dos órgãos afetados
 fornecimento de oxigênio e nutrientes de ser maior para suprir a exigência das células
Fisiológica
 musculatura uterina na gravidez
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Patológica
 hipertrofia do miocárdio – sobrecarga por obstáculo ou do volume do sangue
 hipertrofia da musculatura esquelética
 hipertrofia da musculatura lisa da parede de órgãos ocos onde há obstáculo
 hipertrofia de neurônios – células nervosas dos plexos mientéricos em caso estenose intestinal
 hipertrofia de hepatócitos - barbitúricos
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3. Hipoplasia
 diminuição da população celular de um tecido, órgão ou parte do corpo
 embriogênese - defeito de formação
 Fisiológicas
 involução do timo a partir da puberdade
Patológicas
 medula óssea – agentes tóxicos ou infecções (anemias aplásicas)
 hipoplasias de órgãos linfóides na AIDS
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4. Hiperplasia
 aumento do número de células de um órgão ou parte dele por aumento da proliferação mas com diferenciação normal
 retardo da apoptose
 Fisiológicas
 hiperplasias compensatórias e as secundárias a estimulação hormonal - útero na gravidez; mama na lactação
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Patológicas
 hiperplasias secundárias a hiperestimulação hormonal
 hiperfunção da hipófise – hiperplasia das glândulas -alvo
 aumento de estrógeno – hiperplasia da mama ou do endométrio
 inflamações crônicas – hiperplasia do epitélio ou do conjuntivo
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5. Metaplasia
 mudança de um tecido adulto (epitelial ou mesenquimal) em outro da mesma linhagem
 resulta da inativação de alguns genes e desrepressão de outros
 transdiferenciação –células epiteliais podem se diferenciar em fibroblastos
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 transformação de epitélio estratificado pavimentoso não-ceratinizado em ceratinizado – epitélio da boca ou esôfago em consequência de irritações
 epitélio pseudo estratificado ciliado em epitélio estratificado pavimentoso ceratinizado ou não – metaplasia brônquica no tabagismo
 agressões mecânicas repetidas – próteses dentárias
 irritação pelo calor prolongado – cachimbo, alimentos quentes
 irritação química persistente – ação do fumo
 inflamações crônicas – colo uterino
 leucoplasias - epitélio escamoso não-ceratinizado em ceratinizado 
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Metaplasia intestinal da porção terminal do esôfago conseqüente a esofagite de refluxo. 
Esôfago de Barret
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6. Displasias
 alterações do crescimento e da diferenciação celular acompanhada de redução ou perda da diferenciação das células afetadas
 associadas a tecido metaplásicos ou se originam dele
 displasias nos epitélios de neoplasias intra-epiteliais
 quanto mais grave a displasia maior o risco de evolui para um câncer
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NEOPLASIAS
neo = novo; plasia = formação
Proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, na qual as células reduzem ou perdem a capacidade de diferenciar, em consequência de alterações nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares
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Nomenclatura - histomorfológico
 Neoplasias benignas - acrescenta o sufixo oma ao nome do tecido de origem. 
papiloma - origem do epitélio escamoso
adenoma - origem do epitélio glandular
fibroma - do tecido conjuntivo
lipoma - do tecido adiposo
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fibroma
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EPITELIAIS
do epitélio de revestimento:
benignas - papilomas 
malignas - carcinomas
b) do epitélio glandular: 
benignas - adenomas
malignas - adenocarcinomas
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Tumores malignos - utiliza-se a expressão carcinoma - para os de origem epitelial e sarcoma - para os de origem mesenquimal.
carcinoma epidermóide - epitélio escamoso
adenocarcinoma - epitélio glandular 
fibrossarcoma - tecido conjuntivo 
osteossarcoma - tecido ósseo
 
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 Para algumas neoplasias malignas, porém, utiliza-se a regra de nomenclatura das benignas. 
linfomas - mesenquimal hematopoiética
melanoma - origem epitelial
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Diagnósticos dos processos neoplásicos:
MACROSCOPIA
a) volume: pode ser microscópico ou ocupar o órgão inteiro; o volume da neoplasia não é indicativo de prognóstico (se benigno ou maligno), pois depende do tipo de tecido e de sua localização. Os carcinomas ditos in situ, por exemplo, geralmente são microscópicos e restritos dentro do epitélio e já são considerados malignos.
b) forma: os benignos tendem a ser esféricos e com limites bem definidos; os malignos,
por sua vez, têm limites indefinidos e formato bem irregular. 
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D
B
A
C
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c) superfície: as neoplasias podem ter superfície lisa, ulcerada, necrótica, granulosa ou papilar, dependendo do tecido e da forma de crescimento.
 as neoplasias malignas, por exemplo, principalmente as epiteliais de revestimento, aparecem muitas vezes ulceradas.
 d) cor: variações de cor podem ser vistas, por exemplo, em decorrência de hemorragias ou de necrose no tecido neoplásico. 
 no caso de crescimento secundário (metástases), o tecido neoplásico pode ter cor do seu tecido de origem.
e) consistência: em geral, os tecidos neoplásicos têm consistência mais firme do que o tecido no qual está localizado. 
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MICROSCOPIA
parênquima: as células neoplásicas benignas é indistinguível da célula normal, com exceção do padrão tecidual que gera, o qual difere do normal. 
a célula neoplásica maligna apresenta modificações significativas com relação à célula normal.
b) estroma: o tecido de sustentação da neoplasia em geral não está alterado (não apresenta graus de anaplasia, ou seja, de desdiferenciação).
pode ser escasso ou exuberante, dependendo do tipo de tecido neoplásico. 
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CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS MACROSCÓPICAS
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Carcinoma epidermóide do colo e adenocarcinoma do endométrio.
 Tumores malignos mais comuns do útero. 3/4 dos carcinomas do colo uterino são do tipo epidermóide, e a quase totalidade dos carcinomas do corpo uterino originam-se no endométrio, sendo portanto adenocarcinomas. 
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O fibroadenoma é o tumor benigno mais comum da mama feminina e ocorre durante a idade fértil, mais freqüentemente antes dos 30 anos. Pode apresentar-se como massa palpável, ou ser diagnosticado na mamografia. O tumor é sensível aos níveis hormonais. Pode aumentar de volume na fase tardia do ciclo menstrual ou na lactação, e regredir na menopausa, sofrendo até calcificação. 
Alguns fibroadenomas correspondem a hiperplasias, mas muitos são neoplasias benignas verdadeiras, originadas no estroma intralobular da mama.
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Displasia mamária ou doença fibrocística.
A doença fibrocística é comum em mulheres jovens, entre 20 e 40 anos, e clinicamente se manifesta por dor na segunda metade do ciclo menstrual. À palpação da mama, nota-se nodulação ou textura granulosa, geralmente bilateral.
As causas incluem excesso de estrógenos ou uma maior resposta do tecido mamário aos estrógenos circulantes. 
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A doença fibrocística tem comportamento benigno. Contudo, quanto mais acentuados os fenômenos proliferativos do epitélio, maior o risco de transformação carcinomatosa.  
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Adenocarcinoma da mama. 
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 Superfície de corte passando pelo mamilo, o qual está totalmente infiltrado pelo tecido neoplásico. Notar o caráter infiltrativo e mal delimitado do tumor, que penetra irregularmente no tecido adiposo mamário. As estrias esbranquiçadas na região abaixo do mamilo e infiltrada pela neoplasia são constituidas por elastose ductal (deposição de material elastótico na parede de ductos mamários). 
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Birads - classificação 
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Classificação do BI-RADS
Categoria 3 – Um achado encontrado nesta categoria deve ter alta probabilidade de ser benigno. Utilizada para um achado cujas características sugerem quase certamente benignidade; contudo, porque há possibilidade muito pequena de que se trate de tumor maligno, acha-se prudente fazer seguimento em intervalo mais curto, para avaliar sua estabilidade 
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Categoria 4 – As lesões não possuem características morfológicas típicas de câncer, porém apresentam real probabilidade de serem malignas. O médico radiologista, baseado nas imagens, tem preocupação suficiente para sugerir biópsia 
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Categoria 5 – Lesões altamente sugestivas de malignidade. Suas características morfológicas apresentam alta probabilidade de serem malignas 
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Este tumor altamente maligno do estômago,não forma massa identificável. Infiltra difusamente todas as camadas da parede e todas as regiões do estômago (tipo IV na classificação de Bormann). O órgão fica espessado, enrijecido e perde as pregas da mucosa. 
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O contraste entre o tumor e os feixes musculares lembra fibras de linho. Histologicamente, o tumor é indiferenciado, constituído por células soltas arredondadas, freqüentemente com vacúolo central contendo muco (chamadas células em anel de sinete).
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Aspectos morfológicos
 macroscopia
1- nodular – massa expansiva, esférica: tumores benignos e malignos em órgãos compactos(fígado,rins, pulmões
2- vegetante- tumores benignos e malignos que crescem em superfície (pele ou mucosas) – poliposo, papilomatoso. Couve-flor. Tendem a ulcerar
3- infiltrativo – tumores malignos: infiltração maciça da região sem formar nódulos ou vegetações, tornando órgão espessado
4- ulcerado –tumores malignos; a lesão cresce infiltrando os tecidos adjacentes e ulcera-se no centro, formando uma cratera, com borda endurecidas, elevadas e irregulares
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CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS MICROSCÓPICAS 
Tumores benignos 
 células semelhantes às do tecido de origem
 núcleos não estão alterados
 há formação de um arranjo tecidual diferente 
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CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS MICROSCÓPICAS 
Tumores malignos
células e núcleos alterados: irregularidades na forma, tamanho e número
mitoses atípicas
hipercromasia nuclear - grande quantidade de cromatina
pleomorfismo (variados tamanhos e formas de núcleo e da célula como um todo)
citoplasma: relação núcleo/citoplasma alterada. 
atipia
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A origem do tumor é a mucosa gástrica, onde muitas células produzem muco. As células neoplásicas também produzem muco, que pode ser observado no citoplasma na forma de um grande vacúolo, que desloca o núcleo para a periferia. A célula pode parecer um anel, onde o núcleo forma a pedra, daí a comparação clássica com anel de sinete Contudo, as células são soltas, não constituem agregados com luz. Por isso, ficam arredondadas e podem ser confundidas, a primeira vista, com macrófagos. O que diferencia é o aspecto do núcleo, que é hipercromático e volumoso em relação ao citoplasma.  
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Características das neoplasias benignas e malignas
benignas
malignas
 taxa de crescimento
 figuras de mitose
 grau de diferenciação
Atipias
Degeneração, necrose
 tipo de crescimento
Cápsula
Limites da lesão
Feitos locais, sistêmicos
 recidiva
 metástase
Baixa
Raras
Bem diferenciadas
Raras
Ausentes
Expansivo
Presente
Bem definidos
Inexpressivos
Ausente, em geral
ausentes
alta
frequente
De bem diferenciadas/anaplasicas
frequentes
presente
infiltrativo
Ausente, em geral
imprecisos
Importantes/letais
presente
presente

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