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PROCESSO PENAL I

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Inquerito Policial - Arquivamento
1) Procedimento: Aqui se tem uma peça de investigação preliminar (como p. ex o inquerito), ou seja, trabalharemos aqui com a ideia de qlqr peça informativa, até uma mera representação que é necessária nos crimes de APPub. 
1.1) Observância do art. 28: Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Se a vitima vai ao MP e oferece representação, o promotor se quiser arquivar terá que obsvar o disposto no art. 28 (procedimento). Ressalta-se que o art. 28 nao fala "inquerito policial", mas quaisquer peça de informação ou inquerito. Recebido, portanto, um procedimento investigatorio, ele vai para o MP. 
1.2) Opções do Promotor: O MP tem 4 opções:
i) Oferecer a denúncia
ii) Requisitar a instauração de IPol nos termos da CF no art. 129. 
iii) Requisitar a realização de novas diligencias investigatorias se ele entender necessario para que haja mais elementos de convicção, tb nos termos do art. 129 da CF
iv) Pedir Arqv: se for caso de inquerito, este terá que estar terminado e relatado, nao se falando mais em trancamento, e sim arqv do inquerito. 
1.3) Delegado nao arquiva IPol: Do exposto, ja excluimos aqui o delegado de policia, pois este nao arquiva IPol, nos termos do art. 17 do CPP, ou seja, n ha nenhuma possibilidade legal do inquerito estar arquivado na delegacia de policia. Inclusive, nem cabe ao delegado pedir o arqv. 
1.4) Impossibilidade do Juiz arquivar ex officio: o Juiz n pode arquivar de ofício, ou seja, fica na dependencia do MP pedir o arqv. Nao adianta o delegado pedir, tem que ser pedido pelo MP
Ps: Crítica ao atual modelo: no BR se diz até hoje que o juiz é fiscal da regra da obrigatoriedade da ação penal pub, exercendo função anomola, por ser função judicial. A grande crítica que se faz ao artigo 28 é que ainda nao ha ação proposta. Logo, se a função é anomola, nao teria pq existir, logo o juiz deveria realizar sua funçao típica e nao anomola. 
1.5) Regra da obrigatoriedade da ação penal pub (art. 24): o MP tá obrigado a oferecer denuncia, sempre que houver justa causa (indicios de autoria e prova da existencia do crime). Sendo obrigado, a princ nao poderia pedir arqv, tendo que oferecer a denuncia. Quem fiscaliza isso é o juiz pq o MP nao pode arquivar ele proprio, pois tem q pedir ao juiz, que é quem arquiva.
Ps: Quiseram mudar o art. 28, colocando na mao do MP a questão do arquivamento, mas nao na mao de um Promotor, e sim do orgao colegiado dentro do MP, havendo via recursal obrigatoria, submetendo a um duplo grau. 
1.6) Procedimento do arqv: o MP pede o arqv, e o juiz entao tem duas possibilidades, quais sejam: ele arquiva, mas possa ser que o juiz nao concorde com o pedido do MP, entendendo que as razoes invocadas pelo MP n sao razoes que sejam corretas, do ponto de vista fatico ou juridico. Nessa segunda hipotese, o juiz mandará entao ao PGJ, já que ele nao pode obrigar o MP a oferecer denúncia. Em suma, o art. 28 diz que se o juiz n aceitar o pedido de arqv feito pelo MP, ele deverá enviar os autos para o PG
1.7) LC n. 75/93, art. 62, IV - Câmaras de Coordenação Revisão (CCR): Art. 62. Compete às Câmaras de Coordenação e Revisão: IV - manifestar-se sobre o arquivamento de inquérito policial, inquérito parlamentar ou peças de informação, exceto nos casos de competência originária do Procurador-Geral;
A LC 75 trata do MPF, portanto aqui é a Justiça Comum Federal. Quando é no MPF, o juiz federal ou ao inves de mandar para o PGR, ele manda para essa camara de coordenaçao e revisao, que é um orgao colegiado. Isso pq a LC 75, que é a lei organica do MPU, criou esse orgao colegiado para algumas das atribuiçoes, e uma delas é decidir acerca dos pedidos de arqv que foram feitos pelo PGR e que nao foram aceitos pelo juiz federal, pois era humanamente impossivel ficar na mao do PGR tdos os casos de arqv que foram solicitados ao juízes federais e que eles nao aceitassem. Assim sendo, a LC 75 criou essa Camara de Coordenação, composto por varios procuradores da republica. O Juiz manda, portanto, para a Camara de Coordenação e Revisão. 
Panorama: O juiz, nao concordando com o pedido de arqv, mandará para o PGeral se for no MPE (Justiça Estadual); se for na Justiça Comum Federal vai mandar para a camara de coordenaçao e revisao e nao ao PGR, pq a LC 75 determina isso. 
Ps: toda vez que houver conflito de atribuiçao entre MPE e MPF, é o STF quem resolverá. 
1.8) Opções do PGJ e da CCR: O PGJ ou a CCR podem tomar duas decisões:
i) Concordar com o pedido de arqv: concordando, nao ha outra solução senao o juiz arquivar o IPol. 
ii) Discordar do pedido de arqv: se achar que nao é caso de arqv, sendo caso de novas diligencias ou de denúncia. 
Ps: para denunciar Dep Fed, Senador e Ministro, so o PGR pode fazer isso. 
Ps²: Se disser que é caso de denuncia, alguem terá que fazer a denuncia, mas o problema é que quem irá receber essa denuncia é o mesmo juiz que disse que era pra ser denunciado mesmo, nos termos do art. 28, pois torna-se prevento, isso é um absurdo!!
1.9) Princípio do Promotor Natural: atualmente ha a ideia da figura do promotor natural, que é um verdadeiro princípio, como existe o princ do juiz natural, posto que estao umbilicamente ligados, pois fazem parte do DPL. O princ do juiz natural pressupoe antes o princ do promotor natural. Ou seja, quando alguem pratica o crime, é preciso que se saiba quem é o promotor com aquelas atribuições naquele momento, evitando-se a figura do promotor de "encomenda". 
1.10) Possibilidade de designação de outro promotor: O PGJ designará outro promotor (1º substituto do promotor que pediu arquivamento) se achar que é caso de oferecimento de denúncia
Ps: Todo Procurador da Repu ou Promotor tem substitutos em linha sucessória
1.10.1) Possibilidade do promotor substituto oferecer ou recusar a denuncia: Esse outro promotor pode recusar a oferecer a denuncia? 
i) Posição 1: Ha quem diga que nao poderia recusar, pois assim estaria agindo por delegaçao do promotor anterior que pediu arqv. Essa corrente é desarrazoavel na visao de Romulo. 
ii) Posição 2: se o primeiro substituto nao quiser oferecer denuncia, nao faz entao, pois a independencia funcional do MP está prevista na CF, pois a hierarquia do MP nao chega ao ponto de vc se emiscuir na funçao do MP. 
1.10.2) Possibilidade do PG nao concordar com o pedido de arqv, ele proprio faz denuncia ou designa outro: Se o primeiro substituto nao quiser denunciar, se o segundo substituto nao quiser denunciar, se o terceiro substituto nao quiser denunciar, o art. 28 dá a opçao de que se o PG nao concordar com o pedido de arqv, ele proprio faz a denuncia ou designa outro, ou seja, a primeira opção é dada ao PG fazer a denuncia. Observe-se que se o PG faz a denuncia, os promotores nao terao mais o que falar em arqv, pois a ultima palavra é do PG, ou seja, ninguem é obrigado a fazer denuncia mas tb nao pode mais pedir arqv, sendo que o proprio PG deve fazer a sua denuncia. 
2) Causas do Arqv: Basicamente, o que leva o MP a pedir o arquivamento é a falta de justa causa, pois se tem justa causa ele oferece denuncia, a nao ser que haja, ainda, a possibilidade de requisitar alguma diligencia, pois ai ele requisita ao delegado de policia ou, como o Supremo entendeu ser possivel, o proprio MP investiga, ou seja, realiza as diligencias.
3) Consequencia do Arqv (art. 18 e Sum 524): Arquivado o IPol, em princ nao pode haver o desarquivamento, vide art. 18 CPP. 
4) Possibilidade de desarquivamento
4.1) Possibilidade de novos elementos informativos: Ha uma incorreçao tecnica ao afirmar que nao haverá possibilidade de desarquivamento, salvose surgir novas provas, o que dificlmente acontecerá pois no IPol, ressalvadas as hipoteses de provas cautelares, nao repetiveis ou antecidas, nao ha produção de provas. Entao, onde se lê "novas provas", leia-se "novos elementos informativos", que se surgirem será possivel o desarquivamento do IPol ou de qlqr outra peça informativa nos termos do art. 18. 
4.2) Desarqv depende de uma decisão do juiz: Esse desarquivamento sempre dependerá de uma decisao do juiz, pois afinal de contas quem arquivou foi o juiz, pq ele quis atendendo ao pedido do MP ou pq ele foi forçado tendo em vista o parecer do PGJ ou da CCR no caso do MPF como ja visto. 
4.3) Desarqv = Necessidade de notícias de novos elementos informativos: O Art. 18 explicita a necessidade de apenas noticias de novos elementos, e nao propriamente de novos elementos.
4.4) Exercício da ação penal de inquerito anteriormente arquivado = Necessidade de novos elementos informativos: Sum 524 STF: ARQUIVADO O INQUÉRITO POLICIAL, POR DESPACHO DO JUIZ, A REQUERIMENTO DO PROMOTOR DE JUSTIÇA, NÃO PODE A AÇÃO PENAL SER INICIADA, SEM NOVAS PROVAS.
Suponhamos que foi arquivado o inquerito e o delegado soube q teria uma testemunha que teria visto o fato. Se ele investigar é aubso de poder, podendo responder por crime abuso de autoridade, vide lei 4898/65. Entao, o delegado pede ao juiz para desarquivar o IPol com base em notícias de novos elementos informativos, aí o juiz desarquiva e manda o inquerito para a delegacia e reabre as investigaçoes. Se este ato investigatorio foi realizado e houver indicios de autorias, é possivel o exercicio da açao penal, para o oferecimento da denuncia, nos termos da Sum 524 do STF, que veio complementar o art. 18, repetindo o equívoco de dizer "novas provas", pois o correto seria a "existencia de elementos informativos". 
Nao é a existencia de novas provas, mas se exige a existencia de novos elementos informativos, nao se contentando, diferentemente do art. 18, pois para reabrir o inquerito basta noticias de novos elementos informativos (art. 18), contudo, para o oferecimento da denuncia essas noticias tem que se concretizar, isto é, se transformar em indicios suficientes de autoria (justa causa), vide sum 524. 
4.5) O art. 18 é o imperativo ao delegado de policia: nao investigue, so se houver noticias
4.6) A sum 524 é o imperitivo ao MP: nao denuncie, so se houver novos elementos informativos. Isso é qst de segurança juridica 
Ex: ha 10 anos houve escandalo no CN por causa de 1 fraude onde se registra as votações do Senado. O entao presidento do Senado fraudou o sigilo do painel, juntamente com uma Secretária do Senado. Entao houve uma investigação contra esse Presidente do Senado e o PGR promoveu o arquivamento desta peça informativa, entendendo que nao havia justa causa para oferecer denuncia contra o senador. Terminou o periodo dele como PGR e assumiu outro, que solicitou o desarquivamente da peça de informação, mas o Supremo nao desarquivou dizendo que nao ha novos elementos, seguindo a sum 524. Se houve erro anteriormente, paciencia!
5) Arqv e "Coisa julgada"?
Ps: O STF tem determinado entendimento, q é absolutamente majoritario, diverso do entendimento de Romulo - que possui entendimento minoritario.
5.1) Hipóteses de coisa julgada material de um arquiv do IPol (Supremo): Poderíamos falar em coisa julgada material diante de uma decisao de um arquivamento de IPol em qualquer peça informativa, de acordo com o Supremo, em duas hipoteses apenas:
5.1.1) Quando arquiva-se o inquerito em razao da extinçao da punibilidade. Se o arquivamento deu-se em razao da extinçao da punibilidade, faz coisa julgada material, nao havendo possibilidade para o desarquivamento. 
Ex: Prescrição - reconheceu-se que o crime tá presccrito
5.1.1.1) Exceção = Morte comprovada por Certidão de obito falsa: Se deu-se o arquivamento por esse motivo (de extinção de punibilidade), o Supremo nao admite que haja o desarquivamento, mesmo com novos elementos informativos, salvo se a extinçao da punibilidade ocorreu em face da morte do agente (o que é um tanto bizarro), ou seja, o Supremo defende o desarquivamento quando a eventual morte nao ocorreu na realidade, ou seja, o juiz foi levado a erro em raza de uma certidao de obito falsa. Logo, o Supremo entende que é uma sentença mais que nula, é inexistente, destarte é um nao ato
Romulo: nao concorda com esse entendimento pq o art. 62 do CPP nao autoriza esse entendimento do Supremo, pois aduz que à vista da certidao de obito o juiz declarará a extinçao de punibilidade, ou seja, se o juiz nao tomou as cautelas devidas, problema do juiz e do Estado! Toda decisao que extingue a punibilidade cabe recurso dentro do prazo de 5 dias (art. 581, IX). Ora, se ninguem recorreu, transitou em julgado e fez coisa julgada material. O juiz, para decretar a extinção da punibilidade em razao do obito tem que tomar todos os cuidados, e se for o caso inclusive determinar a exumação do corpo, nao podendo acreditar pura e simplesmente na certidão de obito. O Supremo entende que o documento inexistente, mas o documento nao é inexistente e sim falso, devendo se declarar a falsidade. A discordancia de Romulo para com o Supremo é que o Supremo entende que se a extinção da punibilidade for em decorrencia da morte do agente e a morte dele nao ocorreu pq comprovou-se por meio de certidao de obito falsa, admite-se entao o desarquivamente, pq trata-se para o Supremo de uma sentença inexistente, e aí Romulo nao concorda, pois para ele o que resta nesse caso é processar quem praticou o falso documental. 
5.1.2) Quando o arquivamente deu-se em razao da atipicidade da conduta, isto é, o MP requereu o arquivamento e assim ocorreu pq entendeu que o fato nao era tipico, o que convenhamos que nao é algo costumeiro, pq se o fato foi alvo de uma investigação criminal é pq ele tinha alguma relevancia penal, senao o fato nao seria objeto de investigação. Nao obstante, isso acontece mto quando se aplica o princ da insignificancia, que normalmente retira a atipicidade da conduta - pois esta tem aspecto material e aspecto meramente formal. Faz coisa julgada material. 
Romulo: concorda com o entendimento
Ex: as vezes se investigaçao uma subtraçao de coisa alheia e o MP entende que se trata de uma coisa insignificante, cabendo o princ da insignificancia ou da irrelevancia da pena e pede o arquivamento.
Ps: Na maioria das vezes, nao todas as vezes, a app do princ da insignificancia retira a tipicidade - que tem aspecto material e aspecto meramente formal - da conduta, raramente retira a antijuridicidade
Resumo: Todas as vezes que o IPol é arquivado pela atipicidade da conduta, nao poderá mais ser desarquivado, ainda que surjam novos elementos informativos, ou seja, faz coisa julgada material. Essa é a posiçao do Supremo, com a qual Romulo concorda. 
Romulo: entende o seguinte: o crime é um fato tipico, antijuridico e culpavel. Se quando o fato é atipico, esta circunstancia faz coisa julgada material, entao tb a falta de antijuridicidade e culpabilidade tb se faz coisa julgada material. Ou seja, quando se arquiva o IPol com o fundamento que o fato, nd obstante ser tipico, nao é ilicito (antijuridico), ou sendo tipico e antijuridico, nao é culpavel pq falta 1 dos elementos da culpabilidade - potencial consciencia da ilicitude ou a inexigibilidade de conduta diversa -, irá ser retirada a inimputabilidade da "jogada", pq a inimputabilidade obriga o processo, pois é preciso que se processe o inimputavel para que, se for o caso, aplique-se medida de segurança. Entao, se o arquivamento ocorreu em razao do reconhecimento pelo juiz, a partir do pedido pelo MP, que o fato foi praticado sob o pare de excludente de iliciutude ou de culpabilidade, que nao seja a inimputabilidade, para romulo faz coisa julgada, tanto qnt faz a atipicidade que o Supremo reconhece. 
Qual é a diferença do ponto de vista dos elementos do crime, da atipicidade para a ilicitude? Ambos sao elementos do crime, logo se o reconhecimento da atipicidade faz coisa julgada, pq naofaria uma legitima defesa ou excludente de ilicitude ou excludente de culpabilidade (coaçao moral irresistivel, caso fortuito ou força etc.)? 
Ex: MP está diante de um IPol. O promotor tem o inquerito em maos, se vê em situaçao flagrante de legitima defesa (LD), requer o arqv, dizendo q nao tem como denunciar, pois so teria como denunciar um fato tipico, antijuridico e culpavel. Entao, se o cara praticou fato em LD nao posso denunciá-lo, posto que todo mundo pode matar alguem em LD, q é um ato licito, e é dever do MP nesses casos requerer o arqv, e é dever do Juiz arquivar. 
* Conceito de Absolvição Imprópria: É a sentença que declara que o fato cometido é típico e ilícito, mas o autor da infração penal é inimputável. Logo, o autor não precisa de cu	mprir pena pela conduta ilícita cometida. Cumprirá medida de segurança, sob forma de internação ou de tratamento ambulatorial, conforme expõe o art. 97, CP e o art. art. 386, parágrafo único, III, CPP.
Ps: A inimputabilidade, por si só, nunca pode ser motivo de arquivamento, ou seja, nao desobriga o processo no BR. A inimputabilidade so impede o processo quando for por idade, quando é o caso de menor de 18 anos, mas a inimputabilidade por doença mental, apesar de excluir a culpabilidade, nao impede, posto que obriga o processo, pois se for o caso será aplicada medida de segurança.
* Explicação sobre procedimento penal: primeiramente existe o inquerito, que so tem elementos informativos e nao tem provas, salvo os casos de provas cautelares, antecipadas e irrepetiveis. O promotor oferece a denuncia, o juiz a recebe. Olhe que o juiz nao leu prova nenhuma, apenas o inquerito. O juiz cita o reu, determinando que ele oferecesse uma resposta, chamada de Resposta Preliminar (prazo de 10 dias). Dps da resposta preliminar, abre-se para o juiz a possibilidade de 1 julgamento do processo logo, o que poderíamos comparar com o julgamento antecipado da lide, mas so comparar pq nao ha lide no proc penal, posto que nao ha pretensao resistida. 
Com fulcro no art. 397, o juiz pode, desde logo, absolver sumariamente o réu, em 4 hipoteses (incisos do art. 397): se o fato é atipico; se tiver extinta a punibilidade; se o fato n é antijuridico, ou se houver excludente de culpabilidade. Esta absolvição sumaria cabe apelação no prazo de 5 dias, se nao apelar nesse prazo, far-se-á coisa julgada material. 
Questão: Pergunta-se: o juiz absolveu sumariamente com base em que material fatico, foi com base em alguma prova? Nao. Logo, qual seria a diferença, do ponto de vista de conteudo, dessa sentença absolutoria para a decisao de arqv? Pois reconheceu em ambas, p. ex, a legitima defesa com base no mesmo material colhido na delegacia de polícia. O juiz disse, na absolvição sumaria, a mesma coisa que ele disse ao arquivar, examinando o mesmo material, as mesmas testemunhas, so mudando uma palavra: la ele disse "absolvo sumariamente", e aqui ele disse "arquivo o Ipol". Diferenciar essas duas situações do ponto de visto de conteudo é provocar insegurança juridica na visao de romulo. 
Resumo: o arquivamento gera a impossibilidade do desarquivamento, a nao ser que surja noticias de novo elementos informativos, que se dessas noticias surgirem novos elementos, é possivel ate a instauraçao da açao penal. Em relação a possibilidade do desarquivamento, quando o arqv deu-se em razao da atipicidade e da extinçao da punibilidade, o STF nao admite, ainda que surjam novos elementos, a nao ser o caso do morte do agente em razao da certidao de obito falsa. Caso o arquivamento deveu-se ao pedido do MP em virtude de uma excludente de licitude e de culpabildiade, a doutrina e a Jurisprudencia admite o desarquivamento se surgerem novas notícias de elementos informativos novos, nos termos do art. 18. Em suma, o Supremo reconhece que faz coisa julgada quando se reconhece a atipicidade ou quando ha a extinção da punibilidade. 
6) Arqv Implicito: Romulo entende que essa figura inexiste no BR, como entende o STF. 
6.1) Inexistencia do Arqv Implicito. Possibilidade de aditamento da denuncia: Em suma, nao ha arquivamento implicito, logo a denuncia poderá ser aditada. 
6.1.1) Aditamento da denuncia: a qualquer momento outro promotor poderá aditar a denuncia no mesmo processo, isto é, fazer uma peça acusatória complementar. Se o processo ja tiver terminado, pode oferecer nova denuncia, devendo obedecer a regra da obrigatoriedade da APP, oferecendo a denuncia a qualquer momento, ate que ele esteja prescrito. Logo, pode ser oferecida nova denuncia em outro processo ou, de preferencia, para evitar decisoes conflitantes, ja que ha uma continencia, aditar a denuncia no mesmo processo. 
6.2) Supremo = Afasta-se o Arqv Implicito por causa do art. 24 do CPP: O Supremo utilizou do CPP para afastar o arqv implicito, mas tem a CF para afastar e nao usou ela. Assim sendo, disse o Supremo disse que vige a regra da obrigatoriedade da Ação Penal Pública prevista no art. 24 do CPP, em que o MP é obrigado a oferecer a denuncia. Destarte, o arqv implicito fere em cheio essa regra, que alguns chamam inclusive de Princípio da Obrigatoriedade da APP. 
6.3) Romulo = Afasta-se o Arqv Implicito por causa de dispositivos cttnais: Para Romulo, o arqv implicito fere a CF em 2 dispositivos: o dispositivo cttnal que exige que toda decisao judicial seja fundamentada (art. 93, IX) e o dispositivo cttnal que está no Capítulo que trata do MP, exigindo que toda manifestação processual do MP seja fundamentada, nos termos do art. 129, XIII e, outrossim, §4º do mesmo artigo, que diz que aplica-se ao MP o disposto no art. 93, inclusive o inciso IX que diz que todas as decisoes judiciais devem ser fundamentadas. Logo, se todo parecer do MP tem q ser fundamentado, nao tem como admitir o pedido de arqv implicito do MP. Desse modo, o Supremo, para Romulo, para afastar o arqv implicito deveria invocar a CF, e nao uma regra infracttnal, que é a do art. 24 do CPP. 
24, CPP; CF - 93, IX; 129, XIII; 129§4º
Questão: contou a historia que tinha o cara que traficava drogas, Breno. O vizinho comprava drogas de Breno. A PFed, por ser crime que havia transnacionalidade, tinha atribuição para o IPol. O vizinho comprava por sua vez drogas na mao de renata tb, logo eram dois traficantes. Nada obstante serem dois traficantes, o PGR so denunciou Breno, nao denunciando Renata. O que fazer o juiz? Isso é que alguns chamam de arqv implicito. Renata disse q o promotor nao ofereceu denuncia contra mim, apenas contra breno, logo para mim ele pediu arquivamento implicitamente, pois tinha os elementos todos em meu desfavor, eu fui indiciada e ele nao falou nada na denuncia, pois ele era obrigado a falar algo, seja para oferecer denuncia, seja para requisitar novas diligencias ou para pedir, explicitamente, o arqv. O juiz fez o que? Nada, recebeu a denuncia em relação a Breno. Se aceito o pedido de arqv "implicito", renata estaria livre de denuncia, a nao ser q surgisse novas noticias de novos elementos informativos. Entao, o que o juiz deve fazer ao receber uma denuncia em q o promotor nao ofereceu denuncia para um dos traficantes? Romulo entende que se ele fosse o juiz nao faria nada, sendo assim receberia a denuncia pq o promotor acusou Breno de trafico de drogas, olharia se tem indicios de autorias e caso tivesse recebia. Quanto a renata, romulo nao se meteria na acusação, problema do MP entao. Outro promotor poderia fazer peça acusatoria complementar e dizer que Renata é tb suspostamente traficante de drogas, pois é um caso de continencia processual.
Ps: Nesses casos, costumeiramente no BR o juiz manda para o chefe do Promotor (PGeral), dizendo que o promotor nao ofereceu denuncia contra uma das partes, ferindo assim o sistema acusatorio, posto que acabou com a imparcialidade dele. Usa por analogia o art. 28.
7) Arqv Indireto: Não é arquivamento, pq se fosse nao tinha esse nome
7.1) Tramitação atual: Quando o delegado termina o inquerito, ele deve remeter ao juiz, nos termos do art. 10. O juiz manda para o MP. Do exposto, percebe-se que é uma coisa burocratica,pq nao tem necessidade de mandar para o juiz. O MP aí analisa o IPol e percebe nao ter atribuiçao para esse caso p. ex, entendendo que p. ex o caso é de atribuição de outro MP, cm o MPFederal.
7.2) "Conceito" de Arqv Indireto: toda vez q o promotor requerer ao juiz que remeta um inquerito q ta em sua mao para outro promotor, ele estaria requerendo um arqv indireto, mas isso nao é verdade, pq ao fazer isso ele tá quererendo que outro promotor analise o IPol por achar que ele n tem atrbuições. 
Criaram essa ideia de quando o promotor requer ao juiz que mande inquerito para outro promotor, o juiz poderia n concordar com ele, usando por analogia o art. 28 e mandaria para o PGJ. Mas isso é algo artificial pra dizer que tao pedindo arqv indireto, pois o juiz n tem nada a ver com a atribuiçao do MP, visto que ele é dono de sua cptencia, e o MP é dono de suas atribuições. 
7.3) Central de Inquéritos: É impossível ter o arqv indireto atualmente nas capitais do BR. Ha uns 10 anos p. ex foi criada em SSA um orgao dentro do MP chamado de central de inqueritos, possibilitando que o IPol tramitasse da policia para o MP, copiando isso do RJ. Para se fazer isso, foi preciso um convenio, que dura até hoje, onde cada uma das partes abriu mao de alguma coisa: a policia abriu mao de mandar o inquerito para a Justiça, mandando para o MP; o juiz abriu mao de receber o inquerito; e o MP aceitou e criou as condiçoes materiais para isso, daí criou-se a Central de Inquerito. 
Ps: Policia nao tem obrigaçao de mandar o inquerito para o MP, de acordo com o CPP. 
Nao existe arquivamento indireto mais pq esse convenio possibilitou a criação de centrais de inquerito nas grandes comarcas, entao hoje tramita o inquerito diretamente entre a policia e a central de inqueritos. Quando o promotor da central de inqueritos entende que nao tem atribuiçao para oficiar determinado inquerito, ele dá um parecer emtindo p. ex dizendo que é de atribuição de outro promotor. 
7.4) Importancia do PL de Reforma do CPP: O PL de Reforma do CPP acaba com essa historia de tramitar inquerito entre policia e juiz. 
Enquanto nao acaba, na maioria das comarcas do BR ainda passa pelo juiz, pois nao ha estrutura de central de inquerito, e tb pq policia nao manda para o MP o inquerito, até pq nao pode mandar, pois para mandar para o MP teria que ter uma estrutura (protocolo) que hoje nao se tem na maioria das comarcas. Quando o inquerito passa pelo cartorio, tem que passar pelo juiz para o juiz dar o despacho, pois o juiz é o chefe do serviço cartorario.
7.5) Necessidade do promotor que se declara sem atribuição para o Inquerito, passar pelo juiz para remeter a outro promotor ou PGR: Se o promotor entender que nao é de sua atribuiçao o inquerito em tela, para remeter a outro promotor ou PGR, ele terá que passar pelo juiz, pq ele n pode mandar diretamente pro outro promotor, tendo que tramitar pelo juiz. 
Nesse momento em que chega ao juiz, este nao poderá se dá ou nao por competente, pois nao ha que se falar em competencia nesse momento. O juiz, nos termos do art. 109, dar-se-á por incompetente em qualquer fase do processo, mas nesse caso nao ha processo ainda, apenas IPol. O juiz poderá se dá por incompetente quando o promotor oferecer denuncia, mas antes nao. 
Ps: PGeral so poderia dizer a atribuiçao do promotor se houve conflito de atribuiçao entre dois promotores
8) Arqv pelo Procurador Geral
8.1) Competencia por prerro de foro: tem algumas pss que tem prerro de foro, isto é, sao processadas e julgadas originariamente por um tribunal (TJ, TRF, STJ, TRE ou STF)
8.2) Atribuição do oferecimento da denuncia é do PGJ ou PGR se for em relação a sujeitos com prerro de foro: Quando o sujeito tem prerro de foro junto ao STF e aos TJ Estaduais, quem poderá oferecer a denuncia é so uma pessoa e mais ninguem, a nao ser que seja outro agindo por delegaçao. 
8.2.1) Se for junto ao Supremo, é o PGR, vide art. 102,I, CF, que prevê quem possui prerro de foro junto ao STF. 
8.2.2) Se a competencia for do TJ do Estado, so o PG de Justiça poderá denunciar, a nao ser q haja delegaçao. 
Ex: juiz de direito, promotor de justiça, PGJ, vice-governador, prefeito, secretário de estado, PGE. 
Ex: na Bahia ha delegaçao para se oferecer denuncia contra prefeito, logo quem a oferece na Bahia nao é PGJ. 
8.3) PGR ou PGJ = Desnecessidade de requerer arqv: Quando a atribuiçao para oferecer denuncia recai no PGR ou no PGJ eles nao precisarao requerer o arquivamento a respectiva corte, pois promoverá o arquivamento ele mesmo. 
Na verdade, tecnicamente, o PGJ ou PGR sequer precisaria promover o arquivamento junto ao PJud, isso pq funciona da seguinte forma no BR: vc pede o arquivamento ao juiz pq o juiz pode discordar. Se discordar, manda para o chefe de quem pediu o arqv, mas nesse caso o PGJ ou PGR já é o chefe. O *art. 62 da LC 75*, é bem claro ao dizer que caberá à Camara de Coordenaçao e revisao rever os casos de arqv, ressalvados os pedidos do PGR, pois quando o pedido for do PGR o Supremo nao poderá dizer nada. 
(art. 62 da LC 75 - disse que vai cobrar na prova) 
Panorama: Portanto, se o PGR quiser arquivar o procedimento nesses casos, o Supremo nao poderá fazer nada, pois ninguem poderia fazer a denuncia nesse caso. A mesma coisa se dá com o PGJ, pois se ele determinar o arqv de 1 peça procedimental relativa a alguem que tem prerro de foro, o tribunal nao poderá fazer nada, absolutamente nd. Ou seja, sob pena de criar-se crise institucional, o Supremo ou TJE sempre homologará, respectivamente, o arquivamento do PGR ou PGJ nessas situações. 
Ps: em SSA p. ex o PGJ arquiva-se intra muros, nem passando pelo TJ. 
Romulo: entende que nao tem cmo passar pelo PJud nessas situaçoes, tendo que estar dentro do MP, sendo que o PGJ e PGR tem a ultima palavra, ou senao acabe com a prerrogativa de foro. 
Ps²: nem a titutalidade de APP, tampouco a prerrogativa de foro, sao clausulas petreas na CF.
8.2.4) Investigação Supervisionada: qm tem prerro de foro n é investigado pela policia, salvo se o orgao q tem cptencia para julgamento permitir. Quem tem prerro de foro é investigado pelo respectivo orgao jurisdicional, ou seja, sob a supervisao. Aqui nao existe IPol, chama-se de Investigação Supervisionada. Em suma, é a possibilidade de investigação pelo proprio judiciario. 
8.2.5) Promotor de Justiça = Investigado pelo PGJ. Membro do MPU = Investigado pelo PGR: promotor de justiça é investigado pelo PGJ, assim como membro do MPU é investigado pelo PGR, n passando pela supervisao de ninguem, nem do TRF e nem do TJ.

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