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DIREITO DO TRABALHO SEMANA 08 DESCRIÇÃO: 1) Luciano, chefe de departamento de uma grande rede de supermercados, após quatro anos e meio de vínculo de emprego, foi promovido ao posto de gerente, sendo designado para atuar em outra filial da empresa, instalada na periferia da mesma cidade onde possui domicílio, com plenos poderes de gestão e representação. Com a promoção, ele passou a perceber gratificação adicional de função, equivalente a 80% de sua anterior remuneração. Passados onze anos de vigência dessa situação, resolveu a empresa destituir Luciano do posto gerencial, revertendo-o ao seu cargo efetivo sem justo motivo e suprimindo a gratificação de função. Em seguida, após cinco meses de trabalho, Luciano é dispensado sem justa causa, percebendo as verbas resultantes da rescisão do contrato de trabalho. Com base na situação hipotética apresentada e à luz do direito vigente, responda fundamentadamente: a) Luciano faz jus ao pagamento do adicional de transferência previsto no §3º do art.469 da CLT? Por quê? Não, Luciano não faz jus ao pagamento de adicional de transferência. O artigo 469 da CLT é claro ao definir: “Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio”. Ademais, com vistas ao disposto no §1º do mesmo artigo, como o empregado foi promovido ao cargo de gerente, ou seja, passou a exercer cargo de confiança, não estaria ele compreendido na proibição de transferência. Sendo assim, não há que se falar em pagamento de adicional a Luciano. b) Deveria ser mantido o pagamento dagratificação de função ao Luciano, referente aos últimos 5 meses do pacto laboral, após a sua destituição do posto de gerente? Justifique, apontando o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho sobre o tema. Sim, o pagamento a Luciano da gratificação de função deveria ser mantido. O TST firmou entendimento, por meio da Súmula 372, item I, que, após dez anos exercendo a função de confiança, o empregado tem direito adquirido à gratificação, não podendo, desse modo, ser retirada. QUESTÃO OBJETIVA 1) FGV/OAB - Relativamente à alteração do contrato de trabalho, é correto afirmar que a) é considerada alteração unilateral vedada em lei a determinação ao empregador para que o empregado com mais de dez anos na função reverta ao cargo efetivo. b) o empregador pode sem a anuência do empregado exercente de cargo de confiança, transferi-lo, com mudança de domicílio, para localidade diversa da que resultar do contrato, independentemente de real necessidade do serviço. c) o empregador pode, sem a anuência do empregado cujo contrato tenha como condições, implícitas ou explícitas, transferem-lo, com mudança de domicílio, para localidade diversa da que resultar do contrato, no caso de real necessidade do serviço. d) o adicional de 25% é devido nas transferências provisórias e definitivas.
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