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Artigo Avenida Paulista

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AVENIDA PAULISTA: UM SIMBOLO DO CAPITALISMO
	Alex Costa Pereira¹
 Faculdade da Aldeia de Carapicuíba
 Rebeca Eugênia de Castro²
 Faculdade da Aldeia de Carapicuíba
 
 
RESUMO
Este artigo tem como objetivo principal realizar uma análise sobre o crescimento da Avenida Paulista, na cidade e capital de São Paulo. Tendo como base teórico-metodológica as diferentes Teorias Econômicas, numa vertente de análise crítica, para a discussão de sua importância para o crescimento econômico do Estado de São Paulo e usando como referência direta ao poder dos sujeitos ligados ao progresso, a Avenida Paulista, como ponto estratégico para a tomada de decisões acerca da produção cafeeira e também como símbolo de poder que é, há décadas, do desenvolvimento econômico do país, Brasil, porém para tal, iremos nos restringir a nível estadual, como ponto central de estudo desse artigo. Diferentes períodos serão analisados, porém seguindo como linha do tempo, o nascimento e crescimento da Avenida.
Palavras-chave: Avenida Paulista, Desenvolvimento, Teorias Econômicas, Território, São Paulo.
	__________________________________
 Graduando no curso de Licenciatura em Geografia 
2 Professor Orientador
ABSTRACT 
This article has as main objective to conduct a review on the growth of the Paulista Avenue, in the city and the capital of São Paulo. Theoretical-methodological basis the different economic theories, a strand of critical analysis for discussion of your importance to the economic growth of the State of São Paulo and using as a direct reference to the power of subjects linked to the progress, Avenida Paulista, as a strategic point for decision-making about coffee production and also as a symbol of power that is, for decades, the economic development of the country, Brazil, but to do so, we will restrict the State level, as central point of study of this article. Different periods will be analyzed, but following as timeline, the birth and growth of the Avenue. Keywords: Avenida Paulista, development, economic theories, Territory, São Paulo.
 ______________________________
 Graduando no curso de Licenciatura em Geografia 
2 Professor Orientador
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo ancora-se no pressuposto de que as diferentes épocas de seu desenvolvimento econômico, a mesma apresentou significante importância como símbolo de poder econômico e social e foi palco de importantes fatos históricos relevantes para o entendimento do progresso econômico do estado de São Paulo. Numa primeira parte, são apresentadas as ideias que pautam o avanço da economia paulista sob as teorias liberais e neoliberais e a importância da produção do café como impulsionador deste crescimento e sua conexão direta com as diferentes periodizações técnicas do território brasileiro e uma breve apresentação histórica sobre a avenida em si. Na segunda parte, apresentamos a relação direta e indireta do nascimento e desenvolvimento da Avenida Paulista sob as teorias anteriormente discutidas. Seguiremos como linha do tempo a ser vista aqui, o nascimento e crescimento da Avenida Paulista até o presente momento conforme as teorias analisadas.
Para tal, optamos pelo recorte histórico, entre 1880 e 1990, que abrange desde um pouco antes de sua inauguração até a atualidade, pois acreditamos que este recorte histórico dê conta de mostrar os movimentos de transição da expansão econômica nos diferentes momentos históricos vividos na produção do Estado Paulista. Sendo este ícone urbano como elemento de reflexão acerca dos temas aqui propostos.
Do ponto de vista prático, ela pretende examinar empiricamente a questão do benefício das mudanças socioeconômicas. Em outras palavras, diversos estudiosos com suas teorias econômicas podem representar o desenvolvimento e importância da “Paulista”, como símbolo de poder econômico.
2. LIBERALISMO CLÁSSICO
Segundo os teóricos liberais clássicos David Ricardo, Adam Smith, John Locke, Thomas Malthus e dentre outros, definem que liberalismo tradicional ou liberalismo de mercado é uma doutrina cuja principal característica é a defesa da liberdade individual, com limitação do poder do Estado pelo império da lei à igualdade de todos perante a lei e o direito de propriedade privada.
De acordo com Huberman (1981), os economistas, na época da revolução industrial discutiam em suas pesquisas essas leis e os problemas por eles tratados eram pautados por necessidades dos industriais daquele lugar e naquele tempo. Por isso suas doutrinas atingiram poderosos grupos na sociedade, que aceitavam ou rejeitavam essas leis de acordo com seus interesses, e viviam a “verdade” daquela luz, que depois da revolução comercial, veio em síntese, o mercantilismo, condições da época por parte da Revolução Industrial, a “Economia Clássica”.
Agindo com certos princípios gerais fundamentais, o homem de negócios estava atento a grandes oportunidades, um grande “Desejo de Lucro”. Havia ainda um conforto a esse homem de negócios, acreditava-se que, ao procurar seu lucro estavam ajudando o Estado... “Toda pessoa empenha-se sempre á encontrar um emprego mais vantajoso para o capital em que dispõe; Mas o estudo de sua vantagem pessoal, naturalmente o leva a preferir o emprego mais vantajoso para a sociedade.” Ou seja, o bem-estar da sociedade está ligado diretamente ao indivíduo.
Vivenciamos assim um longo processo de desenvolvimento e muitas e significativas transformações nos meios de comunicações e nos modos de produção em um longo processo Político. A partir daí uma relação Mundo-Meio é posta em posição-oposição.
3. A IMPORTÂNCIA DO ENTEDIMENTO DA MOEDA E DO CRÉDITO.
Para entendermos como se precedeu o avanço da burguesia e suas leis de mercado sobre a vida do homem, devemos entender o funcionamento da moeda e do crédito. Apesar das inúmeras modificações ao longo da história (sal, bois etc.), a moeda-mercadoria, através de consenso geral, passa a ser a prata e o ouro, devido sua praticidade. A existência de uma moeda dá abertura para o surgimento do crédito. Entende-se por crédito o empréstimo de determinada quantia, a qual o devedor, conforme acordado, deve devolvê-la com juros posteriormente. Visto que o transporte da moeda-mercadoria era arriscado (roubos/perda), criam-se os instrumentos de crédito, os quais substituíam a moeda pela letra de câmbio, a qual posteriormente poderia ser convertida em ouro. Podemos entender essa “garantia” como uma segunda moeda, que é a representação da primeira, uma moeda-símbolo. (SINGER, 1988 p. 46).
4. O DESENVOLVIMENTO DAS TÉCNICAS
Para um melhor entendimento do porque as coisas chegaram aonde chegaram, temos que entender que durante a história do homem, este apresentou diferentes formas de moldar o espaço e alterar a paisagem, as técnicas foram e continuam sendo o artifício encontrado para o desenvolvimento da sociedade capitalista, sendo que Milton Santos definiu períodos, sistemas temporais, que coincidem com a modernização das técnicas empregadas.
Para este artigo, nos atemos ao quarto e quinto período, em especial para o quarto, pois este correspondeu à emergência do espaço mecanizado, com a introdução de objetos e sistemas que provocaram a inserção das tecnologias no meio produtivo. Podemos citar como exemplo mais determinante a I Revolução Industrial, mesmo que antes disso já houvesse algumas técnicas em que a atuação mecânica existisse e agisse sobre o meio geográfico.
Assim, nesse período, ocorreu uma crescente forma de substituição ou de sobreposição dos objetos técnicos sobre os objetos culturais e naturais, mesmo que essa substituição não tenha se manifestado de forma igualitária, justa e homogênea nas diferentes regiões e territórios. Nesse momento, a Divisão Internacional do Trabalho intensificou-se,bem como a dependência das atividades humanas sobre o uso de maquinários e instrumentos.
No quinto e atual período proposto por Santos, houve uma união entre a ciência e a técnica, aliada diretamente para o funcionamento e manutenção do sistema capitalista vigente, a Globalização, que graças aos avanços tecnológicos intensifica-se. 
Santos afirma:
Esta instantaneidade e universalidade na propagação de certas modernizações desmantelam a organização do espaço anterior. Constitui, sobretudo, um fator de dispersão que se opõe de uma forma muito clara aos fatores de concentração conhecidos nos períodos anteriores. SANTOS (1997, p 29).
A velocidade a incorporação sempre crescente de novos capitais fixos ao território (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, instalações fabris etc.), a chegada e dispersão das técnicas de comunicação e informação etc. vão dar a este período uma forma nova que o diferencia dos demais.
5. AVENIDA PAULISTA
Como proposto inicialmente, este artigo tem como um dos pontos a serem discutidos, relacionar a importância da Avenida Paulista como símbolo do Capitalismo. A escolha da Paulista, dentre tantos outros locais importantes da cidade de São Paulo, concretizou-se por ser um reflexo de diferentes momentos diferentes da expansão dos diferentes períodos da expansão do capital em constante metamorfose e que possui uma forte simbologia para a grande maioria dos cidadãos. Assim, dentre os principais fatores para tal transformação, estão a expansão da lavoura da cafeeira paulista, o início da industrialização a custo dos capitais acumulados durante anos pelos magnatas do café, conhecidos como Barões do Café, a migração estrangeira, o capital estrangeiro.
Por este e outrosmotivos, a Paulista reflete a rápida transformação, moldada sob os moldes franceses de exibição do poder do capital. Inaugurada em 1891 e projetada pelo engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima, foi palco da migração dos barões do café vindos do interior paulista. 
Planta 1 – Loteamento da Avenida Paulista
FONTE: TOLEDO, Benedito Lima de. Álbum Iconográfico da Avenida Paulista. São Paulo. ExLibris, 1987, p.17.
Percebemos em sua planta que o loteamento da Paulista possui características bem especificas, chamando a atenção para sua extensão e o tamanho dos lotes, que se destinavam a grandes construções e também o grande destaque dado a própria avenida, pois as paralelas e transversais não possuem as mesmas dimensões.
Segundo SHIBAKI: 
Essas atividades urbanizadoras faziam parte de uma atividade empresarial ampla, sendo mais uma opção para a acumulação de capital de um grupo de empreendedores que atuavam em diversas áreas, como indústrias e ferrovias, por exemplo, inclusive em órgãos públicos, tendo consciência de que a incorporação do processo de produção do espaço urbano em São Paulo serviria como um importante circuito de reprodução de capital. SHIBAKI (2007, p 38).
Assim sendo um processo de maestria da propriedade privada, transformando a terra em mercadoria, conforme visto com as teorias dos liberais clássicos como Adam Smith.
A Paulista não era habitada somente pelos Barões do Café, mas também por imigrantes estrangeiros, convivendo no local, além da elite oligárquica “tradicional”, os fazendeiros e nova elite, enriquecidos pela indústria e o comércio.
Seguindo a linha do tempo proposta conforme os ciclos do capitalismo, a avenida começou a se verticalizar na década de 1950, antes então proibido, e o início do comércio se deu na década de 1960, com as mansões sendo substituídas pelos prédios residências e comerciais.
Na década de 1990, com a globalização desenfreada, a Avenida Paulista ganhou o apelido de “Wall Street Brasileira”, por sua importância comercial e financeira.
Há muito tempo ela vem crescendo em ritmo acelerado e continua sendo muito importante para as atenções políticas, econômicas e culturais da cidade, por onde circulam mais de 1 milhão de pessoas, mais de 100 mil veículos, concentrando também cinemas, museus, centros culturais, bancos, empresas nacionais e internacionais, edifícios de alta tecnologia e as sofisticadas estações metroviárias que mostram uma avenida de primeiro mundo.
6. CRONOLOGIA
1891 - Dia 8 de dezembro – Inauguração da Avenida Paulista
1891 – Construção da residência do Conde Francisco Matarazzo, projeto dos arquitetos italianos Giulio Saltini e Luigi Mancini.
1900 – Eletrificação da avenida e inauguração do bonde elétrico.
1904 – É iniciada a construção do primeiro edifício da Maternidade de São Paulo.
1906 – Inauguração do Sanatório Santa Catarina, o mais antigo hospital particular da cidade de São Paulo, que teve como primeiro diretor clínico o austríaco Walter Seng.
1908 – O prefeito Conselheiro Antônio Prado realiza a primeira transformação no arruamento, alargando os passeios.
1909 – A Avenida Paulista é a primeira via pública asfaltada de São Paulo, com material importado da Alemanha.
1916 – O prefeito Washington Luís inaugura o Belvedere Trianon e o novo sistema de iluminação elétrica.
1927/30 – Alteração do nome da Avenida Paulista para Avenida Carlos de Campos, nome do ex – governador do estado de São Paulo.
1935 – Construção da Casas da Rosas, projeto de Ramos de Azevedo para sua filha Lúcia de Azevedo Dias de Castro, tombada pelo Condephaat em 1986.
1938 – Inauguração do túnel da Avenida 9 de Julho.
1950 – Demolição do Belvedere Trianon.
1951 – I Bienal Internacional de São Paulo realizada no Pavilhão Trianon.
1952 – A legislação municipal permite a construção e instalação de prédios institucionais e de serviços na Avenida Paulista.
1956 – Inauguração do Conjunto Nacional, projeto de David Libeskind.
1957 – Abertura do restaurante Fasano.
1961 – Inauguração do Cine Astor.
1962 – Modificação de legislação municipal, autorizando o funcionamento de lojas e edifícios comerciais.
1968 – Retirada dos bondes elétricos da avenida. Inauguração do Masp – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, projeto de Lina Bo Bardi.
1972 – O prefeito Figueiredo Ferraz inaugura o Complexo Viário.
1974 – O prefeito Olavo Egydio Setúbal inicia as obras de alargamento da Avenida Paulista.
1979 - Instalação da Fiesp/Ciesp.
1982 – São demolidos os últimos casarões significativos da avenida.
1986 – Inauguração das sedes dos bancos Sudameris e Citibank, projetos do arquiteto Gian Carlo Gasperini.
1990 – Campanha realizada pelo Banco Itaú e Rede Globo elege a Avenida Paulista como “Símbolo da Cidade”. Inauguração do Shopping Paulista. Inicio das operações do Metrô – Ramal paulista.
1991 – Em novembro, a Praça Marechal Cordeiro de Farias é reformada e ampliada para a comemoração do centenário da Paulista. No dia 8 de dezembro, é comemorado o Centenário da Avenida Paulista.
CONSIDERAÇÕES FINAIS	
Neste trabalho, discutimos a relevância da Avenida Paulista como símbolo do poder do capital. Com diversas fases de expansão conforme as necessidades do capitalismo pulsante, a Paulista é reflexo de uma cidade que mostrou rápidas transformações.
Como relacionado, vimos em sua construção uma conexão direta e indireta com o mercado em suas diferentes fases e as teorias aqui apresentadas do funcionamento do sistema capitalista.
A paulista foi palco da evolução do poder dos donos do capital, os quais buscavam com seus meios de produção, rurais e industriais, o melhoramento das técnicas empregadas visando o aumento do lucro. Porém, não menos, não deixou de ser um local de exibição do capitalismo, com suas grandes corporações transnacionais em épocas mais recentes e sua conseqüente verticalização a partir da metade do século XX.
ANEXOS
Referências
http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/historia/fatos_historicos/index.php?p=5302. Acessado em 26/11/2015
HUBERMAN, Leo. “Leis Naturais” de quem?. Cap. XVII. P 211-227. São Paulo. 1981. Zahar Editores.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. Técnica e tempo. Razão e emoção São Paulo. 1996. Hucitec.
SINGER, Paul. AprenderEconomia. Cap. 2: Moeda e crédito. São Paulo, Brasiliense, 1988.
SHIBAKI, Viviane Veiga. Avenida Paulista: da formação à consolidação de um ícone da metrópole de São Paulo. São Paulo. 2007. FFLCH.

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