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Prof.Francisco Grillo 1- Atendimento Inicial do Trauma; 2- Traumatismo Crânio Encefálico (TCE); 3- Traumatismo Raquimedular (TRM); 4- Trauma de Tórax; Trauma 1.1.Definição É uma lesão definida como comprometimento acidental ou intencional do corpo resultante da exposição aguda como: Energia térmica; Mecânica; Elétrica; Química 1.2.Mecanismo da lesão Ajuda explicar o tipo de lesão,prever o resultado eventual e identificar as combinações de lesões comuns; Prever que uma lesão pode existir em uma vitima de trauma,sem os sinais clássicos; O mecanismo da lesão está relacionado como o tipo de impacto que provocou a lesão e o tipo de resposta tecidual; O efeito da lesão também depende de fatores pessoais e ambientais,como idade,sexo,presença ou não de processos patológicos subjacentes e a região geográfica; A força de impacto pode ser penetrante ou não. 1.3.Tipos de lesão Lesão fechada; Lesão penetrante Lesão Fechada Os mecanismos da lesão fechada incluem: CVAM (colisão com veículos automotores); Quedas; Agressões; Esportes de contato. As lesões por aceleração e desaceleração,são as causas mais comuns de trauma fechado. Arma Branca Uma ferida por arma branca ou empalação é uma lesão de baixa velocidade.Os principais determinantes são: Comprimento,largura e trajetória do objeto penetrante; Presença de órgãos vitais 1.4.Tratamento Pré-Hospitalar O paciente vítima de trauma tem maior probabilidade de resultado positivo quando o cuidado definitivo é iniciado na primeira hora da lesão. Hoje temos duas concepções a respeito do tratamento pré-hospitalar: “Ficar e atuar”; “Juntar e correr” As orientações do ATLS (Suporte Avançado de Vida no Trauma),dizem que a ênfase da avaliação e do tratamento na fase pré-hospitalar deverá seguir os seguintes passos: Manutenção das vias aéreas e garantia da ventilação adequada; Controle do sangramento e prevenção do choque; Manutenção da imobilização da coluna vertebral e transporte imediato do paciente para instituição hospitalar. Avaliação e Tratamento iniciais do paciente com trauma Parâmetro Avaliação Intervenções Via aérea (Airway) Troca de ar; Permeabilidade Levantamento da mandíbula; Remoção de corpos estranhos; Aspiração; Via aérea oro ou nasofaringe; Intubação; Cricotireotomia Parâmetro Avaliação Intervenções Respiração (Breathing) Respirações (freqüência,profundidade, esforço) Coloração; Murmúrio vesicular Movimento e integridade da parede torácica; Posição da traquéia Oxigênio suplementar; Ventilação com dispositivo de bolsa- válvula (ambu); Tratamento das condições com risco de morte (p.ex. pneumotórax hipertensivo Parâmetro Avaliação Intervenções Circulação (Circulation) Pulso,pressão arterial; Enchimento capilar; Sangramento externo óbvio; Eletrocardiograma Controle da hemorragia:pressão direta,elevação do membro; Terapia intravenosa; Tratamento das condições de risco de vida (p. ex. tamponamento cardíaco) Reanimação da PCR Incapacidade (Disabillity) Exposição (Exposure) 2.1.Introdução O traumatismo crânio encefálico (TCE) é importante causa de morte e de deficiência física e mental, superado apenas pelo acidente vascular cerebral (AVC) como patologia neurológica com maior impacto na qualidade de vida. Os principais determinantes das conseqüências do trauma no SNC são: A localização anatômica da lesão; Capacidade limitada do encéfalo para realização do reparo funcional. 2.2.Epidemiologia Cerca de 50% das mortes por trauma ocorrem devido a trauma cranioencefálico (TCE),sendo que a cada 15 minutos ocorre um evento,e destes 1 doente morre a cada 12 minutos. Aproximadamente 60% das vitimas de TCE que sobrevivem têm seqüelas definitivas como déficit motor ou/ cognitivo,trazendo grande impacto socioeconômico. 2.3.Classificação Os TCEs podem ser classificados em três tipos, de acordo com a natureza do ferimento do crânio: 2.3.1. Traumatismo craniano fechado; 2.3.2. Fratura com afundamento do crânio; 2.3.3. Fratura exposta do crânio. 2.3.1. Traumatismo craniano fechado É caracterizado por ausência de ferimentos no crânio ou, quando muito, fratura linear. Quando não há lesão estrutural macroscópica do encéfalo, o traumatismo craniano fechado é chamado de concussão. Concussão É uma síndrome clínica,de alteração de consciência ,secundária ao trauma craniano que,em geral,acontece devido a uma alteração da cinética da cabeça(quando a cabeça se encontra em movimento e é subitamente detida por uma superfície rígida). Contusão, laceração, hemorragias, e edema,podem acontecer nos traumatismos cranianos fechados com lesão do parênquima cerebral. 2.3.2. Fratura com afundamento do crânio Caracterizam-se pela presença de fragmento ósseo fraturado e afundado, comprimindo e lesando o tecido cerebral adjacente. O prognóstico depende do grau da lesão provocada no tecido encefálico. Contusões múltiplas envolvendo a superfície inferior dos lobos centrais,lobos temporais e cerebelo.. Contusões agudas estão presentes em ambos os lobos temporais,com áreas de hemorragia e rupturas. 2.3.3. Fratura exposta do crânio Nos traumatismos cranianos abertos, com fratura exposta do crânio, ocorre laceração dos tecidos pericranianos e comunicação direta do couro cabeludo com a massa encefálica,através de fragmentos ósseos afundados ou estilhaçados. Este tipo de lesão é, em geral, grave e há grande possibilidade de complicações infecciosas intracranianas. 2.4.Fisiopatologia 2.4.1.Lesões Cutâneas e Fraturas Os TCEs podem acometer a pele da cabeça, o crânio, ou o cérebro em qualquer combinação. As lesões cutâneas têm pouca morbidade por si só, mas em geral estão associadas a lesões do crânio e do tecido cerebral, além de poderem ser causa freqüente de hemorragia e infecção. As fraturas do crânio podem ser: Convexidade do crânio Lineares; Deprimidas; Compostas Base do crânio As fraturas da base também podem lesar os nervos cranianos, cujos os forames estão localizados. As fraturas da base do crânio são as mais freqüentes e, como as fraturas lineares, são indicativas de que o TCE foi intenso. Elas podem levar: Fístulas liqüóricas, sendo fontes potenciais de meningite, abscesso, e outras infecções intracranianas; As fraturas da base também podem lesar os nervos cranianos. Fraturas lineares São comuns e não requerem tratamento específico. O paciente com esse tipo de fratura deve ser cuidadosamente observado por 12 a 24 horas na fase aguda. Principais cuidados: Exames neurológicos devem ser feitos periodicamente neste período; Deterioração do nível de consciência alterações ao exame físico podem ser indicativos da presença de hematoma intracraniano. Fraturas deprimidas São o resultado de lesões provocadas por objetos de baixa velocidade. A tábua interna do crânio sofre maior dano do que a tábua externa. Essas fraturas podem determinar laceração da membrana de revestimento externa do cérebro ou do tecido cerebral. ATENÇÃO O tratamento cirúrgico deve ser considerado, sobretudo se a depressão for maior que a espessura do osso do crânio. Fraturas compostas São caracterizadas pela laceração doosso. O tratamento é essencialmente o mesmo das fraturas simples, lineares: Tratamento adequado das feridas cutâneas; Com fechamento da laceração. 2.4.2. Lesões Encefálicas As lesões encefálicas podem ser classificadas em: Primárias; Secundárias. As lesões primárias: São o resultado do impacto, e geralmente estão presentes já no momento do acidente; As lesões secundárias: São aquelas de curso progressivo, ocorrendo como conseqüência,hematoma, edema, isquemia ou hipóxia, podendo levar a lesões neurológicas tardias. 2.4.2. Tipos de Lesões Cerebrais Concussão, é o traumatismo craniano fechado sem lesão estrutural macroscópica do encéfalo. Há alteração temporária da função cerebral, mais evidente logo após o traumatismo, tendendo a melhorar em 24 horas. Manifestações Clínicas: Pode ser acompanhada por bradicardia; Hipotensão e Sudorese; Perda de consciência, freqüente, mas não necessariamente; Amnésia (esquecimento) do evento; Letargia temporária; Irritabilidade e disfunção de memória. Não tem curso fatal. A perda de consciência deve ser breve, sendo definida arbitrariamente, com duração inferior a 6 horas. Lesão axonal difusa, ocorre quando a perda de consciência é superior a 6 horas. Caracteriza-se por estiramento dos neurônios em decorrência dos movimentos súbitos de aceleração e desaceleração. Pode ser dividida de acordo com a duração do coma e o prognóstico depende da sua duração. Os comas mais prolongados podem estar associados a sinais focais ou edema, e têm prognóstico mais desfavorável. As lesões são microscópicas, e, em geral, afetam o corpo caloso e o tronco cerebral ou são difusas. Tumefação cerebral, pode ser devida: Edema cerebral (aumento do teor de água extravascular); Ou por aumento da volemia do cérebro pela vasodilatação anormal. A tumefação pode ser difusa ou focal. Contusão cerebral, caracteriza-se por lesão estrutural do tecido encefálico e pode ser demonstrada pela tomografia computadorizada de crânio,como pequenas áreas de hemorragia. Não há lesão da pia-aracnóide (membranas mais internas de revestimento do cérebro). Edema cerebral é comum. As contusões, em geral, produzem alterações neurológicas que persistem por mais de 24 horas. Manifestações Cínicas: Déficits neurológicos focais, como paralisias, transtornos da linguagem, alterações da memória e do afeto; Mais raramente, alterações visuais; Déficits neurológicos podem persistir como seqüelas. Lacerações do tecido cerebral, em geral, ocorrem quando há fraturas, apesar de que movimentos bruscos de aceleração e desaceleração também podem levar a perda de substância encefálica. Laceração das meninges e dos vasos intracranianos acompanham esse tipo de lesão e, geralmente, levam a hemorragia intracraniana. Déficits neurológicos sempre estão presentes, e deixam seqüelas, apesar de ocorrer certa melhora com o tempo. Hematoma epidural (localizado entre a calota craniana e a membrana mais externa de revestimento do cérebro), ocorre entre 1 a 3 % dos TCEs. São lesões associadas a fraturas que laceram uma das artérias ou veias meníngeas. Manifestações Clínicas: Em geral há perda da consciência logo após o trauma com recuperação após alguns minutos ou horas; Posteriormente, o paciente começa a ficar letárgico e ocorre deterioração neurológica, podendo haver herniação cerebral se não tratado; Alterações pupilares e hemiparesia (dificuldade de movimento em um lado do corpo) contralateral ao local da lesão, associadas a alterações da consciência são os achados mais comuns ao exame físico. Cirurgia para drenagem do hematoma é o tratamento de escolha. Hematoma subdural agudo (localizado entre as membranas que revestem o cérebro) é encontrado, freqüentemente, em pacientes que sofrem traumatismo decorrente de aceleração e desaceleração em altas velocidades. Pode ser simples e tem bom prognóstico quando não há lesão cerebral associada. Hematomas subdurais complicados são acompanhados de laceração do parênquima e dos vasos. Manifestações Clínicas: Coma; Diversos graus de alterações focais. O tratamento pode ser cirúrgico ou não, dependendo do tipo e da extensão das lesões. Hematoma subdural crônico tem apresentação tardia, pelo menos 20 dias depois do trauma. É mais comum em crianças e em idosos. Alcoolismo, epilepsia, uso de anticoagulantes, diálise renal predispõem os pacientes a terem essa complicação. O quadro clínico é insidioso, caracterizado por confusão, distúrbios de memória, apatia e alteração de personalidade. Dor de cabeça é comum. O diagnóstico é feito através da tomografia computadorizada de crânio. Em geral, o tratamento é cirúrgico. Manifestações Clínicas O quadro clínico é insidioso, caracterizado por: Confusão; Distúrbios de memória; Apatia e alteração de personalidade; Cefaléia é comum. O diagnóstico é feito através da tomografia computadorizada de crânio. Em geral, o tratamento é cirúrgico. 2.5.Diagnóstico Exame físico detalhado; Histórico completo; Exames laboratoriais; Radiografia de crânio nas incidências ântero-posterior e lateral. As fraturas da convexidade são geralmente bem visíveis, mas as fraturas da base podem ser vistas em menos de 10% dos casos; Tomografia Computadorizada de crânio pode demonstrar fraturas, hematomas intra e extra-cerebrais, áreas de contusão, edema cerebral, hidrocefalia, e sinais de herniação cerebral; A angiografia cerebral é indicada para avaliar lesões vasculares no pescoço ou na base do crânio; A ressonância magnética permite verificar a presença de lesões de difícil visualização à tomografia computadorizada, como hematomas subdurais, além de definir melhor a presença de edema. Entretanto, é um exame prolongado, o que dificulta a sua realização de rotina em pacientes com TCE. 3.1.Definição É uma lesão traumática da medula espinhal, que pode variar de leve concussão ( recuperação rápida e completa) a contusão, laceração compressão da medula, até transecção completa (tornando o indivíduo paralisado abaixo do nível da lesão). 3.2.Epidemiologia Importante problema de saúde pública em todo o mundo, pois seu tratamento é por toda a vida. Com incidência maior em pessoas do sexo masculino jovem, com idade de 16 a 30 anos, com ligeiro aumento entre 55 e 60 anos. 3.3.Fisiopatologia Flexão súbita durante hiper extensão ou rotação da coluna, geralmente devido a acidente de veículo, podendo resultar em contusão, distensão , dilatação ou esmagamento da coluna, e desalinhamento do canal vertebral. Há desenvolvimento de processo inflamatório, fragmentação da bainha de mielina,com absorção em várias semanas e reparação em até 2 anos. Com o passar dos anos ocorre retração local e fibrose. 3.4.Principais Causas Traumatismo direto da medula é freqüentemente causado por ferimento de arma branca (FAB) ou por projétil de arma de fogo (FAF). Traumatismo pode atingir qualquer nível da coluna, sendo mais freqüente na 5ª e 6ª vértebras cervicais e 11ª e 12ª vértebras torácicas. 3.5. Tipos de lesão São classificadas em: Completa: quando as funções motora e sensitiva encontram-se interrompidas abaixo do nível do trauma; Incompleta : quando existe função motora e/ou sensitiva preservada abaixo da lesão. 3.6.Quadro Clínico Lesão brusca incompleta da medula: paralisia completa imediata ou diminuiçãoda sensibilidade abaixo da lesão com hipotonia e arreflexia, podendo ocorrer recuperação total ou parcial; Concussão: hematomas transitórios abaixo do nível do impacto; 3.6.Quadro Clínico Secção completa, paralisia motora, sensitiva e autonômica ,abaixo do nível da lesão, que é irreversível . Região cervical: tetraplegia; Região lombar: paraplegia 4.1. Introdução As lesões torácicas são responsáveis por 25% de todas as mortes relacionadas com o trauma e perdem apenas para as lesões do SNC, como a principal causa de morte por trauma. Os acidentes com veículos automotores são responsáveis por aproximadamente 70% das lesões torácicas.Um sétimo (1/7) de todas as mortes por lesão envolve,atualmente a violência.Um significativo número dessas mortes é por feridas penetrantes no tórax por arma de fogo ou branca. 4.2. Trauma Traqueobrônquico 4.2.1.Definição Envolve lesões (fechadas ou penetrantes) nos seguintes órgãos: Traquéia; Brônquios; Esôfago; Vasos (artérias e veias). ATENÇÃO A lesão traqueobrônquica grave apresenta uma elevada taxa de mortalidade,sendo que os brônquios rompidos estão freqüentemente presentes em associação com as fraturas das costelas superiores e pneumotórax. 4.2.2.Manifestações Clínicas Dispnéia (ocasionalmente o único sinal); Hemoptise; Tosse e enfisema subcutâneo. 4.2.3.Diagnóstico Radiografia de tórax; Broncoscopia; Em um procedimento cirúrgico 4.2.4.Tratamento As pequenas lesões podem ser tratadas de forma conservadora com ventilação mecânica liberada por um tubo oro e ou nasotraqueal. 4.2.5.Complicações Pneumonia a (curto prazo); Estenose traqueal (mais adiante) 4.2.6.Cuidado de Enfermagem Envolve avaliação da oxigenação e da troca gasosa,juntamente com o cuidado pulmonar apropriado; O médico durante os primeiros dias pode solicitar uma broncoscopia para visualizar o sítio de reparo e remoção efetiva de secreções; 4.3. Trauma de Tórax 4.3.1.Introdução As fraturas torácicas comumente observadas nos pacientes vítimas de trauma são as de costelas,esternais e o tórax instável. Estrutura fraturada Conseqüência 1ª e 2ª costelas Trauma de alto impacto e podem ocorrer outras lesões como de aorta,tórax e coluna cervical 3ª a 9ª costelas Comumente associado ao trauma fechado.Podem ocorrer lesões pulmonares,as lesões de costelas inferiores estão associadas ao fígado e outras estruturas abdominais Esterno Estão associadas ao trauma fechado Tórax Instável Envolve múltiplas fraturas costais,podendo ser anteriores,posteriores ou laterais e também há a presença de uma fratura do esterno. ATENÇÃO A estabilidade do tórax é rompida e o gradil costal não se movimenta mais em uníssono. A área lesionada não responde à ação dos músculos respiratórios,em lugar disso,ela se move de acordo com alterações na pressão intrapleural. Conseqüentemente O movimento do segmento instável é paradoxal,daí o termo respiração paradoxal. O segmento instável provoca uma diminuição da pressão negativa do tórax,diminuindo assim a ventilação e causando algum grau de hipóxia. 4.3.2.Tratamento Tratamento da via aérea; Controle da dor; Oxigenioterapia para manter saturação de oxigênio adequada; Observar também estruturas subjacentes e possível lesão; Imobilização da coluna cervical; Ventilação mecânica positiva. 4.4. Lesões do Espaço Pleural 4.4.1. Definição Pneumotórax : Coleção de ar intrapleural; Hemotórax : Coleção de sangue intrapleural; Hemopneumotórax : Coleção de ar e sangue e sangue intrapleural 4.4.2.Etiologia As lesões do espaço pleural,(trauma fechado ou penetrante),são causadas pela ruptura de uma estrutura intratorácica,que permite que o ar ou sangue se acumule nas camadas pleurais,levando uma diminuição na pressão intratorácica negativa. 4.4.3.Complicações Pneumotórax Hipertensivo; Hemotórax Hipertensivo Ambos são causadas pelo contínuo acúmulo de ar e sangue,gerando maior tensão. 4.4.4.Sinais clínicos Ansiedade; Taquipnéia; Oxigenação diminuída; Coloração da pele alterada; Sudorese. 4.4.5.Diagnóstico Radiografia de tórax, com trauma maior que 20%; Tomografia computadorizada,para lesões menores 4.4.6.Tratamento Oxigenioterapia Proteção das vias aéreas; Dreno de tórax de grosso calibre (40 F) O mesmo de ser colocado: Quarto ou Quinto espaço intercostal na linha média axilar; Segundo espaço na linha clavicular média (Pneumotórax simples) O objetivo do dreno é para drenar o ar e o sangue,reexpandindo o pulmão. Hemotórax maciço Definição: É definido como 1,5 a 4 litros de perda sangüínea intratorácica e realmente constitui uma lesão com risco de morte. Etiologia: Freqüentemente é causado por lesões torácicas graves e a fonte do sangramento é um grande vaso sangüíneo sistêmico ou estrutura mediastinal. Obs. Os pacientes geralmente chegam a Emergência em PCR ou em Choque Hipovolêmico Tratamento: Inclui o tratamento para choque hipovolêmico: Dois acessos venosos de grande calibre; Reposição com cristalóides e colóides; Manter vias aéreas pérvias. Pneumotórax Hipertensivo Definição: É uma condição com risco de morte e requer reconhecimento imediato. Etiologia: É causado pelo ar que penetra no espaço pleural e fica aprisionado sem saída. Mecanismos: Lesão primária do tórax; Lesão traqueobrônquica; Ventilação Mecânica Conseqüências: Provoca uma compressão de uma ou mais estruturas intratorácicas e impede que elas funcionem de maneira adequada. Falha nas trocas gasosas; Retorno venoso comprometido; Débito cardíaco insuficiente Sinais Clínicos : Queda de saturação de oxigênio; Assimetria do tórax; Deslocamento da traquéia; Murmúrio vesicular diminuído; Sinais de débito cardíaco diminuído; Distensão das veias cervicais. Tratamento: Requer a descompressão imediata do ar aprisionado. Introduz-se uma agulha de 14 ou 16 FR no espaço pleural,segundo ao quarto espaço intercostal anterior; Oxigênio suplementar é fornecido para o paciente antes da descompressão; Depois as agulhas deverão ser trocadas por drenos torácicos. 4.5. Contusão Pulmonar 4.5.1.Definição: É uma escoriação do parênquima pulmonar,freqüentemente causada por trauma fechado. 4.5.2.Etiologia: Pode não ser visto em uma radiografia de tórax inicial,prováveis causas: Fratura de escápula; Fratura de costela ou tórax instável 4.5.3.Fisiopatologia A contusão pulmonar ocorre quando a rápida desaceleração,rompe as paredes celulares dos capilares,provocando hemorragia e o extravasamento do plasma e proteína para dentro dos espaços alveolares e intersticiais,resultando em atelectasia e hipoxemia. 4.5.4.Manifestações Clínicas Dispnéia; Estertores, Hemoptise; Taquipnéia; Hipoxemia; Acidose respiratória crescentes 4.5.5.Tratamento O tratamento é de suporte e necessita: Medições freqüentes de gasometria arterial e oximetria de pulso; Analgesia rigorosa,às vezes cateter epidural; Fisioterapia respiratória; Contusões graves necessitam de suporte ventilatório com pressão positiva; Monitorar débito cardíaco, PAM e débito urinário. Referências Bibliográficas 1-SALLUN,ANA MARIA KALIL et al.].O Enfermeiro e as situações de emergência.2º edição.SãoPaulo:Atheneu,2010 2-MARTINS,HERLON SARAIVA et al.].Emergências Clínicas,Abordagem Prática.6ª edição.Barueri,SP:Manole,2011