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TCE e ataxia pós traumática

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TCE e ataxia pós traumática 1
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TCE e ataxia pós traumática
Traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma lesão ou um conjunto de lesões 
produzidas por um impacto ou por bruscas acelerações ou desacelerações na 
cabeça. Pode envolver danos a partes ósseas do crânio e às delicadas estruturas 
que, abrigadas na caixa craniana, compõem o encéfalo (cérebro, tronco encefálico, 
cerebelo e porção superior da medula espinal)
O termo traumatismo cranioencefálico inclui uma grande variedade de lesões, que 
geralmente são classificadas em primárias e secundárias. As lesões primárias 
resultam diretamente do evento traumático, enquanto as secundárias resultam de 
processos associados ao trauma.
Tipo de lesão
Dois grandes grupos: fraturas de crânio, que podem ocorrer com ou sem lesão 
cerebral associada e que, por si mesmas, não causam importante lesão cerebral, e 
lesões dos vasos sanguíneos e dos envoltórios cerebrais, que podem causar 
disfunção neurológica. As lesões desse segundo grupo podem, por sua vez, ser 
englobadas em duas categorias: focais e difusas. 
As lesões focais causam danos localizados no cérebro (contusões e hematomas). 
Já as lesões difusas, que se traduzem em dispersão dos tecidos submetidos ao 
dano, podem ser tanto funcionais quanto estruturais.
Um exemplo de lesão focal é a concussão cerebral. Como exemplo de lesão difusa, 
cita‐se uma condição chamada lesão axonal difusa. Entre as lesões difusas, inclui‐
se o inchaço cerebral traumático, que pode ocasionar morte por insuficiência 
circulatória e por falta de oxigênio no cérebro.
Fratura de crânio 
Quando recebe uma força localizada, o crânio deforma‐se para dentro. Se a força 
persiste, o crânio fraturado desnivela‐se e afunda, podendo ou não lesar a região 
encefálica adjacente, contundindo-a ou lacerando‐a. 
As fraturas em si não implicam necessariamente lesão neurológica, mas indicam a 
importância da força de impacto. Podem ser lineares ou diastáticas (com as bordas 
afastadas) e associadas ou não a afundamento craniano. As lineares não exigem 
TCE e ataxia pós traumática 2
cirurgia, mas podem se estender para a base do crânio e romper os envoltórios do 
cérebro, propiciando a saída do liquor que o envolve pelo nariz ou pelo ouvido. 
As fraturas podem também lesar artérias e veias intracranianas, favorecendo a 
formação de coágulos ou hematomas intracranianos que podem causar 
compressão cerebral. Por esse motivo, todos os pacientes com fratura craniana 
devem ser submetidos ao controle por tomografia computadorizada. 
As fraturas diastáticas rompem os envoltórios do crânio e são usualmente tratadas 
com cirurgia e reconstrução dos tecidos lesados.
Lesões de grandes vasos e envoltórios 
Hematomas epidurais ou extradurais 
São coágulos situados entre a dura‐máter e os ossos do crânio. Formam‐se em 
decorrência do rompimento de um vaso sanguíneo por um fenômeno de contato, 
normalmente associado a uma fratura craniana. Frequentemente, verifica‐se, na 
vítima, o intervalo lúcido (vômitos,enjoo), um período de preservação da 
consciência, desde o momento do impacto até a manifestação clínica do hematoma. 
A pessoa pode ficar inconsciente, acordar em seguida e, depois de minutos ou 
horas, perder a consciênca de forma abrupta. Grande parte dos pacientes com 
hematomas epidurais ou extradurais chega ao hospital em regime de hipertensão 
craniana grave e em estado de coma. Para os que podem ser operados, o 
prognóstico é bom.
Hematomas subdurais agudos 
Localizam‐se entre a dura‐máter e o cérebro, como consequência de um fenômeno 
de aceleração e desaceleração que rompe as veias da superfície cerebral e provoca 
sangramentos graves que causam hipertensão intracraniana e morte.
Contusão cerebral hemorrágica 
Ocorre abaixo da região de impacto, como consequência das forças locais ou da 
pressão traumática causada pelos ossos do crânio. Caracteriza‐se pela lesão de 
células nervosas e pela formação de hemorragias confluentes, que podem constituir 
hematomas de diversos tamanhos dentro do cérebro. As lesões maiores podem 
causar hipertensão intracraniana e, por isso, devem ser removidas cirurgicamente.
Concussão cerebral 
É uma disfunção cerebral caracterizada por perda transitória da consciência, 
frequentemente acompanhada por perda da memória de fixação e amnésia 
transitória. Os fenômenos de aceleração e desaceleração geram disfunção dos 
neurônios (células nervosas), causando os sintomas transitórios, que geralmente 
duram algumas horas.
TCE e ataxia pós traumática 3
Lesões axiais difusas 
As cargas de impulso/impacto podem provocar estiramento e ruptura dos axônios. A 
lesão axonal resulta de forças de aceleração e desaceleração, muitas vezes 
associadas às forças rotacionais, causando estiramento axonal e mudanças de 
permeabilidade. 
A gravidade e a extensão dessas rupturas e desses estiramentos é extremamente 
variável, de acordo com a característica do traumatismo. A recuperação é lenta e 
progressiva e são frequentes as sequelas caracterizadas principalmente por 
acometerem a função motora, gerando movimentos em espasmos e falta de 
coordenação
Inchaço cerebral 
O cérebro reage às agressões por meio de inchaço, que decorre da dilatação dos 
vasos e que provoca aumento no conteúdo sanguíneo dentro do órgão, 
aumentando‐lhe o volume. Após algumas horas, associa‐se o edema cerebral, 
caracterizado pelo acúmulo de água e de outros componentes dentro das células 
cerebrais e entre elas. 
O inchaço geralmente decorre da falta de oxigenação do cérebro, que pode advir de 
insuficiência respiratória grave pós‐traumática, choque com queda da pressão 
arterial ou, ainda, da compressão do cérebro por um hematoma.
Lesões por agentes penetrantes 
As lesões produzidas por agentes penetrantes de baixa velocidade (como objetos 
de ponta ou cortantes) são tratadas cirurgicamente, com o objetivo de estancar 
hemorragias e promover a limpeza cirúrgica e a reconstrução dos envoltórios do 
cérebro. Em seguida, o tratamento é feito com antibióticos. As sequelas dependem 
das áreas acometidas e das dimensões do trauma.
QUADRO DISFUNCIONAL DO TCE
Embora haja alterações comuns, não existe um quadro típico de TCE, pois este é 
dependente do local, da extensão e da gravidade da lesão. São comuns: 
• alterações de atenção: distrabilidade;
• alterações da motivação; 
• alterações de memória; 
• agnosias: tátil, auditiva, visual, somatossensorial; 
• apraxias: ideatória, ideomotora, do vestir, da marcha; 
• paresias/plegias; 
• alterações de equilíbrio/coordenação; 
TCE e ataxia pós traumática 4
• alterações do tônus: principalmente espasticidade; 
• alterações respiratórias; 
• lesões de nervos cranianos; 
• úlceras por pressão.
Os TCEs, principalmente os mais graves, podem evoluir com quadro de déficit 
motor caracterizado pela presença de ataxia, que se denomina ataxia pós-
traumática (APT).
Reabilitação
Efeitos da reabilitação vestibular em tonturas e problemas de equilíbrio 
2x por semana por 8 semanas 
Os exercícios normalmente incluíam Brandt Daroff exercícios e tratamento de 
manobras (manobra de Epley e Bar-B-Que Roll 1), exercícios de habituação para 
sensibilidade ao movimento e exercícios centrais de adaptação à vertigem pós-
traumática para sintomas exibidos durante a coordenação olho-cabeça e redução 
do reflexo óculo vestibular (paciente 2) e exercícios para redução do equilíbrio com 
foco na melhora integração (todos os pacientes). Os exercícios para casa foi 
aplicado no início da intervenção e incluiu 2 a 5 exercícios. Além disso, os pacientes 
foram encorajados a praticar exercícios físicos e atividades que eles toleravam, 
como caminhar, nadar ou andar de bicicleta

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