Pratica simulada

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PRÁTICA SIMULADA I – PROF.ª PRISCILLA CANEPARO 
DO DIREITO: não transcrever o artigo, apenas citar o número. 
SUBSUNÇÃO: 1º) cita o nr. do artigo 
 2º) explica com as próprias palavras o artigo 
 3º) insere o caso concreto 
CONCREÇÃO: 1º) cita o artigo 
2º) constrói um conceito, um entendimento (do art.), interpreta o caso concreto 
a partir de uma visão global 
3º) insere o caso concreto 
PETIÇÃO INICIAL 
É a peça inicial do processo, na qual o autor formula o seu pedido. Assim, a resposta do réu e a 
sentença proferida pelo juiz terão por base o conteúdo apresentado na petição inicial, que 
especificará os limites da lide. Note-se que o magistrado não poderá decidir além, aquém ou 
fora do pedido formulado pelo autor na inicial. 
Segundo o artigo 319, do Código de Processo Civil, a petição inicial deverá preencher certos 
requisitos, sob pena de ser considerada inepta. 
São requisitos da petição inicial: 
 o endereçamento; 
 os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o 
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
 o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
 o pedido, com as suas especificações; 
 o valor da causa; 
 as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
 a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
1) Processo: é o Estado-Juiz dizendo o direito no caso concreto (partes de uma lide), o início do 
processo se dá pela Petição Inicial, deve estar muito bem fundamentada com: Direito + 
juntada de provas. 
Toda a P.I. deve conter os artigos 369 e 334, CPC 
Art. 369, CPC - As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos 
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
Art. 334, CPC - Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de 
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação 
com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 
(vinte) dias de antecedência. 
§ 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de 
conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições 
da lei de organização judiciária. 
§ 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo 
exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à 
composição das partes. 
§ 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. 
§ 4º A audiência não será realizada: 
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição 
consensual; 
II - quando não se admitir a autocomposição. 
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu 
deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da 
data da audiência. 
§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado 
por todos os litisconsortes. 
§ 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos 
termos da lei. 
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é 
considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois 
por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da 
União ou do Estado. 
§ 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. 
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com 
poderes para negociar e transigir. 
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. 
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a 
respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da 
seguinte. 
 
O Processo inicia com a P.I. e encerra com a sentença. 
 
1.2.) Procedimento: é o caminho entre a P.I. e a sentença. (técnica processual) 
 
2) Petição Inicial (P.I.) – art. 319, CPC - A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número 
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o 
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, 
requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere 
o inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste 
artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso 
à justiça. 
 
O início do processo se dá no dia do protocolo da P.I. no cartório, conforme estabelecido no art. 
312, CPC - Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a 
propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for 
validamente citado. 
 
3) Requisitos da Petição Inicial (arts. 319 e 320, CPC): momento do autor se apresentar ao juiz. 
3.1) Endereçamento (cabeçalho) 
 - regra geral: domicílio do réu 
 - exceção: matéria e valor da causa 
 
Identificação e qualificação do autor 
Identificação: Nome 
Qualificação: nacionalidade, profissão, estado civil, residência, CPF e e-mail (serão sempre 
obrigatórias as 6 qualificações; o E-mail tem como função a comunicação entre autor e réu. 
3.2) Identificação do advogado (representação do advogado) 
 advogado (nome se tiver, se não manter apenas advogado) + (procuração em anexo), com 
endereço profissional 
 Contestação: é o momento que o réu se apresenta ao juiz 
Verbo: 
PROPOR: quando o nome da ação for AÇÃO; 
IMPETRAR: quando tratar-se de Habeas Corpus, Habeas Data, (Mandados de Segurança, 
Mandado de Injunção Ação Popular e Ação Civil Pública) e remédios constitucionais; 
APRESENTAR: EMBARGOS sem caráter de defesa ou CONTESTAÇÃO; 
OPOR: EMBARGOS com caráter de defesa. 
4) Identificação e qualificação do réu: 
NOME 
A qualificação do réu não é obrigatória na P.I., somente é obrigatória na contestação 
- só as informações disponíveis apresentadas no caso; 
- não colocar XXX nas qualificações; 
- NA P.I. NÃO SE PEDE A CITAÇÃO DO RÉU. 
 
Triangulo de Trippel: 
 
 Juiz 
 
 
 
 
 
 
 Autor Réu 
 
5) DOS FATOS 
Delimitar os fatos em no máximo 3 parágrafos, em ordem cronológica, sem linguagem jurídica, 
nem citar artigos. 
 
 
 
Petição Inicial 
6) DO DIREITO 
Só copia o número do artigo, explicando com as próprias palavras, ... “assim sendo”, e insere o 
caso concreto. 
 
7) DOS PEDIDOS (ART. 334, CPC) 
Não pedir a citação do réu 
 Pedidos em ordem dos atos do juiz; 
 O 1º pedido se tiver liminar, pede-se a liminar; 
 Pedido final; 
 Os dois últimos pedidos são iguais em todas as petiçõesiniciais: 
( - Pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais; 
 - A designação da audiência do art. 334, CPC). 
 
8) DAS PROVAS 
Art. 369, CPC – inserir exatamente a frase abaixo: 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 369 e seguintes 
do CPC, em especial a prova documental, (testemunhal – se houver), pericial e o depoimento 
pessoal do réu. 
 
9) VALOR DA CAUSA (do negócio jurídico) 
Em regra, toda a causa tem um valor, mas nem sempre o mesmo é determinado. Neste caso 
coloca-se – R$ XXX (e deve-se inserir o meio ao qual o juiz irá descobrir o valor da causa). 
Obs.: 
O valor da causa está sempre no nome da ação; 
Honorários advocatícios, são os contratuais. 
Como exceção: causa que ficará sem valor: 
 ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade) 
 ADO (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 
 ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 
10) ENCERRAMENTO: 
NOME DO ADVOGADO, OAB/UF (escrever exatamente assim na P.I.) 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURAÇÃO DA PEÇA 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CÍVEL DA COMARCA XXX, 
ESTADO XXX 
(10 linhas) 
(3 parágrafos) NOME DO AUTOR, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, 
CPF XXX, endereço XXX e E-mail XXX, representado por advogado (procuração em anexo), 
endereço profissional XXX, vem mui respeitosamente, perante Vossa Excelencia, propor 
NOME DA AÇÃO 
 em face de NOME DO RÉU (inserir apenas as qualificações do caso), diante dos fatos e 
fundamentos a seguir expostos. 
1. DOS FATOS 
(3 p.) Parágrafos curtos e em ordem cronológica, inserindo apenas o que interessa para o 
Direito, em média 3 parágrafos. – regra de português. 
2. DO DIREITO 
 Cita o n.º do artigo, explica com suas palavras e coloca o caso concreto (média de 3 
parágrafos). 
3. DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto, requer-se: 
a) da liminar, se houver liminar; 
b) depende do caso concreto (ex. que seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio 
jurídico); 
c) designação de audiência do art. 334, CC; 
d) pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais. 
4.DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 369 e seguintes 
do CPC, em especial a prova documental, (testemunhal – se houver), pericial e o depoimento 
pessoal do réu. 
5) VALOR DA CAUSA 
Dá-se a causa o valor de R$ 200.000,00 
(2 linhas) 
Nestes termos, 
Pede-se deferimento. 
(2 linhas) 
Local, data XXX 
(2 linhas) 
NOME DO ADVOGADO, OAB/UF 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
ITABUNA, ESTADO DA BAHIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JOANA, brasileira, solteira, técnica em contabilidade, residente em 
Itabuna, BA, inscrita no CPF XXX, e-mail XXX, representada por Advogado (procuração em 
anexo), endereço profissional XXX, vem mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 
 em face de JOAQUIM, residente em Itabuna, BA, diante dos fatos e fundamentos a 
seguir expostos. 
1) DOS FATOS 
 Joana recebeu a notícia que seu filho tinha sido preso e procurou um advogado 
criminalista para atuar no caso, sendo que o advogado cobrou R$ 20.000,00 de honorários. 
 A autora, ao chegar em casa, comentou com Joaquim, seu vizinho, que não tinha o valor 
cobrado pelo advogado e que estava desesperada. Joaquim, vendo a necessidade de Joana de 
obter o dinheiro para contratar um advogado, aproveitou a oportunidade para obter uma 
vantagem patrimonial. 
 Joana falou com Joaquim para desfazerem o negócio; entretanto, Joaquim informou que 
não pretendia desfazer o negócio jurídico celebrado. 
2) DO DIREITO 
 Segundo o art. 104,III, CC, a validade de um negócio jurídico necessita observar os 
parâmetros legais para não incorrer em uma forma passível de anulação. Assim sendo, como 
Joana encontrava-se desesperada por não ter o valor cobrado pelo advogado, e tendo Joaquim 
se aproveitado de tal fato para obter vantagem patrimonial via contrato, este se configura 
inválido. 
 Em consonância com o art. 171, II, CC, anular-se-á o contrato quando vislumbrar-se a 
hipótese de estado de perigo, tendo em vista que a autora recebera a notícia que seu filho havia 
sido preso, precisando levantar o valor para pagar, desesperadamente, o advogado, observa-se 
o estado de perigo. 
 Por fim, como traz o art. 156, CC, observa-se a configuração do estado de perigo quando 
uma pessoa encontra-se sob forte abalo emocional, visto que precisa, urgentemente ajudar 
pessoa de sua família, vindo a firmar negócio jurídico com um pólo que tinha conhecimento da 
PLANO DE AULA 01 - MODELO 
situação e obteve vantagem patrimonial neste entrecho. Tendo em vista que o filho de Joana 
encontrava-se preso, necessitava esta contratar um advogado. Por não dispor o valor por este 
cobrado, e sabendo Joaquim de sua situação aproveitou-se o réu para firmar contrato de 
compra e venda com o valor abaixo do venal, observando-se hipótese clara de estado de perigo, 
possibilitando a invalidade do contrato. 
3) DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto, requer-se: 
a) designação de audiência do art. 334, CC; 
b) que seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio jurídico; 
c) pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais. 
4) DAS PROVAS 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 369 e 
seguintes do CPC, em especial a prova documental, pericial e o depoimento pessoal do réu. 
5) VALOR DA CAUSA 
 Dá-se a causa o valor de R$ 20.000,00 
 
 
Nestes termos, 
Pede-se deferimento. 
 
 
Itabuna, BA, data XXX 
 
 
NOME DO ADVOGADO, OAB/UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lembrete de Direito Civil – Material 
Ação de Nulidade: 
 Vícios sociais: - Simulação 
- Fraude contra credores (art. 158, CPC) 
Vício de maior gravidade, não pode ser convalidado e não tem prescrição 
EX TUNC 
Ação de Anulabilidade: 
 Vícios de Consentimento: erro, dolo, coação, lesão e estado de necessidade (art. 156, 
CC) 
Vício de menor gravidade, se não arguir será convalidado – decretação realizada pelo 
juiz. 
EX NUNC 
Prescrição em 2 anos para entrar com ação – questões disponíveis 
Decadência em 5 anos – matéria constitucional 
“Nulidade e anulabilidade: ambos têm vícios de validade.” 
SEMPRE QUE TIVER VÍCIO SOCIAL OU VÍCIO DE CONSENTIMENTO, SERÃO INSERIDOS NA 
PETIÇÃO INICIAL: 
Art. 104, CC + art. Que descrimina o vício (ex.: estado de necessidade: arts. 156 e 157, CC) e 
Art. 171, CC 
 
ESCADA PONTEANA: 
 
 
 
FRAUDE CONTRA CREDORES: 
 Ação autônoma que inicia o processo – AÇÃO PAULIANA 
 Que enseja a ANULAÇÃO 
A fraude contra credores é classificada como vício social vez que o devedor, objetivando 
inadimplir com a obrigação assumida perante seu credor, firma contrato com terceiro 
alienando bens que garantiriam sua solvência. Aqui o terceiro tem ciência do motivo da 
disposição do bem, e em conluio com o devedor, conclui o negócio em prejuízo do credor. 
EXISTÊNCIA 
- Agente 
-Forma(escrita, verbal ou gestual) 
-Objeto 
VALIDADE 
-Competente 
-Prevista ou não prescrita em lei 
-Lícita, possível e determinável 
EFICÁCIA 
É regido pelo princípio da responsabilidade patrimonial segundo o qual o patrimônio do devedor 
responde por suas obrigações. Esse patrimônio, se desfalcado maliciosamente, e de tal maneira 
que torne o devedor insolvente, estará configurada a fraude contra credores. 
Para caracterizar a fraude aqui arguida, o devedor deve firmar o negócio estando em estado de 
insolvência, ou tornar-se insolvente em razão do desfalque patrimonial promovido. Enquantoseu patrimônio bastar para o pagamento das suas dívidas, terá total liberdade de dispor dele. 
Momento: 
1) Contrato firmado → vencimento (1 – 2) 
2) Vencimento do contrato → prazo de cobrança (2 – 3) 
Legitimidade: 
 Ativa: do credor 
 Passiva: litisconsórcio passivo necessário (devedor e terceiro que firmou contrato) 
 
Legitimidade para ação: 
Os legitimados são os credores quirografários, não podendo beneficiar desta ação os que 
possuem garantias reais, já que têm bens determinados afetados para a quitação da dívida, e 
que se forem alienados permitirá ao credor exercer o direito de sequela, penhorando-o nas 
mãos de quem quer que esteja. Mas, se a garantia tornar-se insuficiente, poderá propô-la. 
ELEMENTO 
Quando a fraude contra credores for: 
Oneroso: 
 Objetivo: tornou-se o devedor insolvente ou se já estava em estado de 
insolvência, quando firmou o contrato. 
 Subjetivo: O devedor tem que ter o animus de má-fé. 
Gratuito: 
 Objetivo: pressupõe-se a má-fé do credor 
 Subjetivo: não existe 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
MACAÉ, ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 GERSON, brasileiro, solteiro médico, residente em Vitória, ES, inscrita no 
CPF XXX, e-mail XXX, representada por Advogado (procuração em anexo), endereço profissional 
XXX, vem mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor 
AÇÃO PAULIANA 
 em face de BERNARDO, viúvo, residente em Salvador, BA; e JANAINA, menor, impúbere, 
residente em Macaé/RJ, representada por sua genitora, diante dos fatos e fundamentos a seguir 
expostos. 
 
1. DOS FATOS 
 
 Gerson é credor de Bernardo conforme nota promissória no valor de R$ 80.000,00. 
 Bernardo dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma fez uma 
doação de seus dois imóveis, um localizado na cidade de Aracruz e outro localizado em Linhares, 
ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00, para Janaina. 
 As dívidas de Bernardo ultrapassam a soma de R$ 400.000,00. 
. 
2. DO DIREITO 
 
 Segundo o art. 104,III, CC, a validade de um negócio jurídico necessita observar os 
parâmetros legais para não incorrer em uma forma passível de anulação do negócio jurídico. 
Assim sendo, como Bernardo era devedor de Gerson a época da doação dos imóveis a segunda 
ré, este negócio vislumbra-se prescrito em lei. 
PLANO DE AULA 03 
 Ainda, conforme consta no art. 171, CC, um negócio jurídico é passível de anulação por 
vício social de fraude contra credores. Gerson, sendo credor de Bernardo, e tendo este doado 
seus bens a ré, configura-se fraude contra credores, visto que Bernardo encontra-se insolvente. 
 
3. DOS PEDIDOS 
 
 Diante do exposto, requer-se: 
a) designação da audiência do art. 334, CPC;; 
b) ser julgado procedente o pedido de anulação do negócio jurídico celebrado entre os réus 
Bernardo e Janaina; 
c) pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais. 
 
4) DAS PROVAS 
 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 369 e 
seguintes do CPC, em especial a prova documental, pericial e o depoimento pessoal do réu. 
 
5) VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se a causa o valor de R$ 80.000,00 
 
 
Nestes termos, 
Pede-se deferimento. 
 
 
Salvador, BA, data XXX 
 
 
NOME DO ADVOGADO, OAB/UF