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Evolução do Pensamento Administrativo

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A ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO
cap.5 - Teoria das Relações Humanas: humanizando a empresa
cap.6 - Decorrências da Teoria das Relações Humanas: dando importância aos grupos
Ainda dentro da vigência da Teoria Clássica, ou seja, mesmo antes de existir uma outra abordagem para a Administração, já apareciam alguns estudiosos preocupados com o humanismo, os quais buscaram propostas pioneiras que viriam a reformular a posição clássica. Embora não constituíssem, ainda, a Teoria das Relações Humanas, prepararam o terreno para que ela aparecesse
CHIAVENATO cita: Hugo Munsterberg, introdutor da psicologia aplicada nas organizações; Ordway Tead, que tratou da liderança democrática na administração; Mary Parker Follett, que introduz a lei da situação, na qual declara não existir uma receita única e universal para todas as situações e, Chester Barnard, que estudou a interação entre pessoas, a cooperação e os objetivos comuns.
Este grupo de autores constituiu o chamado Grupo de Transição da Teoria Clássica para a Abordagem das Relações Humanas. 
cap.5 - Teoria das Relações Humanas: humanizando a empresa
Ocorre nos Estados Unidos da América do Norte, com ênfase para as PESSOAS e teve como seu principal representante, Elton MAYO, sendo considerada como uma reação oposição aos conceitos pregados pela Teoria Clássica. 
Trata-se de uma corrente teórica que se fixa a partir de 1932, com um enfoque totalmente contrário ao que propunha a Abordagem Clássica da Administração.
A Teoria Clássica esta tinha uma visão completamente formal da organização, voltando-se para as suas tarefas e para a sua estrutura, preocupando-se muito pouco ou quase nada com as pessoas no trabalho, além dos aspectos de técnicas, disciplina, métodos, padronização, uso de ferramentas, tempos e movimentos, entre outras coisas. Foi uma abordagem moldada por engenheiros e, por esse motivo, contaminada por uma visão tecnicista do trabalho, de acordo com a concepção imperante em sua época.
A Abordagem das Relações Humanas, ao contrário nasceu de um enfoque psico-social, uma vez que seus principais pesquisadores eram psicólogos e cientistas sociais. Seu interesse concentrou-se nas relações informais das pessoas na organização. 
 
Alguns aspectos que condicionaram o aparecimento dessa teoria:
a necessidade de humanizar e democratizar a administração
o desenvolvimento das ciências humanas
As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin
as conclusões da Experiência de Hawthorne
A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
CHIAVENATO informa que o governo americano já se preocupava com as condições de trabalho dos operários americanos e com os elevados índices de rotatividade nas empresas, patrocinando inúmeras pesquisas que auxiliassem as decisões nesse terreno. 
Conduzida pelo psicólogo Elton MAYO e colaboradores, a experiência de Hawthorne aconteceu numa fábrica da Western Electric, no bairro de Hawthorne, em Chicago, de 1927 até 1932, quando foram publicadas suas conclusões, que marcam o início dessa teoria. 
Esses estudos de MAYO foram desenvolvidos nas seguintes fases;
na primeira fase, estudou-se o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários. Ficou comprovada a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico, ou seja, os operários reagiam às experiências muito mais de acordo com as suas suposições pessoais do que às condições reais de iluminação. 
na segunda fase, estudaram-se as condições de trabalho de um grupo de observação, comparando-se o resultado deste grupo com o de outro grupo de controle. O grupo de observação ficou num ambiente separado do grupo de controle e, por 12 períodos da experiência, que duraram várias semanas, a produção desse grupo aumentou seguidamente de um período para o outro, independente das condições geradas no seu ambiente. A explicação dada foi a de que as condições psicológicas e sociais de trabalho do grupo de observação foram consideradas melhores pelos participantes do grupo e interferiram positivamente nos resultados. 
a terceira fase, voltou-se para a pesquisa das relações humanas no trabalho, em toda a organização, criando-se um grande programa de entrevistas com o objetivo de conhecer o que os operários pensavam e sentiam quanto ao trabalho
na quarta fase um grupo experimental foi observado em ralação aos outros do departamento, para analisar a organização informal dos operários. O observador constatou que esse grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes e criou regras para estabilizar a produção nos níveis interessantes para o grupo, punindo todos os colegas que quebrassem essas regras e prejudicassem o grupo. Essa fase permitiu relacionar as relações entre a organização informal dos empregados e a organização formal da fábrica. 
As conclusões da experiência de Hawthorne foram as seguintes: 
o nível de produção mostrou-se resultante da integração social das pessoas no trabalho
o comportamento social dos empregados se apoiava totalmente no grupo
as recompensas e sanções sociais produzidas pelo grupo para os seus componentes eram mais poderosas que as recompensas financeiras da organização
os grupos informais existiam e tinham força as vezes maior que os formais da organização
as relações humanas apareciam dentro do organização em função das oportunidades de contato e mantinham uma constante interação grupal
o conteúdo e a natureza do trabalho tinham influência sobre o moral dos trabalhadores
os aspectos emocionais do comportamento humano mostraram-se importantes e chamaram a atenção dos pesquisadores. 
Com essas conclusões a Teoria das Relações Humanas pode deslocar o foco de estudos dos aspectos formais das tarefas e da estrutura da organização para a preocupação com as pessoas. 
cap.6 - Decorrências da Teoria das Relações Humanas: dando importância aos grupos
De acordo com o que apresenta CHIAVENATO (2003) a Teoria das Relações Humanas influenciou diretamente estudos da administração, voltaram para temas tais como: 
a influência da motivação humana no trabalho: a experiência de Hawthorne permitiu que se mudasse a concepção de homo economicus, ou seja, a pressuposição de que as pessoas só seriam sensíveis a estímulos de ordem salarial e econômica, para a crença no homo social, para o qual as recompensas sociais e simbólicas seriam mais importantes que aquelas. Aparece a Teoria de Campo, de Kurt Lewin, que trata do comportamento humano, em função das pessoas e do ambiente. É explorada a preocupação com as necessidades humanas básicas, assunto da Abordagem Comportamental, que vai aparecer décadas adiante. Também os estudos sobre as necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização, sobre ciclo motivacional e moral e clima organizacional. 
preocupação com a liderança e sua influência sobre o comportamento das pessoas. Conceitua-se liderança e são estabelecidas teorias a seu respeito: a de Traços de Personalidade; a de Estilos de Liderança e as Situacionais de Liderança. São determinados três estilos de liderança: ao autocrático, o democrático e o liberal (laissez faire) 
a comunicação também é enfocada e, oportunamente enriquecida, com o modelo matemático da Shannon e Weaver, na Teoria Sistêmica. estudam-se as redes de comunicação (roda, cadeia, círculo).
a organização informal, que envolve os aspectos: relação de coesão e antagonismo, status, colaboração espontânea, possibilidade de oposição à organização formal, padrões de relações e atitudes, muanças de níves e alteraçòes dos grupos informais, organização formal versus informal, padrões de desempenho nos grupos informais. 
a dinâmica de grupo e os estudos decorrentes de sua aplicação nos grupos. 
Críticas à Teoria das Relações Humanas 
combateu veementemente a Teoria Clássica, sua antecessora, contrapondo os seus conceitos aos daquela abordagemteve uma visualização inadequada dos problemas de relações industriais
apresentou uma concepção ingênua e romântica do operário
trabalhou num campo experimental limitado
apresentou conclusões teóricas parciais
concentrou sua ênfase apenas nos grupos informais
apresentou um enfoque manipulativos das relações humanas 
Apesar destas críticas essa teoria descortinou novos horizontes para os estudos da administração.

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