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Cultura das Midias (4)

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CULTURA DAS MÍDIAS
Aula 04: McLuhan – a visão, o som e a fúria 
das transformações midiáticas
AULA 04: MCLUHAN – A VISÃO, O SOM E A FÚRIA DAS TRANSFORMAÇÕES MIDIÁTICAS
Considerações gerais sobre a disciplina
AULA 01: NOME DA AULA
Disciplina
Temas
Importância de McLuhan;
Transformações pelos meios;
“O meio é a mensagem”;
Meios como extensões do homem;
Aldeia global.
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Considerações gerais sobre a disciplina
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Disciplina
Dados biográficos
Conhecido pela máxima “O meio é a mensagem” e por defender a ideia de aldeia global, o acadêmico canadense Marshall McLuhan (1911-1980) continua sendo um teórico que divide opiniões.
Para uns, ele é considerado profético, e, para outros, determinista tecnológico. Sua obra tem sido revisitada devido ao advento do mundo digital.
Formado em Literatura Inglesa, McLuhan frequentou a Escola de Toronto, caracterizada pela exploração da literatura da Grécia Antiga, e de uma visão teórica de que os meios de comunicação criam estados psicológico e sociais.
Fonte: Wikimedia Commons.
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Dados biográficos
Em uma perspectiva da ecologia dos meios, os estudos de McLuhan contribuem para o entendimento das modificações operadas pelos meios no modo de sentir o mundo e de produzir linguagem.
Suas obras mais conhecidas são:
A galáxia de Gutenberg – Gutenberg galaxy (1962);
Os meios de comunicação como extensões do homem – Understanding media (1964);
O meio é a mensagem – The medium is the massage: an inventory of effects (1967). 
Fonte: Wikimedia Commons.
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Principais conceitos
Fonte: Pixabay.
Meios como extensão do homem
A linguagem é um prolongamento, uma ação a distância que compreende uma memória, um sistema de codificação. Ela assimila as percepções, conduzindo-as e canalizando-as.” 
(McLuhan em entrevista à Revista France L’Express, em 1972)
Os meios são próteses técnicas que ampliam as capacidades do ser humano. 
Exemplos
O telefone amplia a fala; a roda, a capacidade de locomoção; a eletricidade, nosso sistema nervoso central.
“Tudo o que amplia a ação do agente humano. As roupas, por exemplo, são extensões, ampliações.
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Principais conceitos
“O meio é a mensagem”
Para McLuhan (2010), os meios são como ambientes: estamos imersos neles e não costumamos pesquisar seus efeitos. 
Alvo dos estudos comunicacionais da perspectiva crítica, a mensagem, por sua vez, é vista pelo autor como consequência das mudanças sociais, e não a causa.
Além disso, de acordo com McLuhan (2010), o conteúdo de um meio ou veículo é outro meio ou veículo. 
Por exemplo, o conteúdo da escrita é a fala, e o da imprensa é a palavra escrita. (MCLUHAN, 2010, p. 16)
Fonte: Pixabay.
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Principais conceitos
“O meio é a mensagem”
“Porque o ambiente é sempre invisível. O idioma francês, por exemplo, é o meio em que vocês se banham e sobre o qual não conhecem muita coisa, exatamente por estarem imersos dentro dele. 
Um inglês sabe muito mais sobre a língua francesa do que vocês mesmos, porque ele se surpreende com suas expressões. Para o inglês, tudo isso é playback, replay, enquanto para vocês é play.” 
(McLuhan em entrevista à Revista France L’Express, em 1972)
Fonte: Pixabay.
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Principais conceitos
Meio como tradutor
“Ao telefone, a criança neurótica demonstra tendência a perder seus traços neuróticos – fato que tem intrigado os psiquiatras. Alguns gagos perdem a gagueira quando falam em língua estrangeira. As tecnologias são meios de traduzir uma espécie de conhecimento para outra [...].” 
(MCLUHAN, 2010, p. 52)
Os meios – que prolongam nossa capacidade comunicativa por meio da técnica – funcionam como metáforas que traduzem a experiência da totalidade para os sentidos manifestos.
Fonte: Pixabay.
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Principais conceitos
Meios frios
McLuhan (2010) toma emprestado a gíria frio, utilizada pelos jovens da época, para refletir sobre os diferentes tipos de envolvimento permitidos pelas especificidades dos meios. 
Para esses jovens, frio seria aquilo que engloba a participação de todas as faculdades de uma pessoa. 
A televisão e o rádio são exemplos de meios frios que fornecem pouca quantidade de informação, deixando ao receptor lacunas a serem completadas pela interação de todos os sentidos.
Fonte: Pixabay.
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Principais conceitos
Meios quentes
Os meios quentes prolongam um único sentido em alta definição – como, por exemplo, o livro, o cinema e a fotografia.
Esses meios deixam poucas lacunas a serem completadas pelo receptor. Além disso, a alta saturação de dados não requer grande envolvimento.
Socialmente, os meios quentes produzem fragmentação e especialização, reduzindo, sobremaneira, a intensidade da experiência. 
Em outras palavras, eles destribalizam ao individualizar a experiência.
Fonte: Pixabay.
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Disciplina
Principais conceitos
Tribalização, destribalização, retribalização
Associando a visão de Karl R. Poper sobre sociedades abertas e fechadas, McLuhan (1962) busca estudar o efeito de destribalização do mundo, promovida pela entrada da cultura letrada a partir da invenção do alfabeto. 
Fonte: Pixabay.
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Disciplina
Principais conceitos
Tribalização, destribalização, retribalização
“Mas é a invenção da tipografia que marca a grande transformação. A tecnologia da imprensa dá ao homem, com o livro [a primeira máquina de ensinar, na expressão de McLuhan], a posse do saber, e, armando-o com uma perspectiva visual e um ponto de vista uniforme e preciso, liberta-o da tribo, a qual explode, vindo, nos dias de hoje, transformar-se nas grandes multidões solitárias dos imensos conglomerados individuais.” (MCLUHAN, 1962, p. 12)
Fonte: Pixabay.
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Principais conceitos
Tribalização, destribalização, retribalização
O intelectual canadense (MCLUHAN, 1962) observa o processo de retribalização do mundo devido à revolução elétrica, cuja tecnologia possui caráter orgânico. 
“De fato, a tecnologia elétrica põe inteiramente a dimensão mítica ou coletiva da experiência humana em um mundo cada dia mais desperto e consciente.” (MCLUHAN, 1962, p. 327) 
O argumento é desenvolvido quando o autor enfatiza que a luz é um meio sem informação, uma projeção de nosso sistema nervoso central, além de ser veloz, sensorial e difusa (MCLUHAN, 2010).
Fonte: Pixabay.
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Disciplina
Principais conceitos
Aldeia global
A era da eletricidade tende a promover umareunificação das partes mecanizadas da era impressa. 
A televisão é o meio paradigmático para pensarmos nessa relação. Trata-se de um meio frio, cuja luz envolve os receptores de todo o mundo por meio da interligação por satélites, libertando-os do corpo, do tempo e do espaço.
“O que temos, agora, é a multidão a meio caminho entre a civilização antiga e a tribo nova. E a multidão é apenas confusão.” (MCLUHAN, 2010)
Fonte: Pixabay.
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Disciplina
Principais conceitos
Tétrade
Em Laws of Media (1988), publicado postumamente, McLuhan discute os efeitos que advêm da entrada de novos meios tecnológicos na sociedade. 
De acordo com Braga (2012, p. 5), tais efeitos compreendem: 
“A amplificação de alguns aspectos da sociedade;
O envelhecimento (obsolescência) de aspectos da mídia dominante antes da emergência do novo meio;
A proeminência de aspectos tornados obsoletos previamente;
A revitalização de mídias em consequência do pleno desenvolvimento do potencial do novo meio”.
Fonte: Wikimedia Commons.
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Críticas a McLuhan
Determinismo tecnológico – crença cega no poder transformador da mídia;
Serviço ao capitalismo americano – caracterizado pelo desenvolvimento tecnológico;
Utopia quanto à questão da aldeia global – uma vez que a interligação não inclui todos;
Abstração das ideias de humano e de meio dos contextos sócio-históricos – responsáveis pelas configurações dos grupos humanos.
Fonte: Pixabay.
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Disciplina
McLuhan revisitado
Episódios midiáticos extremos
Pereira (2015) explora os efeitos materiais dos meios sobre o corpo e a mente contemporâneos, propondo novas pesquisas inspiradas no trabalho de McLuhan.
Fonte: Pixabay.
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Fonte: Pixabay.
McLuhan revisitado
Episódios midiáticos extremos
Pereira (2015, p. 20) analisa os episódios que afetam nosso organismo, tais como:
“As primeiras exibições de cinema no final do século XIX e no início do século XX;
A transmissão radiofônica de A guerra dos mundos (1938), concebida por Orson Welles;
O experimento de publicidade subliminar, proposto por James Vicary (1957);
As crises de epilepsia fotossensível, desencadeadas pelo game e, posteriormente, pela exibição da série de desenhos animados da grife Pokémon (1997) [...]”. 
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Disciplina
McLuhan revisitado
Episódios midiáticos extremos
“O Google está nos tornando estúpidos? O que a internet está fazendo com os nossos cérebros. Com esse título [...], Nicholas Carr publica um artigo na revista The Atlantic, que, depois, ganharia mais extensão e profundidade no livro The shallows: what the internet is doing to our brains. 
No artigo em questão, é especulado se seria possível que os novos hábitos de leitura inaugurados e fortalecidos pelas novas tecnologias de comunicação já pudessem afetar não apenas os modos de se ler, mas também os modos de se pensar hoje em dia (CARR, 2008).” (PEREIRA, 2015, p. 27)
Fonte: Pixabay.
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Saiba mais
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula:
Leia os seguintes artigos...
McLuhan entre conceitos e aforismos;
Episódios midiáticos extremos, dinâmicas contemporâneas de comunicação e pesquisas neuromidiáticas.
Leia uma Entrevista com Marshall McLuhan;
Assista ao vídeo O Google está mudando seu cérebro.
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Referências
BRAGA, A. McLuhan entre conceitos e aforismos. Revista Alceu, Rio de Janeiro, v. 12, n. 24, p. 48-55, jan./jun. 2012. 
MCLUHAN, M. A galáxia de Gutenberg: formação do homem tipográfico. São Paulo: Nacional; USP, 1962.
______. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 2010.
PEREIRA, V. A. Episódios midiáticos extremos, dinâmicas contemporâneas de comunicação e pesquisas neuromidiáticas. Revista Contracampo, Niterói, v. 32, n. 2, p. 18-35, abr./jul. 2015.
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Considerações gerais sobre a disciplina
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Disciplina
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Processo de produção de linguagens;
Possibilidades da linguagem hipermídia;
Linguagem hipermídia nas artes.
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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