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RESUMO CIVIL

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RESUMO DE DIREITO CIVIL
AULA 3 : EFEITOS DA POSSE
1 – direito à legítima defesa, ou desforço imediato, ou autodefesa da posse :
	quem não defende seus bens, móveis ou imóveis, não é digno de possuí-los. Se o possuidor não age “logo” precisa recorrer ao Poder Judiciário,deve-se agir com moderação mas usando os meios necessários.
2 – direito aos interditos:
interdito é uma ordem do Juiz e são três as ações possessórias
		- ação de interdito proibitório: é uma ação preventiva usada pelo possuidor diante de uma séria ameaça a sua posse (ex: os jornais divulgam que o MST vai invadir a fazenda X nos próximos dias).
- ação de manutenção de posse: esta ação é cabível quando houve turbação, ou seja, quando já houve violência à posse, O possuidor não perdeu sua posse, mas está com dificuldade para exerce-la
	ação de reintegração de posse: esta ação vai ter lugar em caso de esbulho, ou seja, quando o possuidor efetivamente perdeu a posse da coisa pela violência de terceiros. O possuidor pede ao Juiz que devolva o que lhe foi tomado. Esta ação cabe também quando o inquilino não devolve a coisa ao término do contrato,
- Estas três ações cabem para defender móveis e imóveis, sendo fungíveis, ou seja, se o advogado erra a ação não tem problema pois uma ação pode substituir a outra (ex: entra com o interdito mas quando o Juiz vai despachar já houve esbulho, não tem problema, 920 CPC)
	estas ações devem ser propostas no prazo de até um ano e um dia da agressão (art 924 do CPC), pois dentro deste prazo o Juiz pode LIMINARMENTE determinar o afastamento dos réus que só tem detenção; após esse prazo, o invasor já tem POSSE VELHA e o Juiz não pode mais deferir uma liminar, e o autor vai ter que esperar a sentença que demora muito. A liminar é uma decisão que o Juiz concede no começo do processo, já a sentença é uma decisão que só vem no final do processo, após muitos prazos, audiências, etc
3 – direito aos frutos e aos produtos:
O possuidor de boa-fé tem direito aos frutos e aos produtos da coisa possuída, Os frutos diferem dos produtos pois estes são esgotáveis, são exauríveis (ex: uma pedreira), enquanto os frutos se renovam. Os frutos podem ser naturais (ex: crias dos animais, frutas das árvores, safra de uma plantação) ou industriais (ex: produção de uma fábrica de carros) ou civis (ex: rendimentos provenientes de capital como os juros). O possuidor de má-fé não tem esses direito
4- Direito à indenização e retenção por benfeitorias:
Se o possuidor realiza benfeitorias (= melhoramentos, obras, despesas, plantações, construções) na coisa deve ser indenizado pelo proprietário da coisa, Se o proprietário não indenizar, o possuidor poderá exercer o direito de retenção, ou seja, terá o direito de reter (= conservar, manter) a coisa em seu poder em garantia dessa indenização (desse crédito) contra o proprietário. Mas tais direitos de indenização e de retenção não são permitidos pela lei em todos os casos.
				Voluptuárias: estátua ou uma fonte no jardim 
	úteis: piscina, uma garagem coberta, um pomar, fruteiras
	necessárias: consertar uma parede rachada, reparar um telhado
OBS: as benfeitorias necessárias e úteis NÃO têm o mesmo tratamento:
				por uma questão de justiça, pois são diferentes as benfeitorias úteis e necessárias, e estas são mais importantes do que aquelas. Não se pode comparar a necessidade de reparar uma parede rachada (que ameaçava derrubar o imóvel) com a simples utilidade de uma garagem coberta
	por que os arts. 505 e 578 do CC exigem autorização expressa do proprietário para autorizar a indenização e retenção por benfeitorias úteis.
	porque os direitos reais e os direitos obrigacionais se completam, ambos integram a nossa conhecida autonomia privada
OBS 2: em todos os casos de transmissão da posse (locação, comodato, usufruto), o possuidor de boa-fé terá sempre direito à indenização e retenção pelas benfeitorias necessárias
5 – Direito a usucapir (= captar pelo uso = usucapião)
o direito de adquirir a propriedade pela posse durante certo tempo.
6 – Responsabilidade do possuidor pela deterioração da coisa :
O possuidor de boa-fé tem responsabilidade subjetiva, só indeniza o proprietário se agiu com culpa para a deterioração da coisa (ex: deixou a chave na ignição e facilitou o furto).
Já o possuidor de má-fé pode ser responsabilizado mesmo por um acidente sofrido pela coisa,O possuidor de má-fé tem, de regra, responsabilidade objetiva, independente de culpa (ex: A empresta o carro a B para fazer a feira, mas B passa dois dias com o carro que termina sendo furtado no trabalho de B).
7 – Direito a inversão do ônus da prova 
A aparência (presunção) é a de que o possuidor é o dono, assim cabe ao terceiro reivindicante provar sua melhor posse ou sua condição de verdadeiro dono
Aula 4 : Aquisição e perda da posse 
1- poderes inerentes à propriedade: o uso, a fruição (ou gozo) e a disposição
2- Formas de Aquisição:
		- aquisição da posse é originária: pois não existe vínculo com o possuidor anterior, ocupação (ou apreensão)
	aquisição da posse é derivada: a coisa passa de uma pessoa para outra com os eventuais vícios, ex: comprar coisa de um ladrão não gera posse
OBS: É importante saber o dia em que a posse foi adquirida para contagem do prazo da usucapião, bem como para caracterizar a posse velha (mais de um ano e um dia)
3- PERDA DA POSSE: 
1 ) abandono = significa renunciar à posse, é a res derelictae = coisa abandonada, como colocar na calçada um sofá velho; 
2 ) tradição = entrega da coisa a outrem com ânimo de se desfazer da posse, como ocorre nos contratos de locação, compra e venda, comodato, etc; entregar a chave do carro ao motorista/manobrista não transfere posse, só detenção); 
3 ) perda   da coisa = res amissa; a perda é involuntária e permanente; ocorre quando a pessoa não encontra a coisa perdida e quem a encontrou não a devolve 
4) pela sua colocação fora do comércio (ex: o governo decide proibir o cigarro
	pela posse de outrem (invasor, ladrão) superior a um ano e um dia, mesmo contra a vontade do legítimo possuidor; antes de um ano e um dia
Aula 5: Propriedade em geral 
1- Conceito
	propriedade é o poder pleno sobre a coisa
	é a submissão de uma coisa a uma pessoa;
	é o direito real sobre a coisa própria, etc.
	Adotemos o conceito do código, que é muito bom e a lei está sempre ao nosso alcance: ver art. 1228.
OBS: propriedade é o poder de: 
	usar = é o jus utendi, ou seja, o proprietário pode usar a coisa, pode ocupá-la para o fim a que se destina. Ex: morar numa casa; usar um carro para trabalho/lazer
	fruir (=gozar) = jus fruendi; o proprietário pode também explorar a coisa economicamente, auferindo seus benefícios e vantagens. Ex: vender os frutos das árvores do quintal; ficar com as crias dos animais da fazenda.
	dispor de um bem= jus abutendi; é o poder de abusar da coisa, de modificá-la, reformá-la, vendê-la, consumi-la, e até destruí-la. A disposição é o poder mais abrangente. 
	direito de reaver= essa coisa do poder de quem injustamente a ocupe. Através da ação reivindicatória. Esta é a ação do proprietário sem posse contra o possuidor sem título. Esta ação serve ao dono contra o possuidor injusto, contra o possuidor de má-fé ou contra o detentor.
2- CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE
1 – Complexidade: pelo conceito legal de propriedade se percebe porque se trata de um direito complexo, A complexidade é justamente porque a propriedade é a soma de três faculdades
2 – É direito absoluto: se o proprietário pode dispor, pode abusar da coisa (jus abutendi), pode vendê-la, reformá-la e até destruí-la.Respeitar a função social é um limite ao direito de propriedade; outro limite são os direitos de vizinhança, quando uma propriedade não cumpre sua função social, o Estado a desapropria não para si, mas para outros particulares que possam melhor utilizá-la
3 – Perpetuidade: os direitos de crédito prescrevem, mas a propriedade dura para
sempre, passa inclusive para nossos filhos através do direito das sucessões 
4 – Exclusividade: a presunção é a de que cada bem só tem um dono exclusivo, mas nosso ordenamento admite o condomínio
5 – Elasticidade: a propriedade se contrai e se dilata,
3- SUJEITOS:
	sujeito ativo: o proprietário, qualquer pessoa física ou jurídica, desde que capaz
	sujeito passivo indeterminado: todas as demais pessoas da sociedade que devem respeitar o meu direito de propriedade. 
OBS: O menor pode adquirir mediante representação do pai ou do tutor
4- OBJETO:
	é toda coisa corpórea, móvel ou imóvel. Admite-se propriedade de coisas incorpóreas como o direito autoral
a) plena ou ilimitada: quando as três faculdades do domínio (uso, fruição e disposição) estão concentradas nas mãos do proprietário e não existe nenhuma restrição
b) limitada:
- restrita: quando a propriedade está gravada com um ônus real, como a hipoteca e o penhor
- resolúvel: propriedade resolúvel é aquela que pode ser resolvida, ou seja, que pode ser extinta, e só se tornará plena após certo tempo ou certa condição,ex: retrovenda
5- EXTENSÃO DA PROPRIEDADE:
predomina a razoabilidade/bom senso/utilidade prática do art. 1229 que usa as expressões “úteis ao exercício” e “interesse em impedir”, de modo que o proprietário não pode impedir que o metrô passe por baixo de seu terreno, mas pode impedir que o vizinho construa uma garagem por baixo de sua casa; o proprietário não pode impedir o sobrevôo de um avião lá no alto, mas pode impedir vôos rasantes sobre sua casa.
6- LIMITAÇÃO DA PROPRIEDADE:
a) limitação legal, em respeito ao interesse da sociedade: por força de leis de direito privado ( ex: direitos de vizinhança) e por força de leis de direito público (ex:desapropriação)
b) limitação jurídica, em respeito ao direito natural, em respeito ao que é justo para viver honestamente, não enganar os outros e dar a cada um o que é seu. Exemplos de limitações jurídicas: o abuso de direito
c) limitação voluntária, em respeito à autonomia privada: tal limitação decorre da vontade do dono, por exemplo: servidão de não construir mais alto  para garantir vista e ventilação para o terreno de trás
Aula 6: AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
1 – Registro:
	antigamente chamava-se de transcrição
	é aquisição derivada
	é o modo mais comum 
	Conceito: se trata da inscrição do contrato no cartório de registro do lugar do imóvel.
	A lei 6.015/73 dispõe sobre os registros públicos
	O registro confirma o contrato e dá publicidade ao negócio e segurança na circulação dos imóveis.
	A escritura pode ser feita em qualquer cartório de notas do país, mas o registro só pode ser feito no cartório do lugar do imóvel, que é um só
	Características do registro: fé pública, possibilidade de retificação,obrigatoriedade , continuidade
2 – aquisição da propriedade imóvel pela acessão
	É aquisição originária.
	tudo aquilo que adere ao solo e não pode ser retirado sem danificação
	acessões naturais e horizontais:formação de ilhas, aluvião ( é o acréscimo lento de um terreno ribeirinho), avulsão ( é brusca) e álveo abandonado (eito do rio que secou, torna-se propriedade do dono do terreno onde ele passava)
	acessão humana e vertical: construções e plantações (o homem que constrói e planta num terreno; a regra é o acessório seguir o principal, porém, se o dono do material e das sementes não for o dono do terreno surgirão problemas sobre o domínio das acessões e indenização ao prejudicado, Vai depender da boa fé ou da má fé  dos envolvidos, bem como vai depender da espécie de benfeitoria)
Aula 7 e 8 - aquisição da propriedade imóvel móvel pela usucapião 
	
3 –  A usucapião; a palavra é feminina porque vem do latim “usus” + “capere”, ou seja, é a captação/tomada/aquisição pelo uso.
-3.1- Conceito: é modo de aquisição da propriedade pela posse prolongada sob determinadas condições. A usucapião exige posse prolongada (elemento objetivo) com a vontade de ser dono (animus domini - elemento subjetivo).O usucapião é modo originário
- 3.2 - Fundamento: por que nosso direito aceita a usucapião? 
1) para prestigiar a pessoa que usa e se serve da coisa para morar e trabalhar
2) para punir o proprietário desidioso/preguiçoso/irresponsável, que não cuida dos seus bens
3) por uma questão de paz social, pois a usucapião vai regularizar
3.3- Requisitos:
	capacidade do adquirente: o incapaz não pode adquirir pela usucapião, e também não pode perder pela usucapião, caso seu representante não defenda seus bens
	a coisa usucapienda precisa estar no comércio 
	a posse: não é qualquer posse, mas a posse para ensejar a usucapião precisa ser mansa, pacífica, pública, contínua e com intenção de dono da parte do possuidor
	o tempo: o tempo varia de cinco a quinze anos, conforme a espécie da usucapião 
3.4- Espécies de usucapião:
1)extraordinária: mesmo que o possuidor esteja de má-fé; esta é a usucapião que beneficia o ladrão e o invasor, o tempo é de 15 ou apenas 10 anos conforme p.ú
2) ordinária:o prazo é menor, de dez anos, pois exige título e boa-fé do possuidor, além da posse mansa, pacífica,
3)especial rural:o prazo é de apenas cinco anos, mas existe um limite para o tamanho do terreno usucapiendo e o proprietário lá tem que trabalhar e não pode ter outro imóvel; beneficia os sem terra.
4)especial urbano:semelhante ao rural; beneficia os sem teto
Observação processual: o Ministério Público deve ser ouvido pelo Juiz na ação de usucapião; é um dos poucos temas de direito patrimonial privado que o MP participa. Outros temas são: herança com testamento e reintegração de posse contra sem terra.
5- Quanto à propriedade móvel, esta se adquire pela:
1 - Tradição: é a entrega efetiva da coisa móvel feita pelo proprietário-alienante ao adquirente, em virtude de um contrato, com a 
intenção de transferir o domínio.
2 - Ocupação: ocupar é se tornar proprietário de coisa móvel sem dono ou de coisa abandonada. Ressalto que ocupar coisa imóvel sem dono ou abandonada gera posse e não propriedade, posse que pode virar propriedade pela usucapião
a) coisa sem dono (res nulius), como a concha na praia ou o peixe no mar
b) coisa abandonada (res derelictae), como o sofá deixado na calçada
3 - Achado do tesouro: isto é hipótese de filme
4 - Especificação: ocorre quando alguém manipulando matéria prima de outrem (ex: pedra, madeira, couro, barro, ferro) obtém espécie nova
5 - Confusão, comistão e adjunção: são três modos diferentes e raros de aquisição da propriedade, tratados pelo CC, Tratam-se da mistura de coisas de proprietários diferentes e que depois não podem ser separadas
	confusão: é a mistura de coisas líquidas - ex: vinho com refrigerante
	comistão: é a mistura de coisas sólidas (ex: sal com açúcar; sal com areia)
	adjunção é a união de coisas, não seria  a mistura, mas a união, a justaposição de coisas  que não podem ser separadas sem estragar (ex: selo colado num álbum)
		Obedecem a três regras: tais regras não são imperativas (= obrigatórias)
- as coisas vão pertencer aos respectivos donos se puderem ser separadas sem danificação
- se a separação for impossível ou muito onerosa surgirá um condomínio forçado entre os donos das coisas
- se uma das coisas puder ser considerada principal
6 - Usucapião de coisa móvel:
	Aplica-se aos móveis e também aos semoventes (bens suscetíveis de movimento próprio, como um boi, um cavalo, art 82).
	para os móveis se dá entre três e cinco anos.
6.1= Espécies de usucapião móvel:
a) ordinária: exige posse, então não é possível a mera detenção
b) extraordinária: tem as mesmas exigências da ordinária (posse mansa, pacífica e pública com animus domini) 
Aula 9: PERDA DA PROPRIEDADE MÓVEL E IMÓVEL 
1- Casos de Perda:
a) a morte: o falecido perde a propriedade dos seus bens, que automaticamente se transferem para seus herdeiros
b) a usucapião: a usucapião é modo de aquisição para um, e modo de perda para o proprietário desidioso; é o outro lado
do mesmo fenômeno.
c) a dissolução do casamento: veremos isso em Dir. de Família, como o divórcio pode levar à perda de bens (ou aquisição, depende do regime de bens, depende de qual dos cônjuges é mais rico) .
            d) a alienação: é modo voluntário de perda, e a alienação pode ser gratuita (ex: doação) ou onerosa (ex: compra e venda, troca, dação em pagamento).
e) renúncia: não confundir com abandono que veremos adiante; a renúncia é uma declaração de vontade expressa onde o proprietário afirma que não mais quer aquele bem, mas sem transferi-lo a outrém; a renúncia de imóveis exige escritura pública (108) e registro em cartório
f) abandono: é um gesto, um comportamento  inequívoco de se desfazer da coisa (obs: os loucos e os menores não podem abandonar, pois não podem dispor de seus bens) As coisas móveis abandonadas não preocupam ao Direito; as semoventes preocupam porque animais soltos pelas ruas/estradas provocam acidentes; as coisas imóveis abandonadas também preocupam ao Direito por causa da função social da propriedade; a simples negligência ou descuido não caracteriza abandono; se o imóvel nãos e encontrar na posse de outro e havendo intencional abandono por parte de seu proprietário, o mesmo será considerado bem vago – com 3 anos de vacânia passará o bem para a União, Estado ou DF.
OBS: é declado Inconstitucional, p.2º do art 1276 CC, uma vez que é uma afronta direta ao devido processo legal, na fixação da presunção absoluta de abandono
g) perecimento da coisa: não há direito sem objeto, se a coisa se extingue, perece também o direito real
h) desapropriação: é a interferência o poder público no domínio privado
i) execução: se dá a perda da propriedade, pois o Juiz retira bens do devedorj
j) advento da condução resolutiva: extingue a propriedade resolúvel
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
1- Sujeitos:
	Fiduciário: credor que recebe propriedade e posse indireta do bem
	Fiduciante: devedor que entrega a propriedade do bem e guarda para si a posse direta
2- Objeto: bem móvel infungível
3- Característica da Propriedade:
	Resolubilidade
	Transmissão da propriedade ao credor fiduciário
	táriTransmissão da posse indireta ao credor fiduciário
	Permanência do devedor fiduciante como possuidor direto
	Bem objeto de propriedade fiduciária utilizado como garantia ao adimplemento
	Devolução da propriedade e da posse indireta ao devedor após adimplida obrigação
4- Requisitos do Contrato:
	descrição do objeto
	descrição da dívida
	prazo de pagamento
	taxa de juros, se houve
OBS 1: necessidade de registro do título
OBS 2: nula cláusula que autoriza ao credor ficar com o bem caso haja inadimplemento (pacto comissório)
obs 3: não cabe falar em equiparação ao fiel depositário,nem prisão civil (Sum 25 STF)
5 – Teoria do Adimplemento Substancial
	impedir o credor de requerer resolução de contrato caso tenha havido cumprimento significativo de seu conteúdo fundamental
	busca o afastamento de Busca e Apreeensão na alienação fiduciária em bens móveis – não é atutorizado quando falta alguns pagamentos a busca e apreensão, uma vez que não atende a boa=fé objetiva do credor
Aula 10-   Regras dos Direitos de Vizinhança:
PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA
1- Sujeitos:
	Fundieiro: proprietário do solo, faz jus na concessão onerosa ao CANON (pagamento pela utilização de sua propriedade), podendo ser parcelado ou de uma só vez
	Superficiário: proprietário das construções ou plantações, possui direito de implante, tem posse direta sobre o solo, responde pelos encargos e tributos inerentes ao imóvel
2- Fundamento:
- Função Social da Propriedade: cumprir caráter social e econõmico
3- Características:
	direito real sobre coisa alheia
	finalístico: construir ou plantar
	temporariedade
	Escritura Pública e Registro no Cartório de Imóveis
	Impossibilidade de realizar obras no subsolo, a não ser que haja estipulação favorável
4- Natureza Jurídica:
	inicia como Direito Real sobre coisa alheia, (por concessão do titular da propriedade para fins de futura edificação ou plantação) e converte-se em propriedade resolúvel, (autônoma após edificação)
5- Superfície – Legislação
	CC – arts 1369 a 1377 – veda epressamente a propriedade superficiária
	Código da Cidade – art 21 a 23 – possibilita propriedade superficiária no solo
	Enunciado 93 da I Jornada de Direito Civil
6- Constituição:
	Convenção – Gratuita ou onerosa -Contrato por instrumento público ou Registro em Cartório de Imóveis
	Sucessão Causa Mortis - Testamento
	Usucapião – acaba ocorrendo também a posse do solo e não só da superfície, depende do animus dopossuidor e do dono
7- Transferência da Superfície:
	Atos Inter Vivos
	Atos Mortis Causa
OBS: ADMITE-SE A TRANSFERÊNCIA AOS HERDEIROS DO SUPERFICIÁRIO
	FUNDIEIRO NÃO TEM DIREITO SOBRE REMUNERAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
8- Direito dos Superficiários:
	realizar edificações ou plantações conforme pactuado
	transferir por atps inter vivos ou causa mortis, direito de superfície
	Direito de Prelação- direito de adquirir nas mesmas condições oferecidas
	doutrina indica possibilidade de usufruto, uso, habitação e hipoteca
	reconstruir em caso de perecimento
9- Obrigações do Superficiários
	cumprir cláusulas contratuais
	pagar solarium ou canon, conforme avençado 
	informar ao proprietário do solo, na transferência de propriedade, dando direito de preferência
	pagamento de todos os tributos referentes ao solo e propriedade superficiária
10- Extinção da Propriedade Superficiária:
	averbação do cancelamento no Cartório de Imóveis
	Extinção Antecipada: por destinação diversa da concedida pelo proprietário por parte do superficiário
	inadimplemento por falta de pagamento do solarium, impostos ou outros encargos
	Desapropriação: indenização ao proprietário e ao superficiário
11- Superfície x Enfiteuse
	Superfície:
a- temporário – prazo determinado
b- solarium pode ser fixado emm valor de mercado
c- não há qualquer pagamento por transferência onerosa
d- superficiário não se transforma em proprietário pleno
	Enfiteuse:
a- perpetuidade
b- foro recebido tem valor irreajustável
c- há pagamento de laudêmio (2,5%) pela transferência onerosa
DIREITOS DE VIZINHANÇA:
1- Conceito: são dir. de convivência decorrentes da interferência entre prédios, limítrofes ou não, são limitações impostas por normas jurídicas a propriedades individuais, com objetivo de conciliar interesses de proprietários vizinhos, reduzidos os poderes inerentes ao domínio e regular o convívio social
	Fundamento:existem para limitar a propriedade em prol do bom convívio social entre vizinhos
2- Natureza Jurídica:
	Obrigação Propter Rem – vinculada a quem estiver na posse do prédio, não a determinada pessoa
	Servidões Legais: estabece-se no interesse do prédio vizinho, limitações decorrentes das vizinhanças dos prédios seriam servidões legais negativas
3- Características: 
3.1) as normas do direito de vizinhança são recíprocas,ou seja, o que eu não posso fazer, meu vizinho também não pode. 
3.2) os DV correspondem a uma obrigação real,  que está vinculada à coisa
1 – Do uso anormal da propriedade: é o uso nocivo da propriedade de modo a perturbar a saúde, o sossego e a segurança dos vizinhos O critério de “pré-ocupação” (de quem chegou primeiro), pode ajudar o Juiz a decidir, assim se você vai morar perto de um canil, terá que aguentar a cachorrada.
Sanções para o infrator - o vizinho que perturba a saúde, o sossego e a segurança dos outros deverá ser condenado a uma indenização por danos materiais e morais,  bem como a fazer cessar o inconveniente, sob pena de multa diária; outra sanção é a prestação de caução 
2 – Das árvores limítrofes: estas regras se aplicam às árvores próximas ou no meio de dois terrenos. A árvore que está no meio dos terrenos pertence aos dois vizinhos, é o que se chama de condomínio forçado. A árvore que está num terreno pertence ao
dono do terreno (79, 92), mas se seus galhos passam para o outro terreno, o vizinho poderá pegar os frutos que caírem naturalmente, e o vizinho ainda pode cortar os galhos, Se os frutos caem em via pública (rua, praça), os frutos são do dono da árvore
3 – Da passagem forçada: um prédio em saída é inútil pois fica sem acesso para moradia e exploração econômica.
	Conceito de passagem forçada: direito do dono do prédio encravado de pagar para passar pelo terreno vizinho, a fim de ter acesso a via pública
	Fundamento: é de interesse público que todos os prédios tenham um bom acesso para serem melhor explorados economicamente, gerando lucros, empregos e impostos.
	Ressalto que a passagem não é gratuita mas onerosa, e o proprietário do prédio encravado, além de pagar a indenização, também terá que conservar o caminho.
	A passagem deve ser fixada no caminho mais curto, no prédio mais próximo e de forma mais barata para ambos os vizinhos
	Decisão jidicial do direito à passagem forçada: juiz decide baseado nas necessidades e interesses dos litigantes, de modo menos oneroso para quem vai ceder a passagem
4 – Da passagem de cabos e tubulações:obrigação de tolerar que um vizinho tem para beneficiar outro vizinho com a passagem de cabos e tubulações subterrâneos pelo seu terreno.a feita de modo menos oneroso ao imóvel
	o proprietário que suportar a passagem de cabos e tubulações, pode exigir que a instalação seja feita de modo menos oneroso ao imóvel
	remocção de instalação: o proprietário pode requerer a suas custas que seja removida as instalações, de forma a diminuir o gravame suportado
4- Princípios:
	Função Social da Propriedade: limite à autonomia privada dos prprietários
	Da Solidariedade: situações de passagem forçada, servidões de cabos e tubulações
	da Vedação do Enriquecimento sem Causa
5- Espécies
	Restrição ao Direito de Propriedade quanto à intensidade de seu exercício: uso anormal da propriedade
	Limitações legais do domínio similares ás servidões: árvores limítrofes, passagem forçada, passagem de cabos e tubulações
	Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis: direito de tapagem e de construir
OBS: USO ANORMAL DA PROPRIEDADE VIZINHA: considerar circunstâncias de cada caso, averiguando: grau de tolerabilidade, uso e costumes locais, natureza do incômodo, localização do prédio, zoneamento e pré-ocupação
OBS: SAÚDE – SOSSEGO – SEGURANÇA 
	todos os atos que compromete a estabilidade de um prédio e incolumidade de seus moradores
-ruídos excessivos que tiram a tranquiliadade dos habitantes
	ofensa à saúde
	interferência prejudicial a vizinho para atender a interesse público: proprietário lesado não tem direito a fazer cessar ofensa à sua segurança, saúde e sossego se justificada por interesse público. O lesante deve pagar indenização que cubra prejuízos sofridos
6- AÇÃO DE DANO INFECTO:
	ação para cessar interferência quanto ao sossego, saúde e segurança
	proprietário pode exigir do vizinho a demolição ou reparação necessária do prédio em quando ameace ruína
	Caução do Dano Iminente: dono do prédio ameacado enquanto não se efetiva demolição ou reparação do prédio em ruína, pode exigir caução que garanta contra possibilidade de dano iminente
Art. 1282 – A árvore, cujotrinco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes
	acontece neste momento um condomínio necessário
	presunção juris tantun: suscetível de prova em contrário
Art. 1283- As raízes e os ramos de árvores, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido
	não precisa acarretar o dano
	o proprietário invadido não precisa avisar
Art. 1284 – Os frutos caídos de árvore de terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular
	se caírem em via pública, será do proprietário da árvore
	- se os frutos caírem naturalmente no terreno vizinho, pertencem ao dono do solo onde caíram
AULA 11: DIREITOS DE VIZINHANÇA E CONDOMÍNIO
1- Passagem Forçada:
	direito do dono do prédio, sem saída para via pública, nascente ou porto – fixado judicialmente de necessário
Enunciado 88 – Jornada do Direito Civil – 2002 “ O direito de passagem forçada , previsto no art 1285 CC, também é garantido nos casos em que o acesso à via pública for insuficiente ou inadequado , consideradas inclusive as necessidades de exploração econômica
2- Direito de Construir:
Art 1229: “ O proprietáio pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, saçvo direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos”
		– Limites
- oriundas de cláusulas contratuais ( contrato de compra e venda de imóveis)
- observar regulamentos administrativos ( até mesmo de prefeituras...)
- direitos de vizinhanças
= função social da propriedade
3- Água e Beirais:
	um prédio não pode despejar água sobre prédio vizinho
	distancias entre beirais deve ser de 10 cm, para escoamento
	devendo ser despejadas no solo do próprio prédio
4- Devassamento da propriedade vizinha:
	1,5m = obra de abertura de janela e outros do vizinho, pode ser embargada, pois essa distância visa preservar a intimidade da família
	EXCLUÍDA: obras de ventilação ou luz – não maiores de 10 cm/ 20 cm construida a mais de 2 metros de altura – jurisprudência admite até 1, 5 metros quando existir muro alto entre os terrenos – admitida para porta também 
5- Impugnação das Obras:
	1 ano e 1 dia: após a conclusão das obras
6- Construção em Zona Rural:
	distância d 3 metros entre um terreno e outro – jurisprudência tem admitido que a janela possa observar propriedade vizinha
Art 1312: “ Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção é obrigado a demolir as construções feitas, respondendo pr perdas e danos”
	Ação demolitória – construções concluídas – 1 ano e 1 dia
	Embargo de obra nova – construção em curso
	Cumular com indenizatória: qualquer dos dois casos
	Açõa Demolitória ( ação nova em curso) X Ação de Dano Infecto (visa sossego,saúde e segurança – pode ser em prédio velho e também ameaça ruir)
	CONDOMÍNIO 
1- Conceito: situação, quandoa coisa pertence a mais de uma pessoa, cabendo igual direito sobre o todo e cada uma de suas partes
	TEORIA DA PROPRIEDADE INTEGRAL OU TEORIA INDIVIDUALISTA:
Cada condômino é proprietário de toda a coisa e o exercício do direito é delimitado pelos direitos dos outros condôminos – Adotado pelo Direito Brasileiro
	Princípio da Exclusividade da Propriedade:
= é referente ao domínio, NÃO há mais de um domínio do MESMO bem
	cada condôminio detêm uma cota
	condôminio pode reivindicar coisa de terceiro que injustamente a possua, sem necessitar de autorização dos outros consortes
2- Classificação:
2.1 Quanto à origem: 
	Convencional: resultar de acordo de vontade das partes
	Incidental ou Eventual: quando ocorre em razão de coisas alheias a vontade 
	Forçado ou Legal, ou Necessário ou Involuntário: quando derivar de imposição legal
2.2- Quanto à Forma:
	Pro divisio: comunhão que existe juridicamente, não de fato
cada comproprietário tem parte determinada do bem – agindo como dono exclusivo da porção ocupada
	Pro Indiviso: comunhão perdura de fato e de direito
tudo é de todos – não tem divisão
2.3- Quanto a Necessidade:
	Condomínio Transitório: convencional ou eventual, pode ser extinto a qualquer tempo
	Condomínio Permanente: comunhão perdura no tempo
2.4- Quanto ao Objeto:
	Condomínio Universal: comunhão sobre todo o bem (frutos e rendimentos também)
	Condomínio Parcial comunhão sobre parte do bem
3- Condomínio Voluntário: Direitos e Deveres
Art 1314: “ Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou grava-la”
	Direito
de usar a coisa conforme sua destinação: todos podem usar confrome destinado
	Defesa da posse da coisa comum: cada condômino pode se defender de outro através do recurso nas ações possessórias – sentença fica válida a todos comunheiros e não somente ao autor
	Alienação da parte indivisa da coisa comum: cada consorte pode alhear, respectiva parte indivisa, respeitando a preferência dos demais condôminos
	Gravame da parte indivisa: condômino tem direito de gravar parte indivisa, se indivisível for a coisa – não pode hipotecar
	não pode desvirtuar coisa comum: tornar loja comercial, o que seria residencial
	conceder psse a estranho de coisa comum
	todos devem repartir os lucros e suportar os ônus
	Presunção IURIS TANTUM: quota ideal – elemento que possibilita calcular monyante das vantagens e ônus conferidos a cada consorte – assim terá preunção de quinhões para fim de partilha
	Débito contraído por todos os condôminos: cada um responde por sua quota parte – se o condômino contraiu a dívida em favor da comunhão, responde pessoalmente, podendo pedir regresso contra os demais – quando todos foram beneficiados
	Utilização dos frutos da coisa comum: os condôminos podem retirar seus frutos – responde por frutos percebidos sem autorização e se causar prejuízo
4- Extinção do Condomínio:
Obs: poderá ser extinto, exceto o forçado ou de coisa indivisível
	Exntingue-se o Condomínio Ordinário:
	5 anos: condomínio consensual (pode se prorrogar), eventual (depende do doador)
	antes do prazo: pelo juiz, depende do caso
	pela venda da coisa
	Divisão da área: pode ser amigável ou judicial, segue regra de partilha de herança
	Venda de coisa comum: pode ser amigável, segue ordem de preferência 
Art 1322:” Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-las a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas e não as havendo o de quinhão maior
Parágrafo Único: se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos, e antes de adjudicada, a coisa aquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo em condições iguais, o condômino ao estranho”
5- Administração de coisa comum: comunheiros devem escolher o administrador (vai representar ativa e passivamente), podendo até ser estranho
	Mandatário Comum: aquele que por iniciativa própria, assumir gestão da coisa sem oposição dos demais – não é administrador!!!
por mandato tácito, representa os demais 
	a maioria é calculada pelo valor dos quinhões
AULA 12: CONDOMÍNIO EDILÍCIO
1- Conceito: propriedade comum ao lado de uma propriedade privada
	Partes Exclusivas:
Art 1331: 1º “ As partes suscetíveis de utilização independente, tais como, apartamentos, salas, lojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeotam-se a PROPRIEDADE EXCLUSIVA, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, EXCETO OS ABRIGOS PARA VEÍCULOS, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, SAÇVO AUTORIZAÇÃO EXPRESSA NA CONVENÇÃO de condomínio”
	Partes Comuns: o solo, a estrutura do prédio, telhado, rede geral de distribuição de águas, esgoto, gás e eletricidade, e as demais partes comuns, inclusive acesso ao logradouro público
2- Natureza Jurídica: mistura das partes
3- Personalidade Jurídica: ente despersonalizado
	Capacidade jurídica: pode atuar em juízo, representado pelo síndico
	Área comum (permite utilização exclusiva) X Área de uso comum (pode ser utilizada por todos) 
4- Elementos Constitutivos:
Instituição: ato que nasce o condomínio – ocorre por atos inter vivos ou causa mortis
Pode ocorrer: por destinação do proprietário, por incorporação imobiliária ou testamento Deve conter: discriminação e individuação das unidades e destino delas
	Constituição: condomínio já existente, para disciplinar sua exitência 
	Requisitos: instrumento público ou particular, registro cartório de imóveis, subscrição de no mínimo de 2/3 das frações ideais
	Regimento Interno: contêm orientações cotidianas
5- Convenção do Condomínio:
	elemento que prefixa as normas do condomínio
	Deve conter: cláusulas constitutivas
formas de adminsitração
assembléias: formas, competência e quorun
sanções ao condôminos e possuidores
regimento interno
6- Fração Ideal:
	parte indivisível e indeterminado das áreas comuns e de terreno, correspondente a unidade autônoma de cada condomínio – é o quanto cada apartamento equivale a área total 
7- Direito dos Condôminos:
	Sobre a Unidade autônoma: usar conforme destinação, gravar com ônus reais e alienar
	Sobre parte indivisa: utilizar conforme destinação e participar e votas nas assembléias, contribuir com despesas, não realizar obras sem segurança, não alterar fachada, responder por débitos condominiais
8 – Administração de Condomínio:
	Sindico: mandato de 2 anos, podendo ser reeleito – pode ser PF ou PJ até estranho
	Obras: voluptuárias: 2/3 dos condôminos /úteis: maioria
	Assembléias: Ordinárias / Extraordinária
	Função: constituir/ destituir sindicos, votas despesas, alterar convenção, eleger conselho fiscal ,,, 
9 – Extinção do Condomínio:
	Perecimento
	Desapropriação
	venda de todas as unidades
AULA 13: SERVIDÃO, USUFRUTO, USO E HABITAÇÃO
SERVIDÃO:
1- Conceito: direito exercido sobre coisa alheia, corresponde ao vínculo de sujeição de um prédio a outro – impõe ao prédio serveniente um ENCARGO. 
Servidão Negativa ( impõe restrições do uso do titular) X Servidão Positiva (prédio dominante tem poder de uso parcial do prédio serviente)
2- Classificação:
2.1 Quanto ao exercício da servidão:
	Contínua: quando exercíco do direito não é interrompido (passagem de energia elétrica)
	Descontínua: exercício não constante, depende da ação humana sequencial (servidão de passagem)
2.2 Quanto ao modo de exteriorização:
	Aparentes: revelados por sinais exteriores, são usucapíveis
	Não aparentes: não perceptíveis ao olho físico, são suscetíveis de posse e proteção possessória 
	2.3 Quanto a natureza dos prédios:
	- Urbana: não construir além de determinada altura
- Rural: pastagem, trânsito
3- Características:
	coisa imóvel - inalienável 
	perpétuo - gravame 
4- Constituição:
ato inter vivos – escritura pública - causa mortis - testamento
	usucapião entença judicial - destinação do proprietário
5- Exercício das Servidões:
	titular da servidão deve realizar obra necessário ao uso da mesma – mesmo não aceitando a obra ele tem que custear – restrição e ampliação da servidão: parâmetros legais, tem que ter finalidade
	possibilidade da servidão ser removida
	o dono do prédio serviente não pode prejudicar a servidão
	o proprietário do prédio serviente pode renunciar da servidão
6- Extinção das Servidões:
	desapropriação - renúncia
	confusão - perda da utilidade
	cancelamento de registro - resgate
	não uso contínuo por 10 anos - supressão das obras
USUFRUTO:
1- Conceito: direito concedido temporariamente para uma pessoa desfrutar de objeto alheio comos e próprio fosse 
	Usufrutuário: titular do usufruto, posse direta
	Nu proprietário: possuidor indireto, faculdade de dispor e reivindicar
2- Características: 
	temporariedade: extinção se da pela morte do usufrutuário ou finalização do termo – prazo máximo de 30 anos – proibido usufruto sucessivo
	divisibilidade: pode ser dividido de fato ou por quotas
	inalienabilidade: não pode alienar o direito de usufruto – pode exercer o título oneroso/gratuito – frutos percebidos, sim, podem ser alienados ou penhorados
	posse do usufruto: o usufrutuário
pode-se valer das ações possessórias
	conservação da forma : cuidar
3- Objeto: 
	Próprio: coisas inconsum[iveis e infungíveis – substâncias conservadas e restituídas ao nu prporietário
	Impróprio: bens consumíveis e fungíveis – deve restituir ao equivalente ao final
4- Espécies:
	Quanto aos Titulares:
1- Simultâneo: constituido em favor de 2 ou mais pessoas ao mesmo tempo – se estipulado acrescer, no quinhão do falecido acrece ao sobrevivente, passando a desfrutar com exclusividade
2- Sucessivo: não permitido no Brasil
	Quanto à Origem:
1- Legal: estabelecidp éla lei em favor de terceiro
2- Convencional: constituido por contrato ou testamento: 
	Quanto à Duração:
1- Temporário: estabelecido por prazo determinado, extingue-se com o termo
2- Vitalício: perdura até a morte do usufrutuário
	Quanto à Extensão:
1- Universal: recai sobre o patrimônio
2- Particular: recai sobre o bem particular
3- Pleno: abrange total de frutos e utilidades
4- Restrito: excluídos alguns ou todos frutos e utilidades
5- Constituição do Usufruto:
	por lei
	declaração de vontades – causa mortis ou inter vivos
	por usucapião: imóvel/ Móvel: pressupõe preenchimento dos requisitos
- Penhora dos frutos e Rendimentos: o juiz da execução pde determinar a penhora de coisa móvel ou imóvel, quando considerar mais eficiente para recebimento de crédito e menos gravosa ao executado
6- Direitos do Usufrutuário:
	posse - uso
	administração - fruição
	prestar caução - elaborar inventário
	conservar coisa - pagar tributos
	restituir bem - indenizar por desgaste irregular
	defesa comunicação de agressão ao bem
USO:
1- Conceito: instituto que assegura ao beneficiário a utilização imediata de coisa alheia (jus in re aliena)
Art 1412: “ O usuário u sará da coisa e perceberá seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família”
	somente necessidades pessoais – avaliada conforme condição social do usuário, podendo ser modificado conforme status
	excluem: exploração comercial
USUFRUTO (pode recolher frutos em toda sua extensão) X USO (pode recolher frutos naturais apenas indispensável para proveito próprio ou da família)
HABITAÇÃO: 
	aplicação maior no direito sucessão – em favor do conjuge sobrevivente /companheiro
AULA 14: DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR / DIREITOS REAIS DE GARANTIAS
Art 1417:” Mediante promessa de compra e venda, em que não se pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada em Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitentecomprador direito real à aquisição do imóvel”
1- Formas de Constituição do Contrato:
	pela escritura definitiva
	por sentença constitutiva de adjudicação compulsória
Súmula 413 STF: O compromisso de compra e venda de imóveis, ainda que não loteados, dá direito à execução compulsória, quando reunidos os requisitos legais
Súmula 239 STJ: O direito à adjudicaçãocompulsória a não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imoveis
Direitos Reais de Garantia
1- Conceito: direitos acesssórios que asseguram o adimplemento de obrigação proncipal
	natureza pessoal: obrigação garantida – terceiro se responsabiliza pela solução da dívida, caso o devedor sdeixe de cumprir a obrigação
	natureza real: vinculação de determinado bem ao adimplemento da obrigação garantida
2- Constituição:
	contratual – celebrado entre partes da obrigação principal ou terceiro que arque com a dívida
	se for contituida sobre bem IMÓVEL: registro no Cartório de Imóveis
	se for constituída em PENHOR: registro bo Cartório de Títulos e Documentos
	Eficácia: valor do crédito, prazo de pagamento, juros – se houver, especificações do bem
3- Requisitos:
	Bem em condomínio: pode estabelecer sobre fração ideal
	Pós- Especificação: torna eficaz desde o registro 
4- Efeitos:
	Direito de Preferência: exceção a privilégios legais, credor prefere no pagamento a outros credores
	Direito de Sequela: possibilidade de reclamar coisa em garantia de que se detenha injustamente
	Direito de excussão: possibilidade de venda em hasta pública. Exceção de hipotecas e pehor que permita venda extrajudicial
	Indivisibilidade: não ocorre exoneração parcial da garantia pelo pagamento de uma ou mais pretações da dívida, salvo se expressa
	Subjetivos: capacidade civil, capacidade especial para alienar (se casado – outorga uxória / se incapaz – autorização judicial) e bem em condomínio (pode estabelecer direito real sobre fração ideal)
5- Requisitos:
1- Objetivos:
	coisas passiveis de alienação
	bem móvel e imóvel
2- Formais: 
	Especialização: descrição pormenorização do bem em garantia
	Publicidade: registro do título
6- Cláusula Comissória: estipulação que autoriza ao credor a ficar com a coisa dada em garantia se a dívida não for 
AULA 15: PENHOR, HIPOTECA E ANTICRESE
PENHOR
1- Conceito: vincula uma coisa móvel ao pagamento de uma dívida
2- Objeto: bens móveis alienáveis (corpóreos e incorpóreos), bens imóveis por acessão física ou intelectual 
3- Sujeitos:
	credor pignoratício: credor da obrigação principal, imediato ou mediato,
	devedor pignoratício: devedor da obrigação principal e proprietário do bem dado como garantia – o devedor pode ser o possuidor direto do bem (penhor rural, industrial etc) – admite-se terceiro como titular
4- Forma:
	Solene: instrumento público ou particular
5- Características:
	direito acessório: extinta a dívida, extingue-se o penhor
	direito de retenção pelas despesas efetuadas
	necessidade de tradição: devedor é considerado depositário se não houver tradição - credor tem preferência na excussão e venda de coisas empenhadas
6- Constituição:
	convenção - leis
Art 1467: “ São credores pignoratícios, independentemente de convenção:
I- Hospedeiros ou fornecedores de pousadas ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias, ou dinheiro que seus consumidores ou frequeses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que ali tiverem feito
II – Dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas”
7- Espécies:
	convencional: acordo de vontade
	legal: decorre de lei
	comum: decorre da vontade das partes
	especial: sujeito a regras específicas (penhor lega, rural. De veículos)
8- Modalidades de Penhor:
	Rural: agrícola – concessão de garantia sobre coisas futuras (colheita) - 4 anos - se for insuficiente a safra, abrangerá asafra seguinte
pecuária: garantia de animais que integral a atividade – 3 anos – ocorrendo morte do animal, deverá ser dado outro equivalente
	Industrial e Mercantil: RGI, para alienação de coisas empenhadas deve ter autorização do credor e pode ser penhorado tudo
	Direitos e de Títulos de Crédito: o objeto é o direito suscetível de cessão sobre coisas móveis. Registrado no cartório de títulos
	Veículos: de qualquer espécie, registro no Títulos e Detran, prazo de 2 anos – podendo ser prorrogado, deve ter seguro total
	Legal: garantir resgate de crédito em situações determinadas – necessidade de homologação judicial
9= Extinção:
	extinção da dívida - perecimento do objeto empenhado
	renúncia do credor - confusão
	nulidade da obrigação - adjudicação judicial
	termino do prazo do credor
HIPOTECA:
1- Conceito: direito de farantia que grava coisaimóvel ou bem que a lei entende ser hipotecável, pertenente ao devedor ou terceiro sem transmissão ao credor, confere ao credor o direito de promover a venda judicial
2- Objeto:
	bens imóveis - estrada de ferro
	minas e pedreiras - navios e aeronaves
	propriedade superficiária - domínio direto e útil
	direito de uso e uso especial
3- Sujeitos: 
	credor hipotecário: vredor da obrigação especial – não é o possuidor, é o que pode excutir no caso de inadimplemento
	devedor hipotecário: proprietário
e possuidor do bem – devedor principal da obrigação
4- Características:
	direito acessório: extingue a dívida, extingue-se a hipoteca
	devedor continua na posse do bem hipotecado
	indivisível: grava o bem na totalidade
	direito de prefer~encia e sequela: 
5- Princípios:
	especialização: descrição detalhada do bem hipotecado – para exta individuação do imóvel, devendo constar o nome das partes, valor e espécie
	publicidade: registro
	extensibilidade: abrange todas as construções, melhoramentos etc
6- Espécies:
	Convencional:acordo de vontadeis
	legal: emana da lei para garantir determinadas obrigações
	judicial: decorre de sentença judicial
	comum: incide sobre o bem imóvel
	especial: regime legal específico

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