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Educação no século 21: qual o papel da tecnologia na escola?
A tecnologia veio para ficar, mas não façamos dela uma panaceia. O surgimento e a expansão das tecnologias de informação e comunicação (as chamadas TICs) entre o final dos anos de 1980 e meados de 1990 recebem o nome de revolução tecno-científica. Mudam, com ela, as relações pessoais, as relações de trabalho, o tempo do desenvolvimento científico, a arte, as relações financeiras e comerciais e até mesmo a forma de se editar um texto. Muda a sociedade como um todo. Mas muda a escola? Nem sempre. Equipar uma escola com as mais modernas tecnologias não levará a nada se não houver a devida preocupação com a didática, entendida como a inter-relação entre professor, aluno e conteúdo. A questão mais relevante para que a tecnologia digital se integre aos processos pedagógicos é a sua compreensão como um suporte importante para o processo de ensino e de aprendizagem e não como um fim em si mesma, como declarou a professora Débora Garofalo, professora orientadora de informática educativa na rede municipal de ensino de São Paulo, em recente debate sobre o assunto com o professor da rede estadual Paulo Desidério. Ambos se dizem na torcida pela disseminação da tecnologia digital no processo educacional e reforçam que o domínio das tecnologias ainda depende muito do esforço individual dos educadores. É preciso considerar também que as tecnologias proporcionam novos objetos de conhecimento, que precisam ser compreendidos e estudados nos programas de formação docente inicial e continuada. No processo de alfabetização, por exemplo, produzir um texto à moda antiga, e produzir um texto valendo-se de recursos digitais que permitem diagramar esse texto com imagens (até em movimento) colocam desafios inéditos aos educadores. Hoje, cerca de 70% dos jovens brasileiros utilizam a internet como auxiliar nos estudos, aponta a pesquisa da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Já de acordo com a pesquisa “Nossa Escola em Reconstrução”, do Instituto Inspirare/Porvir, uma das formas de aprendizado que os jovens associam à escola é aprender usando tecnologia. Em um mundo em que a tecnologia digital está cada vez mais presente, mas ainda de forma assimétrica, a escola pode ser um centro difusor de conhecimento nessa área. No manuseio e acesso a informações e ferramentas digitais, os estudantes de regiões mais vulneráveis encontram uma lente de aumento em relação ao mundo, um alargamento das possibilidades que a sociedade do século 21 pode proporcionar para a trajetória dos indivíduos. Se antes um estudante de baixa renda não poderia imaginar como seria estar frente a frente com uma relíquia histórica, por exemplo, hoje há ferramentas que simulam uma pirâmide egípcia em três dimensões. A tecnologia pode abrir novas perspectivas para professores e alunos. Mas sem vontade política para que o tema seja bem tratado nos processos formativos e para que as questões de infraestrutura sejam superadas, vamos ficar eternamente correndo em círculos.
FONTE:https://blogs.oglobo.globo.com/todos-pela-educacao/post/educacao-no-seculo-21-qual-o-papel-da-tecnologia-na-escola.html 
POR RICARDO FALZETTA 07/11/2017
	TECNOLOGIA DENTRO DA SALA DE AULA
Estudo inédito com 4 mil professores da rede pública é um dos maiores já feitos na área e tem o apoio da Fundação Telefônica Vivo. Uma pesquisa inédita coordenada pelo movimento Todos Pela Educação, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundação Telefônica Vivo, Instituto Natura, Itaú BBA e Samsung, mostra os desafios que educadores enfrentam e o que pensam os professores da rede pública de ensino de todo o Brasil em relação ao uso de tecnologia digital em sala de aula. A mostra é uma das maiores já coletadas na área e traça um retrato abrangente para entender a realidade dos docentes.
O estudo “O que pensam os professores brasileiros sobre a tecnologia digital em sala de aula” ouviu 4 mil professores dos Ensinos Fundamental e Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede pública de todo o Brasil no primeiro semestre de 2017. Ele foi realizado pelo Instituto de Pesquisas DataFolha e pela consultoria Din4mo. Os dados mostram que mais da metade (55%) dos professores da rede pública brasileira utilizam tecnologia digital regularmente em sala de aula, e que os aspectos limitadores mais frequentes para o uso de recursos tecnológicos são a falta de infraestrutura – como poucos equipamentos (66%) e velocidade insuficiente da internet (64%) – e a falta de formação adequada – 62% nunca fizeram cursos gerais de informática ou de tecnologias digitais em Educação. Os resultados revelam que os docentes estão dispostos a usar tecnologia digital em sala de aula e que, havendo ferramentas relevantes para o desenvolvimento do seu trabalho no ambiente escolar, bem como condições adequadas de uso, há um enorme potencial pedagógico a ser desenvolvido por meio dos recursos tecnológicos. De acordo com Olavo Nogueira Filho, gerente de políticas educacionais do movimento Todos Pela Educação, a pesquisa traz informações importantes para subsidiar governos, secretarias de educação, escolas, terceiro setor e empresas de tecnologia, de forma a responderem melhor a um pedido cada vez mais recorrente dos estudantes brasileiros: integrar a tecnologia digital ao dia a dia da escola. “Por meio da pesquisa, identificamos que, além dos desafios de infraestrutura já conhecidos, há três principais caminhos para o avanço dessa tecnologia em educação: a ampliação e a melhora da oferta de formação e apoio específico, a apresentação de propostas que ajudem a rotina de trabalho do professor e um melhor entendimento pelos docentes sobre o potencial de impacto pedagógico da tecnologia”, afirma.
Apesar dos entraves apontados, a maioria deles já se consideram usuários regulares ou avançados dos recursos tecnológicos digitais. As principais aplicações são para apresentar informações em classe (46%) pelo menos uma vez por semana e fazer avaliação dos alunos (44%). Segundo os docentes que apontaram que os recursos tecnológicos causam sobrecarga na sua rotina, esse acúmulo está principalmente relacionado a atividades como seleção de materiais para aulas, aplicação de provas e acompanhamento individual de alunos.
Há, portanto, de acordo com a pesquisa, espaço para incentivar o uso dos suportes tecnológicos digitais, desde que contribuam com as atividades do professor, otimizando seu dia a dia.
FONTE:http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/pesquisa-sobre-uso-de-tecnologia-nas-escolas-aponta-principais-desafios-que-educadores-enfrentam-na-sala-de-aula/
	
TECNOLOGIA NAS ESCOLAS
Um dos maiores enfrentamentos na formação de futuros professores é integrar as tecnologias à educação, principalmente unindo os conhecimentos técnico-pedagógicos de forma interdisciplinar.
“Basta olhar os projetos político-pedagógicos das licenciaturas e das pedagogias. Para alguns, esse uso [das novas tecnologias] é voltado à parte técnica — ligar, desligar, usar um software ou aplicativo. Entretanto, não será somente isso que o professor enfrentará na escola. E é no enfrentar, entendido como prática, que se deve pensar. E em preparar o professor”, afirma a professora.
Embora as tecnologias tenham um papel importante no ensino-aprendizagem, “sempre será necessário um professor para dar conhecimento científico aos alunos, propiciar aos alunos a mediação do conhecimento”, ressalta.
Além disso, um dos papéis importantes do docente é o de auxiliar o aluno e capacitá-lo para incluí-lo na cultura digital. “A união das possibilidades com o uso da web 2.0 — escrita, leitura, partilha, imagem e som em uma única página navegável, colaboração — pode ser feita por todos que tenham acesso à rede de computadores”, completa.
Dessa forma, a mediação pedagógica se faz necessária para que o aluno saia da sala de aula com plena capacidade de usufruir das possibilidades que o universo digital oferece.
Usar tecnologias em sala de aula, naescola, em casa e nas ruas faz parte da rotina de muitos estudantes.  As novas tecnologias devem parte do cotidiano escolar como é o livro, o quadro negro e o giz.
“É necessário oferecer condições para promoção da educação de nosso tempo, que deve estar integrada ao local em que estivermos”.
“O importante, independentemente da tecnologia, é entender, criar e dar vazão a uma nova escola, que vislumbre o currículo como o caminho a ser construído para e pelos aprendizes, incluindo alunos, professores, gestores e familiares”.
FONTE: http://www.brasil.gov.br/educacao/2014/07/novas-tecnologias-facilitam-aprendizagem-escolar
	
A IMPORTANCIA DA TECNOLIGIA DENTRO DAS ESCOLAS.
A escola do futuro não pode ignorar os avanços tecnológicos que ocorreram nas últimas décadas. No entanto, precisa ter nas tecnologias digitais um apoio, e não o principal protagonista do processo de aprendizagem. O uso dessas ferramentas ainda exige adaptações dos sistemas de ensino. A principal delas passa pelo investimento na formação dos professores.
A tecnologia terá um papel fundamental nesse processo, no sentido de promover ações que contribuam para a solução dessas questões. Por isso, a escola do futuro, na visão da especialista, é aquela centrada na pedagogia do problema, que trabalha com questões reais e que se utiliza da tecnologia como um elemento no processo pedagógico. É também uma pedagogia da pergunta, que busca dar voz ao aluno e incentivá-lo a se questionar. Assim, a tecnologia pode fazer parte de todas as disciplinas, de química a língua portuguesa, como recurso mediador de aprendizagens. 
O ensino brasileiro está muito centrado no conteúdo, e não nas estratégias metodológicas, o que dificulta mudanças estruturais nessa linha. "É um modelo de educação bancária, já criticado por Paulo Freire há décadas. Nós não conseguimos fugir muito disso", diz. "O aluno precisa saber o que vai comunicar e por que está comunicando, e isso se aprende fazendo uso da língua portuguesa como uma prática cultural, o que significa valorizar áreas como artes, filosofia e sociologia."
A escola também não pode se omitir: ela precisa fazer uso das tecnologias digitais para mostrar as possibilidades desses recursos e evitar que os estudantes sejam meros consumidores ou façam uso equivocado desses instrumentos. Além disso, podem ser grandes aliadas no processo de inclusão de pessoas com deficiência ou dificuldade de aprendizagem. Liliana Passerino coordena na UFRGS o grupo de pesquisa Tecnologia em Educação para a Inclusão e Aprendizagem em Sociedade (Teias), que tem como ênfase o uso de tecnologias na educação para a promoção de processos inclusivos. 
Ela ressalta que existem tecnologias digitais que possibilitam a autonomia dessas pessoas nos processos de compreensão e de relação com o outro. "Para isso, muitas vezes não há uma tecnologia específica, mas um conjunto de recursos tecnológicos para que professores, em conjunto com a turma, desenvolvam atividades com diversidade".
FONTE: https://www.correiobraziliense.com.br/escolhaaescola/papel-da-tecnologia-escolha-a-escola/