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XVI Seminário Interdisciplinar UNIVALE

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Seminário interdisciplinar
Tema Geral: Obesidade
Sub-tema: Obesidade Infantil como problema de saúde pública
Francielle Balbino de Sousa
José Geraldo Rodrigues Marques
Matheus de Oliveira Cunha
Pleysler Plamela de Oliveira
Rayane Kellen Ferreira dos Anjos
Thalyta de Oliveira Goveia
Orientadora: Eloísa Helena Medeiros Cunha
Introdução
Obesidade infantil
 Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) caracterizada pelo excesso de gordura corporal; 
 DCNTs – 20 milhões de mortes no mundo
 Doenças associadas:
Hipertensão Arterial (13,97%)
Doenças do coração (3,97%)
Diabetes Mellitus (3,59%)
Câncer (0,56%)
Castro, 2016 e Caivano, 2017
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Obesidade infantil
Interação de fatores genéticos, metabólicos, endócrinos, nutricionais, psicossociais e culturais;
 Fatores de risco:
Castro, 2016 e Caivano, 2017
Marketing;
Consumo de bebidas açucaradas;
Sedentarismo;
Hábitos alimentares inadequados;
Consumo excessivo de alimentos industrializados.
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Introdução
 Das crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos:
16,7% têm excesso de peso;
2,3% estão obesos.
(Mishima e Barbieri, 2009 e Silveira, 2009)
No Brasil, o excesso de peso afeta 51% da população;
O crescimento da prevalência de excesso de peso em crianças e adolescentes (1990-2014):
Países em desenvolvimento (de 8,1 a 13,4%); 
Países desenvolvidos ( de 22,6 a 23,8%); 
Objetivo
Objetivo
 O objetivo do presente trabalho foi fazer a interdisciplinaridade das matérias estudadas no 6º Período do curso de Nutrição com a obesidade Infantil como um problema de Saúde Pública;
Metodologia
Metodologia
 Foi realizado uma pesquisa de artigos científicos relacionados com o tema proposto, utilizando o Google Acadêmico e Scielo;
Palavras-chave: Obesidade infantil, saúde pública, marketing, aleitamento materno.
Desenvolvimento
Gestão e economia
 Plano de negócios;
 Propaganda e comunicação;
 Alimentos industrializados que possuem grande quantidade de gorduras saturadas e trans, sódio e carboidratos simples, utilizam como estratégia propagandas coloridas, com brindes e personagens diversos que chamam a atenção das crianças;
(PAVANI, 2013 e ENGLER, 2016)
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Marketing e a mídia
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Tecnologia de alimentos
 Em um estudo 39 produtos foram analisados e observou que:
76,9% continham gordura trans em sua composição
 Hidrogenação: 
incorporação de Hidrogênio à dupla ligação dos Ácidos Graxos Insaturados (cis para trans)
Converte óleos em gorduras
São menos suscetíveis à oxidação
Ex: tortas, bolos, biscoitos, margarina, salgados de pacote e outros.
(ABREU, 2015 e PINHO, 2013)
Tecnologia de alimentos
 A gordura trans vem sendo associadas com doenças cardiovasculares, aumentando o LDL, por isso tem sido orientado a restrição de alimentos que a contenham na composição.
Aumento de 20% na ingestão de gordura trans acarreta um aumento de 1 na razão LDL-c/HDL-c, o que eleva os riscos de doenças cardiovasculares em 53%. 
(ABREU, 2015 e PINHO, 2013)
Aleitamento materno
O desmame precoce;
A introdução da mamadeira e alimentos sólidos contêm alta concentração de solutos que provocam sede na criança, que é recompensada com mais leite, tornando-se assim um ciclo vicioso de calorias ingeridas;
 O uso de alimentos industrializados, muitas vezes até substituindo o aleitamento materno. 
(FREITAS, 2014 e AMARAL & BASSO)
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Aleitamento materno
 
(FREITAS, 2014 e AMARAL & BASSO)
“imprinting metabólico” modulando a suscetibilidade do indivíduo para determinadas doenças crônicas.
Composição do leite humano existe vários fatores bioativos, entre eles, fatores de crescimento e hormônios, como Fator de Crescimento Epidermal, adiponectina, grelina, insulina, T3 e T4, esteróides adrenais, lipoproteínas e leptina. 
Aleitamento materno
O leite materno é a fonte mais importante de nutrientes para as crianças nos seis primeiros meses de vida, além de ser indispensável para o crescimento do lactante e a prevenção da desnutrição e da obesidade infantil.
A OMS recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e que o aleitamento parcial se prolongue por dois anos ou mais
(FREITAS, 2014 e AMARAL & BASSO)
Dietoterapia
 Não utilização de dietas rígidas e restritas
São ineficientes e proporcionam prejuízo ao crescimento e desenvolvimento da criança
Menor adesão ao tratamento
Maior angústia no caso de insucesso
Adequada à idade e fase de crescimento
Deve considerar os padrões sócio-econômicos e culturais da criança e da família. 
É necessário conhecer o histórico alimentar da criança obesa e de sua família.
(SOARES e PETROSKI, 2003)
Dietoterapia
 Reeducação alimentar;
Dietas que atendam às necessidades nutricionais da criança;
 Exercícios físicos diários;
Alguns fatores devem ser observados na construção do cardápio das crianças como: Faixa etária; necessidades nutricionais; hábitos alimentares; custo; mão-de-obra; equipamentos; Particularidades das diferentes faixas etárias: lactentes; pré-escolares; escolares. 
(SOARES e PETROSKI, 2003 e Silva & Martinez, 2014)
Dietoterapia
 Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de dois anos;
 A alimentação complementar para lactentes que se alimentam exclusivamente de leite materno, deve ser introduzida a partir dos 6 meses, e a criança que consumo aleitamento artificial a partir dos 4 meses;
(SOARES e PETROSKI, 2003)
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Administração de UAN
A Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde considera as empresas do setor alimentício, como as Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs), parceiras preferenciais na implementação de medidas para melhoria da qualidade da alimentação e de modos de vida saudáveis. 
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Administração de UAN
 Cap 1 Art 3º da Resolução nº26 
objetivos do PNAE são definidos como contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo. 
Administração de UAN
 Cap 5 Art 12 
O nutricionista é o profissional que assumirá a responsabilidade pela coordenação das ações de alimentação escolar, respeitando as diretrizes previstas na Lei n° 11.947/2009 e em legislações específicas, dentro de suas atribuições. 
Políticas Públicas
Em outubro de 2014, foi aprovado o Plano de ação contra a obesidade infantil para os anos de 2014 a 2019, entre suas recomendações, estão:
 As políticas fiscais e os incentivos para o aumento da produção e consumo de alimentos saudáveis;
 A regulamentação da propaganda de alimentos; 
 Uma melhor rotulagem de produtos alimentares e bebidas processadas; 
 Melhoria da alimentação escolar;
 E aumento da atividade física em escolares. 
CAIVANO, 2017
Políticas Públicas
 Incentivo a estruturação dos subsídios agrícolas para apoiar a saúde pública e não apenas os produtores de commodities;
Regulamentação do mercado e das medidas fiscais que não favoreçam as grandes indústrias de alimentos;
São ações integrantes deste plano estrutural: estabelecer limites de concentração de terras, melhorar a disponibilidade de alimentos frescos e de origem local a fim de favorecer a agricultura familiar e promover e fortalecer a preparação de alimentos e a habilidade culinária.
CAIVANO, 2017
Conclusão
Conclusão
 A obesidade infantil é um problema de saúde pública multifatorial;
O tratamento consiste em:
Melhora dos hábitos alimentares saudáveis
Sem dietas restritivas para perda de peso
Redução no consumo de alimentos industrializado e que possuem gordura hidrogenada em sua composição
Aumento do consumo de verduras e legumes. 
Conclusão
O aleitamento materno exclusivo nos primeiros anos de vida apresentou ser benéfico para o não desenvolvimentoda obesidade.
 
O PNAE é um programa extremamente importante para a melhora dos hábitos alimentares saudáveis das crianças, na implementação de medidas para melhoria da qualidade da alimentação e de modos de vida saudáveis. 
Referências Bibliográficas
CAIVANO, Simone et. al. Conflitos de interesses nas estratégias da indústria alimentícia para aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e os efeitos sobre a saúde da população brasileira. Demetra; 2017; 12(2); 349-360.
PIMENTA, Teófilo Antonio Máximo; ROCHA, Renato; MARCONDES, Nilsen Aparecida Vieira. Políticas Públicas de Intervenção na Obesidade Infantil no Brasil: uma Breve Análise da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e Política Nacional de Promoção da Saúde. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde 2015;17(2):139-46
ENGLER, Rita de Castro; GUIMARÃES, Letícia Hilário; LACERDA, Ana Carolina Godinho de. Design e consumo: a influência da mídia sobre a obesidade infantil. Congresso brasileiro de pesquisa e desenvolvimento em design. Busher Design Procedins, Outubro/2016. Belo Horizonte-MG, num. 2 vol. 9
FREITAS, M. M.; et AL. Percentual de aleitamento materno exclusivo e seu efeito sobre o estado nutricional de pré-escolares. Scire Salutis, Aquidabã, v.4, n.2, Abr, Mai, Jun, Jul, Ago, Set 2014
PAVANI, Cláudia. Como elaborar um plano de negócios. SEBRAE: Brasília, 2013. p 1-164
SOARES, Ludmila Dalben; PETROSKI, Edio Luiz. Prevalência, fatores etiológicos e tratamento da obesidade infantil. Volume 5 – Número 1 – p. 63-74 – 2003
Referências Bibliográficas
FREITAS, Lorenna Karen Paiva et al. Obesidade em adolescentes e as políticas públicas de nutrição. Ciência & Saúde Coletiva, 19(6):1755-1762, 2014
ABREU, Jéssica Lesina de. Gordura trans em formulações industriais comumente consumidas pelo público infantil: aspectos de rotulagem. Porto Alegre, 2015.
PINHO, D. M. M.; Suarez, P. A. Z. A Hidrogenação de Óleos e Gorduras e suas Aplicações Industriais. Rev. Virtual Quim. |Vol 5| |No. 1| |47-62|, 2013
MARTINELLI, Suellen Secchii. Composição dos cardápios escolares da rede pública de ensino de três municípios da região sul do Brasil: uma discussão perante a legislação. Demetra; 2014; 9(2); 515-532
Monteiro, U. G. 1 ; Vieira, F. O. Fatores desencadeadores de obesidade infantil. Novembro/2013
SILVEIRA, Adriana Márcia. Crianças e adolescentes com excesso de peso: repercussões do atendimento multidisciplinar sobre a mudança de hábitos alimentares, medidas antropométricas e parâmetros bioquímicos Faculdade de Medicina da UFMG: Belo Horizonte, 2009
Referências Bibliográficas
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). Diretrizes brasileiras de obesidade. 2009 - São Paulo – 3ª Edição
CAMPOS, Rossana Gomez et al. Obesidade em Crianças e Adolescentes: Indicadores de Avaliação. 2010, p. 63-70
OLIVEIRA, Maiara Fernandes de; FANARO, Gustavo Bernardes. Aleitamento materno na prevenção de sobrepeso, obesidade infantil e alergias. Rev Bras Nutr Clin 2015; 30 (4): 328-37
AMARAL, Simone do; BASSO, Cristiana. Aleitamento materno e estado nutricional. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 10, n. 1, p. 19-30, 2009

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