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Literatura Jesuítica

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Literatura Jesuítica 
 
 ESTÁCIO DE SERGIPE – PROFESSOR: JOÃO PAULO LIMA CUNHA 
Aracaju, 27 de fevereiro de 2018. 
 
Missionários 
jesuítas 
( 1549 – 1605 ) 
Imagem: Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu, 1927 / Benedito Calixto / Museu Paulista / Domínio Público. 
Literatura de Catequese 
• Missionários jesuítas 
 
• Fundação de cidades: Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo 
• Inauguração de escolas 
 
 
• Textos: 
• Poemas líricos (cunho religioso); 
• Peças de teatro – autos (cenas bíblicas, passagens da vida de santos); 
• Cartas; 
• Tratados descritivos; 
• Crônicas históricas. 
 
 
Representantes e obras: 
Pe. José de Anchieta (gramático, historiador, poeta e teatrólogo) 
 
Textos: 
Poesia religiosa; 
Poesia épica (em louvor às ações do terceiro governador-geral Mem 
de Sá); 
Cartas; 
Crônica histórica; 
Sermões; 
 
Representantes e obras: 
Pe. José de Anchieta (gramático, historiador, poeta e teatrólogo) 
 
Textos: 
 
Peças teatrais - Auto: Na festa de São Lourenço (versos: tupi, português e 
espanhol) 
a Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil, de 1595 (1ª 
tupi). 
Manuel da Nóbrega 
Fernão Cardim 
 
 
 
 
Poesia religiosa 
A Santa Inês 
José de Anchieta 
 
Cordeirinha linda, 
como folga o povo 
porque vossa vinda 
lhe dá lume novo! 
 
Cordeirinha santa, 
de Iesu querida 
vossa santa vinda 
o diabo espanta. 
 
Imagem: Lucílio de Albuquerque / Anchieta escrevendo o poema à Virgem,1906 / 
Domínio Público. 
Por isso vos canta, 
com prazer, o povo, 
porque vossa vinda 
lhe dá lume novo. 
 
Nossa culpa escura 
fugirá depressa, 
pois vossa cabeça 
vem com luz tão pura. 
 
Vossa formosura 
honra é do povo, 
porque vossa vinda 
lhe dá lume novo! 
Observe que o eu lírico, por 
meio de repetição de certos 
versos, ressalta a esperança 
que se renova com a chegada 
da santa. Trata-se de uma 
produção simples, de versos 
breves, marcada por refrões e 
com clara intenção musical. 
Peça teatral 
O auto de São Lourenço 
José de Anchieta 
 
Primeiro ato 
(Cena do martírio de São Lourenço) 
Cantam: 
 
Por Jesus, meu salvador, 
que morre por meus pecados, 
nestas brasas, morro assado 
com fogo do seu amor. 
Imagem: Baccio Bandinelli / Martírio de São Lourenço, século XVI / Museu 
Histórico e Diplomático / Public Domain. 
 
 Bom Jesus, quando te vejo 
 na cruz, por mim flagelado, 
 eu por ti vivo e queimado 
 mil vezes morrer desejo. 
 
 Pois teu sangue redentor 
 lavou minha culpa humana, 
 arda eu pois nesta chama 
 com o fogo do teu amor. 
 
Anchieta busca converter indígenas e colonos apresentando a batalha entre o Bem (associado aos 
portugueses, à religião, a Deus) e o Mal (associado à língua tupi, aos costumes indígenas). 
• Jesus na Manjedoura 
 
– Que fazeis, menino Deus, 
Nestas palhas encostado? 
– Jazo aqui por teu pecado. 
 
– Ó menino mui formoso, 
Pois que sois suma riqueza, 
Como estais em tal pobreza? 
 
– Por fazer-te glorioso 
E de graça mui colmado, 
Jazo aqui por teu pecado. 
 
– Pois que não cabeis no céu, 
Dizei-me, santo Menino, 
Que vos fez tão pequenino? 
 
– O amor me deu este véu, 
Em que jazo embrulhado, 
Por despir-te do pecado. 
 
– Ó menino de Belém, 
Pois sois Deus de eternidade, 
Quem vos fez de tal idade? 
 
– Por querer-te todo o bem 
E te dar eterno estado, 
Tal me fez o teu pecado. 
Ao santíssimo sacramento 
 
Oh que pão, oh que comida, 
Oh que divino manjar 
Se nos dá no santo altar 
Cada dia 
 
Filho da virgem maria 
Que deus padre cá mandou 
E por nós na cruz passou 
Crua morte. 
E para que nos conforte 
Se deixou no sacramento 
Para dar-nos com aumento 
Sua graça. 
 
• Não há coisa segura 
Tudo quanto se vê 
se vai passando. 
A vida não tem dura. 
O bem se vai gastando. 
Toda criatura passa voando. 
Contente assim,minh'alma, 
do doce amor de Deus 
toda ferida, 
o mundo deixa em calma, 
buscando a outra vida, 
na qual deseja ser 
absorvida. 
 
(Em Deus, meu Criador) 
O catequista produziu oito peças dramáticas, a saber: 
Quando, no Espírito Santo, se recebeu uma relíquia das 
Onze Mil Virgens, em Português; Dia da Assunção, peça em 
Tupi, destinada à recepção da imagem de Nossa Senhora da 
Assunção (1579); Uma Festa de São Lourenço, escrita em 
espanhol, tupi e português, talvez a mais longa de todas, 
encenada em 1583; Na Festa de Natal; Na Vila de Vitória; Na 
Aldeia de Guaraparim; Na Visitação de Santa Isabel e, 
finalmente, Auto de Pregação Universal, poema escrito em 
vernáculo e tupi, do qual apenas se conhecem fragmentos. 
Atividade 
01. As primeiras manifestações literárias que se registram na Literatura Brasileira referem-se a (3): 
 
a) Literatura informativa sobre o Brasil (crônica) e literatura didática, catequética (obra dos jesuítas). 
b) Romances e contos dos primeiros colonizadores. 
c) Poesia épica e prosa de ficção. 
d) Obras de estilo clássico, renascentista. 
e) Poemas românticos indianistas. 
 
02. A literatura de informação corresponde às obras (4): 
 
a) Barrocas. 
b) Arcádicas. 
c) De jesuítas, cronistas e viajantes. 
d) Do Período Colonial em geral. 
e) N.d.a. 
• 03. Qual das afirmações não corresponde à Carta de Caminha (5)? 
 
a) Observação do índio como um ser disposto à catequização. 
b) Deslumbramento diante da exuberância da natureza tropical. 
c) Mistura de ingenuidade e malícia na descrição dos índios e seus costumes. 
d) Composição sob forma de diário de bordo. 
e) Aproximações barrocas no tratamento literário e no lirismo das descrições. 
 
• 04. (UNISA) A “literatura jesuíta”, nos primórdios de nossa história: 
 
a) tem grande valor informativo; 
b) marca nossa maturação clássica; 
c) visa à catequese do índio, à instrução do colono e sua assistência religiosa e moral; 
d) está a serviço do poder real; 
e) tem fortes doses nacionalistas. 
 
05. A importância das obras realizadas pelos cronistas portugueses do século XVI e XVII é (6): 
 
a) Determinada exclusivamente pelo seu caráter literário; 
b) Sobretudo documental; 
c) Caracterizar a influência dos autores renascentistas europeus; 
d) A deterem sido escritas no Brasil e para brasileiros; 
e) N.d.a. 
 
 
06. Anchieta só não escreveu (7): 
 
a) Um dicionário ou gramática da língua tupi; 
b) Sonetos clássicos, à maneira de Camões, seu contemporâneo; 
c) Poesias em latim, portugueses, espanhol e tupi; 
d) Autos religiosos, à maneira do teatro medieval; 
e) Cartas, sermões, fragmentos históricos e informações. 
• 07. São características da poesia do Padre José de Anchieta (8): 
 
a) A temática, visando a ensinar os jovens jesuítas chegados ao Brasil; 
b) Linguagem cômica, visando a divertir os índios; expressão em versos decassílabos, 
como a dos poetas clássicos do século XVI; 
c) Temas vários, desenvolvidos sem qualquer preocupação pedagógica ou catequética; 
d) Função pedagógica; temática religiosa; expressão em redondilhas, o que permitia que 
fossem cantadas ou recitadas facilmente. 
e) N.d.a. 
• 08. (UNIV. FED. DE SANTA MARIA) Sobre a literatura produzida no primeiro séculoda 
vida colonial brasileira, é correto afirmar que: 
 
a) É formada principalmente de poemas narrativos e textos dramáticos que visavam à 
catequese. 
b) Inicia com Prosopopeia, de Bento Teixeira. 
c) É constituída por documentos que informam acerca da terra brasileira e pela literatura 
jesuítica. 
d) Os textos que a constituem apresentam evidente preocupação artística e pedagógica. 
e) Descreve com fidelidade e sem idealizações a terra e o homem, ao relatar as 
condições encontradas no Novo Mundo. 
 
09. (UFV) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede: 
 
Dos vícios já desligados 
nos pajés não crendo mais, 
nem suas danças rituais, 
nem seus mágicos cuidados. 
 
(ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço [tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de 
Janeiro: Ediouro[s.d.]p. 110) 
 
Assinale a afirmativa verdadeira, considerando a estrofe acima, pronunciada pelos meninos índios 
em procissão: 
 
a) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como 
produto final de todo um empreendimento do qual participaram com igual empenho a Coroa 
Portuguesa e a Companhia de Jesus. 
 
 
 
 
 
 
 
• b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada 
daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa. 
 
• c) Os meninos índios estão afirmando os valores de sua própria cultura, ao 
mencionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés. 
 
• d) Os meninos índios são figura alegóricas cuja construção como personagens 
atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista. 
 
e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida 
pelos jesuítas, de quem querem libertar-se tão logo seja possível. 
 
 
Gabarito: 
01. A 
02. C 
03. E 
04. C 
05. B 
06. B 
07. D 
08. C 
09. A 
 
 
 
 
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