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Entrevista Familiar na doação de órgãos Profª Daisy Santos Faculdade Estácio São Luís – Curso de Enfermagem Disciplina: SAE em Transplantes DOADOR FALECIDO ENTREVISTA FAMILIAR No Maranhão segundo a central estadual de transplante 72% das famílias não autorizam a doação de órgãos 971 pessoas aguardam transplante de rim e córnea Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) 46 % das famílias brasileiras não autorizam a doação de órgãos ENTREVISTA FAMILIAR MOTIVOS DE RECUSA IMPORTÂNCIA DA ENTREVISTA FAMILIAR Familiares que ficaram satisfeitos com a entrevista familiar têm 9,53 vezes mais chances de fazer nova doação do que os que ficaram insatisfeitos. `Profissionais Instituição Sistema DESAFIOS NA ENTREVISTA FAMILIAR Desafios na entrevista familiar `Profissionais Aspectos éticos e legais Deficiência da equipe Atenção a família Perfil profissional ENTREVISTA FAMILIAR Dilemas éticos • O significado da morte encefálica/confronto coração parado • Significado da doação de órgãos • Cuidar do doador em detrimento/cuidar de alguém morto • Críticas ao processo de doação transparência/comércio/ número insuficiente de doador DILEMA ÉTICO DEFICIÊNCIA DA EQUIPE O SOFRIMENTO DO PROFISSIONAL NA CONDUÇÃO DA ENTREVISTA Sofre por não conseguir evitar a dor e o sofrimento da família; Angústia, medo e temor para comunicar a morte; A dificuldade em lidar com os sentimentos diante da perda do paciente; A insegurança para conduzir tema da doação de órgãos. DIFICULDADES APRESENTADAS NOS CURSOS COM RELAÇÃO A COMUNICAÇÃO DE SITUAÇÕES CRÍTICAS Medo da reação da família em comunicar a morte de pessoas jovens em situações agudas ; A dificuldade de todos os profissionais falarem a mesma linguagem; Dificuldade da família aceitar e compreender a Morte Encefálica DIFICULDADES APRESENTADAS NOS CURSOS COM RELAÇÃO A COMUNICAÇÃO DE SITUAÇÕES CRÍTICAS O PROFISSIONAL DIANTE DA MORTE Há um grande sofrimento da equipe de saúde diante da morte; Estudo desenvolvido com 760 estudantes de enfermagem na Espanha, aponta angústia e medo da morte, além da baixa autoestima quando deparam-se com a morte de um paciente. Profissionais com: Tempo, preparo, habilidade, sensibilidade e que acreditem no processo de doação e transplantes; Conhecimento das legislações e regulamentações sobre captação de órgãos e tecidos para transplantes; Postura que inspire respeito e confiança; QUEM PODE ENTREVISTAR A FAMÍLIA PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS QUEM PODE ENTREVISTAR A FAMÍLIA PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS Conhecimento das relações sociais, culturais e humanas; Equilíbrio emocional para o momento da entrevista Disponibilidade e compromisso com o trabalho para auxiliar os familiares do potencial doador, orientando-os e esclarecendo dúvidas. QUEM REALIZA? Membro da CNCDO/ SPOT / CIHDOTT (DEVIDAMENTE TREINADO) Profissional eu tenha um perfil: • Discreto • Linguagem simples • Empático • Honesto • Sensível • Seguro • Domínio sobre o processo de doação- transplante PREPARO DO ENTREVISTADOR PARA ENTREVISTA Conhecer as técnicas necessárias para transformar a entrevista cuidadosamente planejada em um diálogo aparentemente não planejado; A entrevista deve ser realizada em uma sala apropriada, demonstrando respeito para com a família ( nunca conversar com familiares em pé, na porta da UTI, ou no corredor do hospital); PREPARO DO ENTREVISTADOR PARA ENTREVISTA Local da entrevista PREPARO DO ENTREVISTADOR PARA ENTREVISTA Ter em mãos os documentos: Termo de Doação de Órgãos e Tecidos e Formulário de Notificação de Pacientes em Morte Encefálica, ou Coração Parado; Ter claro quem pode autorizar uma doação; Estabelecer um prévio contato com os familiares, identificando pessoas próximas que tenham poder de influir na decisão da doação; PREPARO DO ENTREVISTADOR PARA ENTREVISTA Ter conhecimento de como é feita a distribuição de órgãos e tecidos, lista única de espera etc; Enfatizar o ato da doação para salvar vidas ou aliviar sofrimento; Utilizar do apoio de religiosos, psicólogos ou outros profissionais, se necessário Transmitir confiança, clareza e transparência no processo diagnóstico da Morte Encefálica e da doação de órgãos e tecidos para transplantes; PREPARO DO ENTREVISTADOR PARA ENTREVISTA • Esclarecer dúvidas da família; • Mostrar-se ético e profissional; • Usar linguagem adequada; • • Estar disponível para os familiares do potencial doador, assessorando-os durante todo o processo; PREPARO DO ENTREVISTADOR PARA ENTREVISTA • Oferecer tempo para a família vivenciar a perda do entrequerido e pensar sobre a doação, contudo sem esquecer de agilização do processo; • Mencionar previsão de tempo para retirada de órgãos e tecidos e recomposição do corpo; • garantir a recomposição do corpo, o qual poderá ser velado normalmente; PREPARO DO ENTREVISTADOR PARA ENTREVISTA Aceitar a decisão da família, depois de esgotados todos os argumentos disponíveis; Esclarecer a família que, por Lei, o corpo vai para o Instituto Médico Legal, quando se tratar de morte violenta. Se necessário, orientar os trâmites e documentos junto ao IML e Delegacia de Trânsito e Homicídio; PREPARO DO ENTREVISTADOR PARA ENTREVISTA A Lei não proíbe a divulgação de identidade do doador e receptor, mas, na maioria dos Estados, a boa conduta recomenda sigilo dessas informações. Não garantir ou criar expectativas nos familiares do doador e receptores venham a se conhecer; DESAFIOS PARA ENTREVISTA FAMILIAR Instituição `Profissionais Atenção à família A RELAÇÃO DE AJUDA Uma concepção do homem alicerçada nos princípios da corrente humanista; Uma abordagem fenomenológica que privilegia a experiência subjetiva da pessoa; Uma forma de encontro entre pessoas. Relações interpessoais PILARES DA RELAÇÃO DE AJUDA RESPEITO EMPATIA AUTENTICIDADE QUEM PODE AUTORIZAR LEGALMENTE A DOAÇÃO A Lei Federal nº 10.211 de 2.001 determina que a doação seja autorizada por parentes em linha reta ou colateral até 2º grau; na inexistência de familiares de primeiro grau (cônjuge, pai, mãe, filhos e irmãos), os parentes de 2º (avós e netos) podem autorizar; em caso de pessoas juridicamente incapazes, a doação pode ser autorizada pelo tutor QUEM PODE AUTORIZAR LEGALMENTE A DOAÇÃO Firmada por duas testemunhas ambas documentadas; Caso o doador seja menor de 18 anos, obrigatoriamente, pai e mãe devem autorizar, mesmo que não convivam juntos Em caso de discordância entre membros da família sobre autorizar ou não a doação, esta deve ser suspensa A família pode desistir da doação, até o inicio da cirurgia de retirada dos órgãos, caso em que o processo deve ser suspenso. FATORES FAVORÁVEIS A DOAÇÃO
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