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GUIMARÃES, E Acumulação e crescimento da firma

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GUIMARÃES, E. A. Acumulação e crescimento da firma: Um estudo de Organização Industrial. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982.
1. Introdução
Pré-condições teóricas
Não se dispõe de um modelo teórico adequado à análise do crescimento das firmas e indústrias.
Predominam os modelos estáticos, mesmo os que não se atém às hipóteses de concorrência perfeita e ao esquema marginalista.
Parte da literatura sobre organização industrial está voltada para o teste empírico de hipóteses sobre características e mudanças das estruturas industriais; tais estudos não conseguem integrar as hipóteses testadas em um corpo teórico.
Algumas exceções importantes
Hipótese de que a firma objetiva maximizar seu crescimento deu origem a uma série de estudos sobre o processo de crescimento – em especial, os trabalhos de Marris. 
Enfatizam possibilidade da firma modificar seu ambiente e superar obstáculos impostos à sua expansão. Possuem limites relacionados à formulação de modelos de equilíbrio dinâmico e à consideração da firma como uma entidade isolada, ignorando os efeitos das estruturas das indústrias e mercados sobre o seu crescimento.
Reconhecimento do condicionamento imposto pela estrutura do mercado e da indústria ao crescimento da firma constitui o cerne da análise do processo de acumulação de capital formulada por Steindl. 
Contudo, sua preocupação com a tendência à estagnação da economia capitalista madura parece tê-lo induzido a deixar de lado os possíveis caminhos através dos quais tal economia pode superá-la, pelo menos temporariamente. 
Uma terceira abordagem à teoria do crescimento da firma é proposta por Penrose. Apesar da importância de seu trabalho, este apresenta como principal limitação a ênfase excessiva nos obstáculos e estímulos internos à expansão da firma.
Uma deficiência adicional do limitado corpo de análise teórica sobre o crescimento da firma é a hipótese implícita de economia fechada. [...] não apenas porque os mercados externos e o investimento no exterior desempenham um papel importante no processo de expansão das firmas e afetam os padrões de competição na indústria, mas porque a presença de subsidiárias de firmas estrangeiras pode ter efeitos significativos sobre a dinâmica de certos mercados e indústrias nacionais.
Tendo em vista o caso brasileiro, o presente trabalho se propõe a formular um esquema inicial de um marco teórico para a análise do crescimento das firmas e das indústrias no contexto de uma economia aberta.
O esquema a ser desenvolvido examinará, em primeiro lugar, o padrão de crescimento das firmas em uma economia fechada. O marco geral de tal análise é o sugerido por Steindl; contudo, levar-se-á em consideração que as firmas não estão restritas a um único mercado e que podem prosseguir na diversificação de suas atividades. 
Pode ser sugerido que a firma encontra com maior freqüência, na existência de mercado para sua produção, o limite mais restritivo a sua capacidade de crescer. A questão central a ser focalizada é como a firma se esforça continuamente para encontrar escoadouros para sua produção potencial. 
É necessário partir da análise da firma como uma entidade isolada: em seguida, examinar seu crescimento no contexto da indústria e do mercado; e, finalmente, voltar à firma, agora focalizada como uma entidade diversificada e diversificante, e examinar como ela transcende os limites e os padrões de crescimento das indústrias individuais. 
O passo seguinte consiste em remover a hipótese de economia fechada... A abertura da economia implica a existência de novos escoadouros para o potencial de crescimento da firma. 
A segunda ordem de implicações derivada da abertura da economia se refere às conseqüências da presença de subsidiárias de firmas estrangeiras em uma indústria nacional.
O esquema teórico proposto para análise em três etapas:
A estrutura do mercado e o crescimento da firma em economia fechada
Postula-se, como hipóteses temporárias, que os preços são rígidos, que as participações das firmas nos mercados são constantes e que cada firma produz uma linha inalterável de produtos.
Sob tais hipóteses, as oportunidades de investimento serão determinadas pela taxa de crescimento do mercado corrente da firma. Neste contexto, nada assegura que tais oportunidades propiciarão a realização do potencial de crescimento da firma.
A possibilidade de um excesso de acumulação interna aponta para a tese central da presente análise: a firma tem que lutar continuamente por escoadouros para sua acumulação interna e pela realização de seu potencial de crescimento.
Com o intuito escoar sua acumulação interna, a firma pode pretender: 
 Acelerar a taxa de crescimento da demanda do seu mercado corrente; 
 Aumentar sua participação nesse mercado; 
 Modificar sua linha de produtos e mover-se para além de seu mercado corrente. 
A discussão dessas possibilidades requer, no entanto, não apenas o abandono das hipóteses de preços rígidos, participações constantes no mercado e linhas inalteráveis de produtos, mas também a mudança do foco da análise da firma isolada para a indústria. 
Não está necessariamente assegurada a realização do potencial de crescimento das firmas e indústrias oligopolistas, podendo essas firmas deparar com um excedente da acumulação interna que não conseguem investir no interior da própria indústria. 
O processo de diversificação das atividades da firma abre, no entanto, novas possibilidades de superar os limites impostos ao seu crescimento. 
Dados os custos e os riscos da diversificação, presume-se que a firma optará por aumentar sua capacidade produtiva para suprir novos mercados nacionais com alguns de seus produtos tradicionais a engajar-se em um novo tipo de atividade.
O processo de internacionalização do oligopólio
No marco de uma economia aberta, uma modificação no mercado corrente de uma firma pode resultar não apenas da diversificação das atividades da firma, mas também da penetração em um novo mercado nacional.
[...] o impulso das economias capitalistas para exportar aparece como o resultado de potenciais de crescimento das firmas superiores àqueles compatíveis com o ritmo de expansão da demanda de seus mercados correntes.
A exportação de capital pela firma decorre do mesmo processo que induz a exportação de mercadorias. O mercado protegido constitui o caso mais óbvio em que o acesso a mercados estrangeiros requer a realização de investimento no exterior.
Na medida em que indústrias oligopolistas de diferentes países se tornam crescentemente orientadas para o mercado externo, seus horizontes se ampliam e o equilíbrio entre as diferentes firmas oligopolistas deve ser perseguido em escala mundial.
A hipótese de economia aberta dá origem a uma nova entidade: o produtor estrangeiro.
A dinâmica de crescimento industrial em um país hospedeiro: o caso das economias latino-americanas
A emergência e o desenvolvimento das indústrias nacionais não são apenas o resultado do processo de acumulação de capital no interior das economias latino-americanas, mas refletem também a dinâmica da acumulação nos países desenvolvidos.
Enfatize-se a incapacidade da firma local em fazer face à firma multinacional, especialmente no caso do oligopólio diferenciado.
Penrose (1959), examinando o futuro da firma pequena em um mundo de grandes corporações, introduziu o conceito de interstícios na economia, que corresponde às oportunidades abertas às firmas pequenas se “as oportunidades para expansão na economia aumentam a uma taxa mais rápida do que as firmas grandes podem aproveitá-las e se as firmas grandes não podem evitar a entrada de firmas pequenas” (p. 222). O conceito pode ser aplicado no caso das economias latino-americanas.

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