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Apostila Hidroginástica 2018.1 A Hidroginástica é uma atividade física muito mais abrangente e eficaz do que normalmente se imagina. Compara-se o seu trabalho ao de musculação, somado ao aeróbio, recebendo ainda os benefícios de uma constante massagem corporal. Além de ser uma forma de condicionar-se fisicamente, ela melhora a resistência muscular localizada, a flexibilidade e diminui o percentual de gordura. É importante perceber que ela nos dá possibilidades variadas de trabalho. Baseando-se no aproveitamento da água como sobrecarga, pode-se exercitar com intensidades extremas, ou seja, realizar trabalhos fáceis e pouco intensos bem como trabalhos difíceis e muito intensos. Muitas vezes as pessoas se exercitam aquém de suas possibilidades devido ao relaxamento provocado pela água. Cabe ao professor despertar em seus alunos a percepção de que eles devem utilizar a água de acordo com suas reais possibilidades. A Hidroginástica é uma atividade para todos. Pode ser praticada por uma clientela bastante diversificada, desde que se respeitem os objetivos e as limitações de cada grupo ou indivíduo. Se destina a pessoas de diferentes faixas etárias e níveis de condicionamento, como adolescentes, adultos, idosos, gestantes, atletas, pessoas que necessitam de cuidados específicos, etc. Só não deve ser utilizada quando existir uma contra-indicação médica, temporária ou permanente. A água quando bem explorada, nos dará movimentações eficazes, além de trazer grandes benefícios aos seus praticantes. É fundamental aliar conhecimentos do novo meio com conhecimentos específicos dos exercícios a serem aplicados. É necessário saber como aplicá-los dentro do novo meio, utilizando, da melhor maneira possível, técnicas específicas. Dentre diversos aspectos físicos, abordaremos aqueles mais importantes relacionados às aulas de Hidroginástica: - Empuxo: é a força aplicada de baixo para cima e que atua em sentido oposto à força de gravidade. É conhecida como Princípio de Arquimedes – “Quando um corpo está completa ou parcialmente imerso em um líquido em repouso ele sofre um empuxo para cima igual ao peso do líquido deslocado.” Dentro da água o corpo fica submetido a duas forças que atuam em sentido contrário: - Força de gravidade – atua através do centro gravidade. - Empuxo – atua através do centro de flutuação. O empuxo é responsável por facilitar a movimentação dentro da água. Isto ocorre uma vez que o peso corporal dentro d’água é aliviado de acordo com a profundidade em que este se encontra imerso. De acordo com esses resultados, pode-se dizer que quanto maior o nível de imersão, maior a redução do peso corporal e menor impacto sofrido pelas articulações de sustentação durante a realização dos exercícios. Como se tem menos impacto, o estresse articular será diminuído e, conseqüentemente, estar-se-á menos sujeito a lesões articulares durante as movimentações dentro da água. A redução do peso merece destaque, pois é devido a esse benefício que a hidroginástica torna-se uma atividade milagrosa. Grupos de terceira idade, de obesos e outros serão beneficiados com a diminuição da carga sobre as articulações, uma vez que conseguirão obter um maior e mais rápido progresso com relação à intensidade, freqüência e duração dos exercícios. Impacto: é a reação, provocada pelo apoio dos pés contra o solo ao realizar um movimento. É demonstrado através da Lei de Ação e Reação – “A cada ação corresponde uma reação igual e contrária.” Desde que o impacto sofrido pelo praticante de hidroginástica depende da quantidade de água que cobre este corpo, os exercícios aquáticos, sempre que comparados aos exercícios terrestres, provocarão menor impacto obre as articulações de seus praticantes. Pressão Hidrostática: “é a pressão que a água exerce sobre cada parte da superfície de um corpo submerso a uma dada profundidade” (Lei de Pascal). A pressão é exercida igualmente em todas as direções e é aumentada de acordo com: - a densidade do líquido; - a profundidade – quanto maior ela for maior será a pressão exercida. Analisando a pressão hidrostática, pode-se considerá-la como responsável pela primeira contribuição observada nos praticantes de hidroginástica. Os benefícios iniciam imediatamente após a entrada na água, antes mesmo de começar a rotina de exercícios. São eles; - estimulação imediata da circulação periférica; - “resistência” sobre a “caixa torácica”, que faz o aparelho respiratório trabalhar mais, estando à água na altura dos ombros. Durante os exercícios na água, o retorno venoso será facilitado e a resistência ao movimento dificultada, devido ao fato da pressão exercida ser aumentada nas regiões inferiores do corpo. Teremos um deslocamento do volume sangüíneo periférico para a região central do corpo, o que para alguns explica a diminuição da freqüência cardíaca na água. A pressão mais a resistência da água provocam um agradável massageamento do corpo durante o seu deslocamento nas várias direções. Além de provocar um efeito relaxante sobre a musculatura, a massagem provocada pela água melhora a circulação periférica do sangue nas regiões atingidas. Resistência: é uma força que tende a reter o movimento, tornando-o o mais difícil. Portanto, a água, por ser mais densa que o ar, exige maior esforço do aluno na realização dos movimentos. A resistência oferecida ao movimento produz um efeito de sobrecarga no trabalho realizado, quando comparado ao movimento realizado em terra. Ela passa a ser uma sobrecarga natural exercida pela água. Na hidroginástica, devemos trabalhar no sentido de criar resistência na água. Temperatura da Água: a temperatura da água é uma característica que normalmente chama a atenção dos alunos. Ao entrarem na piscina, imediatamente eles avaliam sua temperatura de acordo com seus costumes e sensibilidades. Atualmente grande parte das piscinas utilizadas para atividades aquáticas são aquecidas, ou seja, sua temperatura é mantida constante através de controle feito por termômetro. Tem-se recomendado manter a temperatura da água entre 27 e 31ºC., o que, para a maioria, já é suficiente para tornar a aula agradável e relaxante. No entanto, para muitos é necessário esclarecer que a temperatura proposta será agradável durante a movimentação sendo que ao entrar na piscina não se terá a imediata sensação de “água quente”. Uma característica bastante importante e benéfica para o programa de Hidroginástica é a grande condutibilidade térmica da água, ou seja, a velocidade que um corpo transmite sua temperatura para outro corpo. Comparada com o ar, a água tem uma capacidade de condução do calor 25 vezes maior, o que provoca constante “resfriamento” do corpo, resultando em menor estresse durante o exercício. Benefícios da hidroginástica Na hidroginástica, o principal objetivo é o condicionamento cardiovascular e muscular, por meio do treinamento em flexibilidade, coordenação motora e relaxamento. Segundo especialistas, a hidroginástica é extremamente eficaz no combate ao estresse, além de contribuir para uma melhor qualidade de vida dos indivíduos. Ao contrário dos exercícios realizados no solo, a prática da hidroginástica não é acompanhada por dores, transpiração e sensação de exaustão. Dentro da água, o indivíduo tem uma sensação de redução no peso, o que reduz de maneira importante à tensão nas articulações. Com isso, os exercícios realizados dentro da água são desenvolvidos com maior facilidade, aumentando o rendimento do aluno e possibilitando a prática de atividade por um período de tempo maior.Como o impacto é reduzido, as dores e os espasmos musculares pós-atividades praticamente não ocorrem. O gasto calórico médio é de 260-400 Kcal/hora. Um benefício bastante agradável da hidroginástica é a massagem proporcionada pela água, por meio da pressão e da resistência. Isso garante um efeito suavizaste sobre a musculatura, ajuda a aumentar a circulação periférica de sangue e alivia as tensões. A hidroginástica, quando praticada de maneira adequada e regularmente, permite uma melhora em todos os componentes do condicionamento físico, que são: • Componente Aeróbico: melhorando a capacidade cardiovascular e pulmonar; • Componente de Força Muscular; • Componente de Resistência Muscular; •Componente de Flexibilidade; • Componente de Composição Corporal: relaciona-se à relação entre a massa magra e a quantidade de gordura. Outra vantagem importante da hidroginástica é que ela é uma das poucas atividades que podem ser realizadas por indivíduos com pouco ou nenhum condicionamento físico. Com isso, pessoas de qualquer idade, inclusive gestantes, podem praticá-la. Nas gestantes, a hidroginástica ajuda na prevenção das dores lombares e cervicais e aumenta a circulação nas pernas, facilitando o parto e o período de recuperação. Quando comparada ao exercício em terra, verificou-se que correr 400 metros dentro da água equivale, em termos de gasto calórico e tempo, a 1500 metros em terra firme. Caminhar 4,5Km com água na altura da coxa pode consumir até 460 kcal. Além de tudo isso, não é preciso saber nadar! Modalidades: • Hidro Local: trabalha os grupos musculares com halteres, luvas, tornozeleiras e outros equipamentos. • Water Running: tipo de corrida, exercitando braços e pernas. • Hidro Core: trabalha os músculos do abdome, quadril e costas, melhorando o equilíbrio e o alinhamento do corpo. • Deep Running: outro tipo de corrida, praticada com o uso de um colete de flutuação, o que evita o contato com o solo e aumenta o trabalho cardiovascular. • Hidrobol: prática de atividades utilizando uma bola, desenvolvendo a coordenação motora, o equilíbrio e a agilidade. • Hidro Sport: realização de movimentos, sem uso de bolas, como se o indivíduo estivesse jogando vôlei, tênis, futebol e basquete. Melhora a coordenação motora, a resistência muscular e a agilidade. • Além desses, existem outras modalidades nas quais são realizados exercícios em esteiras, bicicletas ergométricas e trampolins imersos na água. Cuidados Assim como para a prática de qualquer atividade física, antes de iniciar um programa de treinamento em hidroginástica é recomendável que se procure um médico para que ele possa realizar uma avaliação global de sua saúde, detectando determinados problemas que possam contraindicar o exercício ou modificar o programa de atividades. Artrite, osteoporose, fibromialgia, problemas de ombro, joelho ou quadril, dores na coluna, obesidade, diabetes, doença cardíaca, hipertensão e asma são problemas que requerem um programa próprio de exercícios. Se o médico não encontrar contraindicações, não há risco algum em praticar a hidroginástica. Importante ressaltar que especialistas recomendam que a alimentação seja feita até uma hora antes do início da prática da hidroginástica. Além disso, a ingestão adequada de líquidos é fundamental, podendo-se levar uma garrafinha de água para a beira da piscina. Como praticar Recomenda-se que a hidroginástica seja praticada, no mínimo, três vezes por semana durante 45 minutos. Após um período inicial de 03 meses começa-se a perceber seus benefícios. Além disso, o desempenho cardiovascular é melhor adquirido se o indivíduo alcançar 70-85% da freqüência cardíaca prevista para a idade (calculada da seguinte maneira: 220 – idade); entretanto, para que se consiga queimar gordura e perder peso recomenda-se atingir entre 55-70% dessa freqüência prevista. Recomendações • Comece com o básico. Procure uma piscina limpa, segura e bem cuidada; a temperatura da água deve ser confortável (entre 28-29°C). • A equipe de professores deve ser bem treinada, não basta que sejam nadadores e salva-vidas. • Em geral, as aulas são versáteis e seguras, existindo tipos de aulas específicos para determinados grupos de indivíduos. • Dentro da piscina, é importante que você se sinta confortável e seguro para que aprenda os fundamentos básicos; o instrutor deve estar atento ao ritmo do aluno. • Conhecer os seus objetivos e comunicá-los ao seu instrutor é de extrema importância, devendo ser levados em conta para que as aulas sejam proveitosas. EXERCÍCIOS NA ÁGUA PARA GESTANTES: A gestante sofre grandes mudanças em seu corpo desde o primeiro mês de gravidez. Essas mudanças promovem muitos desconfortos que podem ser amenizados com exercícios na água. Mudanças do organismo na mulher gestante: São várias as modificações anatômicas que ocorrem durante o período gestacional, modificações estas que devemos levar em conta para efetuarmos qualquer atividade física na gestante. A parede abdominal é a primeira a sentir as modificações: o útero tem seu eixo vertical e exige dela uma sustentação total, deslocando o centro de gravidade da mulher, o que resulta em uma rotação pélvica e uma progressiva lordose lombar. A estabilidade acontece através de um trabalho maior da musculatura e ligamentos da coluna vertebral. À medida que o volume da barriga aumenta, mais a postura da gestante se modifica. Com a barriga aumentada, para não cair para frente, ela força o glúteo para trás - "arrebitando o bumbum" -, o que ocasiona dores e desconfortos nas costas e na região lombar. Em algumas gestantes, existe uma separação nos músculos do abdômen, indo metade para cada lado, formando um "vergão" ou linha no meio do abdômen. Esses "vergões" podem ter coloração que varia do vermelho ao azulado, dependendo de cada tipo de pele. A cintura pélvica (o quadril) tem sua mobilidade articular aumentada em aproximadamente 60%, pois seus ossos, unidos por fibrocartilagens, sofrem diretamente a ação da relaxina (hormônio produzido para afrouxar os ligamentos pélvicos). O quadril aumenta seu tamanho para ampliar o espaço e abrigar o bebê e a gestante para andar tem que voltar os pés para fora - Marcha Anserina (andar de pata). O diafragma (músculo responsável pela atividade respiratória) fica pressionado pelo aumento uterino, dificultando a respiração da gestante. O aumento da barriga dificulta a respiração e a própria Natureza se encarrega de acertar isso, passando a gestante a respirar mais no peito do que no abdômen, no final da gestação. A respiração abdominal deve ser treinada para se ter os músculos do abdômen fortalecidos, oxigenando também o bebê e realizando o trabalho de relaxamento. O estômago tem eixo alterado de vertical para horizontal, tornando o processo digestivo alterado e mantendo por mais tempo a presença de enzimas digestivas. Durante a gravidez, o estômago desloca-se para cima e para trás, para poder dar espaço para o bebê; isso ocasiona bastante mal- estar às gestantes, e para que sintam algum alívio devem comer pouco e várias vezes ao dia, além de evitar alimentos ácidos, fortes e condimentados, que possam dificultar ou tornar a digestão mais demorada. As glândulas mamárias têm seu volume aumentado, ocasionando uma maior solicitação dos músculos dorsais e peitorais, além de uma flexão anterior da coluna cervical aumentada. Com os seios aumentados pela presença do leite, além de mudanças na postura, existe um desconforto em manter posições por muito tempo. Por exemplo, ficar muito tempo em pé ou sentada causa grande desconfortoalgumas vezes. Para que isso seja aliviado, devem-se alternar posturas e sempre que possível alongar-se ou simplesmente espreguiçar-se. Aumento no metabolismo basal (uma pessoa não grávida te em repouso, descansada, seus batimentos cardíacos estabelecidos entre 70 e 80 por minuto; já a gestante, os tem, em repouso, por volta de 80 e 90 em média. Isso já mostra que ela está em freqüente estado de "exercício", tendo todo o seu metabolismo alterado. Por isso, o cuidado deve ser intenso com relação à freqüência cardíaca durante a atividade física, seja ela qual for não deixando exceder nunca os 140 bpm). Aquisição de gorduras (o ganho de gordura é um fator diferenciado para cada mulher, dependendo da tendência anterior, da dieta seguida, dos alimentos ingeridos, mas sempre vai existir). O ideal, segundo os médicos, é adquirir no máximo 10 quilos durante os nove meses, se possível, menos de um quilo por mês. Retenção hídrica e de sais minerais (os rins, devido a sua localização próxima ao diafragma, curvam-se para frente durante a inspiração - pegar o ar - e voltam ao normal durante a expiração - soltar o ar. Esses movimentos estimulam a eliminação da urina. Esses órgãos sofrem profundas modificações, de modo que essa eliminação fica alterada. Se a urina não for totalmente eliminada, podem ocorrer os edemas - inchaços - que tanto incomodam a mulher). Aumento do consumo de oxigênio (com a gravidez, o consumo de ar é aumentado em função de ele estar sendo também absorvido pelo bebê, por isso e também pela respiração, a gestante está sempre muito cansada). Aumento do débito cardíaco, pois uma parte está dirigida a tecidos não musculares. Com isso, as taquicardias e a mudança nos batimentos cardíacos são uma constante. Declínio da atividade do trato gastrointestinal (é muito comum nas gestantes as queixas sobre dificuldade no evacuar, presença de gases e regurgitamento após as refeições; isso acontece pela alteração na posição dos intestinos, que ficam muitos apertados" com o aumento do volume da barriga). Resistência periférica diminuída (a circulação também é profundamente alterada pelo aumento do volume uterino, além da circulação estar sendo mais solicitada para alimentação e necessidades básicas do bebê). . Taquicardia acima de 100bpm, exatamente em função do aumento do débito cardíaco. Alterações no sistema endócrino (aumento na produção de resíduos, intolerância ao calor, instabilidade emocional). A disfunção nos hormônios faz com que a gestante seja uma "bomba" de mudanças hormonais, alterando não só suas emoções, como também a maioria dos seus hábitos anteriores. Aumento da capacidade inspiratória e queda na reserva expiratória, cerca de 20%. Por isso, durante os exercícios respiratórios, deve-se sempre pedir para que a gestante expire o ar por mais tempo do que inspire, para eliminar incômodos como: tonturas e dores de cabeça. Aumento do volume sangüíneo (em torno de 30%) e do volume plasmático (cerca de 40%). As gestantes costumam ter as mãos e rosto com coloração modificada em função dessa mudança circulatória. . A temperatura corporal materna está relacionada diretamente com a temperatura de feto e pode ser alterada durante as atividades físicas. Em função disso, o trabalho do profissional deve levar em consideração não só com a temperatura da água e do ambiente, mas também com o tipo de atividade executada nos dias mais quentes. Com todas essas mudanças orgânicas e hormonais, ocorrem mudanças no psicológico e no emocional da futura mamãe também, que fica mais sensível e pode ter crises de choros repentinamente, sem motivos aparentes. È importante que a grávida faça exercícios, para aliviar as tensões que as mudanças no seu organismo trazem e também, manter a postura. Há precauções a ser tomado, quanto á temperatura, quando a intensidade e impactos do exercício, sendo recomendada a hidroterapia, pois as propriedades da água a auxiliam a relaxar e a praticar atividades físicas sem impacto. O EXERCÍCIO SÓ É CONTRA INDICADO QUANDO: Relativas: Gestantes que, apesar de apresentarem algum sintoma diferenciado, têm a permissão médica para a prática da atividade física, sempre sobre controle médico e cuidados especiais do profissional: . Hipertensão arterial . Anemia ou outros distúrbios sanguíneos . Disfunção tireoidial . Disritmia cardíaca . Diabetes . Obesidade excessiva . Histórico anterior de vida excessivamente sedentária . Falta de peso excessivo . Apresentação pélvica durante o terceiro trimestre . Placenta prévia . Infecções generalizadas (garganta, ouvido, gastrintestinais) O EXERCÍCIO SÓ É CONTRA INDICADO QUANDO: Absolutas Gestantes que não podem realizar atividades físicas de forma alguma, necessitando em alguns casos de repouso total: . Diagnósticos de placenta prévia sem acompanhamento médico . Doenças cardíacas graves e em evidência . Trabalho de parto prematuro . Histórico de três ou mais abortos espontâneos . Tromboflebite . Hipertensão séria . Ruptura de bolsa e/ou sangramentos . Falta de controle pré-natal SÓ SE INTERROMPE UM EXERCÍCIO PARA GESTANTE NA PISCINA SE: . Qualquer tipo de dor no peito . Contrações uterinas com intervalo pequeno (20 min.) . Perda de líquido (intenso ou leve) . Vertigens e/ou fraquezas . Dificuldade em respirar . Palpitações e/ou taquicardias contínuas . Inchaços que não diminuem . Dor nos quadris ou no púbis . Dificuldade excessiva em caminhar . Dor nas costas intermitentes ou que não aliviam na água ou em posições confortáveis . Falta ou diminuição nos movimentos do bebê. VANTAGENS NO TRABALHO AQUÁTICO NA GRAVIDEZ: Durante a gestação a queixa mais comum é a do "corpo pesado", o que na água é reduzido, fazendo com que as alunas se sintam realizadas durante a execução dos exercícios aquáticos, reforçando o lado psicológico de cada uma. A flutuação fornece suporte completo a elas, resultando em efeitos que me terra seriam praticamente impossíveis, ou pelo menos desconfortáveis. A liberdade durante a flutuação ajuda a aumentar a amplitude dos movimentos sem a resistência do atrito, auxiliando a movimentação. Além disso, com o corpo submerso, o estresse articular também é diminuído, o que deve ser levado em consideração na execução dos exercícios de alongamento. O trabalho aquático produz ainda uma menor incidência de varizes, um controle maior sobre a freqüência cardíaca materna e fetal, um aumento na diurese diminuindo a formação de edemas, um controle sobre o aumento de peso, o aumento da resistência muscular, um controle postural acentuado e a melhoria na sociabilização e auto-imagem. CAUSAS DO SOFRIMENTO FETAL NA GRAVIDEZ O sofrimento fetal pode ser produzido por diversas causas: problemas devido a uma doença da mãe como a anemia, hipertensão ou doença cardíaca; problemas no feto como malformações, infecções, anemia ou hemorragias; problemas com a placenta como a degeneração, a insuficiência ou separação prematura da placenta; assim como problemas com o cordão, quando apresenta voltas ou nós que impossibilitam um intercâmbio adequado. Diante dessa situação se deve agir com rapidez para evitar possíveis consequências nefastas para o bebê. Se você estiver grávida, é inevitável que, quando tratamos de temas com este, você comece a tremer e apalpe o seu ventre para se assegurar de sentir o seu bebê; e isso, precisamente, é o que deve fazer: estar atenta aos possíveis sinais do seu filho, as mudançasnos seus movimentos ou a ausência deles. Você deve notificar o quanto antes qualquer temor ou dúvida ao seu médico. Ao longo da gravidez, os movimentos do bebê vão variar, já que ao ir crescendo, cada vez mais ele disporá de menos espaço no útero: ao invés de ficar dando chutinhos como um futebolista ele deverá se retorcer, girar ou cutucar com algum cotovelo ou joelhinho. É provável que todos nós já tenhamos ouvido a respeito de alguma amiga ou familiar que teve que fazer uma cesárea de emergência: o aparecimento de mecônio (as primeiras fezes do bebê depois do parto) no líquido amniótico, ou por causa de voltas do cordão umbilical, ou por placenta prévia... Essas experiências fazem parte da primeira aproximação a esta expressão tão terrível: ‘sofrimento fetal’. Mas, a grávida deve saber que diante situações como as citadas, o normal, com o devido controle, é que tudo vá bem e nasça um precioso bebê sadio. A rapidez com que se diagnostica e a rápida ação dos especialistas são fundamentais nestes momentos: o protocolo de atuação da Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (SEGO) estabelecer como tempo limite para a extração do bebê de 30 minutos diante de qualquer suspeita de bem estar fetal, momento em que se estabelece a necessidade de um parto iminente, em geral mediante cesárea de emergência. Às vezes, o excesso de informação pode assustar a futura mamãe, mas o normal é que uma gravidez seja controlada desde o princípio e que as mães prestem a atenção a todos os possíveis problemas futuros mediante exames de rotina que realizam em diferentes etapas da gravidez, como: as ecografias, a manutenção da saúde da mãe e a monitorização regular. Assim que grávida deve confiar que esta nas melhores mãos, ainda que ainda exista certa preocupação pela saúde e desenvolvimento do seu bebê. Natural em todas as mamães! O FERRO NA GRAVIDEZ. A anemia pode representar um risco para a gravidez. A anemia é, em alguns casos, um sintoma associado à outra doença, e afeta a mulher grávida, pois o risco de mortalidade materna pós-parto aumenta significativamente. Se durante a gravidez, uma mulher sofre de anemia, pode aumentar o risco de um parto prematuro, e os especialistas em nutrição sinalizam que os filhos de mães que sofreram de anemia, tendem a sofrer dessa situação ainda mais cedo. Depois do parto, a fadiga produzida pela anemia, provoca em algumas mulheres o descuido da saúde. O cansaço associado à doença é consequência da deficiência de ferro no organismo, que provoca uma diminuição de oxigênio nas células, devido à baixa concentração de hemoglobina no sangue. Como combater a anemia durante a gravidez O ferro se encontra nas carnes vermelhas, no pescado, e nos grãos de feijão, lentilhas, cereais, lácteos e legumes. A nutricionista recomenda que durante a gravidez e no período de lactância, o ferro é essencial na alimentação, pelo que se deve ter uma dieta balanceada. A falta de ferro não é exclusiva da população materno-infantil, já que pode aparecer em qualquer pessoa, e essa deficiência se produz paulatinamente até chegar a converter-se em anemia. É importante levar em conta que de nada serve uma dieta rica em ferro, se ao final das refeições, costuma-se tomar café ou chá, já que essas bebidas bloqueiam a absorção desse mineral. Nas mulheres em idade fértil, a anemia pode produzir atrasos no ciclo menstrual, ou inclusive pode chegar a suspendê-la totalmente. Outras mulheres, pelo contrário, podem apresentar frequentes hemorragias. Sintomas da anemia nas gestantes Um dos sintomas da anemia é que a pele se torna de uma cor amarelada, assim como os olhos e a boca. Além disso, existe uma presença de esgotamento, dor de cabeça e até taquicardia. As pessoas com essa enfermidade, também podem apresentar sintomas como irritabilidade, machucados na língua, aumento no tamanho do fígado e as feridas não cicatrizam facilmente. A anemia, assim como qualquer outra doença, deve ser tratada a tempo de evitar que se torne em forma definitiva, uma diminuição na capacidade de trabalho muscular e provoque infecções mais duradouras e mais severas. HIPERTENSÃO NA GRAVIDEZ Os problemas podem aparecer antes da gravidez ou serem desencadeadas durante a gestação. Aproximadamente, 8% das gestantes sofrem de hipertensão durante a gravidez. No entanto, agora já é possível tratar esse problema com controles e cuidados pré-natais adequados. A força que o sangue exerce contra o interior das artérias, que são os vasos sanguíneos que transportam sangue rico em oxigênio para todo o organismo, é conhecida como pressão arterial. Quando fica elevada mais do que o normal, aparece a hipertensão ou pressão arterial alta. Os problemas de hipertensão podem aparecer antes da gravidez ou serem desencadeadas durante a gestação, e todos os tipos de hipertensão pode apresentar riscos para a gestante e o seu bebê. Existem diferentes tipos de hipertensão que afetam as mulheres grávidas. A pressão arterial e suas medições nas gestantes. Em cada visita pré-natal, o médico afere a pressão arterial da gestante através do esfigmomanômetro. A pressão arterial tem duas medidas. Por um lado, se mede quanto o coração se contrai (pressão sistólica) e, por outro lado, quando se encontra relaxado entre as contrações (pressão diastólica). Os valores da pressão arterial se expressam com dois números: o número superior representa a pressão sistólica, e o inferior, a pressão diastólica, por exemplo, 110/80. Quando o valor da pressão sistólica é de 140 ou superior, e o valor da pressão diastólica alcança 90 ou níveis superiores, estamos diante de um quadro de hipertensão. De qualquer modo, devido à pressão arterial subir ou baixar durante o dia, os especialistas podem repetir a medição várias vezes para obter um valor médio que determine se a mulher realmente tem hipertensão e é preciso controlá-la para evitar riscos na gravidez. Tipos de hipertensão na gravidez Existem quatro tipos principais de hipertensão durante a gravidez: 1. Hipertensão gestacional. Também conhecida como hipertensão transitória e é um tipo de hipertensão induzida pela gravidez. Geralmente, pode aparecer após a 20ª semana de gravidez e desaparece logo após o parto. As mulheres com hipertensão gestacional não apresentam proteínas na urina, no entanto, algumas delas desenvolvem pré-eclampsia numa etapa posterior da gravidez. As possibilidades de desenvolver pré-eclampsia são de 50%, se a hipertensão gestacional aparecer antes da 30ª semana. Por outro lado, se a hipertensão gestacional acontece após a 36ª semana de gestação, a hipertensão em geral é moderada. 2. Pré-eclampsia. Afeta 15% das gestantes, mas se detectada a tempo pode ser controlada e diminuir os riscos tanto para a mãe como para o bebê. Em geral, se desenvolve depois da 20ª semana de gravidez e desaparece depois do parto. Nos casos mais graves, que é a fase grave da pré-eclampsia, quando a hipertensão é acompanhada de convulsões e coma. Esse transtorno se caracteriza por um aumento da pressão provocada pela gravidez e pela presença de proteínas na urina. 3. Hipertensão crônica. Nesse caso, a mãe já era hipertensa antes de engravidar. Portanto, a pressão arterial alta dessas pacientes pode ser diagnosticada antes da gravidez, ou antes da 20ª semana de gestação. Por ser crônica, esse tipo de hipertensão não desaparece depois do parto. Em 90% dos casos, a hipertensão arterial crônica é de causa desconhecida e somente em 10% das pacientes, a hipertensão é secundária a outra doença como o diabetes, doenças renais, cardíacase doenças autoimunes, entre outras. 4. Hipertensão crônica com pré-eclampsia. Aproximadamente 25% das mulheres com hipertensão crônica também desenvolve pré-eclampsia. É mais frequente em mulheres multíparas e se caracteriza por produzir hipertensão arterial severa e aumento do ácido úrico no sangue. Esse quadro hipertensivo é perigoso já que pode dar lugar a um dano renal e dano hepático, apresentar convulsões e coma. Marisol Nuevo -Redatora de Guiainfantil.com A GRAVIDEZ PROTEGE A SAÚDE DO CORAÇÃO Engravidar é a melhor notícia que um casal pode receber. Não somente por esperar um filho, uma nova vida, mas também porque a gestação pode prolongar a esperança de vida da mãe, uma vez que a gravidez protege a saúde do coração, de acordo com as últimas pesquisas. Este benefício se deve a que a interação sanguínea entre a mãe e o feto faz com que as células cardíacas se regenerem e previne uma possível doença cardiovascular. O número de gravidezes melhora a saúde cardiovascular Durante a gravidez o coração da mãe deve aumentar o seu esforço em cerca de 50%, já que o seu corpo sofre mudanças fisiológicas em que o sistema cardiovascular deverá se adaptar. Como explica a Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC), na gravidez o volume sanguíneo aumenta a frequência cardíaca e o gasto cardíaco (quantidade de sangue expulsa do coração). Além disso, acontece uma queda da pressão arterial, tanto a sistólica (durante as contrações do coração), quanto à diastólica (com o coração em repouso). Um estudo feito pela Mount Sinai School of Medicine (EUA) com ratos, provou estes benefícios provocando infartos em fêmeas gestantes sadias. Os pesquisadores comprovaram como as células do feto viajavam até o tecido prejudicado para substituí-lo e viram que 2% das células do coração materno lesionado provinham do feto. Ainda que a existência de um intercâmbio de células entre mãe e filho, ou microquimerismo, já é conhecida há alguns anos, os resultados deste estudo poderiam abrir uma nova via de investigação na área das células-mãe e a regeneração cardíaca. Por outro lado, parece que o número de gravidezes também influencia na saúde cardiovascular. De modo que, segundo um estudo da Universidade da Califórnia, se uma mulher multípara está relacionada com um baixo risco de sofrer de uma doença cardiovascular. Graças à exposição de uma grande quantidade de estrógenos e outros hormônios gerados durante as gravidezes, as mulheres pós-menopáusicas com quatro ou mais gravidezes teriam uma maior proteção cardiovascular. No entanto, para evitar complicações, a Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC) recomenda às gestantes, e especialmente às que já apresenta cardiopatias, vigiar constantemente a pressão arterial e até anotar em um caderno os números para manter um controle. Além disso, ter uma dieta baixa em sal, deixar de fumar e levar uma vida o mais saudável possível. Marisol Nuevo- Redatora de Guiainfantil.com ANOMALIAS FETAIS. Lábio leporino e/ou Fenda palatina O lábio leporino e a fenda palatina podem desenvolver-se separadamente ou ao mesmo tempo. De todos os defeitos congênitos, o lábio leporino (aberto, partido) e/ou fenda palatina é um dos mais comuns. Atualmente são anomalias que afetam um em cada 700 nascimentos, e são mais comuns entre os asiáticos e determinados grupos de índios americanos. O lábio leporino ocorre com menos frequência entre os afro-americanos. Quanto à frequência dessas anomalias, alguns estudos demonstram que 25% dos bebês sofrem de fenda palatina, 25% de lábio leporino, e 50% de ambos. Tanto o lábio leporino como fenda palatina, pode desenvolver-se separadamente ou ao mesmo tempo. Essas anomalias se apresentam como um defeito congênito das estruturas que formam a boca. Ocorre quando o bebê, ao nascer, apresenta uma fenda ou separação no lábio e/ou no palato, devido que os dois lados superiores não cresceram como deveriam. Lábio Leporino em bebês e crianças Trata-se de uma divisão no lábio superior, entre a boca e o nariz, que ocorre porque as duas partes do rosto do bebê não se uniram adequadamente durante a gestação. Os tipos de lábio leporino variam desde uma pequena fenda no lábio superior à total separação nos dois lados do lábio, atingindo até o nariz. O grau do lábio leporino pode variar enormemente, desde leve (encaixe do lábio), até severo (grande abertura desde o lábio até o nariz). Essa anomalia recebe nomes diferentes segundo sua localização. Uma fenda num lado do lábio, que NÃO se estende até o nariz, denomina-se unilateral incompleta. Uma fenda em um lado do lábio que se estende até o nariz, denomina-se unilateral completa. Uma fenda que compromete ambos os lados do lábio e que se estende e compromete ambos os lados do lábio e que se estende e compromete o nariz, denomina- se bilateral completa. Fenda palatina em bebês e crianças Ela ocorre quando o palato (o céu da boca) não se fecha completamente. Assim como o lábio leporino, apresenta graus bem variados de intensidade, que vão de uma pequena abertura no chamado palato mole à quase separação completa do céu da boca. Quando esse defeito congênito se apresenta com uma fenda ou abertura só no palato superior, denomina-se fenda palatina. Nesse caso, o palato não se fecha completamente, mas deixa uma abertura que se estende até a cavidade nasal. A fenda pode afetar qualquer lado do palato. Pode estender- se desde a parte anterior da boca (palado duro) até a garganta (palato mole). A fenda palatina não é tão perceptível como o lábio leporino porque está dentro da boca. Em muitos casos, outros membros da família podem ter tido também a fenda palatina ao nascer. Por que ocorre o Lábio Leporino ou Fenda Palatina A medicina não encontrou uma causa exata que explique o porque desses defeitos nos bebês. Alguns estudos chegaram a demonstrar que esse defeito se dá sobretudo em famílias com um histórico dessa anormalidade em um pai, em outra criança ou num parente próximo. Mas também ficou demonstrado que pode ocorrer em famílias sem os antecedentes já mencionados. Se pais que não nasceram com uma fenda, tiverem um bebê com essa anomalia, as probabilidades de que tenham outro bebê igual, oscilam entre 2 e 8 por cento. Se um dos pais tem uma fenda, mas nenhum dos seus filhos têm essa anomalia, as probabilidades de ter um bebê com esse defeito são de 4 a 6 por cento. Se um dos pais e um filho apresentam uma fenda, as probabilidades de que outro filho nasça com essa anomalia são ainda maiores. Recomenda-se, nesses casos, consultar um especialista em genética. Também acreditam que alguns fatores ambientais, como remédio x, drogas, produtos químicos, fungos, inclusive deficiências de vitaminas (como o ácido fólico), que reagem com certos gens específicos e acabam interferindo no processo normal do fechamento do palato e no desenvolvimento do lábio. A boca do feto se forma durante os primeiros três meses da gestação. Durante esse tempo, as partes do palato superior e o lábio superior normalmente se unem Quando essa junção não ocorre, o bebê terá um lábio leporino e/ou fenda palatina. Uma criança pode ter lábio leporino, fenda palatina, ou ambos. O lábio leporino e a fenda palatina juntos são mais comuns em meninos que em meninas. É importante saber que a maioria dos bebês que nascem com essa fenda, são sadios e não tem nenhuma outra anomalia congênita. Os resultados estéticos da cirurgia de correção da fenda labiopalatina estão cada vez melhores. Caso a fenda ainda fique muito marcada, há a possibilidade de fazer novas operações, ainda durantea infância, para melhorar o aspecto estético. O ideal é que seu filho seja acompanhado também por ortodontistas, principalmente no caso de fenda palatina, para monitorar o crescimento do maxilar e dos dentes e o funcionamento da boca em geral. Em algumas crianças, a voz pode ficar anasalada, por isso pode ser aconselhável consultar um fonoaudiólogo. No caso da fissura palatina, o bebê pode sofrer de otites (infecções no ouvido) com mais frequência, por causa da entrada de líquido no canal do ouvido. RISCOS DA MATERNIDADE TARDIA A gravidez a partir dos 35 anos Hoje em dia, as mulheres têm tendência a postergar a maternidade, não é porque o seu relógio tenha se atrasado, mas sim porque elas têm outras prioridades como a vida profissional, ter uma casa, um trabalho estável, um companheiro... No entanto, sabemos que não é a mesma coisa ser mãe aos 25 do que aos 40 anos. Cada idade tem seus pontos positivos e negativos. Desde o ponto de vista da saúde, a partir dos 35 anos se considera uma gravidez tardia, quando aumentam os riscos de sofrer algumas doenças como o diabetes gestacional, pré-eclampsia... Vamos analisar os prós e os contras de cada faixa de idade. Mãe a partir dos 30 anos Vantagens: Atualmente, as mulheres com mais de 30 anos de idade que têm postergado sua maternidade, geralmente se encontram em um estado de saúde excelente, e podem ter gravidezes saudáveis. Desvantagens: A partir dos 30 anos ocorre uma redução gradual na fertilidade, de maneira que o casal pode demorar um pouco mais para conceber, ou enfrentar alguns problemas de infertilidade. Esta é, precisamente, a faixa de idade em que as mulheres mais se submetem a tratamentos de fertilidade. Mãe a partir dos 35 anos Vantagens: É provável que as mulheres de 35 anos tenham um estilo de vida mais sadio, compreendam melhor as necessidades do seu organismo e se cuidem mais no que se refere ao preparo físico e a nutrição. Existem estudos que assinalam que as mulheres nessa idade têm uma imagem mais positiva do seu corpo e que toleram com maior facilidade os sintomas típicos da gravidez, como a acidez estomacal ou a frequência urinária aumentada. Bem estar fetal: todos os estudos coincidem que para o bebê o resultado final é tão favorável quanto aos nascidos de mães jovens, segundo o demonstra as pontuações de pesquisadores, que avaliam o bem estar do bebê imediatamente depois do parto, e os demais exames e revisões médicas que os bebês fazem durante a primeira infância. Desvantagens: Após os 35 anos, a fertilidade decresce drasticamente (em aproximadamente 50% das possibilidades de uma de 20 anos). Não os se vê afetada a quantidade de óvulos, mas também sua qualidade. Existe uma maior probabilidade de ter fetos com alterações cromossômicas. Riscos no parto: As mulheres de 35 anos em diante têm uma maior probabilidade de ter um parto induzido, um diagnóstico de sofrimento fetal, anestesia peridural, ou um parto com fórceps ou ventosas, e praticamente todos os estudos estão de acordo em que a taxa de partos por cesárea cresce com a idade. No entanto, este aumento não parece estar relacionado com nenhum problema específico. Mãe a partir dos 40 anos Vantagens: Podem ser mais cuidadosas com a dieta, e com o preparo físico. Desvantagens: A possibilidade de ficar grávida se reduz muito (aproximadamente em 10% das possibilidades de uma mulher de 20 anos). Aumenta consideravelmente a probabilidade de ter filhos com alterações cromossômicas (Síndrome de Down, de Edwards...). Quanto maior a idade, mais probabilidades de ter desenvolvido certas doenças como o diabetes, alguns problemas relacionados com a hipertensão ou fibromas uterinos (miomas), que podem afetar a gravidez e o nascimento do bebê. Os estudos sobre o efeito da idade materna na gravidez e o nascimento também indicam um aumento na frequência de complicações durante a gravidez, como a hipertensão, diabetes gestacional, hemorragias durante o terceiro trimestre e placenta prévia. Riscos para o bebê: Inexplicavelmente, um maior número de bebês morre antes de nascer neste grupo de mulheres (01 em cada 440 gravidezes de mulheres de 35 anos ou mais, contra 1 em cada 1.000 gravidezes de mulheres mais jovens). Por este motivo, os médicos podem ser mais cuidadosos com as mães grávidas que têm mais de 35 anos durante as últimas semanas de gestação. Sara Cañamero de León PROFISSÕES PERIGOSAS PARA AS MULHERES GRÁVIDAS Profissões que representam riscos para a mãe e o feto durante a gravidez A manipulação de produtos tóxicos ou a exposição à radiação (perigo no primeiro trimestre de fetos malformados) são algumas das profissões perigosas e não recomendadas para as mulheres durante a gravidez. Mulheres que trabalham em serviços de radiologia ou na indústria química podem ser afetadas por esse tipo de trabalho. Médicas e enfermeiras também devem redobrar os cuidados no exercício de suas profissões. Se você exerce uma destas profissões, tome precauções desde o início da gravidez e consulte o médico de sua empresa, ou o seu ginecologista o mais cedo possível. Tarefas não recomendadas para as grávidas. Os sistemas de proteção social nos países ocidentais costumam levar em conta esses casos especiais e o médico pode tentar uma transferência da funcionária para outro setor. Caso você trabalhe em contato constante com crianças, por exemplo, como: professora ou enfermeira, e se não for imune à Rubéola (pode-se saber isso com um exame pedido por seu médico), deve ficar temporariamente isolada, no caso de uma epidemia no estabelecimento onde você trabalha. Não assumir novas funções fora do trabalho normal, ajuda a evitar a fadiga e o estresse. Se sua profissão for especialmente cansativa, peça uma transferência de setor ou um remanejamento de horários. Outras profissões perigosas para a mulher grávida por requererem muito esforço: lavadeiras, faxineiras, motoristas, pintoras, cozinheiras (o calor no baixo ventre aumenta a excitabilidade uterina e pode provocar parto prematuro). Profissões perigosas para a mãe e o bebê Profissionais Administrativas passam muitas horas sentadas nos seus postos de trabalho, muitas vezes as posturas em frente ao computador são incorretas e podem surgir dores nas costas e pescoço, além de problemas de circulação nos membros inferiores. Uma cadeira ergonômica e cômoda e um apoio para os pés também ajuda. Funcionárias que trabalham em lojas e ficam muito tempo em pé, devem tomar alguns cuidados como por exemplo: apoiando-se num pé e no outro alternadamente, utilizar sapatos baixos e evitar os que apertem os pés. Trabalhadoras fabris. Mulheres que trabalham em fábricas sofrem, pois além de ficar muito tempo em pé, estão expostas a ambientes muito ruidosos, quentes e poucos arejados. Devem tentar desempenhar outras funções de menor risco. Devem conversar com o responsável pelo departamento onde trabalham. Até mesmo trabalhos domésticos como as empregadas domésticas e donas de casa, devem evitar pesos excessivos, subir e descer escadas, evitar a utilização de produtos tóxicos, estarem muito tempo junto ao fogão, passando ferro, ou inalar vapores de produtos agressivos como a soda cáustica. Gestantes que trabalham diretamente em hospitais, creches, escolas e onde existem um fluxo grande de pessoas, ambientes fechados e de possibilidades de contrairem alguma doença, é importante, antes de engravidar, verificar sua carteira de vacinação. A SociedadeAmericana de Medicina Reprodutiva argumenta que muitos médicos relutam em vacinar as grávidas porque abortos espontâneos e anomalias congênitas podem ser erroneamente atribuídos à imunização. Para não suscitar essa suspeita, a SBIm (serviço de vacinação humana); recomenda a vacinação das futuras mamães no segundo trimestre gestação, quando o risco de aborto espontâneo é menor. Os autores norte-americanos afirmam ainda que a imunização na gravidez deve ser indicada quando os benefícios claramente superarem os riscos. Certas circunstâncias podem influenciar a indicação da vacinação da paciente, como o serviço militar, viagem a áreas de alta prevalência de doenças, profissões perigosas e a existência de comprometimento do sistema imunológico e doenças crônicas. A mulher deve ser imunizada prioritariamente antes da gestação, porque são poucas as vacinas recomendadas durante a gravidez - contra difteria, tétano e gripe. Se houver necessidade, existem vacinas que podem ser administradas por não conterem vírus vivos. Essas vacinas são contra a hepatite A, hepatite B, poliomielite inativada, raiva, IPV, pneumocócica 23-valente, meningocócica conjugada ou polissacarídica e coqueluche acelular. OS EFEITOS DO EXERCÍCIO NA ÁGUA: Quanto à dor e aos edemas A água relativamente aquecida reduz a sensibilidade das terminações nervosas sensitivas, proporcionando a diminuição da dor e, pela ação da pressão hidrostática a diminuição de edemas. Quanto à musculatura A partir do aquecimento muscular, ocorre à diminuição do tônus muscular, favorecendo o relaxamento e a diminuição dos espasmos musculares, além do alongamento muscular, fortalecendo e aumentando a resistência muscular. Quanto à articulação Facilita a mobilidade e a manutenção da amplitude articular com menor esforço. Quanto ao equilíbrio e esquema corporal Utilizando-se as propriedades físicas da água, é favorecido o equilíbrio, a recuperação e a conscientização corporal. Quanto à reeducação da marcha A relação entre profundidade e descarga de peso corporal favorece a etapa de suporte de peso na reeducação da marcha (alterada pela modificação pélvica). Quanto mais profunda a água, menor a descarga do peso corporal sobre os membros inferiores. Em hidroterapia, a melhor técnica de relaxamentos para gestantes, é o Watsu (terapia complementar variante de shiatsu, praticada em água aquecida) e se não houver nenhuma contra indicação para exercícios mais intensos, uma hidroginástica para gestantes ou uma natação também são bem indicadas. Juliana Elisabete Kroll Publicação: www.paralerepensar.com.br - 30/09/2008
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