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Hidroginástica para gestantes

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Apostila Hidroginástica 2018.1 
A Hidroginástica é uma atividade física muito mais abrangente e eficaz do 
que normalmente se imagina. Compara-se o seu trabalho ao de musculação, 
somado ao aeróbio, recebendo ainda os benefícios de uma constante 
massagem corporal. Além de ser uma forma de condicionar-se fisicamente, 
ela melhora a resistência muscular localizada, a flexibilidade e diminui o 
percentual de gordura. É importante perceber que ela nos dá possibilidades 
variadas de trabalho. Baseando-se no aproveitamento da água como 
sobrecarga, pode-se exercitar com intensidades extremas, ou seja, realizar 
trabalhos fáceis e pouco intensos bem como trabalhos difíceis e muito 
intensos. Muitas vezes as pessoas se exercitam aquém de suas 
possibilidades devido ao relaxamento provocado pela água. Cabe ao 
professor despertar em seus alunos a percepção de que eles devem utilizar a 
água de acordo com suas reais possibilidades. 
 A Hidroginástica é uma atividade para todos. Pode ser praticada por uma 
clientela bastante diversificada, desde que se respeitem os objetivos e as 
limitações de cada grupo ou indivíduo. Se destina a pessoas de diferentes 
faixas etárias e níveis de condicionamento, como adolescentes, adultos, 
idosos, gestantes, atletas, pessoas que necessitam de cuidados específicos, 
etc. Só não deve ser utilizada quando existir uma contra-indicação médica, 
temporária ou permanente. A água quando bem explorada, nos dará 
movimentações eficazes, além de trazer grandes benefícios aos seus 
praticantes. É fundamental aliar conhecimentos do novo meio com 
conhecimentos específicos dos exercícios a serem aplicados. É necessário 
saber como aplicá-los dentro do novo meio, utilizando, da melhor maneira 
possível, técnicas específicas. Dentre diversos aspectos físicos, 
abordaremos aqueles mais importantes relacionados às aulas de 
Hidroginástica: 
- Empuxo: é a força aplicada de baixo para cima e que atua em sentido 
oposto à força de gravidade. É conhecida como Princípio de Arquimedes –
“Quando um corpo está completa ou parcialmente imerso em um líquido 
em repouso ele sofre um empuxo para cima igual ao peso do líquido 
deslocado.” Dentro da água o corpo fica submetido a duas forças que atuam 
em sentido contrário: - Força de gravidade – atua através do centro 
gravidade. - Empuxo – atua através do centro de flutuação. 
 O empuxo é responsável por facilitar a movimentação dentro da água. 
Isto ocorre uma vez que o peso corporal dentro d’água é aliviado de acordo 
com a profundidade em que este se encontra imerso. De acordo com esses 
resultados, pode-se dizer que quanto maior o nível de imersão, maior a 
redução do peso corporal e menor impacto sofrido pelas articulações de 
sustentação durante a realização dos exercícios. Como se tem menos 
impacto, o estresse articular será diminuído e, conseqüentemente, estar-se-á 
menos sujeito a lesões articulares durante as movimentações dentro da 
água. A redução do peso merece destaque, pois é devido a esse benefício 
que a hidroginástica torna-se uma atividade milagrosa. Grupos de terceira 
idade, de obesos e outros serão beneficiados com a diminuição da carga 
sobre as articulações, uma vez que conseguirão obter um maior e mais 
rápido progresso com relação à intensidade, freqüência e duração dos 
exercícios. 
 Impacto: é a reação, provocada pelo apoio dos pés contra o solo ao 
realizar um movimento. É demonstrado através da Lei de Ação e Reação – 
“A cada ação corresponde uma reação igual e contrária.” Desde que o 
impacto sofrido pelo praticante de hidroginástica depende da quantidade de 
água que cobre este corpo, os exercícios aquáticos, sempre que comparados 
aos exercícios terrestres, provocarão menor impacto obre as articulações de 
seus praticantes. 
 Pressão Hidrostática: “é a pressão que a água exerce sobre cada parte da 
superfície de um corpo submerso a uma dada profundidade” (Lei de 
Pascal). A pressão é exercida igualmente em todas as direções e é 
aumentada de acordo com: - a densidade do líquido; - a profundidade – 
quanto maior ela for maior será a pressão exercida. 
 Analisando a pressão hidrostática, pode-se considerá-la como 
responsável pela primeira contribuição observada nos praticantes de 
hidroginástica. Os benefícios iniciam imediatamente após a entrada na 
água, antes mesmo de começar a rotina de exercícios. São eles; - 
estimulação imediata da circulação periférica; - “resistência” sobre a “caixa 
torácica”, que faz o aparelho respiratório trabalhar mais, estando à água na 
altura dos ombros. Durante os exercícios na água, o retorno venoso será 
facilitado e a resistência ao movimento dificultada, devido ao fato da 
pressão exercida ser aumentada nas regiões inferiores do corpo. Teremos 
um deslocamento do volume sangüíneo periférico para a região central do 
corpo, o que para alguns explica a diminuição da freqüência cardíaca na 
água. A pressão mais a resistência da água provocam um agradável 
massageamento do corpo durante o seu deslocamento nas várias direções. 
Além de provocar um efeito relaxante sobre a musculatura, a massagem 
provocada pela água melhora a circulação periférica do sangue nas regiões 
atingidas. 
 Resistência: é uma força que tende a reter o movimento, tornando-o o 
mais difícil. Portanto, a água, por ser mais densa que o ar, exige maior 
esforço do aluno na realização dos movimentos. A resistência oferecida ao 
movimento produz um efeito de sobrecarga no trabalho realizado, quando 
comparado ao movimento realizado em terra. Ela passa a ser uma 
sobrecarga natural exercida pela água. Na hidroginástica, devemos 
trabalhar no sentido de criar resistência na água. 
 Temperatura da Água: a temperatura da água é uma característica que 
normalmente chama a atenção dos alunos. Ao entrarem na piscina, 
imediatamente eles avaliam sua temperatura de acordo com seus costumes 
e sensibilidades. Atualmente grande parte das piscinas utilizadas para 
atividades aquáticas são aquecidas, ou seja, sua temperatura é mantida 
constante através de controle feito por termômetro. Tem-se recomendado 
manter a temperatura da água entre 27 e 31ºC., o que, para a maioria, já é 
suficiente para tornar a aula agradável e relaxante. No entanto, para muitos 
é necessário esclarecer que a temperatura proposta será agradável durante a 
movimentação sendo que ao entrar na piscina não se terá a imediata 
sensação de “água quente”. Uma característica bastante importante e 
benéfica para o programa de Hidroginástica é a grande condutibilidade 
térmica da água, ou seja, a velocidade que um corpo transmite sua 
temperatura para outro corpo. Comparada com o ar, a água tem uma 
capacidade de condução do calor 25 vezes maior, o que provoca constante 
“resfriamento” do corpo, resultando em menor estresse durante o exercício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Benefícios da hidroginástica 
Na hidroginástica, o principal objetivo é o condicionamento cardiovascular 
e muscular, por meio do treinamento em flexibilidade, coordenação motora 
e relaxamento. Segundo especialistas, a hidroginástica é extremamente 
eficaz no combate ao estresse, além de contribuir para uma melhor 
qualidade de vida dos indivíduos. 
Ao contrário dos exercícios realizados no solo, a prática da hidroginástica 
não é acompanhada por dores, transpiração e sensação de exaustão. Dentro 
da água, o indivíduo tem uma sensação de redução no peso, o que reduz de 
maneira importante à tensão nas articulações. Com isso, os exercícios 
realizados dentro da água são desenvolvidos com maior facilidade, 
aumentando o rendimento do aluno e possibilitando a prática de atividade 
por um período de tempo maior.Como o impacto é reduzido, as dores e os 
espasmos musculares pós-atividades praticamente não ocorrem. O gasto 
calórico médio é de 260-400 Kcal/hora. 
Um benefício bastante agradável da hidroginástica é a massagem 
proporcionada pela água, por meio da pressão e da resistência. Isso garante 
um efeito suavizaste sobre a musculatura, ajuda a aumentar a circulação 
periférica de sangue e alivia as tensões. 
A hidroginástica, quando praticada de maneira adequada e regularmente, 
permite uma melhora em todos os componentes do condicionamento físico, 
que são: 
• Componente Aeróbico: melhorando a capacidade cardiovascular e 
pulmonar; 
• Componente de Força Muscular; 
• Componente de Resistência Muscular; 
•Componente de Flexibilidade; 
• Componente de Composição Corporal: relaciona-se à relação entre a 
massa magra e a quantidade de gordura. 
Outra vantagem importante da hidroginástica é que ela é uma das 
poucas atividades que podem ser realizadas por indivíduos com pouco ou 
nenhum condicionamento físico. Com isso, pessoas de qualquer idade, 
inclusive gestantes, podem praticá-la. Nas gestantes, a hidroginástica ajuda 
na prevenção das dores lombares e cervicais e aumenta a circulação nas 
pernas, facilitando o parto e o período de recuperação. Quando comparada 
ao exercício em terra, verificou-se que correr 400 metros dentro da água 
equivale, em termos de gasto calórico e tempo, a 1500 metros em terra 
firme. Caminhar 4,5Km com água na altura da coxa pode consumir até 460 
kcal. Além de tudo isso, não é preciso saber nadar! 
Modalidades: 
• Hidro Local: trabalha os grupos musculares com halteres, luvas, 
tornozeleiras e outros equipamentos. 
• Water Running: tipo de corrida, exercitando braços e pernas. 
• Hidro Core: trabalha os músculos do abdome, quadril e costas, 
melhorando o equilíbrio e o alinhamento do corpo. 
• Deep Running: outro tipo de corrida, praticada com o uso de um colete 
de flutuação, o que evita o contato com o solo e aumenta o trabalho 
cardiovascular. 
• Hidrobol: prática de atividades utilizando uma bola, desenvolvendo a 
coordenação motora, o equilíbrio e a agilidade. 
• Hidro Sport: realização de movimentos, sem uso de bolas, como se o 
indivíduo estivesse jogando vôlei, tênis, futebol e basquete. Melhora a 
coordenação motora, a resistência muscular e a agilidade. 
• Além desses, existem outras modalidades nas quais são realizados 
exercícios em esteiras, bicicletas ergométricas e trampolins imersos na 
água. 
Cuidados 
Assim como para a prática de qualquer atividade física, antes de iniciar um 
programa de treinamento em hidroginástica é recomendável que se procure 
um médico para que ele possa realizar uma avaliação global de sua saúde, 
detectando determinados problemas que possam contraindicar o exercício 
ou modificar o programa de atividades. Artrite, osteoporose, 
fibromialgia, problemas de ombro, joelho ou quadril, dores na coluna, 
obesidade, diabetes, doença cardíaca, hipertensão e asma são problemas 
que requerem um programa próprio de exercícios. Se o médico não 
encontrar contraindicações, não há risco algum em praticar a 
hidroginástica. 
Importante ressaltar que especialistas recomendam que a alimentação seja 
feita até uma hora antes do início da prática da hidroginástica. Além disso, 
a ingestão adequada de líquidos é fundamental, podendo-se levar uma 
garrafinha de água para a beira da piscina. 
Como praticar 
Recomenda-se que a hidroginástica seja praticada, no mínimo, três vezes 
por semana durante 45 minutos. Após um período inicial de 03 meses 
começa-se a perceber seus benefícios. Além disso, o desempenho 
cardiovascular é melhor adquirido se o indivíduo alcançar 70-85% da 
freqüência cardíaca prevista para a idade (calculada da seguinte maneira: 
220 – idade); entretanto, para que se consiga queimar gordura e perder peso 
recomenda-se atingir entre 55-70% dessa freqüência prevista. 
Recomendações 
• Comece com o básico. Procure uma piscina limpa, segura e bem cuidada; 
a temperatura da água deve ser confortável (entre 28-29°C). 
• A equipe de professores deve ser bem treinada, não basta que sejam 
nadadores e salva-vidas. 
• Em geral, as aulas são versáteis e seguras, existindo tipos de aulas 
específicos para determinados grupos de indivíduos. 
• Dentro da piscina, é importante que você se sinta confortável e seguro 
para que aprenda os fundamentos básicos; o instrutor deve estar atento ao 
ritmo do aluno. 
• Conhecer os seus objetivos e comunicá-los ao seu instrutor é de extrema 
importância, devendo ser levados em conta para que as aulas sejam 
proveitosas. 
EXERCÍCIOS NA ÁGUA PARA GESTANTES: 
 
A gestante sofre grandes mudanças em seu corpo desde o primeiro mês de 
gravidez. Essas mudanças promovem muitos desconfortos que podem ser 
amenizados com exercícios na água. 
 
Mudanças do organismo na mulher gestante: 
São várias as modificações anatômicas que ocorrem durante o período 
gestacional, modificações estas que devemos levar em conta para 
efetuarmos qualquer atividade física na gestante. 
A parede abdominal é a primeira a sentir as modificações: o útero tem seu 
eixo vertical e exige dela uma sustentação total, deslocando o centro de 
gravidade da mulher, o que resulta em uma rotação pélvica e uma 
progressiva lordose lombar. A estabilidade acontece através de um trabalho 
maior da musculatura e ligamentos da coluna vertebral. À medida que o 
volume da barriga aumenta, mais a postura da gestante se modifica. Com a 
barriga aumentada, para não cair para frente, ela força o glúteo para trás - 
"arrebitando o bumbum" -, o que ocasiona dores e desconfortos nas costas 
e na região lombar. Em algumas gestantes, existe uma separação nos 
músculos do abdômen, indo metade para cada lado, formando um "vergão" 
ou linha no meio do abdômen. Esses "vergões" podem ter coloração que 
varia do vermelho ao azulado, dependendo de cada tipo de pele. 
 
A cintura pélvica (o quadril) tem sua mobilidade articular aumentada em 
aproximadamente 60%, pois seus ossos, unidos por fibrocartilagens, sofrem 
diretamente a ação da relaxina (hormônio produzido para afrouxar os 
ligamentos pélvicos). O quadril aumenta seu tamanho para ampliar o 
espaço e abrigar o bebê e a gestante para andar tem que voltar os pés para 
fora - Marcha Anserina (andar de pata). 
 
O diafragma (músculo responsável pela atividade respiratória) fica 
pressionado pelo aumento uterino, dificultando a respiração da gestante. O 
aumento da barriga dificulta a respiração e a própria Natureza se encarrega 
de acertar isso, passando a gestante a respirar mais no peito do que no 
abdômen, no final da gestação. A respiração abdominal deve ser treinada 
para se ter os músculos do abdômen fortalecidos, oxigenando também o 
bebê e realizando o trabalho de relaxamento. 
O estômago tem eixo alterado de vertical para horizontal, tornando o 
processo digestivo alterado e mantendo por mais tempo a presença de 
enzimas digestivas. Durante a gravidez, o estômago desloca-se para cima e 
para trás, para poder dar espaço para o bebê; isso ocasiona bastante mal-
estar às gestantes, e para que sintam algum alívio devem comer pouco e 
várias vezes ao dia, além de evitar alimentos ácidos, fortes e 
condimentados, que possam dificultar ou tornar a digestão mais demorada. 
 
As glândulas mamárias têm seu volume aumentado, ocasionando uma 
maior solicitação dos músculos dorsais e peitorais, além de uma flexão 
anterior da coluna cervical aumentada. Com os seios aumentados pela 
presença do leite, além de mudanças na postura, existe um desconforto em 
manter posições por muito tempo. Por exemplo, ficar muito tempo em pé 
ou sentada causa grande desconfortoalgumas vezes. Para que isso seja 
aliviado, devem-se alternar posturas e sempre que possível alongar-se ou 
simplesmente espreguiçar-se. 
 
Aumento no metabolismo basal (uma pessoa não grávida te em repouso, 
descansada, seus batimentos cardíacos estabelecidos entre 70 e 80 por 
minuto; já a gestante, os tem, em repouso, por volta de 80 e 90 em média. 
Isso já mostra que ela está em freqüente estado de "exercício", tendo todo o 
seu metabolismo alterado. Por isso, o cuidado deve ser intenso com relação 
à freqüência cardíaca durante a atividade física, seja ela qual for não 
deixando exceder nunca os 140 bpm). 
Aquisição de gorduras (o ganho de gordura é um fator diferenciado para 
cada mulher, dependendo da tendência anterior, da dieta seguida, dos 
alimentos ingeridos, mas sempre vai existir). O ideal, segundo os médicos, 
é adquirir no máximo 10 quilos durante os nove meses, se possível, menos 
de um quilo por mês. 
 
 Retenção hídrica e de sais minerais (os rins, devido a sua localização 
próxima ao diafragma, curvam-se para frente durante a inspiração - pegar o 
ar - e voltam ao normal durante a expiração - soltar o ar. Esses movimentos 
estimulam a eliminação da urina. Esses órgãos sofrem profundas 
modificações, de modo que essa eliminação fica alterada. Se a urina não for 
totalmente eliminada, podem ocorrer os edemas - inchaços - que tanto 
incomodam a mulher). 
 
 Aumento do consumo de oxigênio (com a gravidez, o consumo de ar é 
aumentado em função de ele estar sendo também absorvido pelo bebê, por 
isso e também pela respiração, a gestante está sempre muito cansada). 
 
 Aumento do débito cardíaco, pois uma parte está dirigida a tecidos não 
musculares. Com isso, as taquicardias e a mudança nos batimentos 
cardíacos são uma constante. 
 
 Declínio da atividade do trato gastrointestinal (é muito comum nas 
gestantes as queixas sobre dificuldade no evacuar, presença de gases e 
regurgitamento após as refeições; isso acontece pela alteração na posição 
dos intestinos, que ficam muitos apertados" com o aumento do volume da 
barriga). 
 
 Resistência periférica diminuída (a circulação também é profundamente 
alterada pelo aumento do volume uterino, além da circulação estar sendo 
mais solicitada para alimentação e necessidades básicas do bebê). 
. Taquicardia acima de 100bpm, exatamente em função do aumento do 
débito cardíaco. 
 
 Alterações no sistema endócrino (aumento na produção de resíduos, 
intolerância ao calor, instabilidade emocional). A disfunção nos hormônios 
faz com que a gestante seja uma "bomba" de mudanças hormonais, 
alterando não só suas emoções, como também a maioria dos seus hábitos 
anteriores. 
Aumento da capacidade inspiratória e queda na reserva expiratória, 
cerca de 20%. Por isso, durante os exercícios respiratórios, deve-se sempre 
pedir para que a gestante expire o ar por mais tempo do que inspire, para 
eliminar incômodos como: tonturas e dores de cabeça. 
 
 Aumento do volume sangüíneo (em torno de 30%) e do volume 
plasmático (cerca de 40%). As gestantes costumam ter as mãos e rosto 
com coloração modificada em função dessa mudança circulatória. 
 
. A temperatura corporal materna está relacionada diretamente com a 
temperatura de feto e pode ser alterada durante as atividades físicas. Em 
função disso, o trabalho do profissional deve levar em consideração não só 
com a temperatura da água e do ambiente, mas também com o tipo de 
atividade executada nos dias mais quentes. 
 
Com todas essas mudanças orgânicas e hormonais, ocorrem mudanças no 
psicológico e no emocional da futura mamãe também, que fica mais 
sensível e pode ter crises de choros repentinamente, sem motivos 
aparentes. È importante que a grávida faça exercícios, para aliviar as 
tensões que as mudanças no seu organismo trazem e também, manter a 
postura. 
Há precauções a ser tomado, quanto á temperatura, quando a intensidade e 
impactos do exercício, sendo recomendada a hidroterapia, pois as 
propriedades da água a auxiliam a relaxar e a praticar atividades físicas sem 
impacto. 
 
O EXERCÍCIO SÓ É CONTRA INDICADO QUANDO: 
 
Relativas: 
Gestantes que, apesar de apresentarem algum sintoma diferenciado, têm a 
permissão médica para a prática da atividade física, sempre sobre controle 
médico e cuidados especiais do profissional: 
. Hipertensão arterial 
. Anemia ou outros distúrbios sanguíneos 
. Disfunção tireoidial 
. Disritmia cardíaca 
. Diabetes 
. Obesidade excessiva 
. Histórico anterior de vida excessivamente sedentária 
. Falta de peso excessivo 
. Apresentação pélvica durante o terceiro trimestre 
. Placenta prévia 
. Infecções generalizadas (garganta, ouvido, gastrintestinais) 
O EXERCÍCIO SÓ É CONTRA INDICADO QUANDO: 
Absolutas 
Gestantes que não podem realizar atividades físicas de forma alguma, 
necessitando em alguns casos de repouso total: 
. Diagnósticos de placenta prévia sem acompanhamento médico 
. Doenças cardíacas graves e em evidência 
. Trabalho de parto prematuro 
. Histórico de três ou mais abortos espontâneos 
. Tromboflebite 
. Hipertensão séria 
. Ruptura de bolsa e/ou sangramentos 
. Falta de controle pré-natal 
SÓ SE INTERROMPE UM EXERCÍCIO PARA GESTANTE NA PISCINA SE: 
. Qualquer tipo de dor no peito 
. Contrações uterinas com intervalo pequeno (20 min.) 
. Perda de líquido (intenso ou leve) 
. Vertigens e/ou fraquezas 
. Dificuldade em respirar 
. Palpitações e/ou taquicardias contínuas 
. Inchaços que não diminuem 
. Dor nos quadris ou no púbis 
. Dificuldade excessiva em caminhar 
. Dor nas costas intermitentes ou que não aliviam na água ou em posições 
confortáveis 
. Falta ou diminuição nos movimentos do bebê. 
VANTAGENS NO TRABALHO AQUÁTICO NA GRAVIDEZ: 
Durante a gestação a queixa mais comum é a do "corpo pesado", o que na 
água é reduzido, fazendo com que as alunas se sintam realizadas durante a 
execução dos exercícios aquáticos, reforçando o lado psicológico de cada 
uma. A flutuação fornece suporte completo a elas, resultando em efeitos 
que me terra seriam praticamente impossíveis, ou pelo menos 
desconfortáveis. 
A liberdade durante a flutuação ajuda a aumentar a amplitude dos 
movimentos sem a resistência do atrito, auxiliando a movimentação. 
Além disso, com o corpo submerso, o estresse articular também é 
diminuído, o que deve ser levado em consideração na execução dos 
exercícios de alongamento. 
O trabalho aquático produz ainda uma menor incidência de varizes, um 
controle maior sobre a freqüência cardíaca materna e fetal, um aumento na 
diurese diminuindo a formação de edemas, um controle sobre o aumento de 
peso, o aumento da resistência muscular, um controle postural acentuado e 
a melhoria na sociabilização e auto-imagem. 
 
CAUSAS DO SOFRIMENTO FETAL NA GRAVIDEZ 
O sofrimento fetal pode ser produzido por diversas causas: problemas 
devido a uma doença da mãe como a anemia, hipertensão ou doença 
cardíaca; problemas no feto como malformações, infecções, anemia ou 
hemorragias; problemas com a placenta como a degeneração, a 
insuficiência ou separação prematura da placenta; assim como problemas 
com o cordão, quando apresenta voltas ou nós que impossibilitam um 
intercâmbio adequado. Diante dessa situação se deve agir com rapidez para 
evitar possíveis consequências nefastas para o bebê. 
Se você estiver grávida, é inevitável que, quando tratamos de temas com 
este, você comece a tremer e apalpe o seu ventre para se assegurar de sentir 
o seu bebê; e isso, precisamente, é o que deve fazer: estar atenta aos 
possíveis sinais do seu filho, as mudançasnos seus movimentos ou a 
ausência deles. Você deve notificar o quanto antes qualquer temor ou 
dúvida ao seu médico. Ao longo da gravidez, os movimentos do bebê vão 
variar, já que ao ir crescendo, cada vez mais ele disporá de menos espaço 
no útero: ao invés de ficar dando chutinhos como um futebolista ele deverá 
se retorcer, girar ou cutucar com algum cotovelo ou joelhinho. 
É provável que todos nós já tenhamos ouvido a respeito de alguma amiga 
ou familiar que teve que fazer uma cesárea de emergência: o aparecimento 
de mecônio (as primeiras fezes do bebê depois do parto) no líquido 
amniótico, ou por causa de voltas do cordão umbilical, ou por placenta 
prévia... Essas experiências fazem parte da primeira aproximação a esta 
expressão tão terrível: ‘sofrimento fetal’. Mas, a grávida deve saber que 
diante situações como as citadas, o normal, com o devido controle, é que 
tudo vá bem e nasça um precioso bebê sadio. 
A rapidez com que se diagnostica e a rápida ação dos especialistas são 
fundamentais nestes momentos: o protocolo de atuação da Sociedade 
Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (SEGO) estabelecer como tempo 
limite para a extração do bebê de 30 minutos diante de qualquer suspeita de 
bem estar fetal, momento em que se estabelece a necessidade de um parto 
iminente, em geral mediante cesárea de emergência. Às vezes, o excesso de 
informação pode assustar a futura mamãe, mas o normal é que uma 
gravidez seja controlada desde o princípio e que as mães prestem a atenção 
a todos os possíveis problemas futuros mediante exames de rotina que 
realizam em diferentes etapas da gravidez, como: as ecografias, a 
manutenção da saúde da mãe e a monitorização regular. Assim que grávida 
deve confiar que esta nas melhores mãos, ainda que ainda exista certa 
preocupação pela saúde e desenvolvimento do seu bebê. Natural em todas 
as mamães! 
O FERRO NA GRAVIDEZ. 
A anemia pode representar um risco para a gravidez. 
A anemia é, em alguns casos, um sintoma associado à outra doença, e afeta 
a mulher grávida, pois o risco de mortalidade materna pós-parto aumenta 
significativamente. Se durante a gravidez, uma mulher sofre de anemia, 
pode aumentar o risco de um parto prematuro, e os especialistas em 
nutrição sinalizam que os filhos de mães que sofreram de anemia, tendem a 
sofrer dessa situação ainda mais cedo. Depois do parto, a fadiga produzida 
pela anemia, provoca em algumas mulheres o descuido da saúde. O 
cansaço associado à doença é consequência da deficiência de ferro no 
organismo, que provoca uma diminuição de oxigênio nas células, devido à 
baixa concentração de hemoglobina no sangue. 
Como combater a anemia durante a gravidez 
O ferro se encontra nas carnes vermelhas, no pescado, e nos grãos de 
feijão, lentilhas, cereais, lácteos e legumes. 
A nutricionista recomenda que durante a gravidez e no período de 
lactância, o ferro é essencial na alimentação, pelo que se deve ter uma dieta 
balanceada. 
A falta de ferro não é exclusiva da população materno-infantil, já que pode 
aparecer em qualquer pessoa, e essa deficiência se produz paulatinamente 
até chegar a converter-se em anemia. 
É importante levar em conta que de nada serve uma dieta rica em ferro, se 
ao final das refeições, costuma-se tomar café ou chá, já que essas bebidas 
bloqueiam a absorção desse mineral. 
Nas mulheres em idade fértil, a anemia pode produzir atrasos no ciclo 
menstrual, ou inclusive pode chegar a suspendê-la totalmente. Outras 
mulheres, pelo contrário, podem apresentar frequentes hemorragias. 
Sintomas da anemia nas gestantes 
Um dos sintomas da anemia é que a pele se torna de uma cor amarelada, 
assim como os olhos e a boca. Além disso, existe uma presença de 
esgotamento, dor de cabeça e até taquicardia. 
As pessoas com essa enfermidade, também podem apresentar sintomas 
como irritabilidade, machucados na língua, aumento no tamanho do fígado 
e as feridas não cicatrizam facilmente. 
A anemia, assim como qualquer outra doença, deve ser tratada a tempo de 
evitar que se torne em forma definitiva, uma diminuição na capacidade de 
trabalho muscular e provoque infecções mais duradouras e mais severas. 
HIPERTENSÃO NA GRAVIDEZ 
Os problemas podem aparecer antes da gravidez ou serem 
desencadeadas durante a gestação. Aproximadamente, 8% das gestantes 
sofrem de hipertensão durante a gravidez. No entanto, agora já é possível 
tratar esse problema com controles e cuidados pré-natais adequados. 
A força que o sangue exerce contra o interior das artérias, que são os vasos 
sanguíneos que transportam sangue rico em oxigênio para todo o 
organismo, é conhecida como pressão arterial. Quando fica elevada mais 
do que o normal, aparece a hipertensão ou pressão arterial alta. Os 
problemas de hipertensão podem aparecer antes da gravidez ou serem 
desencadeadas durante a gestação, e todos os tipos de hipertensão pode 
apresentar riscos para a gestante e o seu bebê. Existem diferentes tipos de 
hipertensão que afetam as mulheres grávidas. 
A pressão arterial e suas medições nas gestantes. 
Em cada visita pré-natal, o médico afere a pressão arterial da gestante 
através do esfigmomanômetro. A pressão arterial tem duas medidas. Por 
um lado, se mede quanto o coração se contrai (pressão sistólica) e, por 
outro lado, quando se encontra relaxado entre as contrações (pressão 
diastólica). 
Os valores da pressão arterial se expressam com dois números: o número 
superior representa a pressão sistólica, e o inferior, a pressão diastólica, por 
exemplo, 110/80. Quando o valor da pressão sistólica é de 140 ou superior, 
e o valor da pressão diastólica alcança 90 ou níveis superiores, estamos 
diante de um quadro de hipertensão. 
De qualquer modo, devido à pressão arterial subir ou baixar durante o dia, 
os especialistas podem repetir a medição várias vezes para obter um valor 
médio que determine se a mulher realmente tem hipertensão e é preciso 
controlá-la para evitar riscos na gravidez. 
 
 
 
Tipos de hipertensão na gravidez 
Existem quatro tipos principais de hipertensão durante a gravidez: 
1. Hipertensão gestacional. Também conhecida como hipertensão 
transitória e é um tipo de hipertensão induzida pela gravidez. Geralmente, 
pode aparecer após a 20ª semana de gravidez e desaparece logo após o 
parto. As mulheres com hipertensão gestacional não apresentam proteínas 
na urina, no entanto, algumas delas desenvolvem pré-eclampsia numa etapa 
posterior da gravidez. As possibilidades de desenvolver pré-eclampsia são 
de 50%, se a hipertensão gestacional aparecer antes da 30ª semana. Por 
outro lado, se a hipertensão gestacional acontece após a 36ª semana de 
gestação, a hipertensão em geral é moderada. 
2. Pré-eclampsia. Afeta 15% das gestantes, mas se detectada a tempo pode 
ser controlada e diminuir os riscos tanto para a mãe como para o bebê. Em 
geral, se desenvolve depois da 20ª semana de gravidez e desaparece depois 
do parto. Nos casos mais graves, que é a fase grave da pré-eclampsia, 
quando a hipertensão é acompanhada de convulsões e coma. Esse 
transtorno se caracteriza por um aumento da pressão provocada pela 
gravidez e pela presença de proteínas na urina. 
3. Hipertensão crônica. Nesse caso, a mãe já era hipertensa antes de 
engravidar. Portanto, a pressão arterial alta dessas pacientes pode ser 
diagnosticada antes da gravidez, ou antes da 20ª semana de gestação. Por 
ser crônica, esse tipo de hipertensão não desaparece depois do parto. Em 
90% dos casos, a hipertensão arterial crônica é de causa desconhecida e 
somente em 10% das pacientes, a hipertensão é secundária a outra doença 
como o diabetes, doenças renais, cardíacase doenças autoimunes, entre 
outras. 
4. Hipertensão crônica com pré-eclampsia. Aproximadamente 25% das 
mulheres com hipertensão crônica também desenvolve pré-eclampsia. É 
mais frequente em mulheres multíparas e se caracteriza por produzir 
hipertensão arterial severa e aumento do ácido úrico no sangue. Esse 
quadro hipertensivo é perigoso já que pode dar lugar a um dano renal e 
dano hepático, apresentar convulsões e coma. 
Marisol Nuevo -Redatora de Guiainfantil.com 
 
 
A GRAVIDEZ PROTEGE A SAÚDE DO CORAÇÃO 
Engravidar é a melhor notícia que um casal pode receber. Não somente por 
esperar um filho, uma nova vida, mas também porque a gestação pode 
prolongar a esperança de vida da mãe, uma vez que a gravidez protege 
a saúde do coração, de acordo com as últimas pesquisas. 
Este benefício se deve a que a interação sanguínea entre a mãe e o feto faz 
com que as células cardíacas se regenerem e previne uma possível doença 
cardiovascular. O número de gravidezes melhora a saúde cardiovascular 
Durante a gravidez o coração da mãe deve aumentar o seu esforço em 
cerca de 50%, já que o seu corpo sofre mudanças fisiológicas em que o 
sistema cardiovascular deverá se adaptar. Como explica a Sociedade 
Espanhola de Cardiologia (SEC), na gravidez o volume sanguíneo 
aumenta a frequência cardíaca e o gasto cardíaco (quantidade de 
sangue expulsa do coração). Além disso, acontece uma queda da pressão 
arterial, tanto a sistólica (durante as contrações do coração), quanto à 
diastólica (com o coração em repouso). 
Um estudo feito pela Mount Sinai School of Medicine (EUA) com ratos, 
provou estes benefícios provocando infartos em fêmeas gestantes sadias. 
Os pesquisadores comprovaram como as células do feto viajavam até o 
tecido prejudicado para substituí-lo e viram que 2% das células do coração 
materno lesionado provinham do feto. Ainda que a existência de um 
intercâmbio de células entre mãe e filho, ou microquimerismo, já é 
conhecida há alguns anos, os resultados deste estudo poderiam abrir uma 
nova via de investigação na área das células-mãe e a regeneração cardíaca. 
Por outro lado, parece que o número de gravidezes também influencia na 
saúde cardiovascular. De modo que, segundo um estudo da Universidade 
da Califórnia, se uma mulher multípara está relacionada com um baixo 
risco de sofrer de uma doença cardiovascular. Graças à exposição de uma 
grande quantidade de estrógenos e outros hormônios gerados durante as 
gravidezes, as mulheres pós-menopáusicas com quatro ou mais gravidezes 
teriam uma maior proteção cardiovascular. 
No entanto, para evitar complicações, a Sociedade Espanhola de 
Cardiologia (SEC) recomenda às gestantes, e especialmente às que já 
apresenta cardiopatias, vigiar constantemente a pressão arterial e até anotar 
em um caderno os números para manter um controle. Além disso, ter uma 
dieta baixa em sal, deixar de fumar e levar uma vida o mais saudável 
possível. 
Marisol Nuevo- Redatora de Guiainfantil.com 
ANOMALIAS FETAIS. 
Lábio leporino e/ou Fenda palatina 
O lábio leporino e a fenda palatina podem desenvolver-se separadamente 
ou ao mesmo tempo. 
De todos os defeitos congênitos, o lábio leporino (aberto, partido) 
e/ou fenda palatina é um dos mais comuns. Atualmente são anomalias que 
afetam um em cada 700 nascimentos, e são mais comuns entre os asiáticos 
e determinados grupos de índios americanos. O lábio leporino ocorre com 
menos frequência entre os afro-americanos. 
Quanto à frequência dessas anomalias, alguns estudos demonstram que 
25% dos bebês sofrem de fenda palatina, 25% de lábio leporino, e 50% de 
ambos. Tanto o lábio leporino como fenda palatina, pode desenvolver-se 
separadamente ou ao mesmo tempo. Essas anomalias se apresentam como 
um defeito congênito das estruturas que formam a boca. Ocorre quando o 
bebê, ao nascer, apresenta uma fenda ou separação no lábio e/ou no palato, 
devido que os dois lados superiores não cresceram como deveriam. 
Lábio Leporino em bebês e crianças 
Trata-se de uma divisão no lábio superior, entre a boca e o nariz, que 
ocorre porque as duas partes do rosto do bebê não se uniram 
adequadamente durante a gestação. Os tipos de lábio leporino variam desde 
uma pequena fenda no lábio superior à total separação nos dois lados do 
lábio, atingindo até o nariz. O grau do lábio leporino pode variar 
enormemente, desde leve (encaixe do lábio), até severo (grande abertura 
desde o lábio até o nariz). Essa anomalia recebe nomes diferentes segundo 
sua localização. Uma fenda num lado do lábio, que NÃO se estende até o 
nariz, denomina-se unilateral incompleta. Uma fenda em um lado do lábio 
que se estende até o nariz, denomina-se unilateral completa. Uma fenda que 
compromete ambos os lados do lábio e que se estende e compromete 
ambos os lados do lábio e que se estende e compromete o nariz, denomina-
se bilateral completa. 
Fenda palatina em bebês e crianças 
Ela ocorre quando o palato (o céu da boca) não se fecha completamente. 
Assim como o lábio leporino, apresenta graus bem variados de intensidade, 
que vão de uma pequena abertura no chamado palato mole à quase 
separação completa do céu da boca. 
Quando esse defeito congênito se apresenta com uma fenda ou abertura só 
no palato superior, denomina-se fenda palatina. Nesse caso, o palato não se 
fecha completamente, mas deixa uma abertura que se estende até a 
cavidade nasal. A fenda pode afetar qualquer lado do palato. Pode estender-
se desde a parte anterior da boca (palado duro) até a garganta (palato mole). 
A fenda palatina não é tão perceptível como o lábio leporino porque está 
dentro da boca. Em muitos casos, outros membros da família podem ter 
tido também a fenda palatina ao nascer. 
Por que ocorre o Lábio Leporino ou Fenda Palatina 
A medicina não encontrou uma causa exata que explique o porque desses 
defeitos nos bebês. Alguns estudos chegaram a demonstrar que esse defeito 
se dá sobretudo em famílias com um histórico dessa anormalidade em um 
pai, em outra criança ou num parente próximo. Mas também ficou 
demonstrado que pode ocorrer em famílias sem os antecedentes já 
mencionados. Se pais que não nasceram com uma fenda, tiverem um bebê 
com essa anomalia, as probabilidades de que tenham outro bebê igual, 
oscilam entre 2 e 8 por cento. Se um dos pais tem uma fenda, mas nenhum 
dos seus filhos têm essa anomalia, as probabilidades de ter um bebê com 
esse defeito são de 4 a 6 por cento. Se um dos pais e um filho apresentam 
uma fenda, as probabilidades de que outro filho nasça com essa anomalia 
são ainda maiores. Recomenda-se, nesses casos, consultar um especialista 
em genética. 
Também acreditam que alguns fatores ambientais, como remédio x, drogas, 
produtos químicos, fungos, inclusive deficiências de vitaminas (como o 
ácido fólico), que reagem com certos gens específicos e acabam 
interferindo no processo normal do fechamento do palato e no 
desenvolvimento do lábio. 
A boca do feto se forma durante os primeiros três meses da gestação. 
Durante esse tempo, as partes do palato superior e o lábio superior 
normalmente se unem Quando essa junção não ocorre, o bebê terá um lábio 
leporino e/ou fenda palatina. Uma criança pode ter lábio leporino, fenda 
palatina, ou ambos. O lábio leporino e a fenda palatina juntos são mais 
comuns em meninos que em meninas. 
É importante saber que a maioria dos bebês que nascem com essa fenda, 
são sadios e não tem nenhuma outra anomalia congênita. 
Os resultados estéticos da cirurgia de correção da fenda labiopalatina estão 
cada vez melhores. Caso a fenda ainda fique muito marcada, há a 
possibilidade de fazer novas operações, ainda durantea infância, para 
melhorar o aspecto estético. 
O ideal é que seu filho seja acompanhado também por ortodontistas, 
principalmente no caso de fenda palatina, para monitorar o crescimento do 
maxilar e dos dentes e o funcionamento da boca em geral. Em algumas 
crianças, a voz pode ficar anasalada, por isso pode ser aconselhável 
consultar um fonoaudiólogo. 
No caso da fissura palatina, o bebê pode sofrer de otites (infecções no 
ouvido) com mais frequência, por causa da entrada de líquido no canal do 
ouvido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RISCOS DA MATERNIDADE TARDIA 
A gravidez a partir dos 35 anos 
Hoje em dia, as mulheres têm tendência a postergar a maternidade, não é 
porque o seu relógio tenha se atrasado, mas sim porque elas têm outras 
prioridades como a vida profissional, ter uma casa, um trabalho estável, um 
companheiro... 
No entanto, sabemos que não é a mesma coisa ser mãe aos 25 do que aos 
40 anos. Cada idade tem seus pontos positivos e negativos. Desde o ponto 
de vista da saúde, a partir dos 35 anos se considera uma gravidez tardia, 
quando aumentam os riscos de sofrer algumas doenças como o diabetes 
gestacional, pré-eclampsia... Vamos analisar os prós e os contras de cada 
faixa de idade. 
Mãe a partir dos 30 anos 
Vantagens: Atualmente, as mulheres com mais de 30 anos de idade que 
têm postergado sua maternidade, geralmente se encontram em um estado 
de saúde excelente, e podem ter gravidezes saudáveis. 
Desvantagens: A partir dos 30 anos ocorre uma redução gradual na 
fertilidade, de maneira que o casal pode demorar um pouco mais para 
conceber, ou enfrentar alguns problemas de infertilidade. Esta é, 
precisamente, a faixa de idade em que as mulheres mais se submetem a 
tratamentos de fertilidade. 
Mãe a partir dos 35 anos 
Vantagens: É provável que as mulheres de 35 anos tenham um estilo de 
vida mais sadio, compreendam melhor as necessidades do seu organismo e 
se cuidem mais no que se refere ao preparo físico e a nutrição. 
Existem estudos que assinalam que as mulheres nessa idade têm uma 
imagem mais positiva do seu corpo e que toleram com maior facilidade os 
sintomas típicos da gravidez, como a acidez estomacal ou a frequência 
urinária aumentada. 
Bem estar fetal: todos os estudos coincidem que para o bebê o resultado 
final é tão favorável quanto aos nascidos de mães jovens, segundo o 
demonstra as pontuações de pesquisadores, que avaliam o bem estar do 
bebê imediatamente depois do parto, e os demais exames e revisões 
médicas que os bebês fazem durante a primeira infância. 
Desvantagens: Após os 35 anos, a fertilidade decresce drasticamente (em 
aproximadamente 50% das possibilidades de uma de 20 anos). Não os se vê 
afetada a quantidade de óvulos, mas também sua qualidade. Existe uma 
maior probabilidade de ter fetos com alterações cromossômicas. 
Riscos no parto: As mulheres de 35 anos em diante têm uma maior 
probabilidade de ter um parto induzido, um diagnóstico de sofrimento fetal, 
anestesia peridural, ou um parto com fórceps ou ventosas, e praticamente 
todos os estudos estão de acordo em que a taxa de partos por cesárea cresce 
com a idade. No entanto, este aumento não parece estar relacionado com 
nenhum problema específico. 
Mãe a partir dos 40 anos 
Vantagens: Podem ser mais cuidadosas com a dieta, e com o preparo 
físico. 
Desvantagens: A possibilidade de ficar grávida se reduz muito 
(aproximadamente em 10% das possibilidades de uma mulher de 20 anos). 
Aumenta consideravelmente a probabilidade de ter filhos com alterações 
cromossômicas (Síndrome de Down, de Edwards...). 
Quanto maior a idade, mais probabilidades de ter desenvolvido certas 
doenças como o diabetes, alguns problemas relacionados com a hipertensão 
ou fibromas uterinos (miomas), que podem afetar a gravidez e o 
nascimento do bebê. Os estudos sobre o efeito da idade materna na 
gravidez e o nascimento também indicam um aumento na frequência de 
complicações durante a gravidez, como a hipertensão, diabetes gestacional, 
hemorragias durante o terceiro trimestre e placenta prévia. 
Riscos para o bebê: Inexplicavelmente, um maior número de bebês 
morre antes de nascer neste grupo de mulheres (01 em cada 440 gravidezes 
de mulheres de 35 anos ou mais, contra 1 em cada 1.000 gravidezes de 
mulheres mais jovens). Por este motivo, os médicos podem ser mais 
cuidadosos com as mães grávidas que têm mais de 35 anos durante as 
últimas semanas de gestação. 
Sara Cañamero de León 
 
PROFISSÕES PERIGOSAS PARA AS MULHERES GRÁVIDAS 
Profissões que representam riscos para a mãe e o feto durante a gravidez 
A manipulação de produtos tóxicos ou a exposição à radiação (perigo no 
primeiro trimestre de fetos malformados) são algumas das profissões 
perigosas e não recomendadas para as mulheres durante 
a gravidez. Mulheres que trabalham em serviços de radiologia ou na 
indústria química podem ser afetadas por esse tipo de trabalho. Médicas e 
enfermeiras também devem redobrar os cuidados no exercício de suas 
profissões. 
Se você exerce uma destas profissões, tome precauções desde o início da 
gravidez e consulte o médico de sua empresa, ou o seu ginecologista o mais 
cedo possível. 
Tarefas não recomendadas para as grávidas. 
Os sistemas de proteção social nos países ocidentais costumam levar em 
conta esses casos especiais e o médico pode tentar uma transferência da 
funcionária para outro setor. 
Caso você trabalhe em contato constante com crianças, por exemplo, como: 
professora ou enfermeira, e se não for imune à Rubéola (pode-se saber isso 
com um exame pedido por seu médico), deve ficar temporariamente 
isolada, no caso de uma epidemia no estabelecimento onde você trabalha. 
Não assumir novas funções fora do trabalho normal, ajuda a evitar a fadiga 
e o estresse. 
Se sua profissão for especialmente cansativa, peça uma transferência de 
setor ou um remanejamento de horários. 
Outras profissões perigosas para a mulher grávida por requererem muito 
esforço: lavadeiras, faxineiras, motoristas, pintoras, cozinheiras (o calor no 
baixo ventre aumenta a excitabilidade uterina e pode provocar parto 
prematuro). 
Profissões perigosas para a mãe e o bebê 
Profissionais Administrativas passam muitas horas sentadas nos seus 
postos de trabalho, muitas vezes as posturas em frente ao computador são 
incorretas e podem surgir dores nas costas e pescoço, além de problemas de 
circulação nos membros inferiores. Uma cadeira ergonômica e cômoda e 
um apoio para os pés também ajuda. 
Funcionárias que trabalham em lojas e ficam muito tempo em pé, devem 
tomar alguns cuidados como por exemplo: apoiando-se num pé e no outro 
alternadamente, utilizar sapatos baixos e evitar os que apertem os pés. 
Trabalhadoras fabris. Mulheres que trabalham em fábricas sofrem, pois 
além de ficar muito tempo em pé, estão expostas a ambientes muito 
ruidosos, quentes e poucos arejados. Devem tentar desempenhar outras 
funções de menor risco. Devem conversar com o responsável pelo 
departamento onde trabalham. 
Até mesmo trabalhos domésticos como as empregadas domésticas e donas 
de casa, devem evitar pesos excessivos, subir e descer escadas, evitar a 
utilização de produtos tóxicos, estarem muito tempo junto ao fogão, 
passando ferro, ou inalar vapores de produtos agressivos como a soda 
cáustica. Gestantes que trabalham diretamente em hospitais, creches, 
escolas e onde existem um fluxo grande de pessoas, ambientes fechados e 
de possibilidades de contrairem alguma doença, é importante, antes de 
engravidar, verificar sua carteira de vacinação. 
A SociedadeAmericana de Medicina Reprodutiva argumenta que 
muitos médicos relutam em vacinar as grávidas porque abortos espontâneos 
e anomalias congênitas podem ser erroneamente atribuídos à imunização. 
Para não suscitar essa suspeita, a SBIm (serviço de vacinação humana); 
recomenda a vacinação das futuras mamães no segundo trimestre gestação, 
quando o risco de aborto espontâneo é menor. 
Os autores norte-americanos afirmam ainda que a imunização na gravidez 
deve ser indicada quando os benefícios claramente superarem os riscos. 
Certas circunstâncias podem influenciar a indicação da vacinação da 
paciente, como o serviço militar, viagem a áreas de alta prevalência de 
doenças, profissões perigosas e a existência de comprometimento do 
sistema imunológico e doenças crônicas. 
A mulher deve ser imunizada prioritariamente antes da gestação, porque 
são poucas as vacinas recomendadas durante a gravidez - contra difteria, 
tétano e gripe. Se houver necessidade, existem vacinas que podem ser 
administradas por não conterem vírus vivos. Essas vacinas são contra a 
hepatite A, hepatite B, poliomielite inativada, raiva, IPV, pneumocócica 
23-valente, meningocócica conjugada ou polissacarídica e coqueluche 
acelular. 
OS EFEITOS DO EXERCÍCIO NA ÁGUA: 
Quanto à dor e aos edemas 
A água relativamente aquecida reduz a sensibilidade das terminações 
nervosas sensitivas, proporcionando a diminuição da dor e, pela ação da 
pressão hidrostática a diminuição de edemas. 
Quanto à musculatura 
A partir do aquecimento muscular, ocorre à diminuição do tônus muscular, 
favorecendo o relaxamento e a diminuição dos espasmos musculares, além 
do alongamento muscular, fortalecendo e aumentando a resistência 
muscular. 
Quanto à articulação 
Facilita a mobilidade e a manutenção da amplitude articular com menor 
esforço. 
Quanto ao equilíbrio e esquema corporal 
Utilizando-se as propriedades físicas da água, é favorecido o equilíbrio, a 
recuperação e a conscientização corporal. 
Quanto à reeducação da marcha 
A relação entre profundidade e descarga de peso corporal favorece a etapa 
de suporte de peso na reeducação da marcha (alterada pela modificação 
pélvica). Quanto mais profunda a água, menor a descarga do peso corporal 
sobre os membros inferiores. 
Em hidroterapia, a melhor técnica de relaxamentos para gestantes, é o 
Watsu (terapia complementar variante de shiatsu, praticada em água 
aquecida) e se não houver nenhuma contra indicação para exercícios mais 
intensos, uma hidroginástica para gestantes ou uma natação também são 
bem indicadas. 
 
Juliana Elisabete Kroll 
Publicação: www.paralerepensar.com.br - 30/09/2008

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