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Resumo Teoria da Empresa, Personalidade Jurídica e Sociedade Limitada

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TEORIA DA EMPRESA
	A TEORIA DA EMPRESA se presta a delimitar o objeto do direito empresarial, que seria a empresa. A empresa é uma ATIVIDADE (é profissional e não eventual) ECONÔMICA (deve haver possibilidade de sustentabilidade da atividade) ORGANIZADA (há organização dos fatores de produção como tecnologia, capital e trabalho).
	NÃO SE CONSIDERA EMPRESÁRIO quem exerce profissão intelectual ou de natureza cientifica, literária ou artística, salvo se o exercício da atividade constituir elemento de empresa.
	Empresas também possuem FUNÇÃO SOCIAL, que decorre da função social que se empresta à sociedade. É a criação de riquezas e oportunidades de emprego, qualificação profissional dos trabalhadores, ou seja, a ideia de que a empresa não visar apenas o lucro, mas também preocupar-se com os reflexos que suas decisões podem provocar no meio social e no meio ambiente.
PERSONALIDADE JURÍDICA
	PERSONALIDADE JURÍDICA é um atributo que é adquirido no momento em que ocorre o registro da sociedade. Existem pessoas jurídicas sem personalidade jurídica como as sociedades não-personificadas em que a responsabilidade dos sócios é ilimitada e solidária. A personalidade jurídica confere 2 (dois) efeitos: autonomia obrigacional e autonomia patrimonial; limitação da responsabilidade dos sócios.
	A AUTONOMIA OBRIGACIONAL gera a autonomia de regular suas obrigações, podendo ser sujeito ativo ou passivo de obrigações e contratos, assim contraindo responsabilidade. Já a AUTONOMIA PATRIMONIAL gera um patrimônio que é diferente do patrimônio particular dos sócios que compõe a sociedade. A limitação da responsabilidade dos sócios resulta da separação patrimonial existente entre a sociedade empresária e os sócios. Isso significa que a sociedade possui um patrimônio próprio, pelo qual responderá por suas obrigações. Com efeito, os patrimônios pessoais dos sócios não se comunicam com o patrimônio da sociedade, de forma que eles não responderão (em princípio) por dívidas dela. Na sociedade limitada, a RESPONSABILIDADE DE CADA SÓCIO É LIMITADA ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social, diferentemente da sociedade anônima em que o sócio apenas se responsabiliza pela sua quota parte.
	Há 2 (duas) situações em que o sócio vai responder pelas obrigações da sociedade, a primeira é o DESVIO DE FINALIDADE em que a personalidade jurídica é usada como instrumento de fraude, assim podendo se solucionar por meio de uma ação de perdas e danos ou com a retirada da personalidade jurídica da sociedade, assim atingindo o patrimônio dos sócios. A segunda situação é a de CONFUSÃO PATRIMONIAL em que os negócios dos sócios se confundem com os da pessoa jurídica.
TIPOS DE SOCIEDADE
	A SOCIEDADE NÃO-PERSONIFICADA não possui personalidade jurídica, já que não possui registro. São sociedades como a sociedade em conta de participação e a sociedade comum.
	A SOCIEDADE PERSONIFICADA é a sociedade que possui personalidade jurídica que é adquirida com o registro. A SOCIEDADE EMPRESÁRIA é uma sociedade personificada que é caracterizada pela reunião de 2 (duas) ou mais pessoas para exercer uma atividade econômica organizada, pode ser uma sociedade limitada ou uma sociedade anônima.
	Há duas espécies de sociedades em relação à sua composição: sociedades de pessoas ou sociedade de capital. Na SOCIEDADE DE PESSOAS o foco de sua constituição é nas pessoas que irão constituir a sociedade (nenhum sócio sai sem anuência dos outros) e já nas SOCIEDADES DE CAPITAL o foco é no dinheiro (percentual e aplicação desse recurso na sociedade) e pouco importa os sócios. Por exemplo, o acionista preferencial da Petrobrás pouco se interessa por quem faz parte da sociedade o que importa é quanto ele irá receber de lucro (dividendos) nessa participação societária.
A sociedade limitada poderá ser classificada como sociedade de pessoas ou sociedade de capital sendo que a ênfase em um ou outro tipo é definida no contrato. A Sociedade Limitada é a única espécie que não pode ser enquadrada diretamente, sendo necessário identificar no contrato social sua ênfase.
A sociedade anônima teoricamente seria apenas uma sociedade de capital, mas há decisões em que a sociedade anônima é considerada uma sociedade de pessoas. Sociedades anônimas: ações de livre negociação. Capital aberto: ações vendidas em bolsas de valores, qualquer um compra qualquer hora em uma corretora. Capital fechado: deve conhecer alguém que quer vender – normalmente empresas menores. Existem sociedades anônimas de capital fechado que se assemelham à sociedades contratuais e de pessoas (Caso: 20 amigos e hospital). Ação prevista no ordenamento jurídico pelo CPC: Admite-se então a dissolução parcial de sociedade anônima de capital fechado para quem tem a partir de 5% das ações.
SOCIEDADE LIMITADA
	A CONSTITUIÇÃO de uma sociedade limitada é de pessoas e o CONTRATO SOCIAL é o documento que pactua as normas de constituição e funcionamento de uma sociedade com fins lucrativos e não anônimas. A ALTERAÇÃO CONTRATUAL pode se dar de diversos meios, como mudança da razão social, capital social, nome empresarial ou quadro societário.
	O CAPITAL SOCIAL (que é diferente do patrimônio, já que o patrimônio engloba outras coisas) é formado por dinheiro e/ou bens e é vedada a contribuição que consista em prestação de serviços. No contrato social deve-se especificar o capital e uma vez integralizado, já que é a principal obrigação de uma sociedade limitada, o capital social divide-se em quotas de qualquer valor (participação societária de um sócio). No contrato social o sócio subscreve o capital social, ou seja, promete integralizar. A contribuição de um sócio para formação do capital é indispensável e se ele não cumprir essa parcela do capital social, ele será chamado de SÓCIO REMISSO e constituirá em mora na sociedade (após 30 dias seguintes à notificação da sociedade que poderão exigir indenização). Pode-se excluir este como sócio, cobrar ou reduzir o capital social. Os outros sócios são responsáveis solidariamente pela parte do sócio remisso. Há o BOLETIM DE SUBSCRIÇÃO em que o sócio remisso se obriga a integralizar a vista ou a prazo sua quota. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas. A MODIFICAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL pode se dar por aumento (concordância dos sócios em assembleia) ou diminuição (quando excessivo ou para absorver perdas). 
	A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS é restrita ao valor de sua quota, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social, ou seja, a LIMITAÇÃO da responsabilidade dos sócios apenas ocorre no momento em que o capital social estiver integralizado. Assim, integralizado o capital, o sócio apenas responde pelo valor investido em sua quota, salvo nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social, respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de 5 (cinco) anos.
	As QUOTAS possuem natureza jurídica de um bem móvel imaterial e são comprovadas pela cópia do contrato social. É o bem que o sócio leva para seu patrimônio pessoal ao integralizar sua parte no capital social. As quotas geram direitos pessoais e patrimoniais. 
Os DIREITOS PESSOAIS se resumem em PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS PESSOAIS (direito de repartição de lucros nos limites da política de distribuição contratada entre eles), PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DO ACERVO DA SOCIEDADE EM CASO DE LIQUIDAÇÃO (se a sociedade acabar, o sócio deverá receber sua quota parte), FISCALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE (possui dois obstáculos: acesso às informações e o custo das diligencias fiscais, mas pode fixar no contrato social ou em ato separado um fluxo continuo de informações), DIREITO DE RETIRADA OU REEMBOLSO (sócio deveprocurar alguém para comprar sua quota que não deve ser oposta por ¼ do capital social ou exercício do direito de retirada, que é um direito fundamental pela constituição já que as pessoas são livres para associar-se e desassociar-se. O direito de retirada nas sociedades limitadas em geral é limitado pelo art. 1077 do CC mas pode haver uma leitura benevolente da regra da supletividade do art. 1053 CC para que o direito de retirada em sociedade limitada não precise de motivação. Se a sociedade é de prazo determinado, a retirada deve ser motivada e aplica-se o art. 1077 do CC e se a sociedade é de prazo indeterminado aplica-se as normas da sociedade simples do art. 1029 CC.) e DIREITO DE PREFERÊNCIA (Direito que o sócio tem de integralizar os aumentos do capital da sociedade na medida de sua participação. Manter a equação do capital. Não confundir com aumento de capital. Art. 1081, parágrafo 1º, CC). 
Os DIREITOS PATRIMONIAIS se resumem na análise do valor de sua quota, pare que ele seja reembolsado. A valoração de quotas pode ser feita por 3 (três) critérios, sendo eles patrimonial (mais usado, avalia a parte social sob a ótica do patrimônio total da sociedade, calculando-se o patrimônio líquido e dividindo o valor entre as quotas), econômico (a quota terá avaliação de técnico, como há no balanço patrimonial) ou de mercado (o valor de uma empresa é definido por meio de comparações com negócios semelhantes, geralmente listados em bolsa). 
A REGRA DA SUPLETIVIDADE está no art. 1053 CC em que consta que a sociedade limitada rege-se, nas omissões deste capítulo, pelas normas da sociedade simples, mas podendo ser regida pelas normas da sociedade anônima, já que O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
A ADMINISTRAÇÃO de uma sociedade limitada consiste nos arts. 1060 e 1061 CC (A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3, no mínimo, após a integralização). Ou seja, a sociedade é administrada pela ASSEMBLEIA GERAL que são todos sócios reunidos) ou pela DIRETORIA, um órgão da sociedade limitada, integrado por uma ou mais pessoas físicas que irão administrar a sociedade no plano interno e no plano externo manifestar a vontade da pessoa jurídica. A diretoria é escolhida pela maioria societária qualificada variando o quórum de votação de acordo com o instrumento de designação e o status do administrador. O ADMINISTRADOR SÓCIO POR CONTRATO social é eleito por ¾ dos sócios, já o ADMINISTRADOR SÓCIO POR ATO APARTADO é eleito por mais da metade dos sócios e o ADMINISTRADOR NÃO-SÓCIO, independente do instrumento de sua designação (contrato social ou ato apartado) é eleito unanimidade dos sócios enquanto o capital social não estiver totalmente integralizado e por 2/3 dos sócios quando o capital estiver totalmente integralizado.
Ao falar de administração não se deve esquecer de GOVERNANÇA CORPORATIVA, um conjunto de mecanismos, processos e práticas tendentes a melhorar a performance corporativa. Possui 4 (quatro) princípios: TRANSPARÊNCIA (gestores devem levar às partes interessadas informações sobre os negócios da sociedade, já que o mercado precisa ter conhecimento de informações), PRESTAÇÃO DE CONTAS (com periodicidade, a sociedade deverá prestar contas sobre a administração, como o art. 1065 CC demonstra: “Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico”), EQUIDADE (tratar os sócios e comprometidos de maneira igual) e RESPONSABILIDADE SOCIAL/CORPORATIVA (contextualização da atividade econômica em relação ao meio social e ao meio ambiental).
A DISSOLUÇÃO de uma sociedade limitada pode ser total ou parcial. Ela é TOTAL quando há a dissolução do vínculo societário no total. Suas hipóteses são a dissolução do vínculo societário por consenso dos sócios dependendo da aprovação de ¾ do capital social, decurso do prazo determinado de duração da sociedade, falência (dissolução judicial), irrezoabilidade do objeto social, irrecomposição da pluralidade dos sócios ou extinção da autorização de funcionamento. A dissolução total abrange 3 (três) fases dissolução, liquidação e partilha. Se a sociedade é dissolvida de forma irregular, os sócios respondem pessoalmente e ilimitadamente. A dissolução é PARCIAL quando há dissolução do vinculo da sociedade apenas em relação a 1 (um) sócio. As hipóteses são de morte (apuração de haveres para que se tenha reembolso), retirada e exclusão (motivo grave, pode ser judicial ou extrajudicial, a resolução extrajudicial deve estar expressa no contrato social).

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