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A.E. CARDIO

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ATIVIDADE ESTRUTURADA 
 
 
 
 
 
 
 
Ivone Maria Vale Silva – 201407118439 
Ana Cristina Ferreira das Neves Trigueiro – 201402357851 
Francisca Leidiane Soares – 201401300979 
Larissa Santos Silveira – 201301803472 
Marília Farias Brito – 201407231481 
Átila Farias Plácido – 201509027191 
Madiana Duarte Farias – 201301641989 
Glaucyelen Gomes Leite – 201301758931 
Nayane Evelin Gomes de Lima – 201202031765 
CRONOGRAMA ATIVIDADE ESTRUTURADA CARDIOVASCULAR 2017.2 
 
AÇÃO 
 
ESTRATÉGIA DE AÇÃO DATA Evolução 
Formação 
da 
Equipe 
Reunião de como 
funcionará a Atividade 
Estruturada via grupo do 
Whatsapp; Divisão de 
fatores de risco a serem 
pesquisados para formar 
a introdução e 
questionário de pesquisa. 
18/08 
Pesquisa de familiares do 
grupo que tenham 
algum(s) dos fatores de 
risco cardiovascular. 
 
Escolha 
do 
Voluntario 
 
Baseado na análise do 
resultado do grupo. 
25/08 
Participante 
(Discente do grupo) 
Avaliação 
Questionário sobre 
fatores de risco do 
participante. 
01/09 
Coleta de dados do 
participante. 
 
Grupo 
em 
Sala 
Entrega do cronograma 
da atividade estruturada 
08/09 - 
 
Atividade 
do 
Grupo 
Avaliar medidas 
antropométricas 
15/09 Estácio Via Corpvs 
 
Atividade 
do 
Grupo 
Intervenção Nutricional 
(Nutricionista) 
22/09 
 
Planejamento 
do 
Plano de ação 
Exercício aeróbico 
(caminhada de 30 a 45 
minutos) 
3x na semana. 
29/09 
Local do exercício 
(Esteira ou ambiente 
externo). 
 
Reavaliação 
 
Coletar dados 06/10 
Marcador inicial do 
paciente (Primeira 
resposta fisiológica). 
Reavaliação 
 
Coletar dados 
 
10/11 
Marcador final do 
paciente. 
Grupo 
 
Apresentação/Entrega do 
Resultado da AE. 
 
17/11 - 
 
INTRODUÇÃO 
Fatores de risco são condições e problemas que aumentam as chances de uma pessoa 
desenvolver doenças cardiovasculares. Os fatores mutáveis podem ser evitados, tratados 
e controlados. Já os imutáveis, como o histórico familiar, idade e etnia, não podem ser 
alterados, mas conhecê-los serve como alerta para que a pessoa adote hábitos saudáveis 
e faça visitas ao médico periodicamente. As doenças cardiovasculares são responsáveis 
por mais de 1/3 das mortes no Brasil. As lesões vasculares que acompanham essas 
afecções estão associadas à aterosclerose. Dentro de sua multicausalidade, muitos dos 
fatores de risco para essa afecção tais como obesidade, sedentarismo, hipertensão 
arterial e tabagismo, têm raízes na infância e apresentam efeitos aditivos na vida adulta. 
A obesidade é um problema crescente na infância, chegando a atingir entre 25 a 30% da 
população infantil nos países ricos. No Brasil, o excesso de peso e a obesidade já 
atingem mais de 30% da população adulta. A obesidade é acompanhada de uma maior 
morbidade e uma menor longevidade, estando fortemente associada a afecções, como 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, problemas ortopédicos, disfunção psicossocial, 
entre outras. A obesidade na infância está associada com obesidade na vida adulta: 50 a 
65% dos adultos obesos eram crianças ou adolescentes obesos. A ausência de atividade 
física é um hábito de aquisição relativamente recente na história da humanidade, sendo 
o sedentarismo um fator de risco independente para as doenças cardiovasculares. 
 O controle do tabagismo é uma das medidas que do ponto de vista da saúde coletiva, 
provocaria maior impacto na redução das taxas de morbimortalidade das doenças 
cardiovasculares. O hábito de fumar começa geralmente na adolescência; nos Estados 
Unidos, diariamente cerca de 3000 adolescentes fumam pela primeira vez, sendo a idade 
média de 10,7 anos entre os meninos e 11,4 anos nas meninas. A aquisição desse hábito 
na adolescência parece sofrer importante influência das pessoas que os cercam. Alguns 
estudos apontam para uma maior probabilidade de tabagismo entre os filhos de pais 
fumantes. 
A hipertensão arterial atinge, no Brasil, mais de 20 milhões de pessoas. Evidências 
recentes apontam que a hipertensão arterial, dita primária ou essencial, tem início na 
infância, e inquéritos em escolares mostram que 2 a 3% das crianças já apresentam 
níveis elevados de pressão arterial sistólica e diastólica. Quando se verifica a pressão 
arterial, registam-se dois valores. O mais elevado produz-se quando o coração se contrai 
(sístole); o mais baixo corresponde ao relaxamento muscular entre um batimento e outro 
(diástole). A pressão arterial transcreve-se como a pressão sistólica seguida de uma 
barra e, em seguida, a pressão diastólica por exemplo, 120/80 mmHg. A pressão arterial 
elevada define-se como uma pressão sistólica em repouso superior ou igual a 140 
mmHg, uma pressão diastólica em repouso superior ou igual a 90 mmHg, ou a 
combinação de ambas. Na hipertensão, geralmente, tanto a pressão sistólica como a 
diastólica estão elevadas. 
Diabetes Mellitus (DM) vem se tornando a mais importante causa de DCV porque sua 
prevalência vem progressivamente aumentando, assim como tem ocorrido aumento da 
prevalência de obesidade das populações. Os homens com DM apresentaram redução 
mais modesta (13%) do que os sem DM (36%) na prevalência de DCV, e as mulheres 
com DM apresentaram um aumento de 23% vs redução de 27% nas mulheres sem DM. 
Além de maior risco para DCV, indivíduos diabéticos com DCV têm pior prognóstico, 
apresentando menor sobrevida em curto prazo, maior risco de recorrência da doença e 
de insuficiência cardíaca congestiva e pior resposta ao tratamento cirúrgico. Uma das 
razões para o pior prognóstico dos pacientes com DM e DAC é a frequente disfunção 
miocárdica (cardiomiopatia diabética), que leva à insuficiência cardíaca, à qual os 
pacientes diabéticos estão especialmente propensos. As razões para a aterosclerose 
acelerada manifestada em pacientes diabéticos ainda não são completamente 
compreendidas, tendo sido sugeridos, como mecanetos da glicose sobre a vasculatura, a 
resistência à insulina e a associação do DM a outros fatores de risco para DAC, tais 
como; hipercolesterolemia, fumo e hipertensão arterial sistêmica. 
Na diabetes experimental, observam-se alterações no transporte de cálcio em 
cardiomiócitos e proteínas contráteis, além de aumento de conteúdo de colágeno 
miocárdico, os quais causam disfunção sistólica e diastólica. Foi realizado um estudo 
populacional de grande número de indivíduos, observou-se que aumento da massa 
ventricular esquerda correlaciona-se positivamente com a piora da tolerância à glicose, 
em especial nas mulheres. A isquemia miocárdica pode modificar o miocárdio que 
inicialmente apresenta disfunção leve pelo diabetes e/ou hipertensão, levando à 
disfunção grave e insuficiência cardíaca. O resultado final é um miocárdio fibrótico com 
baixa complacência, inicialmente com disfunção diastólica e finalmente sistólica. A 
fibrose dos músculos papilares pode levar à insuficiência mitral, o que piora a disfunção 
mecânica prévia. 
Dentre os fatores de risco já conhecidos para o desenvolvimento da hipertensão arterial, 
como a hereditariedade, o baixo peso ao nascer, o sedentarismo, o estresse e o elevado 
consumo de sal, não se sabe bem ainda a partir de que idade esses fatores passam a 
determinar elevação da pressão arterial. Apesar dos elevados investimentos para o 
controle das afecções cardiovasculares, as taxas de morbimortalidade têm sofrido 
poucas modificações nas últimas décadas. Os melhores resultados foram com 
programas direcionados às mudanças de hábitosmaléficos à saúde das pessoas, tais 
como: combate às dietas ricas em colesterol, ao sedentarismo, à obesidade e ao 
tabagismo. Hábitos saudáveis podem ser a chave para o controle dessas afecções. 
Entretanto, mudanças de maus hábitos à saúde, já instalados na vida adulta, são 
objetivos difíceis de serem atingidos devido à fraca aderência da população alvo. Por 
outro lado, hábitos saudáveis adquiridos na infância que se perpetuem na vida adulta 
podem contribuir para a prevenção primária das doenças cardiovasculares. Dessa forma, 
é justificado o estudo da influência dos pais para o desenvolvimento, nos filhos, de 
obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial e tabagismo principais fatores de risco 
para as doenças cardiovasculares. 
 
 
 
 
 
 
 
Descrição do paciente.
P.P.P, masculino, 57 anos, altura de 1,56 cm, pesando 93 kg, aposentado, natural de Jaguaribe/CE.
O paciente é hipertenso, obeso e sedentário, tem taxas normais de glicose, TGP e TGO,
bilirrubinas, leucócitos, plaquetas e hemácias de acordo com o hemograma realizado no último
exame. Seu Índice Cintura-Quadril é de: 0.98 (Risco Alto) e o IMC: 38,2 (Obesidade Grau II).
O paciente aceitou participar de um programa onde o foco inicial é desenvolver, de forma
combinada, a resistência aeróbia, por meio de exercícios aeróbios de baixo impacto como a
caminhada, com intensidades leve/moderada, com exercícios de força muscular, estabilidade e
mobilidade. A atividade física foi realizada no mínimo 3 vezes na semana, alternando exercícios em
grupo do corpo de bombeiros e caminhada. O exercício aeróbio será para perda de gordura
corporal e o treinamento de exercício de força para conservar a massa magra (massa muscular)
junto a dieta balanceada de acordo com a quantidade de calorias para o indivíduo assistido. Após
90 dias o paciente foi reavaliado e constatado mudanças no percentual de IMC em 29,9 (Acima do
peso) e o índice cintura-quadril para 0.92 (Risco Moderado).
O estudo de reabilitação cardíaca concluiu que atividade física diária traz benefícios a
saúde do indivíduo para uma melhor qualidade de vida e diminuição da taxa de mortalidade
cardíaca. Ainda assim o paciente não se enquadra no ideal recomendável pela percentil adequada a
sua idade mas encontra-se buscando alcançar o objetivo de sair da zona de risco.
Fatores de Risco em alunos da disciplina de Cardiovascular
CONCLUSÃO 
As doenças cardiovasculares (DCV) são atualmente as causas mais comuns de 
morbimortalidade no mundo. Na perspectiva da prevenção de doenças e agravos tornam-se 
fundamentais ações que criem ambientes favoráveis à saúde e favoreçam escolhas saudáveis. 
Os principais fatores ambientais modificáveis das DCV são os hábitos alimentares 
inadequados, o sedentarismo e a obesidade, associados às mudanças no estilo de vida como a 
cessação do tabagismo e o controle estressepsicoemocional. Dentro da prevenção, o 
monitoramento da prevalência dos fatores de riscos para DCV, especialmente os de natureza 
comportamental, permitem por meio das evidências observadas, a implementação de ações 
preventivas com maior custo – efetividade. 
A promoção de saúde tem se configurado como alternativa teórica e prática para o 
enfrentamento global da ampla gama de fatores que configuram o quadro epidemiológico atual 
das DCV. 
No Brasil, a implantação de sistemas de vigilância desses fatores está em consonância 
com esse novo enfoque. No entanto, muitos desafios permanecem no enfrentamento das DCV, 
principalmente no que diz respeito à integração das políticas públicas aos serviços de saúde. 
Nesse sentido, a atenção básica mostra-se como peça fundamental de elo entre políticas de 
saúde e a comunidade, e a ESF (Estratégia de Saúde da Família), como estrutura potencial na 
consolidação da promoção da saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
MENDES, MJFL et al . Associação de fatores de risco para doenças cardiovasculares em 
adolescentes e seus pais. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, v. 6, supl. 1, p. s49-
s54, May 2006. 
CORREIA, Beatriz Rolim; CAVALCANTE, Elder; SANTOS, E. dos. A prevalência de fatores de risco 
para doenças cardiovasculares em estudantes universitários. Ver Bras Clin Med, v. 8, n. 1, p. 
25-29, 2010. 
Gomes, F. Daniela F. Telo, Heraldo P. Souza, N C, Jose. Halpem, A. Obesidade e doença arterial 
coronariana: Papel da inflamação vascular. Arquivos brasileiros de cardiologia, v.94, n.2, p.273-
279, 2010 
RIBEIRO, AG.; COTTA, RMM.; RIBEIRO,SMR. - A Promoção da Saúde e a Prevenção Integrada 
dos Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares. Revista Ciência & Saúde coletiva, 
17(1):7-17, 2012 - SciELO Public Health.

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