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Brasil Colônia 22/04/1500 - Expedição chefiada por Pedro Álvares Cabral, com dez naus, três caravelas e 1.500 homens a bordo, chegou ao litoral da Bahia, avistou um monte que chamou de Monte Pascoal. No dia seguinte, a expedição aportou na Baia Cabrália, onde celebrou a primeira missa no território descoberto, que foi chamado de “Terra de Vera Cruz”. O território era, então, habitado por 8 milhões de indígenas. Um relato sobre a terra encontrada foi enviado ao Rei de Portugal, a Carta de Pero Vaz de Caminha. 1500-1530 – PERÍODO PRÉ-COLONIAL Não houve por parte de Portugal intenção de colonizar o território, mas uma ocupação móvel, onde os portugueses percorreram a costa brasileira para defender a posse da terra e, eventualmente, fundaram modestas feitorias, entrepostos de troca do pau brasil – madeira para tinturaria bastante citada nos mercados europeus. Os indígenas forneceram a mão de obra para derrubar, descascar, atorar, transportar os troncos, que eram armazenados nas feitorias aguardando as naus que os levaria à Holanda. 1501 – Pedro Álvares Cabral toma posse do Brasil (por ele denominado “Ilha de Vera Cruz”) em nome do rei de Portugal. 1501 e 1503 – Primeiras expedições exploradoras do litoral brasileiro. Visão do Brasil e seus primitivos habitantes, segundo um mapa do início da colonização portuguesa. 1504 – Concessão da exploração de pau-brasil (produto estancado, isto é, monopolizado pela Coroa) a Fernando de Noronha, cuja empresa vem a falir. 1516 e – Expedições guarda-costas portuguesas, destinadas a reprimir o contrabando CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 1 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � 1526 de pau-brasil pelos franceses. 1519/22 – Primeira viagem de circunavegação, comandada pelo português Fernão de Magalhães (morto nas Filipinas), a serviço da Espanha. – Crise no preço das especiarias e início da concorrência com flamengos, 1530 genoveses e venezianos no comércio português nas Índias. O rei D. João III volta-se para a colonização do Brasil. Início do PERÍODO COLONIAL propriamente dito. – Expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa e fundação de São Vicente, primeira vila do Brasil. Início da empresa açucareira com a 1532 fundação do Engenho de São Jorge, com forte participação flamenga (holandesa) no financiamento, refinação e distribuição do açúcar brasileiro na Europa. 1534 – Divisão do Brasil em capitanias hereditárias, das quais somente São Vicente e Pernambuco prosperam. 1538 – Início do tráfico de escravos africanos para o Brasil. – Diante do fracasso do sistema de capitanias hereditárias, D. João III institui 1548 o governo-geral do Brasil, com vistas à centralização administrativa e à aceleração da colonização. – Tomé de Sousa, primeiro governador- geral, funda Salvador, a primeira cidade do Brasil. Com ele chegam os primeiros padres da Companhia de Jesus (importantes na educação colonial e na catequese dos 1549 índios). Com o desenvolvimento da lavoura canavieira em Pernambuco e mais tarde na Bahia, a pecuária (atividade subsidiária da cana-de-açúcar e iniciada por Tomé de Sousa) expande-se pelo sertão nordestino e Vale do São Francisco. 1550 – Instalação do primeiro bispado no Brasil, com sede em Salvador. – Os jesuítas fundam o Colégio de São 1554 Paulo de Piratininga – origem da cidade de São Paulo. A divisão do Brasil em donatarias (capitanias hereditárias) correspondeu aos interesses lusos de ocupação sistemática do litoral brasileiro. Com a criação do governogeral do Brasil, a Coroa Portuguesa passou a centralizar os esforços da empresa colonizadora. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 2 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � 1555/67 – Primeira Invasão Francesa. Fundação da “França Antártica” na Baía da Guanabara. 1565 – Estácio de Sá funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, próxima à colônia da França Antártica. 1578 – Morte do rei português D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quebir, no Marrocos. 1580 – Morte do cardeal-rei D. Henrique, último membro da Dinastia de Avis. – UNIÃO IBÉRICA. A Coroa Portuguesa passa para o rei da Espanha. Portugal conserva seus quadros administrativos (Juramento de Tomar), mas é 1580/1640 forçado a alinhar-se com a política externa espanhola (enfrentamentos com a Inglaterra, França e principalmente a Holanda, que se apodera de diversas colônias portuguesas no Oriente). Acelera-se a decadência portuguesa. 1583/95 – Ataques de corsários ingleses a portos brasileiros. 1598 – O governo espanhol proíbe o comércio açucareiro luso-flamengo. – É criada na Holanda a Companhia das Índias Orientais, com o objetivo de conquistar as colônias e o comércio ibéricos na Ásia. 1602 – Início do bandeirantismo de apresamento, em que bandeirantes paulistas atacam as reduções (também conhecidas como aldeamentos ou missões) estabelecidas pelos jesuítas espanhóis. 1612/15 – Segunda Invasão Francesa. Fundação da “França Equinocial”, no Maranhão, bem como do forte de São Luís (futura cidade). 1616 – Os portugueses fundam a vila de Belém, ponto de partida para explorarem as “drogas do sertão” da Amazônia. 1621 – É criada na Holanda a Companhia das Índias Ocidentais, com o objetivo de conquistar colônias ibéricas na América e África. 1621/1775 – Divisão do Brasil em duas colônias distintas: Estado do Brasil e Estado do Maranhão (mais tarde Estado do Grão- Pará e Maranhão). 1624/25 – Primeira Invasão Holandesa (Bahia). Os invasores ocupam Salvador, mas são forçados a se render diante da chegada de uma esquadra luso-espanhola. – Os bandeirantes Manuel Preto e Antônio Raposo Tavares destroem os aldeamentos jesuíticos espanhóis do Guairá (oeste do 1628 Paraná). Os missionários, com os índios remanescentes, fundam os Sete Povos das Missões, na margem esquerda do Rio Uruguai (oeste do Rio Grande do Sul). – Segunda Invasão Holandesa. Os invasores 1630/54 desembarcam em Pernambuco e gradualmente estendem sua dominação Em 1630, em uma segunda desde Alagoas até ao Maranhão. invasão, os holandeses – Antônio Raposo Tavares e André conseguiram fixar-se no 1636 Fernandes destroem as reduções jesuíticas Nordeste até 1654. Sob a espanholas do Tape (centro do Rio Grande administração do conde do Sul). Maurício de Nassau, entre 1637 – João Maurício de Nassau governa o Brasil e 1644, o Brasil Holandês 1637/44 Holandês. Período de entendimento entre alcançará seu apogeu. invasores e senhores-de-engenho. Desenvolvimento do Recife. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 3 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Restauração Portuguesa e fim da União Ibérica. Portugal, arruinado, passa a depender economicamente da Inglaterra. A 1640 crise financeira lusitana leva o governo a imporo exclusivo metropolitano (pacto colonial) sobre o Brasil (aumento do centralismo e intensificação do fiscalismo). – Tentativa dos espanhóis residentes em 1641 São Paulo de aclamar Amador Bueno da Ribeira como “rei de São Paulo”. Em 1641, o espanhol Amador – Criação do Conselho Ultramarino, órgão 1642 sediado em Lisboa e destinado, entre outras Bueno da Ribeira, residente em atribuições, a implementar o exclusivo São Paulo, recusou o título de metropolitano (pacto colonial). “rei” que lhe foi oferecido por seus compatriotas estabelecidos – Início da Insurreição Pernambucana contra o domínio holandês. Causas do movimento: a demissão de Nassau e a 1645 pressão exploradora dos novos administradores enviados pela Companhia das Índias Ocidentais, bem como o fim da tolerância religiosa. . naquela vila. – Antônio Raposo Tavares destrói as missões jesuíticas espanholas do Itatim (MS), último feito importante do bandeirismo de apresamento. – Capitulação dos holandeses em Pernambuco. Expulsos do Nordeste, os flamengos passam a desenvolver a 1654 produção açucareira nas ilhas caribenhas (Antilhas) que a Companhia das Índias Ocidentais havia tomado aos espanhóis. A concorrência antilhana iria provocar uma crise da empresa açucareira no Brasil. – Tratado de Lisboa, entre a Espanha e 1668 Portugal, reconhecendo a independência portuguesa proclamada em 1640. 1674 – Começa o ciclo bandeirístico da mineração, com a bandeira de Fernão Dias Pais, o “Caçador de Esmeraldas”. – Os portugueses fundam a Colônia do Sacramento na margem esquerda do 1680 Rio da Prata. Por três vezes, os espanhóis de Buenos Aires tomam a colônia (1681, 1705 e 1763), para depois devolvê-la aos portugueses. – Revolta de Beckman no Maranhão, dando início aos movimentos nativistas 1684/85 (reações de âmbito local contra a opressão metropolitana, mas sem propósitos emancipacionistas). – O bandeirante Antônio Rodrigues Arzão descobre ouro em Cataguases 1693 (MG). Inicia-se a empresa mineradora, isto é, o período em que a extração de metais preciosos predominou na economia colonial. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 4 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � Os ataques dos bandeirantes às reduções jesuíticas espanholas estão inseridos no contexto do bandeirismo de apresamento do indígena. Neste ciclo, os bandeirantes promoveram a expansão dos domínios lusitanos para o sul e o sudoeste, ultrapassando o meridiano fixado pelo Tratado de Tordesilhas. – O paulista Domingos Jorge Velho destrói o Quilombo dos Palmares, 1694 formado no interior de Alagoas por volta de 1644. Essa foi a principal ação militar ocorrida pelo chamado sertanismo de contrato. 1700 – O bandeirante Manuel de Borba Gato descobre em Sabará (MG) as mais importantes jazidas de ouro do Período Colonial. – Tratado de Methuen (ou dos Panos e Vinhos) entre Portugal e Inglaterra, 1703 que agrava o déficit da balança comercial lusitana e consolida a dominação econômica inglesa sobre Portugal. – Guerra dos Emboabas, mais um episódio dos movimentos nativistas: conflito entre paulistas e forasteiros (portugueses e brasileiros de outras 1708/9 regiões que não São Paulo) pela posse das minas de ouro. Derrota dos paulistas, a maioria dos quais são expulsos de Minas Gerais. – Guerra dos Mascates: movimento nativista envolvendo a decadente aristocracia rural pernambucana, com base na vila de Olinda, e a próspera 1710/11 burguesia lusitana estabelecida no povoado do Recife. Causa imediata do conflito: a elevação do Recife à categoria de vila, pondo fim a sua subordinação administrativa a Olinda. – Conclusão da “Guerra dos Bárbaros” (Confederação dos Cariris), em que sertanistas paulistas, dentro do sertanismo de contrato, eliminam tribos indígenas hostis localizadas no interior do Rio Grande do Norte e Ceará. Primeiro Tratado de Utrecht, entre Portugal e França, que delimita as 1713 fronteiras da América Portuguesa e Guiana Francesa a partir do rio Oiapoque. O segundo Tratado de Utrecht foi firmado dois anos depois (1715), e tratou do reconhecimento espanhol da posse da colônia de Sacramento por Portugal. – O bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobre ouro em Cuiabá, cuja 1719 ligação com São Paulo passa a ser feita por meio de comboios fluviais denominados “monções”. – Revolta de Felipe dos Santos em Vila Rica (atual Ouro Preto), contra a instalação das “Casas de Fundição”, que objetivavam um maior controle na 1720 cobrança do quinto sobre o ouro. Último episódio dos movimentos nativistas. – O Brasil passa a ser governado por vice-reis, no lugar dos antigos governadores-gerais. 1725 – O bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva (o “Segundo Anhangüera”) descobre ouro em Goiás. 1729 – Descoberta de diamantes em Minas Gerais (até então, só se conheciam os Página 5 CURSO PREPARATÓRIO CIDADE SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � diamantes originários da Índia). – Criação do Distrito Diamantino, com demarcação definida e autoridades e regulamentação próprios. Os diamantes, 1733 embora fossem objeto do estanco (monopólio real), têm sua exploração arrendada a particulares, através do sistema de contratos, até 1771, quando a Coroa assume diretamente sua extração. – Início da ocupação portuguesa do Rio 1737 Grande do Sul, voltada para a criação de gado. – Tratado de Madri entre Portugal e Espanha, anulando o Tratado de Tordesilhas. Negociado em nome de Portugal pelo brasileiro Alexandre de Gusmão, com base no princípio romano do “uti possidetis” (usucapião), aumenta os domínios portugueses na América em cerca de 200%, sobre o que fora disposto em Tordesilhas. No Sul, o Tratado de Madri estipula a troca da Colônia do Sacramento pelos Sete Povos das Missões. Pombal controlou toda a 1750 – Ascensão ao trono português de D. José I, administração portuguesa, de que escolhe Sebastião José de Carvalho e 1750 a 1777, aniquilando toda e Melo (futuro marquês de Pombal) como seu qualquer possibilidade de principal ministro. Início das reformas oposição. pombalinas, caracterizando a prática do “despotismo esclarecido” em Portugal. – Devido à diminuição da extração de ouro no Brasil, Pombal determina que a cobrança seja feita pelo sistema do quinto anual (estimativa sobre a produção aurífera de Minas Gerais, implicando a cobrança de 100 arrobas anuais).– Guerra Guaranítica: revolta dos jesuítas espanhóis e índios dos Sete Povos 1754/56 contra sua transferência para o domínio português. Destruição dos aldeamentos jesuíticos na região por um exército luso-espanhol. – Criação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, 1755 voltada sobretudo para a exportação do algodão e das “drogas do sertão”, mas também incentivadora do cultivo de anil, arroz e cacau. Início do período econômico conhecido como Renascimento Agrícola – Expulsão dos jesuítas de Portugal e colônias. Laicização do ensino no 1759 Brasil. – Extinção das últimas capitanias hereditárias, transformadas em capitanias reais. – Criação da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba. – Tratado de El Pardo, anulando o Tratado de Madri. O Sacramento retorna 1761 ao domínio luso, reabrindo as hostilidades entre espanhóis e portugueses no Extremo Sul. 1763 – A capital do Brasil é transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. Página 6 CURSO PREPARATÓRIO CIDADE SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � 1775 – Reunificação dos Estados do Brasil e do Grão-Pará e Maranhão. – Morte de D. José I e ascensão de D. Maria I ao trono português. Pombal é afastado do governo e os rumos da política e administração lusas sofrem uma 1777 mudança radical (fase conhecida como “Viradeira”). – Tratado de Santo Ildefonso entre Portugal e Espanha. A Colônia do Sacramento passa definitivamente para o domínio espanhol, que mantém os Sete Povos das Missões. – Alvará de Proibição Industrial de D. Maria I, proibindo no Brasil quaisquer 1785 indústrias ou manufaturas, exceto as ligadas à produção de aguardente e de panos grosseiros (destinados a enfardar produtos ou para roupas de escravos). – Conjuração Mineira, primeiro dos 1789 movimentos emancipacionistas que caracterizam a crise do Sistema Colonial. 1792 – Execução de Tiradentes. – Fundação, em Salvador, do primeiro 1797 centro maçônico brasileiro com existência comprovada: a Loja “Cavaleiros da Luz”. Com sua morte, em 1792, – Conjuração dos Alfaiates ou Joaquim José da Silva Xavier, o Inconfidência Baiana: movimento Tiradentes, tornou-se o “Mártir 1798 emancipacionista com participação da Independência do Brasil”. predominante de elementos populares. Possuía projetos de caráter social, como a abolição da escravatura. – Os sul-rio-grandenses ocupam o território dos antigos Sete Povos das Missões, então em poder dos espanhóis, aproveitando uma curta guerra entre Portugal e Espanha. O Tratado de Badajoz, um tratado de paz, é firmado entre os dois países nesse mesmo ano, onde os espanhóis reconhecem 1801 implicitamente o domínio lusitano sobre aquela região. – Conspiração dos Suaçunas, conciliábulo de senhores-de-engenho pernambucanos que alguns historiadores insistem em considerar como movimento emancipacionista. Não são aplicadas punições aos supostos envolvidos. – Napoleão Bonaparte decreta em Berlim (capital da Prússia) o Bloqueio 1806 Continental, proibindo o comércio dos países do continente europeu com a Grã-Bretanha (Inglaterra). Portugal não obedece à determinação do imperador francês. – Invasão de Portugal pelos franceses. O príncipe-regente D. João, graças ao 1807 apoio de uma frota britânica, transfere para o Brasil todo o aparelho de governo lusitano (cerca de 15.000 pessoas, incluindo a Família Real e sua Corte). – Chegada de D. João à Bahia, dando início ao PERÍODO JOANINO (1808/21). Carta-régia determina a abertura dos portos brasileiros “a todas as nações amigas” (na prática, à Grã-Bretanha). Fim do exclusivo 1808 metropolitano. Passagem do Brasil para a órbita direta do capitalismo industrial inglês, em substituição ao anacrônico colonialismo mercantilista português. – Alvará de Liberdade Industrial, revogando as proibições impostas por D. Maria I em 1785. Medida de pouco alcance prático, dada a falta de tecnologia Página 7 CURSO PREPARATÓRIO CIDADE SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � e de capitais no Brasil. – Instalação da Imprensa Régia e publicação do primeiro jornal brasileiro. Início da publicação do Correio Braziliense por Hipólito José da Costa, na Inglaterra. – Criação de escolas de Medicina (primeiros cursos superiores instalados no Brasil) no Rio de Janeiro e em Salvador. 1809/17 – Ocupação da Guiana Francesa pelos portugueses. – Tratados de Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade entre Portugal 1810 e Grã-Bretanha. Consolidação do predomínio inglês no Brasil e início das pressões britânicas contra o tráfico negreiro. – Criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, como forma de regularizar a participação portuguesa no 1815 Congresso de Viena. O Brasil deixa de ser uma colônia, tornando- se juridicamente equiparado a Portugal (fim do BRASIL COLÔNIA e início do BRASIL REINO). – Campanha de tropas luso-brasileiras no Uruguai, contra o líder nacionalista local 1816/20 José Artigas. Derrotado este, o Uruguai (na época conhecido como “Banda Oriental”) é anexado ao Brasil com o nome de “Província Cisplatina” (1821). Mapa da Europa mostrando o – Morte da rainha D. Maria I, afastada da Império Napoleônico em seu apogeu. chefia do Estado desde 1792, por motivo de 1816 loucura. Ascensão ao trono do príncipe regente D. João, com o nome de D. João VI. – Chegada ao Brasil de uma importante missão artística francesa. – Revolução Pernambucana de 1817: último movimento emancipacionista e 1817 o único que chegou ao estágio da luta armada. Movimento republicano, liberal, federalista e lusófobo, duramente reprimido pelas autoridades. Envolve também a Paraíba, Alagoas e o Rio Grande do Norte. – Revolução Liberal do Porto, que resulta na instalação das Cortes de Lisboa 1820 (Assembléia Constituinte com propósitos liberais para Portugal, mas recolonizadores em relação ao Brasil). – Queda do absolutismo no reino de Portugal, Brasil e Algarve. D. João VI aceita submeter-se à autoridade das Cortes. Juntas Provisórias de Governo substituem os governadores das províncias (nova denominação das capitaniasa partir da criação do Reino Unido) nomeados pelo rei. 1821 – Por pressão das Cortes de Lisboa, D. João VI regressa a Portugal, deixando o príncipe-herdeiro D. Pedro como regente do Brasil. – As Cortes exigem o regresso de D. Pedro para Portugal – passo essencial para recolonizar o Brasil. A aristocracia rural brasileira, tendo à frente a Maçonaria, começa a articular o movimento em prol da Independência. – Dia do Fico: D. Pedro recusa-se a obedecer às Cortes e decide permanecer no Brasil. A partir daí, acelera-se o processo da Independência: 1822 – D. Pedro nomeia um ministério (no caso, o conjunto dos ministros ou “gabinete”) formado predominantemente por brasileiros, tendo José Bonifácio como ministro mais influente. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 8 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Proibição do desembarque de tropas portuguesas no Brasil. – Decreto estabelecendo que só serão cumpridas, no Brasil, as decisões das Cortes que receberem a aprovação (“Cumpra-se”) do príncipe-regente. As Juntas de Governo do Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina, fiéis às Cortes, rompem com D. Pedro. – D. Pedro convoca eleições para uma Assembleia Constituinte Brasileira, rejeitando a Constituição que as Cortes estão preparando para o Reino Unido. Brasil Império A Proclamação da Independência (7/9/1822) formalizou o rompimento das relações metrópole–colônia, iniciado com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. 7 DE – Grito do Ipiranga. O Brasil se torna um Estado independente, SETEMBRO formalizando sua separação em relação a Portugal. DE 1822 1822/89 – BRASIL IMPÉRIO, subdividido em três fases: Primeiro Reinado (1822/31), Período Regencial (1831/40) e Segundo Reinado (1840/89). 12 DE – Coroação do príncipe D. Pedro como imperador do Brasil, com o nome DEZEMBRO de D. Pedro I. 1822 1822/23 – Guerra da Independência, contra as tropas portuguesas aquarteladas no Brasil que se recusam a reconhecer a Independência. – Instalação de uma Assembleia Constituinte, com predomínio de representantes da aristocracia rural. Choque entre as tendências liberais 1823 da Assembleia e o autoritarismo do imperador. – A discussão de um projeto constitucional liberal (“Constituição da Mandioca”) pela Assembleia Constituinte leva D. Pedro I a dissolvê-la por meio de um golpe militar. – D. Pedro I outorga uma Constituição centralizadora: unitarismo (ausência de autonomia provincial), quadripartição de poderes (sendo o Poder Moderador privativo do monarca), voto censitário e subordinação da Igreja ao Estado 1824 (padroado). – Confederação do Equador: revolta separatista pernambucana, com características idênticas às da Revolução de 1817. Violenta repressão por parte de D. Pedro I. – Os Estados Unidos são o primeiro país a reconhecer a CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 9 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � independência do Brasil (influência da Doutrina Monroe). – Guerra da Cisplatina entre Brasil e Argentina. Resultado: independência 1825/28 da Província Cisplatina, com o nome de “República Oriental do Uruguai”. – Portugal e Grã-Bretanha (Inglaterra) reconhecem a independência do 1825 Brasil. Este paga uma indenização a Portugal e renova parcialmente os Tratados de 1810 com a Grã-Bretanha. – Morte de D. João VI. D. Pedro I é reconhecido como rei de Portugal (D. 1826 Pedro IV), mas abdica em favor de sua filha D. Maria da Glória (D. Maria II). – Cresce a oposição liberal a D. Pedro I, liderada pela elite agrária e 1830 estimulada pela queda do rei absolutista Carlos X na França. Assassinato do jornalista oposicionista Líbero Badaró, em São Paulo. – D. Pedro I demite um ministério constituído de políticos liberais e o substitui pelo “Ministério dos Marqueses” (absolutista). Revolta do povo e das tropas no Rio de Janeiro, instigada pelas elites. Abdicação de D. Pedro I, que se retira para a Europa. O novo imperador, D. Pedro II, tem apenas cinco anos de idade, o que exige o estabelecimento de um governo 1831 regencial. – Formação de uma Regência Trina Provisória, substituída meses depois por uma Regência Trina Permanente aprovada pelo Parlamento. – Início de uma fase de grande agitação, devido à existência de três correntes políticas: liberais moderados (situacionistas), liberais exaltados (federalistas) e restauradores (partidários da volta de D. Pedro I). – Início do “Avanço Liberal”, com a promulgação do Código de Processo 1832 Criminal, em que os juízes de paz (incumbidos de funções policiais e judiciais) passam a ser eleitos pelos cidadãos locais. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 10 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Continuação do “Avanço Liberal”, com a promulgação do Ato Adicional à Constituição de 1824: Regência Una eleita por voto direto (mas ainda censitário), assembléias legislativas 1834 provinciais, supressão do Conselho de Estado e criação do Município Neutro (cidade do Rio de Janeiro). – D. Pedro I morre em Portugal. No Brasil, os restauradores aderem aos liberais moderados. – Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul 1835/45 (movimento separatista dos estancieiros). – Cabanagem no Pará 1835/38 (movimento de caráter popular). – Feijó é eleito regente uno. – Revolta dos Malês na Bahia (tentativa de seguir o modelo haitiano). – Divisão dos liberais moderados. Surgem o Partido Progressista 1835 (futuro Partido Liberal), favorável a Feijó, e o Partido Regressista (futuro Partido Conservador), adversário do regente. Mais tarde, os antigos liberais exaltados aderem ao Partido Liberal. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 11 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Feijó renuncia à Regência. O 1837 regressista Araújo Lima torna-se regente interino. – Sabinada na Bahia (tentativa de 1837/38 separatismo temporário). – Araújo Lima é 1838 eleito regente uno. Começa o “Regresso Conservador”. – Balaiada no Maranhão 1838/41 (movimento popular sertanejo). – Garibaldi, um dos líderes farroupilhas, 1839 funda em Santa Catarina a efêmera República Juliana. – Lei de Interpretação do Ato Adicional, restringindo a autonomia das províncias. 1840 – Golpe da Maioridade, organizado pelos liberais. A regência de Araújo Lima é interrompida e D. Pedro II, com quartoze anos de idade, torna-se imperador efetivo e nomeia um ministério de políticos liberais. – “Eleições do Cacete” para a Câmara dos Deputados. Vitória dos liberais, mas D. Pedro II dissolve a Câmara, nomeia um ministério de 1841 conservadores e convoca novas eleições. Retomada do “Regresso Conservador”, com a reforma do Código de Processo Criminal (os juízes de paz voltam a ser nomeados) e restauração do Conselho de Estado. – Revolução Liberal em São Paulo e Minas Gerais. O movimento é 1842 sufocado por Caxias, que jávencera a Balaiada e depois pacificaria o Rio Grande do Sul. – Tarifa Alves Branco, que eleva a 1844 taxação sobre as importações até 60% “ad valorem”. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 12 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – “Bill Aberdeen”: Os dez anos iniciais do Segundo lei do Parlamento Reinado foram dedicados à Britânico pacificação interna. determinando o Nessa fase, foram sufocadas a 1845 apresamento de Balaiada e a Farroupilha, além da navios negreiros, pela Revolução Liberal de SP e MG Marinha de Guerra, (1842) e a Praieira (1848). até mesmo em águas territoriais de outros Estados. – É criado o cargo de presidente do Conselho de Ministros (primeiro ministro), dando início ao sistema parlamentarista no Brasil (“parlamentarismo às 1847 avessas”). – O senador Nicolau Vergueiro implanta o Com a extinção do tráfico sistema de parceria negreiro, em 1850, as relações escravistas de em sua fazenda de produção estavam condenadas no Brasil. Não café em Limeira obstante, sua extinção somente se deu dentro de um (Oeste Paulista), processo gradual que se estendeu até 1888. contratando colonos alemães (depois, também suíços). – Revolução Praieira em Pernambuco. Última revolução do Período Monárquico, 1848/49 organizada pelos liberais locais sem propósitos separatistas, mas com alguma influência do socialismo utópico. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 13 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Lei Eusébio de Queirós, proibindo definitivamente o tráfico negreiro para o Brasil. Captando os recursos até então investidos no tráfico, Irineu Evangelista de Sousa (depois barão e 1850 visconde de Mauá) dá início a um surto industrial e de modernização dos transportes e serviços urbanos no País. – Lei de Terras, proibindo o acesso à propriedade fundiária que não por compra ou herança. – Intervenção brasileira no Uruguai, em apoio ao governo 1851 colorado e contra o caudilho blanco Oribe, aliado do ditador argentino Rosas. – Guerra do Brasil 1851/52 contra Rosas, que é derrotado e exilado. – “Gabinete (ou Ministério) da Conciliação”, que reúne ministros 1853/56 liberais e conservadores sob a presidência de Carneiro Leão, marquês do Paraná. – Mauá constrói a 1854 primeira estrada de ferro do País. – Revolta dos colonos suíços e alemães na Fazenda 1857 Ibicaba, do senador Vergueiro. Declínio do sistema de parceria. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 14 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Questão Christie entre Brasil e Inglaterra. Em 1863, o Brasil rompe relações diplomáticas com a Grã-Bretanha, por não ter esta 1861/65 acatado o laudo arbitral de Leopoldo I da Bélgica, favorável ao governo brasileiro. Relações reatadas, em 1865, depois de um pedido formal de desculpas apresentado pelo – eova intervenção do Brasil no Uruguai, agora governado pelo 1864/65 blanco Aguirre, aliado do ditador paraguaio Solano López. – Guerra do Paraguai. Solano López, que iniciara o conflito, é derrotado e morto pela Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai, agora sob um governo 1864/70 colorado). Devastação e ruína do Paraguai. No Brasil, politização dos oficiais do Exército, propagação Em abril de 1869 o conde d’Eu assumiu, em de idéias Assunção, o comando das tropas brasileiras na abolicionistas e Guerra do Paraguai, substituindo Caxias, que, republicanas e início doente, se retirara para o Brasil. do ocaso do Império. – Um grupo de intelectuais lança no 1870 Rio de Janeiro o “Manifesto Republicano”. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 15 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Lei do Ventre Livre. – O governo brasileiro começa a 1871 subsidiar a vinda de imigrantes italianos para as lavouras de café do Oeste Paulista. – Questão Religiosa, ou episcopal- maçônica que resulta na condenação dos bispos de Olinda e 1872/75 Belém à prisão, por terem obedecido a determinações do papa contra a Maçonaria, entrando em confronto com o governo imperial. 1873 – Convenção de Itu: primeiro congresso do Partido Republicano Paulista (PRP), fundado no ano anterior. – Início da extração da borracha na Amazônia, utilizando principalmente 1877 mão-de-obra nordestina deslocada de suas províncias por uma grande seca. 1883/85 – Questão Militar, que opõe oficiais do Exército a autoridades do Império. – O Ceará é a primeira província a extinguir a escravidão, tendo em vista 1884 que a maior parte de seus escravos fora vendida para os cafeicultores do Vale do Paraíba (RJ/SP). 1885 – Promulgação da Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva–Cotegipe, que emancipa os escravos com mais de 65 anos. 1888 – Abolição da escravidão por força da Lei Áurea. Os fazendeiros escravistas, último sustentáculo da Monarquia, deixam de apoiá-la. Brasil República Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto foram os presidentes militares do período inicial da História Republicana do Brasil, denominado “República da Espada”. 1889 – Proclamação da República, como resultado de uma conspiração de militares CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 16 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � positivistas, intelectuais e republicanos “históricos” (isto é, da primeira hora), tendo o marechal Deodoro da Fonseca como instrumento. Banimento da Família Imperial e formação de um Governo Provisório chefiado por Deodoro. – Primeiras medidas do novo governo: modificação da Bandeira Nacional, liberdade de cultos, separação entre Igreja e Estado, criação do Registro Civil e secularização dos cemitérios.1890 – Encilhamento: crise financeira (inflacionária) provocada pelas medidas emissionistas ministro da Fazenda, Rui Barbosa. – O Congresso Constituinte, eleito em 1890, promulga a primeira Constituição Republicana: presidencialismo, federalismo e sufrágio universal masculino (excluídos analfabetos e soldados rasos). 1891 – Eleição indireta dos marechais Deodoro e Floriano Peixoto como presidente e vice-presidente da República. – Renúncia de Deodoro, após uma série de atritos com o Congresso e uma tentativa frustrada de golpe de Estado. Floriano (o “Marechal de Ferro”) assume a chefia do Estado. Primeira Revolta da Armada. – Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, estendendo-se a Santa Catarina 1893/95 e Paraná. – Segunda Revolta da Armada no Rio de Janeiro, com participação de oficiais 1893/94 da Marinha e monarquistas. Ao se retirarem da Baía da Guanabara, os rebeldes da Armada unem-se aos federalistas no Sul. – Violenta repressão florianista aos revolucionários. Fim da República da 1894 Espada (1889/94) e início da República das Oligarquias (1894/1930). – Eleição do civil Prudente de Morais para a Presidência da República. 1897 – Destruição, pelo Exército, do arraial messiânico de Canudos (BA). – É eleito presidente da República Campos Salles, idealizador da “Política do 1898 Café-com-Leite” e da “Política dos Governadores”. – Funding Loan (reescalonamento da dívida externa brasileira) e início da “política de saneamento financeiro”. Retração econômica, com reflexos sociais. – Por sugestão de Campos Salles, a Câmara dos Deputados cria a Comissão de 1900 Verificação de Poderes, para proceder à “degola” dos políticos dissidentes que fossem eleitos. A base econômica da República continuava sendo o setor agroexportador, com destaque para o café. A importância deste último propiciaria ao setor cafeeiro a hegemonia política dentro da República Oligárquica. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 17 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � A localidade de “Belo Monte”, mais conhecida como “Arraial de Canudos” . Dela chegou-se a falar em “foco de monarquistas”. Antônio Conselheiro reunia milhares de despossuídos, vítimas da opressão e da miséria. – Presidência de Rodrigues Alves. “Quadriênio Progressista”: programa de 1902/06 saneamento (Osvaldo Cruz) e de modernização urbana do Rio de Janeiro (Pereira Passos). – “Revolta da Vacina” no Rio de Janeiro, envolvendo também o descontentamento popular com as más condições de 1903 vida e a alta de preços. – Tratado de Petrópolis: a Bolívia cede o Acre ao Brasil, mediante uma indenização e a promessa de construção da Ferrovia Madeira–Mamoré. – Convênio de Taubaté, firmado entre os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, 1906 dentro da “política de valorização do café”. – Realização do I Congresso Operário Brasileiro, de tendência anarcossindicalista. 1906/09 - Presidência de Afonso Pena. – Lei de Repressão ao 1907 Anarquismo, autorizando a A conjuntura da Primeira Guerra deportação de estrangeiros ligados ao movimento operário. Mundial (1914-18) contribuiu para o robustecimento de uma tendência 1908 – Início da imigração japonesa industrializante, que marcava o País desde para o Brasil. o início do século. Surgiram – Morte de Afonso Pena. O vice novas indústrias e reorganizaram-se Nilo Peçanha assume a as já existentes. A partir dessa época, São Presidência. – Candidatura Paulo passou a ter mais estabelecimentos presidencial do marechal Hermes industriais do que da Fonseca (nascido no Rio 1909 o Rio de Janeiro. Grande do Sul) e quebra da “Política do Café-com-Leite”. – Campanha Civilista (candidatura presidencial oposicionista de Rui Barbosa, apoiada por São Paulo). CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 18 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � A Semana de Arte Moderna foi um marco na História da cultura brasileira. Foi aplaudida e duramente criticada, mas deixou a semente renovadora da produção cultural nacional. O ano de 1922 foi pródigo em ocorrências inovadoras: modernismo, tenentismo e a criação do Partido Comunista do Brasil. � O Sol Poente, de Tarsila do Amaral, é o exemplo de um contexto de mudanças no panorama das artes plásticas do Brasil. � A Revolta do Forte de Copacabana (5/7/1922) marcou o surgimento do tenentismo como movimento armado. Ao episódio dos “18 do Forte”, seguiram-se a Revolução de 1924 (São Paulo) e a Coluna Prestes, entre 1924 e 1927. – Criação do Serviço de Proteção ao Índio (atual FUNAI), chefiado pelo então major Cândido Rondon. 1910 – Primeiras eleições presidenciais competitivas do Brasil. Vitória do marechal Hermes. – Revolta da Chibata, reivindicando melhores condições para os marinheiros. 1911 – Início da “Política das Salvações” (intervenção federal nos estados, contra as oligarquias locais; inspirada pelo senador gaúcho Pinheiro Machado). 1912/15 – Campanha do Contestado: destruição, pelo Exército, dos núcleos messiânicos instalados na região contestada entre Paraná e Santa Catarina. – Presidência de Venceslau Brás, apoiado pela reconstituída “Política do Café-1914/18 com-Leite”. Surto industrial no Brasil, graças à queda das importações durante a Primeira Guerra Mundial. Processo de substituição de importações. 1917 – Greve geral em São Paulo, de inspiração anarcossindicalista. – Rodrigues Alves é eleito presidente da República pela segunda vez, mas não 1918 chega a tomar posse, por motivo de doença, vindo a falecer no ano seguinte. É empossado o vice Delfim Moreira. 1919 – Nova eleição presidencial. Para completar o quadriênio, é eleito o paraibano Epitácio Pessoa, apoiado pela “Política do Café-com-Leite”. – Semana de Arte Moderna em São Paulo. – Eleição presidencial competitiva: vitória do mineiro Artur Bernardes contra Nilo Peçanha, candidato da “Reação Republicana” (aliança dos quatro “estados 1922 médios” – Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco). – Fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), impropriamente conhecido como “Partido Comunista Brasileiro” (denominação oficializada somente no final dos anos 50). – Revolta dos 18 do Forte de Copacabana: primeira manifestação do CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 19 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � movimento tenentista. 1922/26 – Presidência de Artur Bernardes, transcorrida em grande parte sob estado de sítio. 1923 – Promulgação da Lei de Imprensa, apelidada pela oposição de “Lei Celerada” (isto é, criminosa), por cercear a liberdade dos jornais. – Revolução em São Paulo, dentro do movimento tenentista, chefiada pelo general Isidoro Dias Lopes e os tenentes Miguel Costa e Juarez 1924 Távora. Concomitantemente, eclode um levante militar em Alegrete (RS). Vencidos em seus pontos de origem, os revolucionários se unem no Paraná– Coluna Prestes, comandada por Miguel Costa e tendo Luís Carlos Prestes como chefe de estado- 1924/27 maior. Auge do tenentismo. Depois de percorrer milhares de quilômetros pelo interior do País, os remanescentes refugiam-se na Bolívia. Na campanha presidencial, visando às – Uma dissidência no PRP dá eleições de 1930, a Aliança Liberal 1926 origem, em São Paulo, ao Partido apresentava um programa mínimo, Democrático. incorporando as mais variadas 1926/30 – Presidência de Washington Luís. reivindicações, como a moralização do – O Rio Grande do Norte é o processo político-eleitoral, voto secreto, 1927 primeiro Estado a instituir o estímulo à produção diversificada, sufrágio garantias de trabalho e outras. Com isso, feminino. contou com o apoio dos setores médios e – Visando conseguir a urbanos, e da incipiente burguesia estabilização financeira do País, o industrial. 1928 governo federal deixa de comprar excedentes da produção cafeeira. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 20 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Washington Luís lança a candidatura do paulista Júlio Prestes à sucessão presidencial, quebrando a “Política do Café- com-Leite”. – As oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, mais o Partido Democrático de São 1929 Paulo e parte dos movimento tenentista formam a “Aliança Liberal”, tendo Getúlio Vargas e João Pessoa como candidatos, respectivamente, a residente da República e vice. – A Crise de 29 e seus desdobramentos agravam a situação do café brasileiro, já abalada por sucessivas grandes – Vitória de Júlio Prestes na eleição presidencial. No exílio, Luís Carlos Prestes anuncia sua ruptura com o tenentismo e adesão ao comunismo. – João Pessoa é assassinado e a oposição acusa Washington Luís de mandante do crime. 1930 – Iniciando-se no Rio Grande do Sul e no Nordeste, irrompe a Revolução de 30, que engloba oligarquias dissidentes, tenentes e classe média. Washington Luís é deposto por uma Junta Militar Pacificadora e exilado, juntamente com Júlio Prestes. A Junta entrega o poder a Getúlio Vargas. Fim da Primeira República (ou República das Oligarquias) e início da Era Vargas. – Fase do Governo Provisório, dentro da Era Vargas. Vargas suspende a Constituição de 1891, 1930/34 dissolve o Congresso Nacional e designa interventores para administrar os estados que não fizeram parte da Aliança Liberal. Visando à retomada da hegemonia política e CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 21 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Criação dos ministérios do lutando pela recuperação da autonomia Trabalho, Indústria e Comércio e cerceada pela centralização getulista, a da Educação e Saúde. oligarquia paulista levantou-se em armas na – Queima dos excedentes do café e Revolução Constitucionalista de 1932. redução da área dos cafezais, com vistas a elevar o preço do produto. O governo passa a incentivar a diversificação da economia brasileira. 1931 – Início do populismo, com as primeiras medidas trabalhistas: jornada de oito horas, férias anuais e descanso semanal remunerado. – Legalização dos sindicatos, subordinados ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Início do “peleguismo” (controle dos sindicatos por líderes ligados ao governo). – Em São Paulo, o PRP e o Partido Democrático formam contra Vargas a “Frente Única Paulista”. – Revolução Constitucionalista de São Paulo: movimento armado com o objetivo de 1932 apressar a reconstitucionalização do País (na verdade, uma tentativa da oligarquia paulista de retomar o poder). – Fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), partido de orientação fascista chefiado por Plínio Salgado. – Instalação de uma Assembleia 1933 Constituinte, eleita por voto secreto e com participação do Além de serem alijados do golpe de 10 de eleitorado feminino. novembro, os integralistas também foram – Promulgação de uma nova surpreendidos pelo decreto de 7 de Constituição, que incorpora a dezembro de 1937, que suprimia os partidos legislação trabalhista e os recentes políticos e proibia a ostentação de aperfeiçoamentos eleitorais; uniformes, bandeiras, cartazes e outros 1934 criação dos “deputados classistas” adereços que não fossem os símbolos (20% do total). nacionais. Com isso, o movimento se – Vargas é eleito indiretamente inviabilizou, restando aos “camisas- para a Presidência da República, verdes” a tentativa de golpe de maio de com um mandato de quatro anos. 1938. – Fase do Governo Constitucional, 1934/37 dentro da Era Vargas. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 22 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Criação da Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente antifascista nucleada pelo PCB e dirigida por Luís Carlos Prestes, recém-chegado da URSS. – Aumentam os choques de rua entre aliancistas e camisas-verdes (integralistas). 1935 – O governo determina o fechamento da ANL. – Intentona Comunista (principais focos revoltosos: dois quartéis no Rio de Janeiro). Forte repressão governamental e prisão de praticamente toda a cúpula comunista. Vargas passa a governar por Estado de Sítio. – Campanha sucessória presidencial. – Divulgação, pelo governo, do “Plano Cohen” (projeto de insurreição 1937 comunista, forjado pelos integralistas, e descoberto por um oficial do Exército). – Golpe de Estado de Vargas, com apoio das Forças Armadas e da maior parte dos setores conservadores. Dissolução do Congresso Nacional e outorga de uma Constituição autoritária (a “Polaca”). – Fase do Estado Novo, dentro da Era Vargas. Os partidos políticos são extintos 1937/45 e não mais se realizam eleições. Instaura-se uma ditadura e os estados voltam a ser governados por interventores nomeados. – Criação do Conselho Nacional do Petróleo, dentro do intervencionismo econômico de orientação nacionalista 1938 característico da Era Vargas –“Putsch” (tentativa de golpe) Integralista. Desarticulação da extrema direita brasileira. Para garantir a presença do Estado getulista no conjunto das forças que lutavam contra as ditaduras nazifascistas, Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, chegou a visitar o ditador brasileiro. A partir CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 23 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br� – Entra em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho, código trabalhista inspirado na “Carta del Lavoro” da Itália Fascista. disso, o Brasil entrou na guerra e o Nordeste passou a sediar as bases que permitiriam a chegada de recursos aos Aliados na grande ofensiva do Norte da África. Em troca, viriam os milhões de dólares que garantiriam a instalação da Usina Siderúrgica de Volta Redonda. – Elaboração de um Plano Quinqüenal que enfatiza o 1939 estímulo à atividade industrial, dentro da “política de substituição das importações” implementada por Vargas. – Elaboração do Plano Siderúrgico Nacional, dentro do projeto 1940 varguista de implantar as “indústrias de base” no Brasil. – Instituição do salário-mínimo, já previsto na Constituição de 1934. – Criação da Companhia Siderúrgica Nacional e início da 1941 construção da Usina Siderúrgica de Volta Redonda, com empréstimos A manipulação das massas urbanas de cima e apoio tecnológico dos Estados para baixo, a partir dos seus próprios Unidos. anseios, foi a marca predominante da – Devido ao torpedeamento de política populista. Para a eficácia desse navios brasileiros em nosso litoral, processo, contava-se com os atributos o Brasil declara guerra à Alemanha pessoais do líder, como o carisma e o e Itália (a declaração de guerra ao discurso pleno de demagogia em que eram 1942 Japão, terceiro membro do Eixo, é incorporados jargões como “bem-estar de 1944). Retomada da extração da social”, “paz social” e outros, de ampla borracha na Amazônia devido ao aceitação popular. domínio implementado pelos japoneses na Malásia (1942-45). 1943 – “Manifesto dos Mineiros” em prol da redemocratização do Brasil. – Participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB), do Exército, e de um 1944/45 destacamento da Força Aérea na luta contra os alemães na Itália. Principal vitória brasileira: Monte Castelo. – Diante da crescente pressão interna e também por causa do enfraquecimento das ideologias de extrema-direita, Vargas adota medidas liberalizantes: afrouxamento da censura, libertação dos presos políticos, permissão para o funcionamento de partidos e fixação de eleições presidenciais para o dia 2 de 1945 dezembro. – A União Democrática Nacional (UDN) lança a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República. – O Partido Social Democrático (PSD) lança a candidatura presidencial do general Eurico Gaspar Dutra. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 24 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), apoiado pelo PCB, inicia a Campanha Queremista (“Queremos Getúlio!”). – Vargas é deposto por um golpe militar. José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, assume interinamente a Presidência da República. Fim da Era Vargas. – Eleições para presidente e também para o Congresso Constituinte, vitória do general Dutra, com o apoio expresso de Vargas. Forma-se a aliança PSD–PTB, que predominará na política brasileira até 1964. 1946/64 – REPÚBLICA POPULISTA. 1946 – Posse de Dutra na Presidência. – Posse de Dutra na Presidência. – Redemocratização do País, com a promulgação de uma nova Constituição, semelhante à de 1934 (principais diferenças: 1946 mandato presidencial de cinco anos, inexistência de deputados classistas e restabelecimento do cargo de vice-presidente da República, a quem cabe presidir o Senado). – Cassação do PCB e ruptura de relações diplomáticas com a 1947 URSS, dentro da política de A construção de Brasília foi a última das alinhamento do Brasil com os metas a ser incluída no Plano de Metas de Estados Unidos (contexto Juscelino Kubitschek de Oliveira. Sua internacional: “Guerra Fria“). justificativa: a construção da cidade, que – Diante da crise provocada pela passaria a ser a nova capital do País, seria liberalização da economia o principal pólo de uma arrojada proposta 1949 (excessiva importação de de interiorização. supérfluos), o governo Dutra volta ao intervencionismo e elabora o Plano SALTE. – Eleição de Getúlio Vargas para a 1950 Presidência da República (posse no ano seguinte). 1951 – Decreto presidencial impondo o limite de 10% anuais para a remessa de lucros de empresas estrangeiras instaladas no País. – Criação da Petrobras, empresa estatal com monopólio sobre a prospecção, 1953 extração e refinação de petróleo no Brasil, respeitando-se as refinarias já em funcionamento no País. – Elevação do salário-mínimo em 100%. Demissão de João Goulart do cargo de Ministro do Trabalho. – Campanha do jornalista Carlos Lacerda, filiado à UDN e diretor da Tribuna 1954 da Imprensa, do Rio de Janeiro, contra a administração de Vargas. – Atentado na rua Tonelero (Catete – Rio de Janeiro) contra Carlos Lacerda e morte do oficial da Aeronáutica, Rubem Vaz, que o acompanhava. – Pressão militar para a renúncia de Vargas, que se suicida. – O vice Café Filho assume a Presidência da República. 1955 – Instrução 113 da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito, antecessora do Banco Central), considerando como capital os equipamentos CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 25 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � importados por empresas estrangeiras para suas fábricas no Brasil. – Eleição da chapa Juscelino Kubitschek (PSD)–João Goulart (PTB) para presidente da República e vice. – A UDN e setores militares (sobretudo da Aeronáutica e da Marinha) manifestam-se contra a posse de JK. – Café Filho licencia-se por enfermidade e seu substituto interino, Carlos Luz (presidente da Câmara dos Deputados), é deposto pelo general Teixeira Lott, favorável à posse de JK. – O vice-presidente do Senado, Nereu Ramos, assume a Presidência interinamente, nela permanecendo até à posse de Juscelino. – O Congresso aprova o impeachment do presidente Café Filho. 1956/61 – Presidência de Juscelino Kubitschek, que procura pôr em prática um Plano de Metas de sua autoria. Desenvolvimentismo e abertura do País às multinacionais. 1956 – Criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística. – Luís Carlos Prestes, na clandestinidade desde 1948, ressurge em público, 1958 evidenciando a crescente participação dos comunistas na vida política (infiltrados em outros partidos ou agindo abertamente como tais). – O Brasil rompe com o FMI. – Criação da Superintendência do � Desenvolvimento do Nordeste 1959 (SUDENE). – A inflação atinge o índice de 39,5% ao ano. � A renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, deu início a um dos períodos mais tumultuados da História do Brasil Contemporâneo. Os acontecimentos que se seguiram ao surpreendente ato de Jânio Quadros apontavam para uma crise muito mais profunda: a da República Populista. � – Inauguração de Brasília. 1960 – Inauguração da Rodovia Belém– Brasília. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 26 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Jânio Quadros, eleito pelasoposições, toma posse na Presidência. O vice-presidente é João Goulart, do PTB (na época, a eleição para presidente e vice não era vinculada). – Supressão dos subsídios concedidos por JK às importações de trigo e de petróleo. O Brasil reata relações com o FMI. – “Política externa independente” em relação aos Estados Unidos: o Brasil vota contra a expulsão de 1961 Cuba da OEA e Jânio condecora o ministro cubano “Che” Guevara. – Crescente oposição conservadora (líder: Carlos Lacerda) e renúncia de Jânio Quadros. – Crise institucional. A cúpula das Forças Armadas se opõe à posse do vice João Goulart na Presidência. Solução de compromisso: Ato Adicional à Constituição de 1946, instituindo o sistema parlamentarista após a Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola. – Posse de João Goulart (“Jango”). – Referendo restabelece o sistema presidencialista. – Estabelecimento do Plano 1963 Trienal. – Crescente esquerdização do governo Goulart. Jango propõe as “Reformas de Base” (agrária, bancária, CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 27 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Crise econômica e crescente No célebre comício da Central do Brasil, no mobilização da classe média contra Rio de Janeiro (13/3/1964), Jango o governo: Marcha da Família com discursou para dezenas de Deus pela Liberdade. milhares de participantes; em tom de Golpe militar, apoiado pelos desafio, o residente assumia o compromisso setores conservadores da vida público de realizar as Reformas de Base. política e da sociedade civil, contra Com isso, despertou o temor dos setores João Goulart, que foge do País. O conservadores e criou as condições para o 196 4 Congresso elege o marechal golpe militar de 31 de março. Humberto Castelo Branco presidente da República. Antes da eleição de Castelo Branco, o “Alto Comando da Revolução” põe em vigor o Ato Institucional nº 1, que autoriza o governo a cassar mandatos e suspender direitos políticos por dez Governos Militares (Regime Autoritário) – Cassação de inúmeros líderes políticos, sindicais e estudantis, com destaque para João Goulart, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e Leonel Brizola. – Queda da inflação, que no final do governo Goulart alcançara o índice de 100% ao ano. 1965 – Após a vitória de candidatos da oposição para os governos estaduais da Guanabara, Minas Gerais e Goiás, o presidente Castelo Branco edita o Ato Institucional nº 2, que extingue os partidos políticos existentes e institui o bipartidarismo, consubstanciado na ARENA (partido da situação) e MDB (partido da oposição). – Em fevereiro, Castelo Branco edita o Ato Institucional nº 3 (eleições indiretas 1966 para os governos estaduais) e em dezembro, o Ato Institucional nº 4 (convocação extraordinária do Congresso para aprovar um novo projeto constitucional). – Janeiro: o Congresso Nacional promulga nova Constituição, de acordo com o projeto constitucional encaminhado pelo governo. – Carlos Marighella forma a Aliança Libertadora Nacional, organização clandestina voltada para a luta armada contra o governo. 1967 – Março: o Congresso aprova a Lei de Seguranca Nacional. O segundo presidente militar, marechal Costa e Silva, assume o governo. – Setembro: Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek lideram a formação de uma “Frente Ampla” – com adesão de João Goulart, exilado no Uruguai – exigindo anistia, uma Assembleia Constituinte e eleições diretas. – Manifestações de rua reúnem milhares de pessoas contra o regime militar. – Morte do estudante Edson Luís, de cujo enterro, no Rio de Janeiro, participam dezenas de milhares de pessoas. Passeata dos Cem Mil. 1968 – O deputado Márcio Moreira Alves (do MDB) pronuncia um discurso considerado injurioso às Forças Armadas. A Câmara dos Deputados nega autorização para que o parlamentar seja processado. – Dezembro: o governo edita o Ato Institucional nº5, que concede ao presidente da República poderes excepcionais por tempo indeterminado. – Agosto: o presidente Costa e Silva sofre um enfarte. O vice-presidente Pedro 1969 Aleixo (civil) é impedido de assumir a Presidência. O governo passa a ser exercido, interinamente, por uma junta formada pelos três ministros militares. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 28 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Outubro: a cúpula militar escolhe para presidente o general Emílio Garrastazu Médici, com mandato de cinco anos. Para combater a luta armada contra o governo, é criada em São Paulo a Operação Bandeirante (OBAN). – Maio: a Operação Bandeirante (OBAN) dá origem ao DOI-CODI (Departamento de Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) – aparelho 1970 repressivo organizado pelos militares, com apoio das polícias estaduais. – Julho: o Brasil ganha o tricampeonato mundial de futebol. – Novembro: a ARENA vence as eleições legislativas; entretanto, os votos nulos e brancos alcançam a marca de 30%. 1971 – Morte de Carlos Lamarca, que organizara uma guerrilha rural no Vale do Ribeira (SP). 1972 – Auge do “Milagre Econômico Brasileiro”. – Na cúpula das Forças Armadas, os “castelistas” conseguem lançar a candidatura do general Ernesto Geisel à Presidência, contra os desejos da chamada “linha 1973 dura”. – Fim da guerrilha do Araguaia, último episódio da luta armada contra o regime militar. – Março: o general Ernesto Geisel assume a Presidência da República. Em seu governo, tem início a abertura (distensão) política, que o próprio Geisel define 1974 como “lenta, gradual e segura”. – Novembro: eleições para as Assembleias Legislativas Estaduais e para o Congresso Nacional, com o MDB obtendo expressiva votação. – Apesar de um certo abrandamento da censura à imprensa, ocorrem inúmeras 1975 prisões de elementos considerados subversivos. O jornalista Vladimir Herzog é morto sob tortura nas dependências do DOI-CODI de São Paulo. – Janeiro: morre no DOI-CODI de São Paulo o operário Manuel Fiel Filho; o presidente Geisel afasta o comandante do II Exército. 1976 – O ministro da Justiça, Armando Falcão, põe em vigor a determinação conhecida como “Lei Falcão”, que limita o acesso dos candidatos ao rádio e à televisão durante a campanha eleitoral. – Geisel destitui o general Sílvio Frota, ministro do Exército e principal representante da “linha dura”. Entrada em vigor do O movimento das Diretas-Já congregou todos os “Pacote de Abril”, que segmentos da sociedade civil, numa das maiores 1977 estabelece um mandato de seis campanhas da nossa História. A esperança da anos para o próximo presidente maioria da população morreria no Congresso da República e cria os Nacional, onde a Emenda Dante de Oliveira foi “senadores biônicos” (eleitos por derrotada; restava, apenas, a eleição indireta no voto indireto,em número de um Colégio Eleitoral. senador por estado). CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 29 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Maio: greve dos metalúrgicos do ABC, na Grande São Paulo. 1978 – Outubro: extinção (mas não revogação) do Ato Institucional nº 5. – Março: o general João Batista Figueiredo assume a Presidência da República. Nova greve dos metalúrgicos do ABC mobiliza 1979 180.000 operários. – Agosto: o projeto de anistia ampla, geral e irrestrita política é aprovado pelo Congresso. – Reforma partidária e extinção da ARENA e do MDB. – Libertação dos presos políticos 1980 e autorização para os exilados retornarem ao País. – O governo restabelece eleições diretas para os cargos do Executivo, exceto para presidente da República e prefeitos das capitais e áreas de 1981 segurança nacional. – Abril: 330 mil operários param durante 41 dias, enfrentando violenta repressão. Luís Inácio da Silva (Lula) se destaca como principal líder sindical. 1982 – Eleições diretas para governador, suspensas desde 1966. 1983 – Surge a Central Única dos Trabalhadores (CUT). 1984 – Campanha das “Diretas-Já” reúne multidões nas principais capitais do País; mas a emenda Dante de Oliveira, que as instituiria, é rejeitada no Congresso. Nova República (a partir de 1985) – Janeiro: em eleições indiretas para a Presidência da República, o candidato oposicionista Tancredo Neves derrota o situacionista Paulo Maluf. 1985 – Março: na véspera de sua posse, Tancredo Neves é hospitalizado. O vice José Sarney é empossado interinamente na Presidência da República. Fim dos GOVERNOS MILITARES e início da NOVA REPÚBLICA. Em 21 de abril, é anunciada a morte de Tancredo Neves. 1986 – O presidente Sarney lança o “Plano Cruzado”, numa tentativa de estabilizar a economia. 1987 – Instala-se o Congresso Constituinte, presidido pelo deputado Ulysses Guimarães. 1988 – O Congresso promulga a nova Constituição. – Dezembro: Chico Mendes, seringueiro e ecologista, é assassinado no Acre. – Realizações das primeiras eleições presidenciais diretas após o golpe de 1964. 1989 No segundo turno, é eleito Fernando Collor de Melo, do PRN, derrotando Luís Inácio Lula da Silva, do PT. CURSO PREPARATÓRIO CIDADE Página 30 SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Posse de Fernando Collor de Melo. Implantação do “Plano Collor”, que muda a 1990 moeda em vigor e retém, por 24 meses, depósitos feitos em contas-correntes ou em poupanças. – Escândalos sucessivos abalam o 1991 governo Collor. A inflação retoma seu processo ascensional. – Setembro: Fernando Collor renuncia à Presidência pouco antes de sofrer impeachment pelo 1992 Congresso, que o declara inelegível por oito anos. O vice-presidente, Itamar Franco, torna-se presidente efetivo. – Plebiscito mantém a forma de governo republicana e o sistema 1993 presidencialista, contra a forma monárquica e o sistema parlamentarista. Durante o ano de 1992, o povo foi para as ruas – Março: o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, em protesto contra os desmandos do governo anuncia um novo plano econômico, Collor de Mello. Para não sofrer o denominado Plano Real. impeachment, o presidente renunciou; a Preliminarmente, entra em vigor campanha popular assinalaria, também, o uma unidade monetária virtual: a aparecimento de um novo personagem: os URV (Unidade Referencial de “caraspintadas”. 1994 Valor), que altera diariamente o valor da moeda corrente (cruzado novo). – Julho: entra em vigor uma nova moeda: o real. Interrupção do processo inflacionário. – Outubro: eleições para presidente da República, Fernando Henrique Cardoso vence no primeiro turno. – Janeiro: posse de Fernando Henrique Cardoso, que prioriza a consolidação da 1995 nova moeda e o esforço para impedir a volta da inflação. Nascimento do MERCOSUL. 1996 – Eliminação progressiva das medidas comerciais protecionistas, com a tarifa alfandegária máxima caindo de 105% para 32%. 1997 – O Congresso aprova emenda constitucional permitindo a reeleição para a chefia do Executivo em nível nacional, estadual e municipal. 1998 – Reeleição de Fernando Henrique Cardoso, vencedor no primeiro turno das eleições presidenciais. – Janeiro: Fernando Henrique Cardoso inicia seu segundo mandato presidencial. 1999 No mesmo mês, o Banco Central põe fim à “âncora cambial” (manutenção do dólar norte-americano em um patamar cambial artificialmente baixo). 2000 – A crise econômica da Argentina e a desaceleração global abalam a economia brasileira. 2001 – O desemprego mantém-se em patamares elevados. – Julho: racionamento na distribuição de energia elétrica que dura vários meses. Página 31 CURSO PREPARATÓRIO CIDADE SCLN 113 - Bloco C - Salas 207 / 210 - Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 www.iic.pro.br / cursocidade@iic.pro.br � – Vitória do candidato oposicionista Luís Inácio Lula da Silva (PT) à presidência 2002 da República, mas os partidos situacionistas (PMDB, PSDB e PFL) conservam a maioria dos governos estaduais. Antes das eleições, forte desvalorização do real em relação ao dólar. – Janeiro: posse de Luís Inácio Lula da Silva na Presidência da República. O novo governo mantém a política econômica de seu antecessor: controle da inflação por meio de juros altos, fiscalismo e busca de um elevado superávit primário. Primeiras conseqüências: redução dos índices inflacionários e recuo do câmbio do dólar, mas também aumento do desemprego, perda de poder aquisitivo pela população e diminuição das atividades econômicas. Os projetos sociais da campanha eleitoral, sobretudo o Fome Zero, não decolam. – Maio: o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) intensifica a invasão de propriedades, sobretudo no RS. A resistência dos fazendeiros aumenta a tensão social no campo. – Agosto: explosão de um Veículo Lançador de Satélites (VLS) na Base de Alcântara (MA), matando 21 técnicos, compromete o programa espacial brasileiro. 2003 – Morre em Bagdá (Iraque), vítima de um atentado terrorista, o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Melo, chefe da missão humanitária da ONU naquele país e que já se destacara em Kossovo e em Timor Leste, dirigindo atividades similares. – A Câmara dos Deputados aprova em primeira votação o projeto de reforma da Previdência apresentado pelo governo: fixação de limites para as aposentadorias (com favorecimento dos membros do Judiciário) e extensão da cobrança de contribuição previdenciária aos aposentados. – Setembro: a Câmara dos Deputados aprova em primeira votação o projeto de reforma tributária, abrindo espaço para um aumento da carga fiscal sobre pessoas físicas e jurídicas. – Dezembro: o presidente Lula discursa na Assembleia Geral da ONU propondo a criação de um fundo mundial de combate à fome. – É criado o Ministério da Coordenação Política, esvaziando parte das funções
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