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CARACTERISTICAS DO POSITIVISMO

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CARACTERISTICAS DO POSITIVISMO?
era uma doutrina de característica sociológica, filosófica e política que surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises sociais e morais do fim da Idade Média e do surgimento da sociedade da indústria, que foi marcado com a Revolução Francesa. O Positivismo de Comte consistia na observação dos fenômenos, se opondo ao racionalismo e idealismo, através da promoção do primado da experiência sensível. A doutrina negava à ciência qualquer possibilidade de investigação das causas dos fenômenos naturais e sociais, pois considerava esse tipo de pesquisa inacessível e sem utilidade, era mais válido se voltar para o estudo e descoberta das leis. Comte definiu a palavra “positivo” na sua obra “Apelo Aos Conservadores” de 1855 com sete significados: real, certo, útil, relativo, preciso, simpático e orgânico. Pode-se dizer que a ideia-chave do Positivismo de Comte era a Lei dos Três Estados, que afirmava que o homem passou e passa por três estágios em suas concepções, sendo elas:
Teológico: Afirmava que o homem explicava a realidade por meio de entidades sobrenaturais buscando responder questões como “de onde viemos?” e “para onde vamos?”. Fora isso, buscava-se o absoluto. É o estágio que a imaginação se sobrepunha à razão.
Metafísico ou Abstrato: Pode ser considerado como um meio-termo entra a teologia e a positividade. Continua-se a procura de respostas para as mesmas questões do Teológico, sempre buscando o absoluto através da busca da razão e do destino das coisas.
Positivo: Última e definitiva etapa. Não já se buscava mais o porquê das coisas, porém o como as coisas aconteciam. A imaginação vira subordinada à observação e busca-se somente o visível e concreto.
A INFLUENCIA DO POSITIVISMO NA REPUBLICA BRASILEIRA
O projeto sociopolítico de Comte pressupunha uma evolução ordeira da sociedade, incompatível com revoluções e mudanças bruscas. Curiosamente, no Brasil, os ideais positivistas serviram para alavancar uma troca de regime com a Proclamação da República.
O aparente paradoxo se explica, em parte, pelo fato de a influência positivista ter resultado em pensamentos muito diversos no Brasil, conforme se combinou com outras correntes ideológicas. Nenhum setor teve maior presença da ideologia comtiana do que as Forças Armadas, de onde saiu o vitorioso movimento republicano e a ideia de adotar o lema “Ordem e Progresso”. Várias das medidas governamentais dos primeiros anos da República tiveram inspiração positivista, como a reforma educativa e a separação oficial entre Igreja e Estado, ambos em 1891. 
O positivismo ficou de tal forma conhecido no Brasil que o prenome de Comte foi aportuguesado para Augusto e a corrente filosófica tornou-se tema de um samba de Noel Rosa e Orestes Barbosa. A canção intitulada Positivismo, lançada em 1933, termina com os versos: 
“O amor vem por princípio, a
ordem por base/O progresso é
que deve vir por fim/Desprezaste
esta lei de Augusto Comte/E foste
ser feliz longe de mim”
Diferenças entre objeto e método. Ciências Naturais vs Ciências Sociais: 
 
As Ciências Naturais estudam fatos e eventos naturais (o objeto das mesmas) 
que, presumivelmente, têm causas simples e são facilmente isoláveis, 
recorrentes e sincrônicos ao ponto de poderem ser vistos, isolados, 
divididos, classificados, e finalmente reproduzidos em razoáveis condições de 
controle experimental, em laboratório. 
 
Consequentemente, nas Ciências Naturais, existe uma distância relativa entre 
o cientista e seu objeto de pesquisa, o que torna o método objetivo o mais 
adequado para a investigação de tais fenômenos. 
 
Já as Ciências Sociais estudam fenômenos que se encontram além daqueles 
produzidos pela realidade objetiva, que é necessariamente composta por fatos 
exteriores aos homens. Tais fenômenos subjetivos correspondem as impressões, 
concepções e interpretações desenvolvidas pelos homens e seus grupos sociais 
em relação à essa realidade objetiva, e ainda a forma como estes fenômenos 
humanos e sociais influenciam o homem nas suas relações intersubjetivas, 
indivíduo para indivíduo e o indivíduo para com a sociedade. 
 
As Ciências Sociais, portanto, estudam fenômenos inerentemente complexos, com 
determinações e medições naturalmente complicadas e que podem ocorrer em 
ambientes grandemente diferenciados. Em vista disso, toda análise desses 
fenômenos é intrinsecamente parcial e subjetiva. 
 
Primeiro, porque indivíduos e grupo sociais reagirão de forma diferente ao 
mesmo estímulo ou fenômeno, baseado em suas visões de mundo e demais 
características específicas. E segundo, porque mesmo que fosse possível 
reproduzir todos os elementos envolvidos em um fenômeno social específico, 
seria impossível reproduzir a forma como cada um dos indivíduos envolvidos 
naquele fenômeno reagiu, ou reagiria, aos mesmos eventos, quando apresentados 
em uma estrutura de pesquisa controlada. 
 
Tais fenômenos só podem ser analizados, na maioria das vezes, como eventos 
históricos, já que, em grande parte, fazem parte do passado.

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