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DETERMINAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL Profª. Camilla Flávia Portela Gomes da Silva INSTITUIÇÃO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO CURSO SUPERIOR DE ZOOTECNIA Introdução Determinação do sexo Sexo cromossômico (genético); Sexo gonadal; Sexo fenotípico; Sexo psíquico DETERMINAÇÃO SEXUAL Em mamíferos é definida pela constituição cromossômica sexual do zigoto. cromossômica gonadal fenotípica DETERMINAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL processo de desenvolvimento das diferenças entre machos e fêmeas a partir de zigoto indiferenciado. cromossomos sexuais genes gônadas genitália externa hormônios comportamento DETERMINAÇÃO SEXUAL Primária Gônadas Secundária Genitália externa, Comportamento Fenótipo masculino ou feminino DIFERENCIAÇÃO SEXUAL Embriologia Mesentério Alantóide Reto Cordão nefrogênico Crista gonadal mesentério D. Muller D. Wolff mesonéfron Crista gonadal Intestino Fig 1. Esquema da diferenciação sexual Crista Gonadal Gônada bipotencial SF-1 WT1 DAX-1 WNT4a SRY SOX-9 ovário testículo C. foliculares C. tecais Folículo (E2) C. Sertoli C. Leydig AMH T4 D. Mesonéfrico (Wolff) Genitália interna masculina) DHT Seio Urogenital Pênis próstata D. Paramesonéfrico (Muller) x Genitália interna feminina SRY Wilhelm et al., 2007 GENES DOS CROMOSSOMOS SEXUAIS ENVOLVIDOS NA DIFERENCIAÇÃO GONADAL Gene SRY (Sex-determining Region of Y Chromossome) Cromossomo Y (braço curto) 1 éxon => ptn SRY (204 aa) Ptn SRY Agente indutor da determinação sexual masculina Koopman et al. 1991 Werner et al., 1995 8 Quando a proteína SRY se liga a seus sítios no DNA, cria alterações conformacionais. Desenrola a dupla hélice em sua vizinhança e curva o DNA em até 80o (Pontiggia et al., 1994; Werner et al., 1995). Essa curvatura leva proteínas ligadas à distância do aparelho de transcrição a um maior contato, permitindo-lhes interagir e influenciar a transcrição. high mobility group (HMG) box GENES DOS AUTOSSOMOS ENVOLVIDOS NA DIFERENCIAÇÃO GONADAL Gene SF-1 (Gene do fator esteroidogênico 1) Cromossomo 9 7 exons: Ptn SF-1 (461 aa) Superfamília dos receptores nucleares Regulador da função endócrina no H-H-G. Expresso em momentos cruciais: Gônada bipotencial antes da determinação testicular Células de Sertoli regulando a expressão do gene do hormônio anti-mülleriano (HAM) Células de Leydig regulando a produção dos hormônios esteróides. Luo et al., 1994 Fig 4. Secção transversal em embrião evidenciando o sistema genito-urinário. Intestino Crista genital Cordão nefrogênico Crista genital 10 In males, homology between the X and Y chromosome is restricted to a tiny region called the pseudoautosomal region (PAR), and it is in this region that pairing and recombination take place during male meiosis. In abnormal circumstances, pairing may extend into adjacent, nonhomologous regions, and an inappropriate exchange may occur that transfers Y-specific DNA onto the X chromosome. Regardless of the vast expanse of Y-unique DNA that TDY could occupy, humans, rather riskily, carry TDY less than 35 kb away from the PAR. This design fault results in a relatively high frequency of sex reversal, but ironically held the key to the discovery of the gene SRY that corresponds to the TDY locus (Fig. 2). Fig 5. Desenvolvimento das gônadas bipotenciais representado em secção transversal D. Wolff C.G.P. Epitélio celômico da Crista Genital Mesentério D. Wolff Mesênquima. D. Muller Proliferação do epitélio celômico Mesentério Aorta C.G.P. Túbulo mesonéfrico Túbulo mesonéfrico Fig 6. Diferenciação das gônadas bipotenciais no macho (esquerda) e na fêmea (direita) representada em secção transversal. D. Wolff D. Wolff D. Muller Cordões gonadais C.G.P. Epitélio celômico Degeneração : cordões gonadais Epitélio celômico C.G.P. Túbulo mesonéfrico Túbulo mesonéfrico D. Muller MACHO FÊMEA 12 (C) Desenvolvimento testicular: As cordas sexuais perdem contato com o epitélio cortical e desenvolvem a rede testicular. (E) O desenvolvimento ovariano quando as cordas sexuais primitivas degeneram. Fig 7. Diferenciação das gônadas no macho (esquerda) e na fêmea (direita) representada em secção transversal. Desenvolvimento D. Wolff D. Muller C.G.P. Tûnica albugínea D. Wolff D. Muller Cordões gonadais degenerados Mesotélio ovariano Oôgonia Cordões testiculares Túbulo mesonéfrico Túbulo mesonéfrico MACHO FÊMEA 13 (D) as cordas testiculares são contínuas com a rede testicular e se conectam com o duto Woffiano. (F) O ovário humano não se conecta ao duto Wolffiano, e novas cordas sexuais corticais rodeiam as células germinativas que migaram para o sulco genital. (Segundo Langman, 1981.) Fig 8. Diferenciação das gônadas no macho (esquerda) e na fêmea (direita) representada em secção transversal. Atrofia D. Wolff D. Muller Cordões gonadais degenerados Mesótélio ovariano Folículo primordial Atrofia D.Muller D. Wolff Cordões testiculares Tûnica albugínea C.G.P. Tubulos mesonéfricos MACHO FÊMEA Fig 9. Diferenciação gonadal no macho representada em corte transversal Tubulos mesonéfricos Tubulos seminíferos Tûnica albugínea C.G.P. rodeada C. Sertoli Rete testis D. Wolff Ducto deferente Epidídimo Canais eferentes Tubulos seminíferos MACHO MACHO Tab 1. Cronologia da diferenciação das gônadas em ratos, bovinos e seres humanos. Eventos Estágio do desenvolvimento (dias) Rato Bovino Humano Migração das cels. Germinativas (M/F) 11 30 20 Diferenciação dos cordões seminíferos (M) 14 40 50 Diferenciação das cels. Leydig (M) 15 45 55 Início da Profase 1 (F) 17 70 65 Início da Foliculogênese (F) 1-2 pós-natal 90 100 Tab 2. Cronologia da oogênese e da foliculogênese em ovários de fetos bovinos e ovinos. Estágio do desenvolvimento (dias) Eventos Bovino Ovino Surgimento folículos primordiais 130 90 Surgimento folículos primários 140 95 Surgimento folículos primários 210 105 Surgimento folículos secundários 240 150 Surgimento folículos terciários 280 150 Russe, I. 1983 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DO TRATO GENITAL NO MACHO Depende de 3 hormônios: Hormônio antimulleriano (HAM) Andrógenos: Testosterona: Desenvolvimento do D. Wolff => Genitália Interna Dihidrotestosterona: Genitália externa: pênis, bolsa escrotal Insl3 ( Fator 3 Tipo Insulina) Cromossomo 19 Cels. Leydig Descida testicular HORMÔNIO ANTI-MULLERIANO Glicoproteína Células de Sertoli Regressão dos D. de Muller, descida testicular e regula produção andrógenos (- expressão de genes de enzimas da síntese da T4) Nacthigal et al., 1998 Fig.12. Desenvolvimento embrionário do trato genital no macho e na fêmea. Ducto Muller MACHO FÊMEA Ducto Wolff Testosterona HAM 20 Em machos: sob T4 o duto Wolffiano se diferencia em vasos deferentes, E o AMH degenera o ducto de muller Em fêmeas, o duto Mülleriano fica intacto, se diferencia em ovidutos, útero, cérvix e vagina superior; o duto Wolffiano, privado de testosterona, degenera. AÇÃO DA TESTOSTERONA NA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DO MACHO Testosterona (T4) T4 T4 T4 DHT Aromatase 5α redutase Genitália externa Genitália interna e características sexuais secundárias (pós-natais) Hipotálamo Descida testicular Pênis Gubernáculo testis Canal inguinal Testículo Cavidade peritonial Ducto deferente Migração transabdominal Migração inguino-escrotal T4 HAM Zimmerman et al., 1999 Gen Insl3 Tab 3. Cronologia da diferenciação do trato genital em ratos, bovinos e humanos. Eventos Estágio do desenvolvimento (dias) Rato Bovino Humano Regressão do D. Muller (M) 15 50 30 Masculinização da genitália externa (M) 19 45 70 Vesículas seminais (M) 18 55 70 Regressão do D. Wolff (F) 18 70 65 Fim da migração testicular (M) 20 140 95
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