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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DUTOR JUIZ DA VARA ____ DO TRABALHO DE_______ PROCESSO No. XXX BANCO CONFIANÇA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º... , situada na Rua ..., n.º ..., no bairro de ..., município de ..., Estado do ..., CEP: ..., endereço eletrônico, vem respeitosamente, perante vossa Excelência por meio de seu advogado que esta subscreve, cujo o endereço para fins do artigo 106, I, CPC é Rua..., nº..., Bairro..., Cidade/UF ..., CEP nº..., endereço eletrônico..., com fundamentos nos arts: 769 e 847, arts. 336 ao 343 do CPC, apresentar CONTESTAÇÃO Á RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, proposta em face de PAULO, conforme os fundamentos a seguir aduzidos. PRELIMINARMENTE I. DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL Deve-se suscitar a prejudicial de prescrição quinquenal, relativo aos direitos anteriores a 25/11/2012, de acordo com o art. 7º , XXIX, da Constituição Federal (CF), aclarado pela Súmula 308, I, do Superior Tribunal do Trabalho (TST) e art.11 , parágrafo 1º da CLT. II-DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO Excelência, convé m desde log o regi strar a fal ta de represe ntação re g ula r do reclama nte , vi sto a a usê nci a de procuração espe c ífi ca a o p at rono da ca usa nos prese ntes a utos . Assi m, req uer-se , de modo i ni ci al, a s uspe nsão do processo em tela , afim d e q ue se ja co ncedi d o prazo pa ra sus tação do defeito i nformado , sob pe na de e xti nção d a reclamação tra bal hi sta movi d a. N esse sentido DOS FATOS O reclamante move ação trabalhi sta co nt ra o B anco C o nfiança , ora reclamado, alega ndo q ue foi gere nte g era l de uma a gê nci a do B a nco por quase 7 anos comple tos, se ndo nesse per íodo promo vi do , q ua ndo passo u a receber o dobro de seu sa lá rio anteri or. Importa nte regi strar q ue verdade i rame nte o reclama nte fora ge re nte do Ba nco con fi ança , sed o q ue este ai nd a c usteo u para P aulo a rea liza ção de se u MB A em Fi nanç as, inve sti nd o na capaci tação da que le um to tal d e R$ 30.000,00, como co ntrap a rti da, fora es tipu la do con trat ua lme nte uma clá us ula de perma nê nci a por 2 ano s ap ós o térmi no do curso, sob pena de ressarci mento i ntegra l caso o empregad o vi esse a ped i r seu d esli g amento antes do per ío do p actuado . No e nta nto, P a ulo , apesa r de m ui to satisfei to com seu t rabal ho, recebe ra u ma proposta i rrec usá ve l de ou tra i nstit ui çã o fina nce i ra, pedi ndo a ssi m sua demis são sei s meses após o término da especi a li zação profi ssi o nal conc l u ída . O B anco, por sua ve z, l he p agou corre ta mente a s parcelas decorre ntes da e xtinção do co ntra to de traba l ho, co nt udo , fora que sti o na do q uan to ao pag ame nto das i númeras , assi m a firma o recla mante, horas e xt ras pre sta das de sde 201 0 até o fi m de seu c ontra to. O Recla mado suste nta não ha ver di rei to algum qua nto ao p agamento das horas ext raordi nári as. A i nda assi m, P a ulo , i ndi gno u-se , e i ngresso u em 2 5/01/17 com uma recla mação tra bal hi sta postula nd o a s refe ridas ho ras ext ras, co m o adi ci o nal de 50% e se us re fle xo s . Era o que se tin ha de mais a rela tar, p asse -se ago ra a o co nf ro nto d as afi rmaçõ es, em respei to aos p rinc ípi os da e ve nt ua li dade e i mpugnação específi ca dos fa tos , co nforme teor do a r tig o 341 do CP C /15. DO MÉRITO: DO ÒNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA I. DO CONTRATO DE TRABALHO Conforme narrado na inicial, Gilson Reis trabalhou por cinco anos, sete meses e onze dias para a Reclamada na função de auxiliar d e serviços gerais, cumprindo a jornada de segunda a sexta -feira das 05:00 às 15:00 horas, com intervalo de 02 (duas) horas para o almoço. Foi dispensado sem justa causa no dia 09/11/2016, após cumprir aviso prévio. II. DA REINTEGRAÇÃO O empregado apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da sua categoria durante o período de aviso prévio, tendo informado o fato por e -mail ao seu empregador, o que lhe assegura a garantia de emprego, segundo alegou. Assim, requereu a sua reintegração. Ocorre que o Reclamante não se enquadra na situação prescrita no art. 543, §3º da CLT, conforme alegado, pois o registro de sua candidatura ocorreu no período de aviso prévio. Esta situação não lhe garante a estabilidade, mesmo que este aviso fosse indenizado, em face do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciado na Súmula 369, V. Portanto, o Reclamante não faz jus à reintegração, vez que, quando da sua candidatura à direção do sindicato de sua categoria, já se encontrava cumprindo aviso prévio. III. DA JORNADA DE TRABALHO/DAS HORAS EXTRAS O empregado aduziu que trabalhava das 05 às 15 h oras, com intervalo d e 02 (duas) horas para o almoço, e que tal jornada dava -lhe o direito de requerer o pagamento de horas extras no período trabalhado. No entanto, pode-se verificar que a jornada cumprida não excede o s limites constitucionais, seja o semanal de 44 (quarenta e quatro) horas o u o diário de 8 (oito) horas, conforme preceitua o art. 7º, XIII, da CF, e o art. 58, caput, da CLT, bem como não está em desacordo com o intervalo intrajornada, que é de no mínimo 1 (uma) hora e, salvo acordo coletivo, no máximo 2 (duas) horas, de acordo com o disposto no art. 71, caput, da CLT. Destarte, não prospera a pretensão do Reclamante em pleitear o pagamento de horas extraordinárias e seus respectivos reflexos. IV. DO ADICIONAL DE TRABALHO NOTURNO Gilson Reis laborava da s 05 às 15 h oras, o que o fez requerer o pagamento do adicional de trabalho noturno (ATN). Vale destacar que o empregado não trabalhava entre 22 horas de um dia e 05 horas do d ia seguinte, que é o período legal que caracteriza o ATN, segundo dispõe o art. 73, § 2º, da CLT. Dessa forma, requer a Reclamada a improcedência do pedido de adicional de trabalho noturno, pelas razões acima expostas. V. DO INTERVALO INTERJORNADA O Reclamante trabalhava das 05 às 15 horas e alegou na inicial que o intervalo interjornada não era observado, desejando ser remunerado nas respectivas horas extraordinárias. Relevante esclarecer que o intervalo interjornada deve ser de um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso do trabalhador, conforme aduz o art. 66 da CLT. Entretanto, no caso em tela, havia um interregno de catorze horas entre as jornadas, o que não contempla o pagamento de horas extras nem está em consonância com a Orientação Jurisprudencial 355 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção I, do TST. Portanto, por tais motivos, não pode prosperar o pagamento de horas extraordinárias e de seus reflexos. VI. DO PEDIDO De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, requer a Vossa Excelência o acolhimento da prejudicial de prescrição parcial e, por fim, no mérito, que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentese o Reclamante seja condenado ao pagamento das custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa. DAS PROVAS Protesta provar o alegado mediante todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário para elucidação dos fatos. Nestes termos, espera deferimento. Local/Data. Advogado/ OAB...
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