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Supervisão em Psicanálise

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Supervisão em Psicanálise – Sônia Ambrozino
Paciente: José, Homem de 43 anos, casado, mora em casa própria, porém, hoje em dia enfrenta um momento financeiro ruim depois que sua esposa perdeu o emprego. Conta que por ter sido filho único, sempre teve o sonho de ser Pai; mas que há algum tempo mudou de ideia, por conta da violência do local onde morava – o que surpreendeu até sua esposa – que sabia de seu grande sonho de ser Pai.
Um dia, aconselhado por um amigo, procurou se informar sobre os processos de adoção. Feito isso, conseguiu adotar três irmãos. O mais velho, tem 10 anos, bem comunicativo, adora futebol e é muito inteligente. O do meio, tem 8 anos, muito tímido e, segundo José, possui um jeito um tanto afeminado, o que o incomoda bastante – já que fora criado numa família muito conservadora. A menina tem 5 anos e já está na escola, deixando o Paciente muito orgulhoso, devido à sua facilidade de aprendizagem. 
José relata, que além da dificuldade financeira ampliada com a chegada dos irmãos, as prestações da nova casa e as contas do mês, se incomoda muito com o ‘jeito afeminado’ do filho do meio, o que o afasta do menino. A diferença que o Paciente faz entre o filho do meio e os outros 2, fica evidente para toda a família e causa constantes discussões com sua esposa e parentes mais próximos, que se sentem indignados com a atitude do mesmo. Atitude essa que sensibilizou o Pai do paciente – que desde que reparou a situação, acolheu o menino e faz as vezes do Pai, indo às reuniões escolares, passeios e até nos treinos de futebol que o menino começou a frequentar. 
O paciente procurou ajuda Terapêutica, para tentar lidar com a situação “diferente” do filho e assim acabar com seu sofrimento e do filho, podendo assim, conviver melhor em família. 
Proposta de tratamento: Abordagem Psicanalítica (associação livre) – Onde o Psicanalista possa remeter o Paciente à alguns momentos de sua rígida criação, pois o mesmo pode ter algum episódio de repudio por parte de algum familiar que o fez se engessar nessa opinião. 
Dúvidas sobre o caso: 
1- O Pai pode ter essa indiferença pelo filho do meio devido a algum trauma infantil, mesmo sem contato físico. 
2- O fato do avô estar sempre fazendo as vezes do Pai do menino, não atrapalharia uma possível reaproximação dos dois, claro, depois do esclarecimento do Pai em relação aos sentimentos do Filho.

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