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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE NATAL R/N
(10 linhas)
SUZANA (nome completo), nacionalidade, estado civil, auxiliar administrativo, portador do RG nº, CTPS nº, PIS nº, residente e domiciliado em, filha de (nome da mãe), por sua advogada, com endereço eletrônico, vem à presença de Vossa Excelência a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Pelo rito Sumaríssimo, em face da FAMÍLIA MORAES, nacionalidade, estado civil. Profissão, portadora do RG nº, CPF nº, residente e domiciliada em Natal R/N, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer a Vossa Excelência, que seja deferida a gratuidade de Justiça nos termos do art. 14, §1º, da Lei 5.584/70, por não possuir o Reclamante condições de arcar com as custas processuais, sem prejuízo de seu sustento.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
II- DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA:
A Reclamante foi admitida no dia 15/06/2015 pela família Moraes como empregada doméstica. No ato da contratação foi celebrado contrato de experiência com prazo de 45 (quarenta e cinco) dias.
Todavia, findos o prazo de experiência de 45 dias a reclamante continuou trabalhando normalmente, o que fez com que o contrato celebrado entre as partes se convertesse automaticamente em contrato por prazo indeterminado, tudo nos termos do art. 5º, §2º, da Lei Complementar – LC nº 150/2015.
III- DA JORNADA DE TRABALHO:
Salienta-se ainda que, a jornada de trabalho da Reclamante era das 7h às 16h, de segunda a sexta, ou seja, uma jornada de 9 (nove) horas por dia, com trinta minutos de intervalo para alimentação, ou seja, 08:30 (oito horas e trinta minutos) de trabalhos diários, conclui-se portanto que a reclamante tem direito a 30 minutos extras, com acréscimo de 50%, afinal laborava 8h30min por dia (art. 2º, §4º, LC nº 150/2015).
IV- DO VALE TRANPORTE:
Compete a Reclamante a devolução de 4% que foi cobrado a mais no vale transporte, pois o limite desse desconto é de 6% e a Reclamada descontava 10% (art. 4º, da Lei 7.418/85) do salário da empregada valor esse que era cobrado referente ao vale-transporte 
V- DO DESCONTO REFERENTE À ALIMENTAÇÃO:
 O art. 18 da LC 150/2015 veda expressamente o desconto referente a alimentação, portanto, o valor que era cobrado a título de alimentação (25%) da Reclamante deve ser devolvido.
VI- DO ADICIONAL DE VIAGEM:
A Reclamante viajou com a família para Gramado/RS durante 04 (quatro) dias úteis ocasião que trabalhou como babá das 8h às 17 h, fazendo assim jus ao pagamento de 25% (vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal, nos termos do o art. 11, § 2º, LC 150/15.
Sendo assim, a Reclamante tem direito a 25% por hora trabalhada, pelos 4 dias de viagem que fez com a família Moraes.
VII- AVISO PRÉVIO INDENIZADO:
Analisando que a Reclamada não realizou a prorrogação do contrato de trabalho da Reclamante, requer que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, bem como que a Reclamada seja condenada ao pagamento de aviso prévio indenizado nos termos do art. 23, §1º da LC 150/2015
VIII- DA AUSÊNCIA DE INTERVALO PARA REFEIÇÃO:
No caso em tela houve violação ao gozo de no mínimo uma hora de intervalo intrajornada (art. 13, LC nº 150/2015 e Súmula 437, TST), pois a reclamante tinha apenas 30 minutos de intervalo.
IX. DA MULTA DO ART 477, § 8º, DA CLT
A Reclamante foi dispensada em 15.09.2016 sem aviso prévio nem receber a indenização correspondente, entre as verbas rescisórias.
A Reclamante tem direito à multa do art. 477, § 8º, da CLT. É que o dispositivo do § 6º deste artigo impõe a quitação total das verbas, até o décimo dia da data da demissão, quando da ausência do aviso prévio, o que não ocorreu no caso em tela.
Para Luiz Eduardo Gunther (Juiz no Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região), “a multa prevista no parágrafo 8.º do art. 477 da CLT possui natureza jurídica moratória pois pode ser “exigida simultaneamente com o pedido de pagamento da prestação que é objeto da obrigação”, e, ainda, híbrida porque de natureza: a) administrativa-trabalhista (160 BTNs, hoje UFIR – em favor da União); e, também, b) de direito material do trabalho (um salário em benefício do trabalhador)”.
Corrobora com esse entendimento o TRT de Minas Gerais, vejamos:
(TRT MG – PROCESSO 0000818-02.2014.5.03.0050 RO (00818-2014-050-03-00-6 RO – Órgão Julgador Sexta Turma, Relator Anemar Pereira Amaral Revisor: Jorge Berg de Mendonca Vara de Origem: Vara do Trabalho de Bom Despacho Publicação: 09/03/2015)
EMENTA: MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO CONTRATUAL APÓS O PRAZO LEGAL. MULTA DEVIDA. A homologação da rescisão contratual após o prazo estabelecido no art. 477, § 6º, da CLT, ainda que efetuado o pagamento das verbas rescisórias no devido prazo, torna o empregado credor da multa do art. 477, § 8º, da CLT, eis que a homologação tardia da rescisão contratual retarda o levantamento do FGTS e o recebimento do seguro-desemprego.
Dessa forma, requer o pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da CLT.
X- DA NOTIFICAÇÃO DA RECLAMADA:
Requer a citação da Reclamada para comparecer à audiência e apresentar a Defesa que tiver, sob pena de revelia.
XI- PEDIDOS
a) deferimento da gratuidade de Justiça;
b) que o contrato seja considerado por tempo indeterminado;
c) assim sendo, que a Reclamada seja condenada ao pagamento das verbas inerentes a essa espécie de contrato, isto é:
c.1- pagamento de horas extras (30 minutos diários), acrescidos de 50% hora, no valor de R$
c.2 - a condenação da Reclamada à devolução do valor descontado a título de alimentação equivalente a 25% do salário mensal da Reclamante, no valor de R$
c.3 - bem como a devolução de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado ilegalmente, no valor de R$
c.4 - que seja a Reclamada condenada ao pagamento de uma hora por dia de intervalo intrajornada, no valor de R$
c.5 – que a Reclamada seja condenada ao pagamento de 25% por hora trabalhada na viagem de fez com a reclamante, no valor de R$
c.6- aviso prévio indenizado, no valor de R$
c.7 – que seja a Reclamada condenada a Multa prevista no art. 477 da CLT, no valor de R$
c.8 – que seja a Reclamada condenada ao pagamento de custas processuais
XII- DAS PROVAS
Protesta e requer provar o alegado, por todos os meios de prova em direito admitidos.
XIII- DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se a causa o valor de R$ (Soma dos valores)
Nestes termos,
Pede deferimento.
LOCAL/DATA
ADVOGADA
OAB UF/Nº

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