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NOME: PRISCILA DA SILVA LUIZ MATRÍCULA: 201602604665 EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ____ VARA DO TRABALHO DE NATAL/RN SUZANA, nacionalidade, estado civil, empregada doméstica, identidade nº.:___, CPF nº.:___, PIS/ PASEP n°.:____, CTPS n°.:____ , residente na Rua ___, Filha de _______; advogado subscrito , com procuração em anexo, endereço profissional __, vem perante Vossa Excelência com fulcro na Lei 150/ 2015 PROPOR PELO RITO SUMARÍSSIMO RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de _________ MORAES, pessoa física, nacionalidade, estado civil, profissão :______, com o número de identidade: _______, CPF:______ , residente na: ________ endereço eletrônico:______ filho de:_____; com base nos fatos e fundamentos que passa a expor I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1 950 e dos artigos 98 e seguintes do CPC e 5º, LXXIV da CF/88, que lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita, tendo em vista que o mesma não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio e de sua família , estando a autora DESEMPREGADA. Documentos comprobatórios em anexo. II- DOS FATOS A reclamante foi admitida como empregada doméstica na residência da família Moraes na data de 15/06/2016, em Natal/RN. A autora iniciava o trabalho como doméstica às 7h, com término às 16h, de segunda à sexta-feira, com trinta minutos de intervalo. Foi contratada a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e continuou trabalhando normalmente. No dia 15/09/2016 a autora teve baixa em sua CTPS. De forma indevida, a autora teve descontado do seu salário 10% referente ao vale-transporte, 25% do valor da alimentação consumida no emprego. Vale salientar também, que a reclamada viajou com a família por 4 dias úteis para Gramado/RS, onde trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora de almoço. Na data da rescisão, a autora recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. III- FUNDAMENTOS III.I- DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO . A autora celebrou contrato com prazo de experiência de 45 dias e ao término do prazo, a Reclamada da presente ação não realizou a prorrogação do prazo do contrato. A parte reclamante continuou prestando serviços normalmente após o término do prazo de experiência , o que fez com que o contrato se convertesse automaticamente em contrato por prazo indeterminado, isto conforme previsto nos termos do art. 5º, §2º, da Lei Complementar – LC nº 150/2015. A lei supracitada é clara ao tratar a respeito da conversão do contrato de trabalho à prazo certo, para indeterminado. Uma vez que não há a prorrogação do contrato e o empregado continua exercendo suas funções, é automática a conversão, sendo certo que o empregador deverá fazer a admissão do empregado, que a princípio estava apenas sob experiência. Neste diapasão, tendo em vista que a Reclamada não realizou a prorrogação do contrato de trabalho da Reclamante, requer que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, bem como que a Reclamada seja condenada ao pagamento das verbas inerentes a essa espécie de contrato, isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos do art. 23, §1º , da LC 150/2015 e seus reflexos nas férias acrescidas do terço constitucional (1/12 avos) e 13º salário (1/12 avos. A jurisprudência do TRT 4 tem abordado a respeito do tema transformação de contrato a prazo certo, para contrato a prazo indeterminado. “TRT-4 RECURSO ORDINÁRIO RO 0020146822016504772(TRT-4) CONTRATO DE EXPERIÊNCIA.CONVERSÃO EM CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO.CONFIGURAÇÃO.” III.II DOS DESCONTOS INDEVIDOS A rescisão contratual realizada pela parte reclamada contém a presença de descontos indevidos, os quais são dois. O primeiro desconto indevido está relacionado à alimentação da parte reclamante , uma vez que a parte reclamada fez o abatimento de 25% no salário mensal, contrariando expressamente o previsto no art. 18, da LC 150/2015. Com base nisto, deverá a parte ré ser condenada ao ressarcimento dos descontos de 25% na alimentação. O Segundo desconto indevido está relacionado ao vale-transporte, que em que pese seja permitido , só poderá ocorrer respeitando o limite de 6% legalmente previsto. A Reclamada em inobservância à lei , descontava 10%, e com isso , violou o art. 4º, Lei 7.418/85. Com base nisto , requer a condenação da Reclamada à devolução da alimentação equivalente a 25% do salário mensal da Reclamante, bem como a devolução de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado ilegalmente. O TST vem abordando o tema dos descontos indevidos em suas jurisprudências: “TST-RECURSO DE REVISTA RR 14750201450900654 (TST) DESCONTOS INDEVIDOS.RESCISÃO CONTRATUAL. LIMITE DO ARTIGO 477, PARÁGRAFO 5º, DA CLT.PROVIMENTO.” III.IV CONCESSÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA Vale destacar que a reclamante não gozou do mínimo de uma hora de intervalo na intrajornada de trabalho, conforme previsto no artigo 13, da LC n° 150/2015); sendo de somente 30 minutos por dia. Por consequência, requer a condenação da Reclamada ao pagamento de uma hora de intervalo intrajornada acrescido do adicional legal, tudo nos termos do dispositivo supracitado e da Súmula 437, I, do TST, bem como acrescido ao aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário proporcional e FGTS. IV- DOS PEDIDOS Isto exposto , requer a V. Exa.: a) a notificação do reclamado para integrar a presente ação ; b) Sejam deferidos os benefícios da gratuidade de justiça , conforme fundamentação supra; c) O reconhecimento do trabalho como sendo um contrato por prazo indeterminado e a desconstituição de contrato de experiência, pois não tendo havido prorrogação expressa do contrato de experiência, o contrato se transmudou em por prazo indeterminado, na forma do Art. 5º, § 2º, da LC 150/15. D) d) Sendo acolhido o pedido do item c , deverá ser pretendido o pagamento de aviso prévio de 30 dias e os reflexos disso nas férias + 1/3 e 13º salário, conforme o Art. 23, § 1º, da LC 150/15, no valor de R$:____. e) a devolução do valor de R$:____ referente ao desconto de 25% da alimentação, pois tal ato é vedado pelo Art. 18, da LC 150/15. f) O ressarcimento de R$:____ do valor de 4% descontado indevidamente do vale transporte. g) O pagamento de R$:_____ referente às uma hora extras diárias, em razão da supressão do intervalo de uma hora, nos termos do Art. 13 da LC 150/15 e Súmula 437 do TST. h) o pagamento de R$:_____, referente à 30 minutos diários de hora extra, já que a jornada diária da empregada era de 8:30 hs, sem qualquer referência à acordo escrito para compensação, conforme exigido pelo Art 2º, parágrafo quarto da LC 150/1 i) o pagamento de R$:___ referente a 25% por hora trabalhada em viagem, percentual que deverá incidir sobre 32 horas, conforme o Art. 11, § 2º, da LC 150/15. V.PROVAS Requer provar o alegado através de todos os meios de provas admitidas. VI. DO VALOR DA CAUSA Dá-se a ação o valor de R$:________ Nestes termos, pede deferimento Local, data _________________ Advogado e número da ordem
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