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Etnografia no Direito

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Resumo: Esse trabalho é uma resenha do artigo “Etnografia: saberes e práticas” de autoridade de Ana Luiza Carvalho da Rocha e Cornelia Eckert. O texto trata da técnica da etnografia referente ao estudo da Antropologia. Nele a etnografia é dada como uma importante técnica quando se trata de entender uma cultura de um derminado lugar.
ETNOGRAFIA: SABERES E PRÁTICAS
	Etnografia: saberes e práticas é um artigo de Ana Luiza Carvalho da Rocha e Cornelia Eckert que tem como objetivo falar sobre a técnica etnográfica como uma importante técnica da área da Antropologia. 
Desde o começo do artigo, deixam bem claro que a Etnografia é um método específico da pesquisa antropológica e que se constitui do exercício do olhar e do escutar, havendo assim um deslocamento do pesquisador da sua própria cultura para buscar compreender outras através da observação. 
	A observação direta é citada no texto como uma técnica privilegiada para investigar os saberes e as práticas da vida social e reconhecer ações a as formas de convivências coletivas na vida humana. É busca compreender uma cultura por meio da experiência, buscando assim uma percepção do contrates sociais, culturais e históricos daquele lugar. Logo, o olhar atento e a curiosidade são algo de suma importância dentro dessa técnica, que tem como um de seus objetivos a reflexão sobre o que foi pesquisado.
	Já falando da etnografia, a aproximação entre os cientistas e o objeto de estudo é muito importante, logo deve haver uma interação, pois assim chegará a um ambiente de pesquisa favorável ao pesquisador, participando de forma mais natural das rotinas daquele grupo social estudado, tendo como a observação como principal. 
Entretanto, o antropólogo não pode se transformar em nativo, pois não se deve aderir os valores de sua cultura para interpretar e descrever uma cultura diferente da sua própria. Deve haver então uma busca pelo o relativismo cultural, pois a antropologia trata-se da diversidade cultural. 
Deste modo, esse método trata-se de conhecer o outro, porém com um olhar científico sobre as coisas, saindo assim do senso comum. Deve estar atento as regularidades e variações de práticas e atitudes, reconhecendo as diversidades e singularidades dos fenômenos sócias existente ali. 
Escutar também é de grande importância, pois assim o pesquisador pode entender melhor o nativo a fim de buscar uma interação melhor entres os dois. Assim, compreender a ética moral daquele determinado grupo de forma mais compreensiva e se torna algo familiar naquele meio. 	
Logo, cita a escrita como algo de enorme relevância, uma vez em que no artigo cita a antropologia como uma espécie de romance, um momento literário onde todos os detalhes são levados em conta na hora dos resultados finais da pesquisa. Acontecimentos como cerimonias, conversas e relatos devem ser devidamente lembrando, não podendo perde nenhuma informação importante.
Assim, a troca de interação, a investigação crítica são características importantes tanto dentro da etnografia como no âmbito do Direito, uma vez em que o jurista estar sempre buscando compreender ações que estão presentes em determinados grupos sociais, pois só desse jeito ele terá uma visão ampla do fato a ele relatado. 
 Em um mundo onde a tecnologia estar em crescente crescimento, novos métodos etnográficos estão entrando em pauta. No artigo cita David MacDougall como um antropólogo visual que defende o uso de câmeras, por exemplo, dentro do cenário de observação dos fatos, o que seria, por exemplo, para um jurisperito em um ambiente de analise de um fato, logo, a visualidade no âmbito e Direito seria de grande importância, fortalecendo a verossimilhança de um argumento.
Portanto, nota-se que a técnica etnográfica é de grandiosa relevância tanto para a área antropológica como para a do Direito. A arte da observação, percepção, detalhamento e compreensão é presente em ambos, tanto em uma observação em um campo de pesquisa quanto em um caso envolvendo o profissional de Direito.
 
Referência 
ROCHA, Ana Luiza Carvalho; Eckert, Cornelia. Etnografia: saberes e práticas. Porto Alegre, 2008.

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