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Petróleo

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PETRÓLEO 
 
 
Petroleum - “Petra” = pedra, rocha e “oleum”= óleo 
Petra + oleum = óleo da rocha 
 
• Teoria Orgânica 
 
– A teoria afirma que o petróleo se originaria da decomposição de animais e plantas que viveram milhões de anos atrás. 
 
– Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton - organismos em suspensão nas 
águas doces ou salgadas - ex: fitoplâncton, protozoários, celenterados e outros. 
 
 
– Resíduos da queima de Petróleo - semelhança com algas marinhas. 
 
– Decomposição bacteriana dos seres depositados no fundo das bacias - lama putrefadas (sapropel, “sapros” pútrido e “pelos” 
limo) - fase inicial da formação 
 
– A matéria resultante e os componentes das rochas argilosas (Rocha matriz - rocha sedimentar) - esta combinação pode dar 
origem ao Petróleo. 
 
FFeennôômmeennoo ddee mmiiggrraaççããoo ddoo ppeettrróólleeoo 
 
•O petróleo, geralmente, não se acumula na rocha em que foi gerado - rocha matriz, ele flui até encontrar rochas onde o estacionamento do 
óleo se processa (trapas/covas - trapes) ou dissipado e oxidado quando aflora à superfície terrestre ou no fundo de lagos e oceanos. 
 
•As rochas reservatórios permitem a produção de petróleo devido à sua porosidade e permeabilidade, geralmente arenito e calcário. 
 
•O petróleo ocorre nas dobras anticlinais das rochas sedimentares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com base na estrutura, os hidrocarbonetos no petróleo cru, são classificados como alcanos, cicloalcanos e aromáticos. 
 
Gás 
natural Petróleo 
Água salgada 
Domo de 
 sal 
Offshore 
Onshore 
 
O aumento do número de carbonos dos alcanos, variações na cadeia lateral, condensação dos anéis, contribuem para um enorme número de 
hidrocarbonetos que ocorrem no petróleo. 
 
Como poluente, os hidrocarbonetos de petróleo ocupam posição intermediária entre as substâncias altamente biodegradáveis (biogênicas) 
e as altamente recalcitrantes (xenobióticas). 
 
 
 
O gás natural é uma mistura estável de gases em que o constituinte principal é o metano (83 a 99%), extraído de jazidas naturais onde muitas 
vezes o gás pode estar associado ao petróleo e outros gases. 
 
É uma mistura de hidrocarbonetos leves (metano, etano, propano e, em menores proporções, de outros hidrocarbonetos de maior peso 
molecular), que, à temperatura ambiente e pressão atmosférica, permanece no estado gasoso. 
 
A composição do gás natural é também bastante variável de campo para campo. 
 
 
Pode ser dividido em duas categorias: associado e não-associado. 
 
• Gás associado é aquele que, no reservatório, está dissolvido no óleo ou sob a forma de capa de gás. 
 
• Gás não-associado é aquele que, no reservatório, está livre ou em presença de quantidades muito pequenas de óleo. 
 
 
 
 
No estágio de exploração, apontam-se os principais impactos: 
 
 alteração física da área a ser explorada, através de desmatamentos, escavações, etc, para instalação de equipamentos necessários à 
pesquisa do local, 
 
 realização de levantamento sísmico, 
 geração de resíduos (sólidos e líquidos) 
 
•Filtros, •Fluídos hidráulicos, •Solo contaminado, •Solventes, •Água de lavagem de sonda, Fluídos (lama) de perfuração 
 
 emissões atmosféricas no processo de separação (líquido-óleo-gás ou líquido-óleo) 
 
 
 
Operação em terra - Onshore 
 
 
 
Nas fases de perfuração e produção, os cuidados maiores são: 
 no lançamento de resíduos, entre eles a lama de perfuração e água de produção 
 na prevenção e do controle de acidentes nos poços 
 na eliminação de água contaminada presente nos fluidos, 
 com derramamentos de petróleo e riscos de incêndios 
 na armazenagem do petróleo. 
 
Principais tipos de resíduos sólidos associados à produção de gás e petróleo e seus volumes relativos baseados em estudos realizados pela API em 1995. 
Operações marítimas 
Offshore 
 
 
É inevitável a presença de água contaminada (água de produção) por óleo ou outros poluentes durante a fase de produção, uma vez 
que raramente o petróleo extraído das jazidas vem isento de água e/ou gás natural. 
MMaatteerriiaall 
 
%% eemm vvoolluummee 
 
RReessíídduuooss llaammaass ee oouuttrrooss fflluuiiddooss ddee ccoommpplleettaaççããoo,, óólleeoo ccrruu,, pprroodduuttooss qquuíímmiiccooss,, ffiillttrrooss uussaaddooss,, bboorrrraass,, 
cciimmeennttoo,, mmaatteerriiaaiiss rraaddiiaattiivvooss ddee ooccoorrrrêênncciiaa nnaattuurraall –– NNOORRMM,, aarreeiiaass,, áágguuaa áácciiddaass 
3344 
 
AArreeiiaa pprroodduuzziiddaa,, bboorrrraass ddee sseeppaarraaddoorreess áágguuaa--óólleeoo 
 
2211 
 
OOuuttrrooss rreessíídduuooss fflluuiiddooss ddee pprroodduuççããoo 
 
1144 
 
EEnnttuullhhooss oolleeoossooss,, ffiillhhooss ee ssoollooss ccoonnttaammiinnaaddooss.. 
 
1122 
 
ÁÁgguuaa ddee rreessffrriiaammeennttoo ee oouuttrrooss rreessíídduuooss llííqquuiiddooss 
 
88 
 
RReessíídduuooss ddee ddeessttiinnaaççããoo ee aaddooççaammeennttoo ddee ggaasseess 
 
44 
 
EEmmuullssããoo nnããoo ttrraattaaddaa 
 
22 
 
SSoollvveennttee ee ddeesseennggrraaxxaammeennttoo uussaaddooss 
 
22 
 
FFlluuiiddooss hhiiddrrááuulliiccooss ee lluubbrriiffiiccaanntteess uussaaddooss 
 
11 
 
OOuuttrrooss rreessíídduuooss ssóólliiddooss ddee pprroodduuççããoo 
 
11 
 
 
 
Água de produção 
 Campo de petróleo 
– Produção simultânea 
• Petróleo 
• Gás 
• Água 
Gás e óleo - interesse 
econômico 
 
 
Água - Características 
 Hidrocarbonetos 
 Sais 
 Microorganismos 
– Fungos 
– Bactérias 
– algas 
 Gases dissolvidos 
 
 Material em suspensão 
 pH<7 
 Altos teores de cálcio e magnésio 
 10 vezes o volume de óleo produzido 
 
Tabela 1 - Caracterização da Água de Produção Bacia de Campos.(1997/98) 
 
Parâmetro (mg.L
-1
) Médio Mínimo Máximo 
SDT 52.100 35.000 72.300 
óólleeoo ee ggrraaxxaass 110000 3322 228833 
 
DDQQOO 22..000000 11..000000 33..220000 
DBO 700 400 2.200 
cloretos 49.500 17500 52.200 
ffeennóóiiss 22,,77 00,,99 44,,33 
 
 
pH 77,,22 66,,55 88,,11 
aammôômmiiaa 115500 6600 331144 
zinco 11..22 11..11 11..77 
bbáárriioo 3300 22 4455 
ccrroommoo ttoottaall 00,,22 00..00 11..22 
 
 
cádmio 00,,000033 00,,000022 00,,000044 
 
 
Tratamento de água 
 Recuperar parte do 
óleo 
 Condicionar a água 
para descarte ou 
reinjeção 
 Volume de produção 
muito grande 
 Normas Ambientais 
cada vez mais rígidas 
 Adequação às leis e 
normas técnicas 
 
 
Processamento de fluídos primários 
– Separação do óleo, do gás e da água com as 
impurezas em suspensão 
 
– Tratamento e condicionamento dos 
hidrocarbonetos (gás e óleo) 
 
 
– Tratamento de água para reinjeção ou descarte 
 
 
 
Manifold 
de 
 produção 
Separação 
Tratamento do Gás 
Tratamento do óleo 
 Tratamento de água 
Descarte Reinjeção 
Poços 
 
 
 Hidrociclones 
 
Du
Di
Dc
Do
L1
L
Di
Dc
Do
L1
L
 
 
 
 Flotadores 
 
Tratamento da Água 
 
 
 
 
 Separadores API 
– Remoção de óleo livre com diâmetro maior de 0,015 cm 
– Geralmente estão dispostos antes dos flotadores ou dos hidrociclones 
Flotação– Ar dissolvido 
Tanque de 
flotação 
Ar 
Tanque de 
retenção 
Bomba 
 
 
 
 
 
ETAPA DE TRANSPORTE 
 
No transporte de petróleo e derivados, a preocuparão é com a adoção de medidas preventivas e de controle, para evitar derrames de 
óleo. 
 
 
 
 
 
TIPO DE TRANSPORTE FASE MAIS CRÍTICA 
IMPACTOS 
POSITIVO NEGATIVOS 
Dutos terrestres  Fase de implantação  
 Desapropriação/invasão de regiões habitadas 
ou econômica/produtivas 
 Desencadeamento de processos erosivos e 
assoreamento de pequeno cursos de água na 
abertura de vias de acesso. 
Dutos submarinos  Fase de instalação 
 Crescimento de 
organismos incrustados 
sobre superfícies externas 
 Soterramento de comunidades aquática 
 Interferência na atividade de pesca de arraste 
de fundo 
Navios-tanque 
 Operação normal, derrames acidentais e 
descargas clandestinas 
 
 Contaminação do plâncton, bentos, peixes e 
aves marinhas e de toda a cadeia alimentar 
 Redução dos recursos pesqueiros 
 
 
 
Nas refinarias, tem-se desenvolvido e implantado sistemas de tratamento para todas as emissões atmosféricas potencialmente poluidoras 
(chaminés, filtros, etc.) e para os despejos líquidos, que são tratados por processos físico-químicos e/ou biológicos. Já os resíduos sólidos 
podem ser encaminhados para reciclagem (quando possível) ou serem tratados em unidades de recuperação de óleo e/ou tratamento 
biológico (landfarming), enviados para co-processamento ou aterros industriais. 
 
No caso das refinarias de petróleo, as correntes geradas nos diversos processos de produção de produtos de petróleo (GLP, gasolina, óleo 
combustível etc.) – emissões atmosféricas, efluentes líquidos e resíduos sólidos – necessitam de tratamento adequado para eliminar os riscos 
ao meio ambiente. 
 
As refinarias de petróleo se diferem em tamanho, complexidade, pelos processos existentes e pelo tipo de petróleo processado. Condições 
ambientais e de localização das refinarias (ilha ou região costeira, por exemplo) influenciam a natureza e quantidade das emissões e o seu 
impacto no meio ambiente. 
Refinaria de petróleo 
 
Produtos e Processos de Refinaria 
 
O refino é o coração da indústria do petróleo, não só em termos estratégicos, como na geração de poluentes. As refinarias são grandes 
consumidoras de água, gerando em contrapartida grandes quantidades de despejos líquidos, alguns de difícil tratamento. Apesar disso, os 
equipamentos e técnicas utilizados pela maior parte das refinarias ao redor do mundo são rústicos e não têm mudado muito ao longo das 
últimas décadas. 
 
A função básica de uma refinaria de petróleo é de produzir produtos e intermediários com base de hidrocarbonetos, a partir do petróleo cru ou 
de outra matéria prima contendo hidrocarbonetos. O petróleo é constituído de várias centenas de compostos orgânicos. Esses podem ser 
divididos em: hidrocarbonetos alifáticos (alcanos, alcenos e cíclicos); hidrocarbonetos aromáticos; asfaltenos (fenois, ácidos graxos, cetanos, 
ésteres etc.); resinas; e compostos polares (piridina, quinolinas, carbazóleo, amidas, tiofeno etc.). A Figura 1 mostra algumas das estruturas 
químicas encontras em petróleo. 
 
 
 
Uma refinaria típica produz uma grande variedade de produtos de diferente especificação: 
 
Combustíveis 
- Gás combustível 
- Gás liqüefeito de petróleo (GLP) 
- Gasolinas (automotiva e de aviação) 
- Querosenes (para iluminação, de aviação etc.) 
- Óleo diesel (automotivo e marinho) 
- Óleos combustíveis leves (óleo de aquecimento destilado, entre outros) 
- Óleos combustíveis pesados 
- Combustível bunker marinho 
- 
Matérias-primas para as Petroquímicas 
- Nafta, gasóleo, etileno, propileno, benzeno, tolueno, xilenos etc. 
- 
Outros Produtos 
- Óleos lubrificantes, graxas e parafinas 
- Óleos brancos (spindle) 
- Betumem 
- Coque de petróleo 
 
- Enxofre 
 
Figura 1 – Estruturas químicas de compostos encontrados no petróleo. 
 
Para produzir os produtos finais de petróleo, também chamados de derivados, a partir de suas cargas, uma refinaria realiza diversos 
processos. 
 
 
Esses processos são realizados em unidades ou plantas industriais, cada uma com uma função própria, cujas saídas podem fornecer a 
alimentação de outras unidades, como também o próprio produto final. 
 
Essas instalações são apoiadas por outras unidades que suprem utilidades para toda a refinaria – vapor, força, água, hidrogênio etc. 
 
Como a maioria dos processos em uma refinaria necessita de muita energia, a maioria das refinarias tem programas de aproveitamento de 
calor e de economia de energia. 
 
As principais categorias de instalações de uma refinaria estão listadas abaixo (CONCAWE, 1999; USEPA, 1995): 
 
 Processos de Separação Físicos 
- Destilação atmosférica 
- Destilação a vácuo 
- Destilação a alta pressão 
- Extração de aromáticos (Extração por solventes) 
- Desparafinação/Desalfaltação 
- Planta de separação de gás 
- Desoleificação 
 
 Processos com Conversão Química 
- Isomerização 
- Alquilação 
- Eterificação 
- Reforma catalítica 
- Craqueamento catalítico fluido (FCC) 
- Hidrocraqueamento catalítico 
- Craqueamento térmico/Visco-redução 
- Coqueamento de petróleo 
- Geração de hidrogênio 
 
 
 
 Processos de Purificação ou Tratamento 
- Dessalgação 
- Hidrotratamento (HDT)/Hidrodesulfurização (HDS)/Hidro-acabamento 
 
- Remoção de gás ácido 
- Tratamento caustico 
- Recuperação de enxofre de sulfeto de hidrogênio 
- Tratamento de águas ácidas 
 
 
 Refino de Óleo Lubrificante 
 
 Utilidades e Facilidades em Geral 
- Suprimentos de vapor e/ou força 
- Sistema de combustível líquido/gasoso 
- Sistema de flare para disposição de gases de escape 
- Suprimentos de água, ar, hidrogênio e nitrogênio 
- Sistemas de resfriamento de água 
- Tratamento de efluentes líquidos e de slop 
 
 Sistemas de Mistura, Estocagem e de Carregamento 
 
 Controles Ambientais 
- Tratamento de efluentes aquosos 
- Controles de combustão e outras emissões gasosas 
- Disposição de resíduos sólidos 
- Controle de odores e ruído 
 
 
Quadro. Relação entre a idade da refinaria e volume gerado de despejos líquidos, para uma capacidade de processamento de 100.000 
barris/dia. 
 
IDADE VAZÃO (EFLUENTE) 
106 l/dia 
DBO 
Kg/dia 
DBO 
mg/l efluente 
Antiga 87,3 5680 65 
Típica 37,4 2450 65,5 
Nova 17,0 1900 111,8 
 
 
 
 
Quadro 6.2. Correntes de despejos gerados em uma refinaria 
 
TIPOS DE DESPEJO ORIGEM COLETA TRATAMENTO 
Isento de óleo Águas pluviais 
Purga de torres de resfriamento 
Água de condensação (turbinas) 
Água de condensação (ar condicionado) 
Drenagem dos tetos 
Purga de caldeira 
Água de lavagem de filtros 
 
 
Esgoto 
pluvial 
 
Contaminado (óleo) Águas pluviais (sem controle) 
Dessalgadora 
Drenagem dos tanques 
Água de condensação das torres 
Tratamento de derivados 
 
Águas de 
processo 
 
 SAO 
 API 
 
 TRAT. 
 SECUN- 
 DÁRIO 
Sanitário Cozinhas e banheiros Esgoto 
sanitário 
Planta de esgotos 
da refinaria 
 
 
 
 
 Planta 
 municipal 
 
 
As refinarias de petróleo variam muito em complexidade, isto é, no número de diferentes operações existentes. O tipo mais simples de 
refinaria, chamada de “básica”, emprega praticamente só processos físicos de separação como a destilação, com um número limitado de 
processos de conversão química, tais como o hidrotratamento brando e a reforma catalítica. Assim, essas refinarias produzem poucos 
produtos de conversão química. Isso significa que os tipos e quantidades de produtos são amplamente determinados pela composição 
química do petróleo cru processado. 
Nas refinarias básicas, o petróleo cru é fracionado na unidade de destilação atmosféricaem correntes de nafta, querosene, óleo diesel e 
resíduos atmosféricos. As frações de nafta, querosene e gasóleo podem ser tratadas por unidades de hidrodessulfurização (HDS). A nafta 
hidrotratada é dividida em correntes da nafta leve e pesada. A fração pesada é melhorada no reformador catalítico para produzir um 
componente de mistura da gasolina de alta octanagem. 
As correntes gasosas do HDS e da reforma catalítica passam pela planta de gás onde são separados numa corrente de C3 e outra de C4. Os 
gases mais leves (C1 e C2) são enviados para a queima nas caldeiras e fornos da refinaria. Os gases ácidos, isto é, aqueles que contém 
compostos de enxofre, são tratados em unidades de remoção (tratamento por amina), e o gás rico em H2S passa pela unidade de 
recuperação de enxofre, onde a maior parte do H2S é convertido em enxofre elementar. A Figura 2 mostra fluxograma de uma refinaria básica. 
 
Hidrotratamento
Reforma
catalítica
Hidrodesulfurização
Destilação
Atmosférica
M
i
s
t
u
r
a
d
e
P
r
o
d
u
t
o
s
GLP
Nafta
Querosene
Gasóleo
Óleo diesel
Óleo
combustível
Óleo
Cru
Topo
Nafta
Gasóleo
Gasolina
automotiva
 
 
Figura 2 – Fluxograma esquemático de uma refinaria de petróleo do tipo básico. 
 
Aumento da complexidade de uma refinaria é feito por meio do uso mais extensivo de processos de conversão, tais como os 
hidrocraqueamentos mais severos e o craqueamento catalítico. Com isso, há possibilidade de se produzir produtos de maior valor agregado. 
Aumentando a capacidade de conversão de uma refinaria aumenta-se também a demanda de energia, com a conseqüente elevação das 
emissões atmosféricas. 
As refinarias que apresentam alguma conversão podem ser divididas em dois tipos: 
 Refinaria com nível de conversão baixo: capacidade de conversão limitada (unidade de visco-redução ou de craqueamento térmico); 
 Refinaria complexa: adição de um craqueamento catalítico fluido (FCC) e/ou um hidrocraqueamento e/ou um coqueamento retardado. 
Solventes, lubrificantes e/ou betumem podem ser produzidos em todas essas refinarias. A Figura 3 mostra o fluxograma esquemático de uma 
refinaria com nível de conversão baixo. Uma refinaria mais complexa é apresentada na Figura 4, também de forma esquemática. 
 
 
Figura 3 – Fluxograma esquemático de uma refinaria de petróleo com nível de conversão baixo. 
 
Atualmente, existe um dilema entre a necessidade de se produzir combustíveis mais limpos e a redução de emissões atmosféricas nas 
refinarias. Processos adicionais e mais severos de conversão produzem produtos mais limpos, mas em contra partida aumentam as emissões 
atmosféricas da própria refinaria (principalmente CO2). Há também um aumento de consumo de energia na refinaria. 
 
 
Hidrotratamento
Reforma
catalítica
Hidrodesulfurização
Destilação
Atmosférica
M
i
s
t
u
r
a
d
e
P
r
o
d
u
t
o
s
GLP
Nafta
Querosene
Gasóleo
Óleo diesel
Óleo
combustível
Óleo
Cru
Topo
Nafta de
Gasóleo
Craqueamnto
Térmico
Resíduo de
craqueamento
Gasolina
automotiva
 
Figura 4 – Fluxograma esquemático de uma refinaria de petróleo complexa. 
 
As duas principais classes de processo de conversão severa são os processos térmicos, com e sem catalisador, e processos que adicionam 
hidrogênio. Esses processos utilizam combustíveis produzidos na própria refinaria. 
A implantação desses processos de conversão requer um grande investimento, que é justificado pelo aumento da demanda de produtos leves, 
que não poderá ser suprida por esquemas de refino mais simples. Outra força motriz para esse investimento são as regulamentações 
ambientais, o que obrigará a adequação do processo de refino para a produção de combustíveis com abaixo teores de enxofre. No Brasil, de 
acordo com as novas exigências do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a composição de enxofre no diesel não poderá 
ultrapassar 0,05% a partir de 2004. 
 
 
 
 
Hidrotratamento
Reforma
catalítica
Hidrodesulfurização
Destilação
Atmosférica
M
i
s
t
u
r
a
d
e
P
r
o
d
u
t
o
s
GLP
Nafta
Gasolina
automotiva
Querosene
Óleo diesel
Óleo
combustível
Óleo
Cru
Topo
Nafta de
Gasóleo
Resíduo de
craqueamento
Destilação
à Vácuo
Elevado
Craqueamento
Térmico
Hidrodesulfurização
Gasóleo
Craqueamento
Catalítico
Gasóleo
Gasóleo
 
Refino no Brasil 
No Brasil, há 14 refinarias de petróleo, sendo 12 pertencentes à Petrobras, uma à Ipiranga (Refinaria de Petróleo Ipiranga, Rio Grande, RS) e 
a outra ao Grupo Repsol-YPF (Refinaria de Manguinhos - Rio de Janeiro, RJ). A listagem dessas refinarias e sua capacidade de 
processamento estão na Tabela I (Petrobras, 2002; Repsol-YPF, 2002; Ipiranga, 2002). 
Tabela I – Refinarias de petróleo no Brasil. 
REFINARIA LOCAL CAPACIDADE INSTALADA (Mbpd) 
REPLAN – Refinaria de Paulínia Paulínia, SP 352 
RLAM – Refinaria Landulpho Alves São Francisco do Conde, BA 306 
REDUC – Refinaria Duque de Caxias Duque de Caxias, RJ 242 
REVAP – Refinaria Henrique Lage São José dos Campos, SP 226 
REPAR – Refinaria Presidente Getúlio Vargas Araucária, PR 189 
REFAP S/A – Refinaria Alberto Pasqualini Canoas, RS 189 
RPBC – Refinaria Presidente Bernades Cubatão, SP 170 
REGAP – Refinaria Gabriel Passos Betim, MG 151 
RECAP – Refinaria de Capuava Mauá, SP 53 
REMAN – Refinaria Issac Sabá Manaus, AM 46 
Refinaria de Manguinhos (Repsol- YPF) Rio de Janeiro, RJ 14 
Refinaria de Petróleo Ipiranga Rio Grande, RS 12,5 
LUBNOR – Lubrificante e Derivados de Petróleo do Nordeste Fortaleza, CE 6 
SIX – Unidade de Negócio da Industrialização do Xisto São Mateus do Sul, PR 3,9 
Mbpd = mil barris por dia 
 
Na Petrobras, a maioria de suas 12 refinarias é do tipo complexo, já que apresentam unidades de FCC. As refinarias fora do sistema 
Petrobras também são do tipo complexo. A Figura 5 mostra a localização das refinarias da Petrobras. 
 
Figura 5 – Localização da 12 refinarias de Petrobras (Petrobras, 2002). 
 
Em termos de distribuição média da produção de derivados no País para o ano de 2001, os valores estão na Figura 6. 
 
 
Figura 6 – Distribuição da produção de derivados de petróleo no País (Petrobras, 2002). 
 
33.. EEMMIISSSSÕÕEESS AATTMMOOSSFFÉÉRRIICCAASS 
Os processos de refino podem ser agrupados nas seguintes categorias: 
 Aquecimento de hidrocarbonetos para processamento; 
 Separação física e purificação; 
 Conversão química, como o processamento de resíduos; 
 Resfriamento de produtos; 
 Estocagem de petróleo cru e produtos. 
Os processos de uma refinaria necessitam de muita energia. Normalmente mais de 60% das emissões de CO2, SOx e NOx estão relacionadas 
ao incremento energético para os diferentes processos (CONCAWE, 1999). 
 
3.1. Principais poluentes atmosféricos 
Os principais poluentes atmosféricos de uma refinaria são: 
 Dióxido de enxofre (SO2) e outros compostos de enxofre; 
 Óxidos de nitrogênio (NOx) e outros compostos de nitrogênio; 
 Monóxido de carbono (CO); 
 Dióxido de carbono (CO2); 
 Compostos orgânicos voláteis (COV), em especial os hidrocarbonetos; 
 Materiais particulados, incluindo metais e seus compostos; 
 Substâncias cancerígenas. 
 
As emissões de CO2 são aquelas que mais tem preocupado os governo, os cientistas e a sociedade de um modo geral, por ser o principal gás 
do efeito estufa na atmosfera. 
As emissões de CO estão associadas principalmente a processos de combustão mal regulados. Elas são relativamente pequenas e o seu 
impacto ambiental é limitado quando há correção nesses processos. 
A maioria das emissões de particulados de uma refinaria está diretamente correlacionada coma combustão de óleo combustível. Técnicas de 
controle de emissões para a redução de SO2 e de material particulado servem também para reduzir a quantidade de partículas metálicas no 
ar, como por exemplo, o níquel. Assim, esses poluentes não serão tratados separadamente neste trabalho. 
Outros poluentes não considerados no escopo deste trabalho são o sulfeto de hidrogênio (H2S) e o fluoreto de hidrogênio (HF). Em condições 
normais de operação, esses poluentes não são detectados nas correntes gasosas de saída das unidades industriais. Mesmo em condições 
anormais existem diversos dispositivos que previnem o escape (CONCAWE, 1999). 
 
3.2. Fontes 
Os principais poluentes atmosféricos de uma refinaria são originados principalmente das seguintes fontes: 
 Dióxido de carbono 
- Fornos, caldeiras e turbinas a gás 
- Regeneradores de FCC 
- Sistemas de flare 
- Incineradores 
 Dióxido de enxofre 
- Fornos, caldeiras e turbinas a gás 
- Regeneradores de FCC 
- Unidades recuperadoras de enxofre 
- Sistemas de flare 
- Incineradores 
 Óxidos de nitrogênio 
- Fornos, caldeiras e turbinas a gás 
- Regeneradores de FCC 
- Incineradores 
 Particulados 
- Fornos e caldeiras, particularmente quando da queima de combustíveis líquidos 
- Regeneradores de FCC e caldeiras de CO 
- Plantas de coque 
 
- Incineradores 
 Compostos orgânicos voláteis (COV) 
- Sistemas de armazenamento e de distribuição 
- Sistemas de separação óleo/água 
- Emissões fugitivas (flanges etc.) 
- Vents

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