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Resumo Processo Civil

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AULA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. SEBASTIAO MORAIS
UNINABUCO – DIREITO 2NA – 23/08/2017
SOCIEDADE E TUTELA JURÍDICA
A Sociedade e o Direito – Origem, Essência e Finalidade Social do Direito.
Conflito de Interesse:
Pretensão
Resistencia
Litígio – Lide
Meios de Resolução dos Litigiosos:
Auto Defesa ou Auto Tutela
Auto Composição
Processo (Arbitragem e jurisdição)
Os vários métodos de Solução das Lides:
Métodos Parciais:
Auto Tutela
Ausência de Juiz Distinto das Partes
Imposição de Decisão de uma das partes à Outra
Auto Composição
Desistência – Renuncia à pretensão
Submissão – Renuncia à Resistência
Transação – Concessões Recíprocas
Métodos Imparciais:
Arbitragem
Facultativa
Direito Antigo
Direito Moderno
Obrigatória
Direito Romano
Arcaico/Clássico
Jurisdição
A Sociedade e o Direito – Origem, Essência e Finalidade Social do Direito
Aristóteles: “o homem é um animal político, que nasce com a tendência de viver em sociedade”.
 É, portanto, predominante o entendimento de que não há sociedade sem direito: ubi societas ibi jus (onde está a sociedade, está o direito), assim como o inverso: não há direito sem sociedade: ubi jus ibi societas. 
A razão dessa correlação entre a sociedade e o direito está na função ordenadora que este exerce naquela, representando o canal de compatibilização entre os interesses que se manifestam na vida social, de modo a traçar as diretrizes, visando prevenir e compor os conflitos que brotam entre seus membros.
O critério que deve nortear essa coordenação ou harmonização na busca incessante do bem-comum é o do "justo e o equitativo", vigente em determinado tempo e lugar.
Conflito de Interesse:
Pretensão (solicitação ou reivindicação)
Resistência (recusa a submeter-se à vontade de outrem; oposição)
Litígio – Lide (disputa; a pretensão resistida)
	
Meios de Resolução dos Litigiosos:
Auto Defesa ou Auto Tutela (Uso da força; Imposição de Decisão de uma das partes à Outra)
Auto Composição (um acordo entre as partes)
	
Arbitragem Facultativa: as partes compareciam perante um mediador (órgão do Estado) comprometendo-se a aceitar o que viesse a ser decidido.
Arbitragem Obrigatória: Surge, então, o legislador, tendo como marco histórico fundamental dessa época a Lei da XII tábuas, no ano 450 aC.
Jurisdição:
Poder de um Estado, decorrente de sua soberania, para editar leis e ministrar a justiça.
A função jurisdicional só atua diante de casos concretos, em que são instaurados uma lide, isto é há uma pretensão resistida, e o Estado atua, mediante provocação.
AULA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. SEBASTIAO MORAIS
UNINABUCO – DIREITO 2NA – 30/08/2017
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO DIREITO PROCESSUAL
Principio do Devido Processo Legal (Art 5o, LIV / CF).
CF – Art.5o, LIV: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”;
Principio da Dignidade da Pessoa Humana (Art. 8o / CPC).
CPC – Art.8o: “Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. “
Principio da Verdade Real (Art. 370 / CPC).
CPC – Art. 370: “Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito”.
Principio da Recorribilidade Principio do Duplo Grau de Jurisdição
	
É um direito processual que garante a reanálise de uma decisão judicial, reapreciada por um órgão de jurisdição superior.
O referido princípio funda-se na possibilidade de a decisão de primeiro grau ser injusta ou errada, por isso a necessidade de se permitir a sua reforma em grau de recurso.
Principio da Economia Processual
Deve-se obter o maior resultado com o mínimo de jurisdição.
É a conjugação do binômio: custo-benefício. É o princípio do aproveitamento dos atos processuais como a reunião de processos por conexão ou continência, reconvenção, ação declaratória incidente, litisconsórcio etc.
Principio da Celeridade e da Duração Razoável do Processo
(Emenda Constitucional 45/204) (Art. 4 / CPC) (Art. 5o, LXXVIII / CF).
CPC – Art. 4o: “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.”
CF – Art.5o, LXXVIII: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.”
Principio da Eventualidade ou da Preclusão
	
Manda que as partes, logo que possível, apresentem tudo quanto têm a dizer em seu favor, ou que indiquem desde logo todas as suas provas, conforme a hipótese, sob pena de preclusão.
Preclusão: É a perda do direito de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de praticar os atos processuais por não tê-los feito na oportunidade devida ou na forma prevista.
Principio do Dispositivo (Art. 2o / CPC).
Derivações: Principio da Congruência / Adstrição / Correlação; Princípio da Demanda. 
CPC – Art. 2o: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.”
É vedando ao juiz a possibilidade de determinar a produção de provas ex officio, tendo as partes o poder exclusivo de alegação e de levar ao processo as provas que acharem pertinentes.
Em busca do tratamento isonômico, o juiz, em regra, não pode agir de ofício, para corrigir a omissão de uma das partes na prática de ato processual.
Principio da Boa Fé (Art. 5o / CPC)
CPC – Art. 5: “Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.”
A boa-fé objetiva é, talvez, o princípio máximo orientador do CDC. Trata-se do dever imposto, a quem quer que tome parte na relação de consumo, de agir com lealdade e cooperação, abstendo-se de condutas que possam esvaziar as legítimas expectativas da outra parte. Daí decorrem os múltiplos deveres anexos, deveres de conduta que impõem às partes, ainda na ausência de previsão legal ou contratual, o dever de agir lealmente.
Artigos relacionados: art. 4º, inciso III e art. 51, inciso IV, do CDC.
Principio da Cooperação (Art. 6o / CPC)
CPC – Art. 6: “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva”.
Principio do Contraditório Efetivo (Art. 7o , 9o e 10 / CPC)
CPC – Art. 7: “É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.” 
CPC – Art. 9: “Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. “
CPC – Art. 10: “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. “
Principio da Legalidade (Art. 8o / CPC) (Art. 5o, II / CF)
CF – Art.5o, II: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”
Principio da Publicidade e da Fundamentação das Decisões Jurídicas (Art. 11 / CPC) (Art. 93, IX / CF)
CPC – Art. 11: “Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. “
CF – Art.93, IX: “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;”
Principio da Isonomia e Repulsa ao Tratamento Privilegiado (Art. 12 / CPC)
CPC – Art. 12: “Os juízes e os tribunais atenderão,preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.”
AULA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. SEBASTIAO MORAIS
UNINABUCO – DIREITO 2NA – 04/09/2017
JURISDIÇÃO
É a função estatal de solucionar as causas que são submetidas ao estado através do processo, aplicando a solução juridicamente correta.
Características:
Inercia (Art. 2o / CPC).
CPC – Art. 2o: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.”
Substitutividade. 
A vontade do Juiz se impõe/substitui a vontade das partes.
O magistrado (de forma imparcial), substituirá as vontades das partes, aplicando o bom direito, ou seja, a vontade Estatal que foi positivado (transformado em normas), através da lei que emana do povo
Definitividade (Coisa Julgada – Formal e/ou Material)
As decisões que surgem em decorrência do poder jurisdicional, tem uma capacidade tornarem imutáveis, o que é chamado de coisa julgada. 
Respeitando o devido processo legal e o duplo grau de jurisdição.
Princípios Fundamentais:
Principio do Juiz Natural (Art 5o, XXXVII e LIII / CF).
CF – Art. 5o, XXXVII: “não haverá juízo ou tribunal de exceção;”
CF – Art. 5o, LIII: “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;”
Em um Estado Democrático de Direito é vedado a utilização dos tribunais de exceções, ou seja, uma corte criada para o julgamento de um determinado caso específico.
Principio da Investidura.
Para a jurisdição ser exercida é necessário que alguém seja investido na função.
Principio da Indeclinabilidade ou inafastabilidade (Art. 5o, XXXV / CF).
CF – Art. 5o, XXXV: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;”
Princípio de origem constitucional, previsto no art. 5º, XXXV, da CF/88, que determina que toda lesão ou ameaça de direito não poderá ser afastada do conhecimento do Poder Judiciário.
Entretanto existe uma exceção a qual se refere às questões da justiça desportivas, onde há a necessidade do esgotamento das vias administrativas desportivas para a lide seja levada ao Judiciário.
Principio da Indelegabilidade.
A atividade jurisdicional é indelegável, somente podendo ser exercida, pelo órgão que CF/88 estabeleceu como competente.
Assim sendo após o processo ser recebido por um Juiz, ele não poderá delegar o julgamento a terceiro ou outro juiz.
Principio da Aderência Territorial (Art. 255 / CPC).
A jurisdição aderirá uma base territorial e será aplicada nessa base. Atenção, existem tribunais que sua aderência será em todo o território nacional como o STF.
CPC – Art. 255: “Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos.”
Espécies de Jurisdição:
Jurisdição Contenciosa e Jurisdição Voluntária (Litigiosa e Graciosa).
	
Na jurisdição contenciosa existe uma lide, na voluntária não, sendo assim a vonluntária possui algumas características como: 
Não existe uma lide, apenas um negócio jurídico com a presença do juiz;
Não existe uma sentença, mas um pronunciamento judicial;
Nessa jurisdição não é conveniente falar em partes, mas interessados;
Jurisdição Penal e Não Penal (Direito Penal e, Direito Civil e Especial).
Jurisdição de Instancia Superior e Inferior.
	
Jurisdição Inferior: órgãos de 1º grau (monocráticos) → Juízes Estaduais, Federais e do Trabalho.
Jurisdição Superior: órgãos de 2º e 3º Graus (colegiados) → Tribunais Superiores Estaduais e Federais → Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais.
Jurisdição Comum e Especial.
Jurisdição Comum ou ordinária: Justiça Comum Estadual e Federal
Justiça Especial: Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.
Termos Usados em Sala:
Carta Precatória: Comunicação entre juízes de comarcas diferentes.
Carta de Ordem: Comunicação entre Instancia Superior para Inferior (Desembargador para Juiz)
Carta Rogatória: Comunicação entre países.
Lei Alienígena: Lei Estrangeira.
	
AULA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. SEBASTIAO MORAIS
UNINABUCO – DIREITO 2NA – 06/09/2017
COMPETÊNCIA
São os limites dentro dos quais cada juízo pode, legitimamente, exercer a função jurisdicional (é a medida da jurisdição).
Distribuição da Competência: Normas Constitucionais; Leis Processuais; Leis de Organização Jurídica (COJE).
Competência Internacional (Arts. 21 a 25 / CPC)
Competência Cumulativa ou Concorrente (Art. 21 e 22 / CPC)
CPC – Art. 21: “Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.”
CPC – Art. 22: “Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I – de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II – decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III – em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. ”
Competência Exclusiva (Art. 23 / CPC)
CPC – Art. 23: “Compete à autoridade judiciária brasileira, com EXCLUSÃO de qualquer outra:
I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
Competência CONCORRENTE e Litispendência (Art. 24 / CPC)
CPC – Art. 24: “A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.”
Competência Interna (Arts. 42 a 66) - Critérios de Determinação da Competência Interna:
Critério Objetivo
Valor da Causa:: Juizados ou Justiça Comum.
Natureza da Causa:: .
Qualidade das Partes:: Justiça Estadual ou Federal ou Militar.
Critério Funcional
Abrange a Competência.
Hierarquia.
Critério Territorial
Domicilio da Parte.
Situação da Coisa.
Local do Fato.
Conceito de Foro (Base Territorial) e Juízo (Unidade Judiciária – Vara)
Competência Absoluta e Relativa (Arts 62 e 63 / CPC)
CPC – Art. 62: “A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes. ”
CPC – Art. 63: “As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. ”
OBS: A competência relativa está sujeita a modificação pelas partes; A competência absoluta pode ser reconhecida pelo juízo de oficio; a competência relativa deve ser arguida na primeira oportunidade, sob pena de preclusão.
Perpetuação da Competência (Art. 43 / CPC)
CPC – Art. 43: “Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciárioou alterarem a competência absoluta. ”
Competência Territorial (Art. 46 a 53 / CPC)
	
Foro Geral ou Comum – Fixado em Razão do Domicílio do Réu (Art. 46 / CPC)
CPC – Art. 46: “A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. ”
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
	
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
Foros Especiais (Em Razão da Matéria, Em Razão da Pessoa e Em Razão do Local)
Ações Imobiliárias (Art. 47 / CPC).
CPC – Art. 47: “Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. “
Foro da Sucessão Hereditária e da Ausência (Arts. 48 e 49 / CPC).
CPC – Art. 48: “ O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. “
CPC – Art. 49: “A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. “
Ações em que o Incapaz for Réu (Art. 50 / CPC).
CPC – Art. 50: “A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente. “
Foro da União, dos estados e do distrito federal (Arts. 51 e 52 / CPC).
CPC – Art. 51: “É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. “
CPC – Art. 52: “É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. “
Foros em Razão da Pessoa (Melhor Tutela e o Interessa da Parte)
A do Domicílio do Guardião do Filho Incapaz (Art. 53, I / CPC).
CPC – Art. 53, I: “É competente o foro para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; “
A do Foro de Domicílio ou Residência do Alimentando para Ações de Alimentos (Art. 53, II / CPC).
CPC – Art. 53, II: “É competente o foro de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos. ”
Foro das Pessoas Jurídicas (Art. 53, III / CPC).
CPC – Art. 53, III: “É competente o foro do lugar “
Foros em Razão do Local em Matéria de Obrigações (Art. 53, IV e V / CPC).
CPC – Art. 53, IV: “É competente o foro do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; “
	
CPC – Art. 53, V: “É competente o foro de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. “
Foro do Idoso (Art. 53, III, “e” / CPC).
CPC – Art. 53, I, e: “É competente o foro lugar de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; ”
AULA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. SEBASTIAO MORAIS
UNINABUCO – DIREITO 2NA – 13/09/2017
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Por Prorrogação
Legal (ou necessária) (art. 54–56 / CPC).
CPC – Art. 54: “A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. “
CPC – Art. 55: “Reputam-se CONEXAS 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. “
CPC – Art. 56: “Dá-se a CONTINÊNCIA entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. “
Voluntária (Arts. 63-65 / CPC).
CPC – Art. 63: “As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. “
CPC – Art. 64: “A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. “
CPC – Art. 65: “Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. “
Considerações Gerais sobre a Conexão e Continência
Pressupõe demandas distintas, mas que mantém entre si algum nível de vinculo.
Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
Dá-se a continência entre dois ou mais ações quando houver identidade quanto as partes e a causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.
Finalidade das reuniões das demandas. Evitar decisões contraditórias.
Reunião de ações mesmo sem conexão entre elas (Arts. 55, § 3 / CPC)
CPC – Art. 55, § 3 : “Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. “
Revisão dos processos continentes e contidos (Art. 57 / CPC).
CPC – Art. 57: “Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. “
Prevenção (Arts. 58-59 / CPC).
CPC – Art. 58: “A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. ”
CPC – Art. 59: “O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. “
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA (ART. 66 / CPC)
CPC – Art. 66: “Há conflito de competência quando: “
Especiais
Conflito Positivo (Art. 66, I / CPC).
CPC – Art. 66, I: “Há conflito de competência quando: 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; “
Conflito Negativo (Art. 66, II / CPC).
CPC – Art. 66, II: “Há conflito de competência quando: 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência; “
Legitimidade para a Suscitação do Conflito.
Completar
Procedimentos (Art. 951-959 / CPC). 
Completar
AULA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. SEBASTIAO MORAIS
UNINABUCO – DIREITO 2NA – 20/09/2017
CONDIÇÕES DA AÇÃO
Direito de Ação X Direito Material.
Teorias da Ação:
Teoria Imanentista (Classica ou Civilista) – Não existe Direito de Ação sem Direito Material e vice-versa.
**Tem que ser reconhecido o direito material para ter direito de entrar c ação.
Teoria Concreta – Faz distinção entre Direito de Ação e Direito Material (o Direito de Ação é autônomo do Direito Material, mas dele é dependente)
**Não cabe recurso, pois caindo o direito material, cai o direito de ação
Teoria Abstrata – O Direito de Ação independe do Direito Material, podendo existir independentemente do Direito Material.
**Exclui-se o juizo de admissibilidade.
Teoria Eclética – O Direito de Ação não se confunde com o Direito Material, sendo autônomo e independente, todavia não é incondicional. Direito de Petição (Direito de obter uma manifestação de qualquer órgão público e o Direito de Ação é uma sentença de mérito).
**Condicionado ao juizo de admissibilidade.
Condições da Ação:
Possibilidade Jurídica do Pedido. (Tem que ser possível o pedido para o direito)
Legitimidade AD CAUSUM. (Quem faz o pedido tem que ter legitimidade)
Interesse de Agir. (A "vitima" tem que querer)
	
CLASSIFICAÇÕES DAS AÇÕES
Quanto a Naturezada Relação Jurídica – De Direito Real e de Direito Pessoal.
** o direito real se refere à relação do homem com o objeto, e o direito pessoal se refere à relação pessoal
Quanto ao objeto do pedido – Mobiliária ou Imobiliária.
** relativo à bens móveis e imóveis
Quanto ao Tipo de Tutela Jurisdicional.
De Conhecimento (Certificação do Direito).
Cautelar (Proteção e Efetivação de um Direito).
Executiva (Efetivação do Direito).
**De conhecimento: o órgão jurisdicional é chamado a julgar, declarando qual das partes tem razão (sentença de mérito).
**Cautelar: processo auxiliar e subsidiário. Antecipa um resultado favorável ao autor, quando provável. Possui caráter provisório.
**Executiva: execução forçada. Mediante titulo executivo resultante do processo de conhecimento, OU execução sem processo de conhecimento: titulo executivo extrajudicial.
Ações de Conhecimento: Condenatórias, Constitutivas e Declaratórias.
Condenatórias (Ações de Prestações). **aplica uma sanção ao réu
Constitutivas (Ações de Direito Potestativo) **cria, modifica ou extingue o estado de uma relação jurídica preexistente.
Meramente Declaratórias (Art. 19 / CPC).
CPC - Art. 19: “O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II – da autenticidade ou da falsidade de documento.”
Ações Mandamentais (o magistrado emite uma ordem cujo o descumprimento pode ensejar desobediência) – ** uma ordem judicial para que se faça ou deixe de fazer alguma coisa Ex.: mandado de segurança e a ação de modificação de registro público.
Ações Executivas “LATU SENSU” – Se busca a certificação e a efetivação do Direito reconhecidas, por meio de medidas coercitivas diretas – Prescinde da colaboração do executado.
Adicionais:
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
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Art. 63.  As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
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AULA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. SEBASTIAO MORAIS
UNINABUCO – DIREITO 2NA – 27/09/2017
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS - RESUMO
Pressupostos de Existência
Subjetivos (Referente a pessoa)
Órgão Investido de Jurisdição – Juiz. (De quem julga)
Capacidade de Ser Parte – Parte. (Das partes)
Objetivo (Referente ao objeto)
Existência de Demanda. 
Requisitos de Validade
Subjetivos.
Juiz – Competência e Imparcialidade.
Partes – Capacidade Processual, Capacidade Postulatória e Legitimidade AD CAUSAM.
Objetivo
Intrínseco – Respeito ao Formalismo
Extrínseco – Perempção, Litispendência, Coisa Julgada, Convenção de Arbitragem (NEGATIVUS) e Interesse de Agir (POSITIVO).
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Pressuposto de Existência.
Existência de Órgão Investido de Jurisdição.
Capacidade de ser parte é a aptidão para, em tese, ser sujeito da relação jurídica processual (direitos e obrigações).
Existência de Demanda (Art. 2° / CPC) – É o ato de pedir ou não seu conteúdo.
CPC – Art. 2°: O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
Requisitos de Validade.
Competência (princípio do Juiz Natural) – Ninguém será processado nem julgado senão por autoridade competente.
Imparcialidade. O Órgão Jurisdicional não pode ter interesse no desfecho da demanda (Impedimento/Suspeição - Art. 144 e 145 / CPC).
CPC – Art. 144: Há IMPEDIMENTO DO JUIZ, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
CPC – Art. 145: Há SUSPEIÇÃO DO JUIZ:
I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II – que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III – quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV – interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
Capacidade Processual (LEGITIMATIO AD PROCESSUM). A capacidade processual pressupõe a capacidade de ser parte. É possível ter capacidade de ser parte e não ter capacidade processual (estar em juízo / capacidade plena).
Capacidade Postulatória (JUS POSTULANDI). É a capacidade de requerer e postular em juízo (Art. 106 / CPC).
CPC – Art. 106: Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:
I – declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;
II – comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
Respeito ao Formalismo Processual. Ex: Petição Inicial (Art. 319 / CPC)
CPC – Art. 319: A petição inicial indicará:
I – o juízo a que é dirigida;
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu (dados);
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;	
IV – o pedido com as suas especificações;
V – o valor da causa;	
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Perempção (Art. 485, III / CPC) – Quando uma ação é extinta três vezes e mesmo assim voltar a ser postulada, será considerada perempta.
CPC – Art. 485, III: O juiz não resolverá o mérito quando: 
III – por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causapor mais de 30 (trinta) dias;
	
Litispendência (Art. 337, §1° e §2° / CPC).
CPC – Art. 337: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
§ 1° Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2° Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
Coisa Julgada (Art. 337, §4° / CPC).
CPC – Art. 337: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
§ 4° Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
Convenção de Arbitragem: cláusula contratual estabelecendo como competente o juízo arbitral.
Legitimidade AD CAUSAM – Ordinária (postular em nome próprio um direito próprio) e Extraordinária (postular em nome próprio um direito alheio) (Art. 17 e 18 / CPC).
CPC – Art. 17: Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
CPC – Art. 18: Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Interesse de Agir (processual) – Necessidade, Utilidade e Adequação.
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SEGUNDA UNIDADE
LISTISCONSORCIO ( ART. 113,118)
** Há litisconsórcio sempre que houver pluralidade de sujeitos em um dos polos da relação processual
Classificação : ativo, passivo, misto, inicial, ulterior, necessário, e facultativo.
Ativo: Mais de um autor (polo ativo);
Passivo: Mais de um réu (polo passivo);
Misto: ambos os polos;
Inicial: nasce com litisconsórcio;
Ulterior ou superveniente: surge o litisconsórcio durante o processo
Necessário: Formação obrigatória do litisconsórcio;
Facultativo: Formação facultativa do litisconsórcio;
Simples ou comum: decisão de mérito pode ser diferente para os litisconsortes; 
Unitário: mérito uniforme para os litisconsortes (trata como se fosse um único);
Justificativa : economia processual e harmonização dos julgados.
Hipóteses de cabimento ( Art. 113).
Litisconsórcio por comunhão de direitos ou de obrigações (ex : obrigação solidária).
Litisconsórcio por conexão de interesses ( ex : sócios em demanda pela anulação de uma assembleia).
Litisconsórcio por afinidade de interesse ( ex : candidatos querem prosseguir no concurso).
Combinação Possíveis.
Litisconsórcio necessário simples.
Litisconsórcio necessário unitário.
Litisconsórcio facultativo simples. 
Litisconsórcio facultativo unitário. Existe?
Limitação do litisconsórcio multitudinário (§ 1º e 2º do art. 113).
§ 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
§ 2o O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
Aplicasse apenas o litisconsórcio facultativo; 
Justificativas : comprometimento de rápida solução do litígio ; dificuldades do exercício do direito de defesa ou do cumprimento de sentença.
Reconhecimento : De ofício ; requerimento do porte.
Vício da sentença prolatada sem a presença de litisconsórcio necessário ( art. 115).
Litisconsórcio necessário unitário sentença nula.
Litisconsórcio necessário simples sentença em ineficaz. 
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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Parte -> É o sujeito parcial do contraditório.
Espécies de intervenção de terceiros : 
Assistência ( art. 119-124).
Particularidades : pode se dar a qualquer tempo e grau de jurisdição recebe o processo no estado que só encontra. Há de haver INTERESSE JURÍDICO intervenção voluntária.
Procedimento : petição do terceiro -> Intimação das partes ( 15 dias).
Não havendo impugnação -> deferimento.
Com impugnação -> sem determinar a SUSPENSÃO do processo, o Juiz decidirá. 
Espécies de assistência : 
Assistência simples ( art. 121-123). 
É o mecanismo pelo qual se admite que um terceiro que tenha interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes, possa requer o seu ingresso, para auxiliar aquele a quem deseja que vença. 
Particularidades : atua como auxiliar da parte exerce as mesmas ônus processuais do assistido. 
Poderes de assistente simples : 
pode praticar todos os atos processuais que não contrariem a vontade do assistido.( art. 121-122).
Assistência litisconsorcial : cabe quando o terceiro alegar a existência de um interesse jurídico imediato na causa . ( legitimidade extraordinário). 
Poderes do assistente litisconsorcial.
Pode praticar atos benéficos, atos dos favoráveis são ineficazes.
Denunciação da lide ( art. 125-129) 
Consiste no ato pelo qual o autor ou réu chama a juízo terceiro, que seja garantia do seu direito, a fim de resguardá-lo no caso de ser vencido na demanda em que se encontra ( provocada ).
**A vende casa a B antes. A vende casa a C depois. C entra com ação contra B, querendo a casa. C ou B pode fazer uma Denunciação a Lide, utilizando-se de A como garantia. Se perder, A terá que indenizar.
Da não obrigatoriedade da denunciação da lide. 
Objeto da denunciação 
Visa enxertar processo uma nova lide ( entre o denunciante e o denunciado).
Legitimidade : Autor – art. 126
 Réu
Cabimento ( art. 125)
Garantia de evicção 
Direito regressivo de indenização 
Denunciação feita pelo réu . 
Requerimento na contestação 
Reação do denunciado :
Contestar o pedido 
Não contestar ( revelia) 
Confessar os fatos alegados pelo autor.
Denunciação feita pelo autor ( art. 127)
Requerimento na petição inicial.
Citação do denunciado, antes da citação do réu.
Reação do denunciado: 
Defender-se negando sua qualidade e assumir a posição de litisconsorte ativo permanecer inerte ( revelia). 
Efeito da denunciação da lide ( art. 129).
Chamamento ao processo ( art. 130-132)
Finalidade : alargar o campo de defesa dos fiadores e dos devedores solidários, possibilitando- lhes, diretamente no processo em que um ou alguns deles forem partes demandadas, chamar o responsável principal, ou os corresponsáveis ou coobrigados, para que assumam a posição de litisconsortes, ficando todos submetidos à coisa julgada.
**Chamar ao processo os outros responsáveis pelas obrigações;
Cabimento ( art. 130).
Do afiançado, na ação em que o fiador for réu.
Dois demais fiadores , na ação proposta contra um ou alguns deles.
Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da divida comum.
Momento: Na contestação ( art. 131): Prazo 30 dias
Sentença como título executivo judicial. **para cobrar os demais responsáveis
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica:
Cabe em todas as fases do processo de conhecimento , cumprimento de sentença e processo de execução.
Legitimidade : parte e ministério público ( art. 133).
Possibilidade do requerimento ser feito na petição inicial ( art. 134 § 2º ).
Citação : prazo de 15 dias.
A instauração do incidente suspende o processo.
Pode ser resolvido por decisão interlocutória ( art. 136).
Se acolhido o pedido, a alienação ou oneração, havida em fraude a execução, será ineficaz; 
Amicus curiae ( art. 133) 
É o terceiro que , espontaneamente , a pedido ou por provocação do órgão jurisdicional, intervém no processo para fornecer subsídios que possam aprimorar a qualidade da decisão.
Cabimento ( art. 138)
Admissão ou não do amicus curiae -> decisão irrecorrível. 
Prazo de manifestação : 15 dias.
Não altera a competência ( art. 138 § 1º) .
Não tem legitimidade para decorrer.
O juiz deve definir os poderes processuais do amicus curiae. 
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DOS ATOS DAS PARTES 
São aqueles praticados pelo autor, réu, terceiro interveniente ou pelo MP, no exercício de direitos ou poderes processuais ou para cumprimento e ônus , obrigações, ou deveres de relação processual.
Classificação : 
Atos postulatórios: pedido ao juiz.
Atos probatórios ou instrutórios: são destinados ao convencimento do juízo (provar algo ao juiz).
Atos de disposição: é adecisão de abdicar de direitos ou vantagens , objetivando a obtenção de efeitos e que dependam apenas de homologação.
Declaração unilateral ( art. 485,viii e 487,iii , c ).
Declaração bilateral ( art. 487, iii, b ).
Atos processuais: possuem efeitos imediatos ( art. 200)
Exceção : desistência. 
Renúncia: é o ato de disposição em que a parte renuncia a um direito material ou processual por conta própria, de forma unilateral. A renúncia gera efeitos imediatos não dependendo de homologação judicial. Ex.: renúncia ao prazo recursal estabelecido exclusivamente a uma das partes.
Transação: é o ato pelo qual as partes, mediante concessões reciprocas, abrem mão de parcela de suas pretensões, visando a uma conciliação e composição do litígio. Dispensa a homologação judicial, uma vez que também produz efeitos imediatos.
Desistência: é o ato do autor da ação, de caráter tipicamente processual, que não tem mais interesse no prosseguimento da ação. Depende de homologação do juiz. Não produz efeitos imediatos.
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DOS PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ ( ART. 203-205)
 
Sentença: é o pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução; 
**Art.485 (TERMINATIVA, não tem resolução do mérito: Indeferir petição inicial ou verificar ausência de legitimidade ou interesse processual) 
**Art. 487 (DEFINITIVA, possui resolução do mérito, procedente ou improcedente)
Decisão interlocutória: é aquela que tem cunho decisório , porém, não extingue fase processual de conhecimento ou de execução.
**Ex.: Justiça Gratuita e Pedido Liminar
Despacho : é o pronunciamento judicial que tem por finalidade exclusivamente de movimento feito, sem cunho decisório. 
**Ex.: Agendamento de audiência e dilação de prazo
Acórdão : é o resultado do julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Atos meramente ordinatórios: são aqueles que não precisam ser realizados pelo juiz, podendo ser feito pelo servidor e revistos magistrado.
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ATOS PROCESSUAIS
da forma dos atos processuais ( art. 188-199).
liberdade de forma ( art. 188).
** Os atos independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
são públicos, em geral ( art. 189).
Permitem negociação processual entre partes plenamente capazes (Art190)
Calendário Processual ( art. 191).
** De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário
 do tempo dos atos processuais ( art. 212-216).
Processo Físico: Dias úteis, 06 às 20 horas. Possibilidade de conclusão do ato após às 20 horas .
Citações intimações e penhoras. (férias forenses, feriado, fora do horário)
Atos processuais praticados no processo físico X processo eletrônico ( art. 213).
Do lugar dos atos processuais ( art. 217).
Na sede do juízo.
Excepcional, em outro lugar : 
Em razão de deferência;
De interesse da justiça;
De natureza do ato. 
De obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
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DAS NULIDADES ( ART. 276-283)
Roteiro : o juiz deve avaliar se o defeito é relevante.
Se não é possível aproveitar o ato como se outro fosse.
 
Se não é possível corrigir o defeito.
Sistematização de defeitos :
Há defeitos processuais que não geram qualquer invalidade.
Há defeitos processuais que geram invalidades que não podem ser decretadas de ofício ( art. 278 ) ( nulidades relativas)
Há invalidade processuais que podem ser decretadas de ofícios.
Há defeitos que levam a invalidade que podem ser decretadas de ofício, porém se não impugnadas pela parte prejudica, no primeiro momento, restam preclusos ( art. 63 § 3º e 4º )
Não há invalidade sem prejuízo.
Art. 277,281,282,283 .
Princípio da fungibilidade dos atos processuais ( art. 277).
** Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade
Nulidades das citações e intimações ( art. 280).
** quando feitas sem observância das prescrições legais
 Art. 238 art. 269
Vedação à decretação da nulidade ( art. 292, § 2º).
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MINISTÉRIO PÚBLICO
Instituição permanente à função jurisdicional do estado, incubindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Direito de ação : 
Legitimidade extraordinária ( tutela de interesse coletivo e direito individual indisponível).
Legitimidade ordinária ( art. 127, CF).
Atuação : órgão agente ( parte)
 : órgão interveniente ( fiscal da ordem jurídica).
Atuação ao fiscal da ordem jurídica ( art . 178 , cpc).
Prazo para a intervenção : 30 dias . 
Hipoteses : 
Interesse público e social.
Interesse de incapaz.
Letígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Participação da fazenda pública e a intervenção do minísterio público.
Da ordem da vista dos atos ( art . 179).
Prazo para o ministério público ( art. 180).
Em dobro, para manifestação
Intimação pessoal
Inércia do MP
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PRAZO PROCESSUAL
Prazo é espaço de tempo em que o ato processual da parte ser validamente praticado.
 Inicial final
Omissão de prazo na lei (intimação 48h e ato processual 5 dias).
Somente dias úteis.
Recesso 20/12-20/01
Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico;
os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento;
Art. 226. O juiz proferirá: Despachos 5 dias, Decisões interlocutórias 10 dias, Sentenças 30 dias. 
Pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que está submetido;
Litisconsortes com diferentes procuradores: prazo em dobro (Processo físico).
Classificação :
Legais 
Judiciais ( art. 218 § 1º)
Convencionais 
Próprios: são as que precluem
Impróprios: atos da justiça ( art . 226-227)
Comum: é o que corre para ambas as partes , a um só tempo.
Particular: é o que interessa ou pertence apenas a uma das partes.
Peremptórios: são o que, conforme a tradição do direito processual, não poderiam ser alteradas ( art. 222 § 1º)
Dilatórios: são o que embora fixados pela lei, admite aplicação pelo juiz ou que , por convenção das partes , pode ser reduzidos ou ampliados , de acordo com a convivência das partes.
Prazos para o ministério público , fazenda pública e defensoria pública ( art. 230), ( art. 183), ( art. 180 e 18).
Intimação pessoal.
Prazo em dobro.
Começo do prazo:
data de juntada, atos externos;
data da ocorrência, atos ocorridos na secretaria;
data da publicação Diário de Justiça Eletrônico;

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