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DIREITO TRIBUTARIO AULAS 1 A 6 (1)

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DIREITO TRIBUTÁRIO II
 AULA N° 1
 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO: é a atividade de obtenção de meios para atendimento das finalidades encampadas pelo Estado.
NECESSIDADE PÚBLICA: Pode-se dizer que é tudo aquilo que incumbe ao Estado prestar, em decorrência de decisão política, inserida em norma jurídica. Ex: regular a atividade econômica (art. 174 da CF), prestar serviços públicos (art. 175), explorar a atividade econômica (art. 173), exercer poder de polícia (art. 192, 182 e outros).
SERVIÇOS PÚBLICOS: É a prestação de comodidade materialmente fruível diretamente pelos administrados, pelo Estado ou por quem faça suas vezes, sob regime de direito público (Celso Antônio, 1973)
PODER DE POLÍCIA: É a intervenção na propriedade e na liberdade do indivíduo pelo Estado, impondo-lhe abstenções.
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO: O Estado intervém fixando preços, reprimindo o abuso do poder econômico, assegurando a livre concorrência. (art. 173, § 3° da CF)
FINANÇAS: palavra originária do latim finis que significa o fim de uma operação que se desenvolve pelo pagamento.
CIÊNCIA DAS FINANÇAS (CONCEITO): é um conjunto enciclopédico de conhecimentos e meditações sociológicos, políticos, econômicos, administrativos, psicológicos etc. que servem de instrumentação política para o legislador. (Geraldo Ataliba, 1969)
CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA DAS FINANÇAS:
1)fornece dados ao político para que ele decida
2)procura fenômenos econômicos para a incidência de alguma norma tributária, fornecendo meios arrecadatórios ao Estado.
3)Estuda as reais necessidades da sociedade, os meios disponíveis para atendimento dos interesses públicos
4)Municia os agentes públicos para que possam decidir sobre temas os mais variados, inclusive de política fiscal.
ASPECTO PRIMORDIAL DA CIÊNCIA DAS FINANÇAS: é a atividade fiscal, ou seja, a desempenhada com o propósito de obter recursos para o custeio das atividades estatais.
RECEITA PÚBLICA: é o complexo de valores recebidos pelo erário público, sejam provenientes de rendas patrimoniais, sejam resultantes de rendas tributárias, destinados a fazer frente à despesa pública. (De Plácido e Silva)
É a entrada definitiva de dinheiro e bens nos cofres públicos.
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS: 
1)Extraordinárias: Ocorrem no caso de guerra ou sua iminência (Impostos extraordinários previstos no art. 154, II da CF);
2)Ordinárias: são as receitas havidas com regularidade, recebidas no desenvolvimento da atividade norma do Estado.
CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO À ORIGEM:
1)Receita Originária: decorre da exploração pelo Estado de seus próprios bens Têm origem no patrimônio do próprio Estado
2)Receita Derivada: provém da arrecadação tributária. Têm origem no patrimônio do particular
3)Receita Transferida: São provindas do patrimônio particular mas não são arrecadadas pelo ente político que recebe.
DESPESA PÚBLICA: é o conjunto dos dispêndios do Estado ou de outra pessoa jurídica de direito público para o funcionamento dos serviços públicos. (Aliomar Baleeiro)
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA:
1)Despesa Corrente: são despesas de custeio. Ex: pessoal civil, militar, material de consumo, serviços de terceiros, encargos diversos.
2)Despesa de Transferências correntes: Ex: subvenções sociais, econômicas, inativos, pensionistas, salário-família e abono familiar, juros da dívida pública, contribuições de previdência social e outras.
3)Despesa de Capital: são os investimentos (obras, equipamentos e instalações, material permanente, participações em empresas industriais ou agrícolas) e as inversões financeiras (aquisições de imóveis, participações em empresas comerciais ou financeiras, aquisições de títulos de empresas, concessão de empréstimos etc.)
4)Despesa de Transferência de Capital: são despesas para amortização da dívida pública, auxílios para obras públicas, equipamentos e instalações e outras contribuições. 
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA EM RELAÇÃO À COMPETÊNCIA: Federais, Estaduais e Municipais.
ORÇAMENTOS PÚBLICOS: é a lei que contém a previsão de receitas e despesas, programando a vida econômica e financeira do Estado, por um certo período.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS:
1)Princípio da Universalidade: todas as receitas e despesas devem estar previstas na lei orçamentária;
2)Princípio da Anualidade: o orçamento deve ser atualizado todos os anos, para cada ano um novo orçamento;
3)Princípio da Exclusividade: a lei orçamentária não pode tratar de qualquer assunto que não seja receita e despesa
4)Princípio da Unidade: o orçamento deve ser um documento só contendo todas as receitas e despesas
5)Princípio da Não Afetação: é vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a repartição de receitas constitucionais, ações e serviços de saúde pública, manutenção e desenvolvimento de ensino e as operações previstas no art. 165, § 4° e § 8°.
DISTINÇÃO ENTRE CIÊNCIAS DAS FINANÇAS, DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO
Direito Tributário: regula a atividade financeira do Estado no que se relaciona a tributos.
Direito Financeiro: regula a atividade financeira do Estado, exceto em relação a tributos.
Ciência das Finanças: seu objeto é o conjunto de fatos que é regulado pelo Direito Financeiro e pelo Direito Tributário, isto é, o conjunto de fatos que compõem a atividade financeira do Estado. Estuda a atividade financeira do Estado sob a perspectiva sociológica, política, econômica, ética e jurídica, informando o legislador e acompanhando a evolução do direito.
 AULA N° 2
TRIBUTO: Palavra originária do latim “tributum” (imposto, contribuição) pode possuir dois sentidos:
1)Sentido técnico: contribuição imposto em caso de guerra ao Estado vencido ou a soma de contribuições devidas por uma província ou Estado vassalo
2)Sentido fiscal: iguala-se ao sentido de imposto que compreende a contribuição devida por todo cidadão estabelecido ou residente em um Estado ou dele retire proveitos pecuniários, para a formação da receita pública.
CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO: Ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra abusos desse poder. (Hugo de Brito Machado, 2004)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRIBUTO
O TRIBUTO NA ANTIGUIDADE: 
1)-há referências a sua existência há 6.000 anos, entre os rios Tigre e Eufrates (hoje Iraque). Incidiam sobre qualquer coisa.
-há referências, no Velho Testamento, ao “dízimo”, que era um tipo de imposto de renda cobrado para sustento do Estado-igreja Hebraico 
-Existem também referências a imposições tributárias 1.300 anos antes de Cristo, na China, Pérsia, Egito, Cartago e Grécia
2) O Tributo na Grécia
-Em Atenas havia um verdadeiro Ministério das Finanças, que controlava as despesas, pagamento de funcionários, abertura de estradas, assistência a órfãos, enfermos e feridos de guerra
-Não havia coercibilidade em relação aos tributos pessoais porque os cidadãos rejeitam a idéia de relação de servidor, tendo o tributo um caráter de auxílio ao Estado na sua perseguição ao bem público que era a defesa. Existiam tributos de guerra extraordinários, sendo que nesta situação se admitia a intromissão em seus bens pessoais e haveres.
- Portanto, exceto em épocas de guerra, a principal fonte de receitas era através de tributos indiretos, tais como:
a) direito aduaneiros, alíquota ad valorem de 2% sobre a mercadoria que entrasse em seu território;
b) direitos portuários, 1% sobre a carga
c) direitos sobre consumos, sobre todos os bens que cruzassem os portões da cidade;
d) direitos de praça, pagamento obrigatório a todo aquele que se instalasse em pontos estratégicos com fulcro de expor ou vender mercadorias
3) O tributos em Roma
- Assim como os Gregos, os Romanos não admitiam tributos de caráter pessoal ou diretos;
- Evitava-se tributar os cidadãos,mas tributava-se pesadamente os conquistados, que eram pilhados e extorquidos;
- Os cobradores de impostos eram equiparados, pelos judeus, aos pescadores, e mulheres de má fama(Marcos 2: 13-16; Mateus 9: 9-12; Lucas 5: 27-30) principalmente porque o destino da arrecadação era para dominadores Romanos; 
- Existem registros da complexidade da tributação na época do imperador Augusto (27 a.C. a 14 d.C.), onde cobravam-se tributos tais como:
a) vertical e ager publicus: incidiam em razão da ocupação e desfrute da terra;
b) stipendium: cobrado nos territórios conquistados, pelo uso da terra;
c) tributum ex censu: cobrado de 5 em 5 anos com base nos haveres do obrigado, conforme o censo anterior;
d) vicenssima hereditária: cobrado dos herdeiros legítimos e testamentários, a partir do ano 6 d.C., correspondendo a vigésima parte dos bens transferidos.
e) portorium: ou aduaneiros, incidia sobre produtos que transitassem nos pontos aduaneiros de fronteiras e dentro do próprio território;
f) centésima rerum venalium: incidia sobre as vendas e arrematações em geral, equivalente a 1% do valor da operação;
g) quinta et vicesima manciporum: incidia sobre a compra e venda de escravos, com alíquota de 4%
h) vicesima libertatis: incidia na libertação ou alforria dos escravos ( existente desde 375 a.C.)
- Havia ainda imposições tributárias sobre o uso do ar e sobre número de janelas ou colunas, chaminés, expedição de fumaça, em favor do imperador a cada ano, em benefício dos generais vitoriosos.
4) Os Tributos na Idade Média
-Caracterizava-se como uma atividade primordialmente privada, decorrente da relação senhor feudal-servo, não havendo um poder soberano organizado (ius imperium), como no império romano. O tributo não era instituição de direito público mas instrumento de servidão.
- Tributos devidos in natura ou in labore, podendo implicar o trabalho servil, nas terras do senhor durante dois ou três dias por semana
Exemplos de tributos nesta época:
Laudêmio:pago por ocasião da posse da terra ocupada, não obstante o pagamento regular pela ocupação e exploração;
Fonsadeira: tributo para ao monarca pelo direito de não ir à guerra;
Moedas: era cobrado no início de cada reinado, a cada 7 anos;
Albana ou abanágio: direito dos monarcas sobre bens dos estrangeiros que faleciam sob sua jurisdição;
Pedágios em geral: imposições sobre o trânsito em certos locais, como estradas e pontes;
Contribuição decimal: exigida em espécie constituindo-se na décima parte dos frutos da agricultura;
Alcavala: aplicação de porcentagem sobre os valores das operações de compra e venda e permutas de bens móveis, imóveis e semoventes;
Subsídios eclesiásticos: devidos em benefício do clero
5) Os tributos no Estado Moderno
-Com o fortalecimento do poder do rei, o surgimento do Estado Nacional, surge a figura do tributo como se conhece atualmente, isto é, previsto em lei, obrigatório e essencialmente em dinheiro;
-Os tributos eram regressivos, ou seja, os pobres pagavam proporcionalmente mais que os ricos;
-No final do século XVIII, com as idéias iluministas, o sentimento de justiça fiscal manifesta-se, destacando-se o art. 13 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, resultado da Assembléia Nacional Francesa, de 26 de agosto de 1789, com a seguinte redação: “Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades”.
- Na passagem do século XVIII para o XIX ocorre a transição do Estado Patrimonial para o Estado Fiscal de Direito, onde a fiscalidade privada desaparece e o tributo cobrado pelo Estado deixa de emanar das relações de privacidade e ingressa na esfera da publicidade;
-Neste momento surge o Imposto de Renda na Inglaterra, o qual alastrou-se pela Áustria, Itália, Holanda, Prússia, França, Hungria e nos anos 20 do século XX nos países latino-americanos. 
 
CONCEITO DE TRIBUTO (art. 3° do CTN): Toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei, e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Princípio da “pecúnia non olet (dinheiro não cheira): ocorrendo o fato gerador cobra-se o tributo, mesmo que o ato que o gerou não tenha validade jurídica.
 OBJETIVOS DO TRIBUTO
-Objetivo Fiscal: tem como objetivo a arrecadação de tributos
 -Objetivo extrafiscal: tem como objetivo interferir no domínio econômico, buscando efeito diverso da simples arrecadação
-Objetivo parafiscal: tem como objetivo destinar recursos atividades específicas, que não integram as funções próprias do Estado.
 
AULA N° 3
 PRINCÍPIOS JURÍIDICOS DA TRIBUTAÇÃO
OBJETIVOS: Visam proteger os cidadãos contra abusos do poder público
Princípio da legalidade: Nenhum tributo poderá ser instituído ou aumentado senão em virtude de lei (art. 150, I da CF)
Elementos essenciais para a criação do tributo: 
-descrição do fato tributável ou fato gerador da obrigação tributária
-definição da base de cálculo
-definição da alíquota
-critérios de identificação do sujeito passivo da obrigação tributária
-sujeito ativo da relação tributária, se for diverso da pessoa jurídica da qual a lei seja expressão da vontade
Princípio da anterioridade: É vedada a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (art. 150,III,b)
OBS: de acordo com a emenda constitucional 42/2003, a lei somente entrará em vigor 90 dias após sua publicação.
Exceções ao princípio da anterioridade: 
1)Empréstimos compulsórios, decorrentes de despesas com calamidades públicas, guerra externa ou sua iminência (art. 148, I da CF)
2) Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (153, I da CF)
3)Imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (153, II da CF)
4)Imposto sobre produtos industrializados (art. 153, IV)
5) Imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro ou relativas a valores mobiliários 
6) Impostos extraordinários criados na iminência ou em caso de guerra externa (art. 154, II)
OBS: Não estão obrigados ao princípio da anterioridade mas devem obedecer o prazo nonagesimal do art. 150, III, b:
1) as contribuições de seguridade social não obedecem ao princípio da anterioridade mas devem obedecer ao prazo nonagesimal (art. 195, § 6°)
2) No caso de redução e restabelecimento de alíquota do ICMS (art. 155, § 4°, iV) e da CIDE (art. 177, § 4°, I)
OBS: Não se limitam ao prazo nonagesimal mas devem obedecer ao princípio da anterioridade:
-O Imposto de renda e proventos de qualquer natureza
-Base de cálculo do IPVA e do IPTU 
OBS: Não estão obrigados ao princípio da anterioridade nem ao prazo nonagesimal: Empréstimos Compulsórios (art. 148,I), Imposto de Importação, Imposto de Exportação, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF – art. 153, V), Impostos Extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa (art. 154, II)
Princípio da Igualdade ou da Isonomia: Dar tratamento uniforme a todos que se encontram em situações iguais
Princípio da Competência: O ente tributante deve se restringir à matéria em que está constitucionalmente autorizada a tributar.
Princípio da Capacidade Contributiva: respeito à capacidade econômica de contribuir do sujeito passivo
Princípio da Vedação ao Confisco: A entidade tributante não pode exaurir a capacidade econômica do contribuinte
Liberdade de Tráfego: Veda a instituição de tributos que limitem o tráfego de pessoas e bens em tributos interestaduais e municipais. Inscrita no art. 150, V da CF ela não veda tributos sobre circulação de mercadorias em operações interestaduais mas impede que a hipótese de incidência seja a transposição da fronteira.
 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS CONSTITUCIONAISIMUNIDADE: Ocorre quando a Constituição veda a criação de tributos sobre determinados fatos ou sujeitos
ISENÇÕES: São estabelecidas por lei pelos entes tributantes, estabelecendo exceções nas quais o tributo não é devido.
NÃO INCIDÊNCIA: são as hipóteses descritas como não tributadas
IMUNIDADE RECÍPROCA (art. 150, VI da CF): Serve como proteção à forma federativa.
IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQQUER CULTO: Visa proteger a liberdade de crença e de culto religioso
IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS DAS FUNDAÇÕES, ENTIDADES DE TRABALHADORES E INSTITUIÕES DE EDUCAÇÃO E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEM FINALIDADE LUCRATIVA: visa proteger a liberdade política, a sindical e estimular instituições que querem colaborar com o Estado na política social. 
INUMIDADE DOS LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO: objetiva preservar a liberdade de pensamento e evitar o tributo como censura.
IMUNIDADES DO ARTIGO 5° DA CF
-Taxas de serviços de recebimento de petições por órgãos administrativos e certidões (inciso XXXIV);
-Taxas judiciárias relativas ao processamento de ação popular, habeas corpus e habeas data (incisos LXXIII e LXXVII);
-Taxas relativas ao registro de nascimento e certidão de óbito aos reconhecidamente pobres (inciso LXXVI)
IMUNIDADE DAS EXPORTAÇÕES: retira a possibilidade de tributação pelas contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico em relação às receitas de exportação.
OUTRAS IMUNIDADES:
-Imposto Territorial Rural em relação a pequena gleba rural (art. 153, § 4°, II)
-ICMS em relação a mercadorias e serviços destinados ao exterior e em operações interestaduais com petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica (art. 155, § 2°, X, a e b)
-ICMS sobre o ouro utilizado como ativo financeiro (art. 155, § 2°, X, c)
-ICMS nas prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita (art. 155, § 2°, X, d)
-Impostos em geral, exceto II, IE e ICMS nas operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do país
-ITBI, nas situações do art. 156, & 2º, da CF (transmissão de bens e direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital e transmissão de bens e direitos em decorrência de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se a atividade do adquirente for compra e venda desses bens.
-Impostos em geral: transferência de imóveis desapropriados em virtude de reforma agrária, art. 184, & 5º 
-Contribuição Previdenciária: rendimentos de aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social, art. 195, II
-Contribuições para Financiamento da Seguridade Social: entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei, art. 195, & 7º 
-
 
 
 AULA N° 4
CONCEITO DE TRIBUTO NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (art. 3° do CTN)
NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO( art. 4° do CTN)
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS:
Quanto à competência impositiva: federais, estaduais e municipais
Quanto ao exercício da competência: Privativos, Comuns, Residuais
Quanto a finalidade: fiscais, extrafiscais e parafiscais 
Quanto a hipótese de incidência: Vinculados e Não Vinculados
Quanto ao destino da arrecadação: de arrecadação vinculada e de arrecadação não vinculada
Quanto à possibilidade de repercussão: diretos e indiretos
Quanto aos aspectos subjetivos e objetivos da hipótese de incidência: Reais e Pessoais
Quanto às bases econômicas tributadas: 
- sobre o comércio exterior;
- sobre o patrimônio e a renda;
- sobre a produção e circulação.
CONCEITO DE IMPOSTO NO CTN (art. 16)
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA SUPLEMENTAR (art. 18 do CTN)
CONCEITO DE TAXA NO CTN (art. 77)
Disposições Gerais: artigos 78 a 80
CONCEITO DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA NO CTN (art. 81)
Disposições gerais: artigo 82
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS:
1)sobre o comércio exterior
2)sobre o patrimônio e a renda
3)sobre a produção e circulação
4)impostos especiais
AS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: 
-Imposto (art. 16 do CTN)
-Taxa (art. 77 do CTN)
-Contribuição de Melhoria ( art. 81 do CTN)
-Contribuições Sociais (arts. 149 da CF), Contribuições de Seguridade Social e outras Contribuições (art. 149 e 195 da CF), Contribuições Sociais Gerais (Ex: Salário-Educação, art. 212, § 5º, Serviços Sociais Autônomos, art. 240 da CF)
OBS: classificação das Contribuições Sociais, segundo o STF (RE 138284-8/CE)
1) Contribuições para a Seguridade Social (art. 194 da CF)
2) Outras Contribuições Sociais: residuais, conforme art. 195 § 4º da CF)
3) Contribuições Sociais Gerais: oriundas de algum tipo de atuação da União, na área social
- Contribuições Sindicais (art. 8º, IV da CF):
1) Contribuição fixada pela Assembleia Geral para o custeio do sistema confederativo, do respectivo sindicato; (não tem natureza tributária pois não é compulsória e não é criada por lei)
2) Contribuição fixada em lei, cobrada de todos os trabalhadores: corada de todos aqueles que participam de determinada categoria econômica ou profissional, ou de profissão liberal, em favor do sindicato da categoria o profissão, ou, inexistindo este, à Federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional (CLT, arts. 579 e 591)
 -Contribuições de Intervenção no domínio Econômico (art. 149 da CF)
 - Contribuições de Interesse de Categorias profissionais ou econômicas e (art. 149 da CF)
 - Contribuições de Custeio de Iluminação Pública (art. 149-A)
 -Empréstimos Compulsórios (despesas extraordinárias em caso de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência, investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional) (art. 148)
 -Impostos Extraordinários (art. 154, II)
 -Impostos Residuais (art. 154, I)
BIS IN IDEM E BITRIBUTAÇÃO:
Bis in idem: o mesmo ente tributante institui mais de um tributo sobre o mesmo fato gerador. EX: PIS e Cofins incidentes sobre receita ou faturamento. Não há vedação constitucional mas alguns dispositivos impedem a existência do bis in idem, como nos artigos 154, I (competência residual da União) e art. 195, § 4º, em relação a criação de novas contribuições para a seguridade social.
Bitributação: entes distintos instituem tributos sobre o mesmo fato gerador. Em regra é proibida, mas a bitributação pode ser legítima, quando a União instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não na sua competência tributária (art. 154, II).
 AULA N° 5
 NORMAS GERAIS DIREITO TRIBUTÁRIO
 LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
LEI: 
1)em sentido formal é o ato jurídico produzido pelo poder competente para a função legislativa, conforme a Constituição. 
2)Em sentido material é uma prescrição jurídica hipotética, não se refere a um fato individualizado no tempo mas é um modelo.
3) Em sentido amplo: é qualquer ato jurídico que se enquadre no conceito de lei em sentido formal ou em sentido material. 
4) Em sentido restrito: é a lei em sentido formal e material simultaneamente.
LEGISLAÇÃO: é lei no sentido amplo
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO CTN: compreende leis, tratados e convenções internacionais, decretos e normas complementares que versem no todo ou em parte sobre tributos (art. 96 do CTN)
LEI EM SENTIDO ESTRITO: A Constituição Federal veda que os entes tributantes exijam ou aumentem tributos sem lei que o estabeleça (art. 150, I)
MEDIDA PROVISÓRIA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA: Segundo o STF o uso de MP é plenamente possível em matéria tributária, desde que observados os requisitos constitucionais (relevância e urgência). A MP que implique majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se convertida em lei atéo último dia daquele em que foi editada, com exceção do II, IE, IPI, IOF e Impostos Extraordinários de Guerra (CF,art. 62, & 2º ). A MP também não pode regular matéria de Lei Complementar (CF, art. 62, & 1º, III).
LEIS DELEGADAS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA: Não há impedimento de sua utilização, havendo delegação do Congresso Nacional por meio de Resolução (CF, art. 68)
RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL: As Resoluções são editadas pelo Congresso Nacional ou pelas respectivas Casas (Câmara e Senado), no uso de suas competências exclusivas e privativas. EX: IPVA (alíquotas mínimas), ITCMD (alíquotas máximas), ICMS ( alíquotas nas operações interestaduais e exportação, alíquotas mínimas nas operações internas, alíquotas máximas nas operações internas).
DECRETOS LEGISLATIVOS: São editados pelo Congresso Nacional, com competência exclusiva, não se sujeitando, como nas resoluções, a sanção ou veto. Os mais importantes aprovam os tratados internacionais firmados pelo Presidente da República.
TRATADOS INTERNACIONAIS: Previstos no art. 84 da CF e aprovação no art. 49, I (através de Decreto Legislativo)
MATÉRIAS QUE SÃO OBJETO PRIVATIVO DE LEI (art. 97 do CTN)
LEIS COMPLEMENTARES: são as aprovadas por maioria absoluta do parlamento. As ordinárias são aprovadas por maioria simples.
MATÉRIAS QUE SÃO OBJETO PRIVATIVO DE LEI COMPLEMENTAR (art. 146,148, 154, I, 153, VII, 146-A, 156, § 3° da CF)
OS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS (art. 98 do CTN): São acordos internacionais dos quais o país faz parte. São negociados pelo Poder Executivo e, após referendados pelo Congresso Nacional através de Decreto Legislativo, são incorporados ao ordenamento interno através de Decreto Federal.
ALCANCE DOS DECRETOS (art. 99 do CTN): Limitam-se ao conteúdo da lei (obedecem ao princípio da legalidade)
NORMAS COMPLEMENTARES (art. 100 do CTN): Atos de natureza normativa, inferiores aos Decretos.
 AULA N° 6
 VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
VIGÊNCIA : aptidão da norma jurídica para fazer incidir ou seja, para exercer efeitos jurídicos.
VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA QUANTO AO ASPECTO ESPACIAL OU TERRITORIAL (art. 102 do CTN)
QUANTO AO ASPECTO TEMPORAL (art. 103 do CTN)
REGRA GERAL DE VIGÊNCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS: (art. 103 do CTN)
REGRA DE VIGÊNCIA ESPECÍFICA PARA IMPOSTOS SOBRE PATRIMÔNIO E RENDA: (art. 104 do CTN)
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA AOS FATOS GERADORES FUTUROS E PENDENTES (art. 105 do CTN)
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA AOS FATOS PRETÉRITOS: (art. 106 do CTN)
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (art. 107 A 112 do CTN): 
- Analogia: meio de integração pelo qual o aplicador da lei, diante de lacuna da lei, busca a solução em normas pertinentes a casos semelhantes, análogos.
- Princípios gerais de Direito tributário: não se podendo utilizar a analogia, deve-se recorrer aos princípios gerais de direito tributário, tais como: isonomia, capacidade contributiva, legalidade, anterioridade, proibição de confisco, barreiras interestaduais e municipais, imunidades, competências privativas, finalidade extrafiscal dos tributos, etc.
- Princípios Gerais de Direito Público: legalidade, moralidade, publicidade, etc.
-Equidade: Busca-se amenizar a falta de uma norma específica (existência somente de norma genérica) dando-se uma interpretação mais benevolente, mais suave ao contribuinte.
- Interpretação segundo os princípios Gerais de Direito Privado (artigos 109 e 110 do CTN).
- Interpretação literal (art. 111 do CTN).
- Interpretação mais benéfica (art. 112 do CTN)
FONTES DA INTERPRETAÇÃO:
1)Autêntica: é a realizada pelo próprio legislador, através de outra lei (lei interpretativa)
2)Jurisprudencial: realizada pelos órgãos do poder judiciário
3)Doutrinária: realizada pelos estudiosos do direito

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