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COMPETÊNCIA MATERIAL DA UNIÃO: Matéria que está no artigo 21 – A competência material da União. A competencia material, eu digo a competência material própria da União, para distingui-la da competência material comum, que é da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Compete à União: e aí vem uma relação que está aqui em 4 páginas, de 25 incisos de assuntos da competência da União. Essa matéria, de competência material, é aquilo que a União faz sem ser através de lei. Aquilo que a União faz através de lei, isto é, aquilo que é matéria de legislação federal, é reserva de lei, está no artigo 22. Então no artigo 21, que é a matéria de competência material da União, vamos tentar agrupar, pelo menos, isso em algumas categorias, para a coisa ficar mais fácil da gente entender. Os quatro primeiros incisos constituem aquilo que a gente pode chamar de uma competência internacional. A União tem uma competência internacional e só a União tem, não tem o Estado e não tem o Município. Essa competência internacional são os quatro primeiros incisos. Todos eles, na verdade, são meios, uma vez que o Estado existe e ele precisa ter relações com os outros Estados estrangeiros e, portanto, todas essas atividades aí, que dizem respeito a essas relações internacionais, são meios. Aí, em relação ao quarto item do Art. 21 (Permitir, nos casos previstos...), há uma grande CONFUSÃO que quero mostrar pra vocês. Veja, no artigo 49, inciso II, que é o que trata da competência exclusiva do Congresso Nacional, diz: “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;”. Vamos ver essa duas redações para ver a diferença delas. O inciso II (art. 21), tinha dito que cabe ao Presidente declarar guerra e celebrar a paz. O IV prevê permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente. A competência do Presidente para declarar guerra, celebrar paz, permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras passem pelo território nacional ou permaneçam aqui temporariamente. Pequeno exemplo, recente na história brasileira, o episódio das Malvinas, em que as forças britânicas precisaram parar no Brasil, se abastecer no Brasil, etc. Foi um problema sério isso. Porém, o 49 diz: autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz. Então a gente sabe, agora, que o item segundo vai depender de autorização do Congresso Nacional. Autorizar o Presidente da República a declarar guerra e celebrar a paz. A gente vai ver, ao longo da Constituição, a oposição entre dois termos: autorizar e aprovar. A gente vai ver, em algumas ocasiões, o uso desses dois verbos que têm um sentido temporal, especialmente temporal, diferente. Autorizar é prévio, o Congresso autoriza para o Presidente poder fazer. Aprovar é a posteriori, o Presidente da República faz e aí o Congresso aprova. Portanto, quando se usar a palavra autorizar é prévio. “Autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz”. A gente sabe agora, pelo 49, inciso II, que essa declaração de guerra e celebração de paz tem que ser previamente autorizada pelo Congresso Nacional. E a última parte desse 49, II: “permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar”. Repare como essa mesma situação foi objeto de dois tratamentos diferentes na Constituição. No caso do artigo 21, tá se dizendo permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território ou nele permaneçam. Portanto, supõe uma lei complementar prévia para regular esse assunto, para depois, então, o Presidente poder permitir essas coisas. Nos termos do artigo 49 é diferente: autorizar o Presidente; cabe ao Congresso autorizar o Presidente a permitir que forças transitem e/ou permaneçam no território nacional, ressalvados os casos previstos em lei complementar. Então, a lei complementar é prévia para definir os casos em que isso pode acontecer, ou ela vai apenas ressalvar os casos em que isso não pode acontecer? A competência do Presidente da República depende de uma lei complementar prévia, definindo os casos, ou a competência do Presidente da República já existe, apenas a lei complementar vai ressalvar os casos? Se não houver lei complementar ressalvando o caso o Presidente da República pode fazer isso? Eis, aí, uma CONFUSÃO ou uma questão de interpretação a ser definida pela doutrina e pela jurisprudência, porque os termos da Constituição são meio contraditórios, são dois tratamentos nitidamente diferentes a essa história. O que a assembleia quis¿ Quis que a permanência temporária de tropas estrangeiras no Brasil, ou o trânsito dessas tropas estrangeiras no Brasil, seja definida pelo Presidente da República, simplesmente, apenas a lei complementar poderia ressalvar alguns casos e dizer quando é que isso não podia acontecer; ou o Congresso quer que esse trânsito, essa permanência, seja precedida por uma lei complementar regulando isso? CONFUSÃO, simplesmente. Portanto, essas quatro primeiras atribuições são atribuições internacionais. A gente pode identificar aí umas atribuições políticas. É meio complicado você definir o que é política, as atribuições administrativas terão uma natureza mais fácil da gente entender. Mas as atribuições políticas são atribuições que dizem respeito a certas grandes situações extraordinárias, conforme nós vamos ver, ou em relação à anistia, que são todas elas situações que têm um certo teor político muito acentuado. Então, a gente pode incluir como atribuições políticas a dos incisos V e XVII. O inciso V (art. 21): “decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;”. Bom, decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal (DELGA SO FALARA SBRE ISSO EM CONST III), e mais a do inciso XVII: "conceder anistia;”. Em matéria de conceder anistia você tem outra complicação, porque o artigo 48, o artigo que trata da competência legislativa do Congresso Nacional, aquilo que o Congresso Nacional faz mediante lei, o artigo 48 diz o que é matéria de lei, é meio conflitante ou é meio duplo em relação ao 22. O 22 e 48 dizem em matéria de lei, e o 49, são dois artigos da competência do Congresso, o 49 diz o que o Congresso faz sozinho, não é matéria de lei. A decisão de autorizar, por exemplo, o Presidente a declarar guerra etc. não é lei, é um decreto do Congresso. O decreto legislativo do Congresso autoriza o Presidente a fazer isso, não é lei, é uma decisão do Congresso, é competência exclusiva do Congresso. Mas no 48, que diz o que é matéria de lei (cabe ao Congresso, com a sanção do Presidente da República etc.), aí vai se dizer, no inciso VIII, concessão de anistia, especificamente sobre concessão de anistia. Portanto, pelo 48, inciso VII, concessão de anistia é matéria de lei. No 21, tá dizendo que é conceder anistia. No 21 se coloca o verbo; no 48 se coloca o substantivo. Dever-se-á entender que a regra do 48 é para uma legislação sobre anistia em geral? Isso nunca aconteceu, uma legislação sobre anistia, quando é que a anistia vai ser concedida, etc. Anistia tem sido sempre um ato concreto, conceder anistia num determinado caso ou noutro caso, em determinadas circunstâncias ou noutras circunstâncias, nunca se pensou, nunca houve uma legislação sobre anistia em geral. O que há é uma decisão de concessão de anistia.Ora, a decisão concessão de anistia é assunto de competência exclusiva da União, ou é assunto de lei? Assunto da União, em princípio, podia ser feita também através de lei, mas não foi a técnica que a Constituição adotou, porque a Constituição adotou que o que a União faz através de lei está no artigo 22, não no artigo 21. Quer dizer, aquilo que está no artigo 21 é o que a União faz sem ser através de lei. A gente não sabe, a priori, se essa matéria do 21 é do Executivo. Eventualmente pode não ser do Executivo, pode ser do Judiciário, pode ser do Legislativo, etc. Geralmente é do Executivo. Mas o essencial é que não é matéria de lei o 21. Ora, o 48 diz concessão de anistia é matéria de lei. Portanto, você tem aí também outra contradição, outra confusão entre esses dois artigos. Em seguida, a gente tem umas competências administrativas. Em matéria de competências administrativas, eu quero recordar, eu acho que já disse aqui, se a União, o Estado brasileiro não tem funções típicas, isto é, se não tem funções pela própria natureza, que sejam necessariamente estatais, não existe isso, a não ser a ideia da ordem; se as funções do Estado brasileiro são aquelas definidas pela Constituição, a Constituição é que escolhe livremente o que é que o Estado brasileiro deve fazer, então a gente não tem que fazer em relação a isso um estudo teórico prévio. Em relação a isso, eu disse que a gente tem que distinguir, na Constituição, serviços públicos exclusivos e serviços públicos não exclusivos. Isto é, serviços públicos exclusivos são aqueles que a Constituição atribui ao Estado, aqui no caso, à União, e veda aos particulares. Serviços públicos não exclusivos são aqueles que a Constituição obriga a União, manda a União fazer, o Estado brasileiro tem que fazer essas tantas coisas, mas essas tantas coisas podem também ser feitas pelos particulares. Serviços públicos não exclusivos são serviços realizados em comum pela união e pelos particulares. Serviços públicos não exclusivos e a competência material comum não são sinônimos. Competência material comum, o que significa que são serviços que a Constituição atribui à União, aos Estados e Distrito Federal, e aos Municípios, ao mesmo tempo. Serviços não exclusivos são serviços que são do Estado, de modo geral, do Poder Público, de modo geral, mas também podem ser prestados pelos particulares. a competência material comum abrange, realmente, esses serviços públicos não exclusivos. Então, em relação aos serviços públicos a gente tem, basicamente, serviços públicos exclusivos e serviços públicos não exclusivos. Os exclusivos não podem ser feitos por particulares, ou melhor, podem, somente em condições especiais, somente mediante concessão, autorização ou permissão, que são os instrumentos de delegação administrativa. São instrumentos pelos quais o Poder Público autoriza, permite, concede a realização desses serviços a alguns particulares. Portanto, os serviços públicos exclusivos, em princípio, não podem ser feitos por particulares; por outro lado, eles só podem ser feitos por particulares se eles receberem uma especial delegação do Poder Público, que é a concessão do serviço. O exemplo típico disso é a televisão, que são concessionários do serviço público, o transporte público municipal, essas empresas privadas são concessionárias de serviço público, e por aí lá vai. Os serviços exclusivos só podem ser feitos pelos particulares mediante concessão. A leitura do artigo 21 dá a entender, claramente, que a gente teria, dentro dos serviços públicos exclusivos, dois tipos de serviços: Serviços que não podem ser objeto de concessão, e serviços que podem ser objeto de concessão. FAZER LEITURA ART. 21 INCISOS XI E XII: Todos esses serviços são serviços para os quais a Constituição prevê, expressamente, que eles serão prestados pelo Estado, pela União, ou por particulares mediante concessão, autorização ou permissão (todos esses desses incisos podem ser objeto de concessão). Pernambuco tá aí agora com uma grande briga, a respeito de Suape, dessa medida provisória que Dilma baixou, mas a origem é essa aqui: portos marítimos são serviços da União que podem ser objeto de concessão. Ao lado disso, a Constituição estabelece, nos incisos X, XV e XXIII, uns outros serviços para os quais ela diz que não podem ser objeto de concessão. Então no X a gente tem: “manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;”. Não tá dito que pode ser objeto de concessão. Portanto, haveria serviços públicos exclusivos - haveria -, vou dizer por quê. Haveria serviços públicos exclusivos que só podem ser prestados pelo Estado, e prestados pelo Estado significa diretamente pelo Estado ou através das suas pessoas jurídicas, por exemplo, as autarquias, as empresas públicas, que são pessoas jurídicas criadas pelo Estado. Prestadas diretamente pelo Estado ou indiretamente, portanto, empresas sob controle acionário do Estado etc. e tal. Serviço postal e correio aéreo nacional, o item XX. O item XV: “organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;”. O famoso IBGE, encarregado desses serviços. Também não se diz aí sobre concessão, diretamente sobre concessão. E, no XXIII, se prevê: “explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:”, e aí vêm algumas regrinhas que nós não vamos examinar agora (trataremos isso só mais tarde). Portanto, também os serviços nucleares são prestados diretamente pelo Estado, não seriam objetos de concessão. Nada obstante, a gente vai encontrar uma regrinha, mais adiante, na Ordem Econômica, no artigo 175, cuja localização está errada, porque o Título da Ordem Econômica deve tratar da ordem econômica privada (isso so em CONST III), mas aparecem lá alguns artigos que tratam sobre serviços públicos, a meu ver de forma absolutamente errada, porque essa matéria deveria estar aqui, no Título III, e não nesse Título da Ordem Econômica. Mas está lá no artigo 175: “Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”. Portanto, o que parece, pelo 175, é que todos os serviços públicos podem ser prestados diretamente ou sob concessão ou permissão, desde que seja através de licitação. Há uma certa contradição aí entre o 175, que generaliza e diz que cabe ao poder público a prestação dos serviços públicos, e ele o fará diretamente ou através de concessão ou permissão, e o texto do artigo 21, nesses três incisos que eu mostrei, X, XV e XXIII, que não falam, explicitamente, em serviços a serem concedidos. Portanto, em matéria de atribuições administrativas, a gente vai ter algumas categorias aí. A primeira é em relação a serviços públicos. Em relação a serviços públicos, a gente teria essa distinção: serviços a serem prestados só diretamente, ou serviços que podem ser também por concessão. Os diretamente estão nos itens X, XV e XXIII; esses de concessão estão no XI e no XII. Essa é a primeira competência administrativa, a gente tem várias competências administrativas aí. A gente pode falar de uma competência administrativa em matéria policial, que está no inciso XXII: “executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;”. A polícia, de modo geral, vai ser uma competência dos Estados-membros. O Estado-membro é que é encarregado da polícia. Mas, a Constituição prevê que algumas atividades policiais são da União, e aí fala dessas três: polícia marítima, polícia aéreae policia de fronteiras. Na verdade, não são somente essas não, porque a gente tem também aí a polícia rodoviária, por exemplo. A polícia rodoviária, que é interna dentro do país, também é, o que mostra claramente que esse rol é apenas exemplificativo, não é exaustivo. A gente tem ainda outras funções administrativas, as dos incisos VI, XVI e XIX. Inciso VI, é o assunto de material bélico: “Art. 21 - Compete à União: VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;”. O XVI: “exercer a classificação, para efeito indicativo (essa é uma das mudanças que a Constituição fez em matéria de censura), de diversões públicas e de programas de rádio e televisão”. Então, hoje há apenas uma classificação indicativa: não se recomenda isso para menos de idade etc. e tal, mas não há censura como havia antes. Essa função também é reservada, pela Constituição, à União. E no inciso XIX, a gente tem a função de “instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;”. Essa segunda parte me parece estranhíssima, “instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos”, ótimo, tudo bem, mas “definir critérios de outorga de direitos de seu uso”, outorga de direitos, isso tem que ser através de lei, portanto devia ser competência legislativa, devia estar no artigo 22, e não no artigo 21. Como é que no artigo 21 se prevê que na competência não legislativa da União vai haver definição de critérios de outorga de direitos? Que haja a efetiva concessão dessa outorga de direitos à luz de uma legislação, tudo bem que o Executivo faça isso, mas ele é que vai definir os critérios de outorga de direitos? Me parece uma coisa muito estranha. Parece que devia ser matéria de lei, claramente. A gente tem outras atribuições que são de caráter urbanístico. É interessante a gente ressaltar isso porque alguns desse assuntos, a primeira vista, seriam competência de outro nível de governo. A atividade policial, por exemplo, é dos Estados, em princípio é dos Estados, então, a Constituição estabelece as exceções em que a atividade policial é da União. O assunto urbanístico, de modo geral, é assunto de competência do Município, porém, em assunto urbanístico, a gente tem duas competências que a Constituição prevê para a União, que estão nos incisos XX e XXI (OBS: DELGADO FALA ARTIGOS 20 E 21, MAS ACHO QUE ELE SE ENGANOU). No inciso XX: “instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;”. Que não sejam diretrizes legislativas, de matéria de lei; aliás, nós vamos ver que haverá uma referência específica sobre Direito Urbanístico mais adiante. E no XXI: “estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;”. Esses dois assuntos a gente pode dizer que são de caráter urbanístico. A gente tem, ainda, uma competência de caráter financeiro. Ela aparece nos incisos VII e VIII. E outra de caráter econômico. Então a gente tem, em matéria de Direito Financeiro, propriamente, as atribuições dos incisos VII e VIII. Inciso VII: “emitir moeda;”. Competência reservada à União. Só a União tem competência para emitir moeda, Estado-membro não pode emitir moeda, Município muito menos. E no inciso VIII: “administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;”. Toda essa atividade financeira é objeto de atuação da União. Em matéria da Ordem Econômica a gente tem os incisos IX e XXV. O inciso IX prevê: “elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;”. São duas partes: “elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território”, isso não é tanto econômico; é mais a segunda parte, sobretudo, planos nacionais e regionais de desenvolvimento econômico e social. E o inciso XXV, que prevê: “estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa”. Talvez a atividade humana que mais foi tratada na Constituição tenha sido o garimpo. A gente vai ver a quantidade de referências a garimpo que é um negócio engraçadíssimo. Então, a primeira delas está aí: “estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa”. São atividades econômicas, é claro. A gente tem, ainda, uma competência, digamos, de ordem social da União, que aparece nos incisos XVIII e XXIV. O XVIII prevê a defesa contra calamidades: “planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;”. Competência da União. E o XXIV: “organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;”. A gente vai ter, também na Ordem Social, várias atuações do Estado nesse assunto. E, por último, a gente tem umas competências específicas da União a respeito do Distrito Federal e dos territórios: incisos XIII e XIV. O XIII: “organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;”. entidades do Distrito Federal (Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública), são organizadas e mantidas pela União. entidades do Distrito Federal (Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública), são organizadas e mantidas pela União. É a regra do inciso XIII. E no inciso XIV: “organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;”. Portanto, há uma série de serviços do Distrito Federal, cuja organização e manutenção, a garantia financeira para existência desses serviços, é responsabilidade da União. Tudo isso é matéria da União. Essa é a competência material da União, o artigo 21.
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