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INTERVENÇÃO Há dois tipos de intervenção: A Intervenção do Executivo (Executivo primeiro + Legislativo) e a Intervenção do Judiciário (Judiciário primeiro + Executivo obrigatoriamente). É possível perceber essa distinção no art. 36 (define os processos), art.34 (define os casos) e art. 35 (intervenção do estado no município). • • Intervenção do Executivo Essa é a intervenção mais comum, contidas nos incisos I,II,III,IV (Também tem uma parte a respeito da intervenção do judiciário, assim como o VI e VII) e o V do art. 34. - No Inciso I ( “ manter a integridade nacional” ) e Inciso II (... repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação a outra) fica evidente o PRINCIPIO DA DEFESA DO ESTADO. - No fim do Inciso II (“ repelir invasão de uma unidade da federação a outra) , no inciso III ( comprometer a ordem pública) e parte do Inciso IV ( garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades de federação) defendem o PRINCIPIO FEDERATIVO. -Inciso V ( “reorganizar as finanças das unidades de federação”) também justifica a intervenção. Nesse tipo de intervenção, o executivo não é obrigado a intervir. O processo se dá dessa forma: Faz-se o decreto de intervenção (amplitude, prazo e condições, se preciso nomeará interventor), que vai ao Congresso Nacional ou da Assembleia legislativa, dentro de 24 hrs. Cabe ao Judiciário apenas fazer o exame formal do decreto de intervenção, que deve conter NECESSARIAMENTE prazo (Delgado considera errado não dar um limite ao prazo, devendo ser de 1 ano), amplitude (quais órgãos a intervenção afeta, podendo incidir sobre o executivo estaduall, e mais raramente sobre o legislativo estadual ou os dois ao mesmo tempo – OBS: No caso do legislativo estar sofrendo intervenção e uma decisão precisar ser tomada nessa área, caberia neste caso um decreto lei constitucional, não arbitrário, segundo a visão de Delgado). No art. 36, § 4º, fala-se “cessados os motivos de intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a este voltarão, salvo impedimento legal.” (este impedimento pode ser cassação ou impeachment...). A intervenção é suspensão provisória da autonomia e não do mandato. • • Intervenção do Judiciário Esta se dá com o Judiciário e o Executivo em conjunto, contudo este último perde seu papel de principal. A intervenção, nesse caso, não vai ao Congresso Nacional, o exame de mérito é feito pelo próprio Poder Judiciário, que atua primeiro, tornando o executivo apenas um operador da decisão do judiciário, sendo obrigado a intervir, não podendo isentar-se, caso contrário caracteriza crime de responsabilidade. Essa intervenção aparece no art. 34, incisos VI, VII e parte do IV (também trata da intervenção executiva). -Inciso VI: “promover a execução da lei federal, ordem ou decisão judicial” -Inciso VII: “assegurar a observâncias dos seguintes princípios constitucionais (..)” São estes os princípios sensíveis. -Inciso IV: garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades de federação. Já no art.36, que faz menção aos processos, a diferença entre as intervenções é visível no inciso I que diz que há intervenção quando tiver impedimento a atuação do poder legislativo ou executivo, esse poder coato ou impedido, solicita ao presidente a intervenção. Contudo, se for o poder judiciário coato ou impedido, o STF requisita a intervenção. Ou seja, no caso do executivo o legislativo há solicitação, no do judiciário há requisição. A coação ou impedimento pode se verificar em qualquer dos 3 poderes a nível estadual. Na hipótese de descumprimento de decisão judicial, existirá uma verificação pelo tribunal, que comunica ao presidente e ele é obrigado a intervir. A estrutura judiciária brasileira é a seguinte: - um órgão central (STF); órgãos de cúpula na justiça comum (STJ) e nas especializadas (TSE, TST, STM). São esses 5 grandes tribunais que formam a cúpula. No entanto, a regra do STM e TST não cabe intervenção, ficando a margem, devendo o para requisitar a intervenção do presidente. (Erro da CF segundo Delgado) - O sistema penitenciário tem dois níveis: estadual e federal. Caso ocorra algum problema num presídio estadual e nada é feito pelo Estado, cabe intervenção. Há, também, o problema da aplicação do mínimo exigido (principalmente saúde e educação) , se algum estado não cumprir isso percentual, existe uma intervenção. • • Intervenção do estado no município Essa intervenção está no art.35, não há muitas espécies. Esse artigo é semelhante à da União sobre os estados. (Olhar art. 35) É valido ressaltar que a constituição estadual regula o processo de intervenção estadual no município e defini os princípios cuja inobservância acarreta em intervenção
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