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Acolhimento na Saúde

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CÍNTIA PAIXÃO
ACOLHIMENTO
ACOLHIMENTO
É uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional especíco para fazê-lo, faz parte de todos os encontros do serviço de saúde.
É uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagoinismo, no processo saúde e adoecimento e na responsabilização pela resolução.
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ACOLHIMENTO
O acolhimento começa por meio do acesso e pode ser descrito como uma “sequência de atos e modos que compõem o processo de trabalho em saúde”.
Nessa sequência há a preocupação em disponibilizar a escuta, o interesse, a valorização da queixa do sujeito e a busca por soluções possíveis.
Assim, a forma como o indivíduo e os familiares são recebidos nesses serviços pode implicar na qualidade do processo de reabilitação psicossocial da pessoa que está passando pela experiência do sofrimento psíquico.
ACOLHIMENTO
A equipe, embora tenha postura acolhedora, precisa ter claro que acolher não é sinônimo de resolutividade, ainda que tenha isso como meta dentro da lógica da produção de cuidados. 
Naturalmente, há a expectativa de melhora, de remissão dos sintomas, no entanto, isso nem sempre é atingido. Ou é, depois de algum tempo, às vezes, muito tempo após mudanças sucessivas no PTS ( Plano Terapêutico Singular). Acolher independente dessa busca pela melhora. Em quadros severos e persistentes, a sensação de resolutividade das equipe é sempre instável, provisória.
ACOLHIMENTO
Acolhimento com Classificação de Risco
A classificação de risco é um dispositivo da PNH, uma ferramenta de oranização da “fila de espera” conforme a gravidade do problema no serviço de saúde para que aqueles usuários que precisam mais sejam atendidos com prioridade, e não por ordem de chegada.
ACOLHIMENTO
E quem precisa mais?
Os usuários que têm sinais de maior gravidade, aqueles que têm maior risco de agravamento do seu quadro clínico, maior sofrimento, maior vulnerabilidade e que estão mais frágeis.
E como saber quem precisa mais?
A classificação de risco é feita pelos enfermeiros, de acordo com os critérios pré-estabelecidos em conjunto com os médicos e os demais profissionais. 
Não tem como objetivo definir quem vai ser atendido ou não, mas define somente a ordem do atendimento. Todos são atendidos, mas há atenção ao grau de sofrimento, físico e psíquico dos usuários e agilidade no atendimento a partir dessa análise.
ACOLHIMENTO NO CAPS
O CAPS surge, no Brasil, com base na desconstrução gradativa do modelo e das práticas asilares, de acordo com os pressupostos da Reforma Psiquiátrica Brasielira e da Reabilitação Psicossocial.
A doença deixa de ser objeto de intervenção, para dar lugar ao sujeito, em sua complexidade existencial.
Nesse sentido, o CAPS é cenário que busca descolar radicalmente da lógica de dominação presente na relação sujeito-objeto, profissional-doença.
Agora o cuidado é remetido a um sujeito, em particular, e sua produção de subjetividades, por meio da relação sujeito-sujeito, ou seja, trabalhador-portador de transtono mental.
ACOLHIMENTO NO CAPS
Dessa forma, o acolhimento do indivíduo é destacado como uma das formas de proporcionar acesso aos serviços de saúde e de construção de vínculo, não somente no momento de recepção e ingresso do sujeito, mas também durante a permanência deste no CAPS.
Existem, de forma geral, duas maneiras de fazer o acolhimento no CAPS.
Enquanto recepção do sujeito e familiares
Durante sua permnência no serviço.
ACOLHIMENTO NO CAPS
O portador de transtorno mental pode chegar ao CAPS por demanda espontânea, sozinho ou acompanhado (trazido por familiar, vizinho, conhecido), por encaminhamento de uma UBS ou ainda oriundo de serviço hospitalar, após um período de internação.
Essa atividade é, por vezes, exaustiva, porque requer a escuta qualificada de quem chega, quase sempre em condições de sofrimento intenso. Significa ouvir, muitas vezes, coisas sem nexo, pessoas agitadas, histórias de vida conflituosas, acontecimentos ligados ao mundo ilícito (uso de drogas, roubo). Significa estar disposto a esclarecer a família, dar espaço para cada um falar em separado, depois juntos, se possível.
ACOLHIMENTO NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR 
O campo de Saúde Mental no país vem passando, nos últimos anos, por um momento de transformação,e, consequentemente, a assistência de Enfermagem em Saúde Mental vem passando por um processo desafiador: o de vivenciar essas mudanças, principalmente do modelo tradicional e asilar para o modelo psicossocial. 
Essas transformações refletem diretamente na atuação da equipe nas internações, tanto nas unidades de Hospital Geral quanto nos Hospitais Especializados em Saúde Mental e Psiquiatria.
ACOLHIMENTO NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR 
A internação hospitalar é uma ação requerida por profissionais especializados, quando se instala determinada condição do processo saúde-doença que requer tratamento especializado, intensivo, invasivo, dentre outros.
A internação de pessoas portadoras de trasntornos mentais pode ser realizada em unidades de internação de hospital geral e em hospitais especializados, ambas respaldadas pela Lei Federal de 10.216.
O tratamento em regime de internação deve ser estruturado de forma a oferecer assistência integral, incluindo serviços médicos, de enfermagem, assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
ACOLHIMENTO NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR 
No contexto atual, o enfermeiro é incitado a rever suas atribuições como profissional, transformar seu processo de trabalho, adaptar-se ao cuidar terapêutico, usando a comunicação e o relacionamento interpessoal para evoluir em suas produções e ações científicas.
Suas ações devem ser direcionadas a um cuidado que vise a integralidade do sujeito: considerá-lo uma pessoa inserida em um contexto social e familiar, plena de sentimentos, e, utilizando entre outros, a formação do vínculo terapêutico como uma das principais ferramentas de trabalho.
ACOLHIMENTO NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR 
O acolhimento na área de internação deve ser realizado de maneira a transmitir segurança e confiança, pois é um momento tenso na vida do sujeito,
O papel do enfermeiro em Saúde Mental é o de agente terapêutico, cujo objetivo fundamental é auxiliar o paciente a aceitar a si próprio e a melhorar as suas relações pessoais, assim como funções de educação, planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de enfermagem.
ACOLHIMENTO NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR 
Assim que o indivíduo estiver instalado na unidade de internação, o enfermeiro dará início à construção do processo de enfermagem.
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza o trabalho profissional quanto ao método, ao pessoal e aos instrumentos, possibilitando a operacionalização do processo de enfermagem.
ACOLHIMENTO NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR 
Assim, todas as etapas da SAE serão realizadas: 
Avaliação inicial com histórico de enfermagem,
Exame físico e psíquico,
Confecção dos diagnósticos de enfermagem,
Planejamento da assistência individualizada em relação aos problemas,
Condição ou necessidadedo paciente,
Implantação
Avaliação final.
ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
O movimento de desinstitucionalização propõe um novo modelo assistencial, tendo como prioridades a manutenção e a integração do indivíduo na comunidade.
Emergência Psiquiátrica é qualquer situação em que existe um risco significativo de morte ou injúria grave para o paciente ou outros, necessitando de uma intervenção terapêutica imediata.
É uma situação em que se age para evitar o sofrimento psíquico, a angústia, e as mudanças de conduta que comumente acompanham as crises. A urgência/emergência é a expressão da crise.
ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
Alguns motivos de procura pelos serviços de urgência/emergência:
Automutilações,
Tentativas de suicídio,
Intoxicação e abstinênciapor substâncias psicoativas,
Quadros Psicóticos / Anciosos
Agressividade e/ou violência,
Busca de orientações e de receitas,
Consultas não caracterizadas como urgências.
ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
As pessoas portadoras de transtornos mentais precisam ser ouvidas e atendidas, para somente, a partir daí, iniciar qualquer tipo de terapêutica.
O acolhimento é fundamental para o sucesso do atendimento no serviço urgência/emergência, pois apesar de serem acompanhados pelos diversos serviços da rede de Saúde Mental, como as UBS e CAPS, há momentos em que podem apresentar crises, necessitando de atendimento na urgência/emergência.
ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
O ambiente terapêutico deve permitir que o indivíduo demonstre seu comportamento em crise, sem que seja rejeitado por isso, oferecer liberdade e os limites necessários para que todos o usufruam com segurança com segurança, além de ter uma estrutura física e adequada.
As crises podem acontecer com qualquer pessoa, mesmo aquelas que aderiram ao tratamento, mas algumas se tornam mais vulneráveis.
ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
Alguns fatores desencadeantes:
Baixa auto-estima,
Impulsividade
Sentimentos de insegurança excessivos,
Histórias de crises mal resolvidas,
Pouco relacionamento interpessoais duradouros, 
Sentimentos de isolamento, 
Morte ou perda de ente amado, dentre outros.
Assim como falha na terapêutica medicamentosa e não aderência ao tratamento.
ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
Nesse cenário, o cuidado resolutivo é fundamental, assim o acolhimento no serviço de urgência/emergência pode ser considerado a mais importante tecnologia no momento da assistência, pois é a partir dele que se inicia e se efetiva a escuta ativa pelo profissional, respeitando a singularidade do indivíduo e de seu cuidado.
Os objetivos de um atendimento de emergência é a estabilização do qaudro, evitar o risco de morte, reparar o dano se houver, aliviar o sofrimento, estabelecimento de uma hipótese diagnóstica, exclusão de uma causa orgânica para a crise, prevenir a repetição do episódio, orientar a família e o indivíduo e relaizar o encaminhamento.
ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
Para que esses objetivos sejam atingidos de forma adequada e no menor tempo possível, é necessário o estabelecimento de um vínculo terapêutico. O acolhimento é a base desse vínculo.
No acolhimento de um serviço de urgência/emergência, a pessoa é avaliada de forma integral para que se identifique o tipo de atendimento necessário.
 ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
O enfermeiro deve adotar uma atitude sóbria, empática, respeitar a dignidade dom indivíduo e familiar, agilizar o histórico de enfermagem e o exame físico e psíquico, adotar atitudes que não causem danos ao sujeito, evitar expor-se desnecessariamente, não atender sozinho.
O relacionamento entre a equipe e o portador de transtorno mental influencia nas informções oferecidas, mesmo em situações de emergência psiquiátrica.
Nesse sentido, um relacionamento com o objetivo de ajudar o sujeito precisa ser desenvolvido, utilizando-se dos conhecimentos da comunicação terapêutica, no qual o profiassional oferece-lhe apoio, conforto, informação e desperta seu sentimento de confiança e auto-estima.
Projeto Terapêutico Singular (PTS)
Um conjunto de propostas e condutas terapêuticas articuladas em discussão coletiva interdisciplinar, 
Configura-se como um dispositivo potencial para o planejamento das ações em saúde na Estratégia de Saúde da Família, especialmente nos serviços onde o trabalho está organizado na lógica de Apoio Matricial e Equipe de Referência.
INTRODUÇÃO
Cresce a importância da concepção de clínica ampliada, cujos eixos fundamentais são: 
Compreensão ampliada do processo saúde-doença;
Construção compartilhada dos diagnósticos e terapêuticas;
Ampliação do objeto de trabalho, evitando a fragmentação do cuidado; 
A transformação dos meiosou instrumentos de trabalho, permitindo uma clínica compartilhada e 
Suporte para os profissionais de saúde.
O Projeto Terapêutico Singular (PTS), tem como essência a singularidade, a diferença, tanto dos indivíduos como das situações vivenciadas no sofrimento mental.
ETAPAS
O PTS tem base em quatro etapas principais:
Diagnóstico:
	
	Definir hipóteses diagnósticas incluindo avaliação orgânica, psicológica e social que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade do indivíduo.
	Os aspectos relacionados a vulnerabilidade (psicológica, orgânica e social) devem ser valorizados pela equipe que deve tentar captar a singularidade frente às doença, os desejos, os interesses, a família, a rede social, identificando não só os problemas, mas as potencialidades presentes.
ETAPAS
2.Definição de metas:
	Uma vez que a equipe fez os diagnósticos, com propostas de curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com o sujeito “doente” pelo membro da equipe com quem tiver vínculo melhor.
ETAPAS
3. Divisão de responsabilidades:
	É importante definir as tarefas de cada um com clareza. 
	Uma estratégia que procura favorecer a continuidade e articulação entre formulação, ações e reavaliações e promover a dinâmica de continuidade do PTS é a escolha de um profissional de referência, que pode ser qualquer membro da equipe, independentemente da formação e que tenha posicionamento estratégico nas ações.
	Assim o profissional de referência é aquele que tem vínculos mais próximos com o portador de transtorno mental, o que potencializa sua ação terapêutica.
ETAPAS
4. Reavaliação:
	Momento em que se discutirá a evolução do processo e se farão os devidos reajsutes necessários.
Considerações
A implementação efetiva do Projeto Terapêutico Singular em todas as suas etapas e construído consensualmente pelos agentes envolvidos (equipes, indivíduos, famílias e gestores) é um dos pilares da assistência na atualidade e pode ser considerado um dos indicativos da qualidade do processo de cuidado, assim como do nível de relacionamento entre os profissionais da equipe.

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