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Manual de Sondagens ABGE 2013

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Prévia do material em texto

1 1
a
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GEOLOGIA
DE ENGENHARIA E AMBIENTAL
ManuaL deSondagens
BoLetim n° 3, 5’ ediflo, So PauW2Dl3
£LOV°1”Jos‘oflpaeÇ‘uwiiaieg
suaepuo apienuevj
2013 Associação Brasileira de Geologia de Engenharia - ABGE
Av. Professor Almeida Prado, 532 - IPT (Prédio 11) - Cid. Univercitária
CEP 05508-901 - São Paulo-SP
Impresso no Brasil Comissão Executiva
Coordenador Ivan José Delatim (Coordenador)
Ivan José Delatim
- Elisângela Oliveira
João Jerônimo MonticeljApoio
NilI Cavalcante e Renivaldo Campos Luiz Ferreira Vaz
Diagramação e capa
Rita Motta
Revisão ortográfica
Heilen Meio Pereira
MaI1IIBL iiAroldo Ribeiro da Silva
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CI?)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) SondagensManual de sondagens / coordenador 1-san Joséflelatiro comissão coordenadora Elisangelaoliveira [es ai.].... - 5. ed. -- São PauloABGE - Aasociação Brasileira de Geologia deEngenharia e Ambiental, 2013.
Outros coordenadores; Ivan José Delatim, João
Jerônimo Montireli, tuiz Ferreira Vaz
Bibiiograf ia.
1555 s79-as-727o-o59-7
1. Sondagem 2. Sondagem dos solos 1. oelatim,
Ivan José. II. Oliveira, Elisangela. III. Monticeli,
João Jer5nimo. IV. Vaz, tuiz Ferreira.
13 -01469 000-624 .151 5. Edição
Índices para catálogo sistemático: Sao Paulo — SP
1. Sondagens geolágicas e geotécnicas : Manuais : 2013
Geologia de engenharia 624.151
‘fl3dos os direitos reservados à ARGE
Tiragem: 3000 exemplares
) Edição: 1971
4a Edição: 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRAOE GEOLOGIA
5a Edição: 2013
DEENGENHARIAEAMBIENTAL
BoLetim a 3, 5a edição, São PauLo/2013
DIRETORIAABGE GESTÃO 2012/2013
Presidente: João Jerónimo Mooticeli
vice-Presidente: Eduardo Soares de Macedo
Diretor Secretário: Fabricio Araujo Mirandola
Diretor Financeiro: Jair Santoro
Diretor Financeiro Adjunto: Adalberto Aurelio Azevedo
Diretorde Eventos: Luciana Pascarelli dos Santns
Diretor de EventosAdjunto: Kátia Canil
Diretor de Comunicação: Marcelo Fischer Gramani
Diretorde Comunicação Adjunto: Ivan José Delatim
Diretor de Ensino e Jovens Profissional: Leandro Eugénio da Silva Cerri
CONSELHO DELIBERATIVO
Adalberto Aurélio Azevedo, Eduardo Soares de Maedo. Fabrício Araúju Mirandola, Fernando
Facciolla Kertzman, Ivan José Delatim, Jair Santoro, João Jerônimo Monticeli, Jose Luiz
Albuquerque Filho, Kátia Canil, Leandro Eugénio Silva Cerri, Luciana Pascarelli dos Santos, Luis
de Almeida Prado Bacellar e Marcelo Fischer Gramani. Suplentes: Aline Freitas Silva, Daniel
Augusto Buzzatto de Lima, Ingrid Ferreira Lima, Jacinto Costanzo Junior e Jorge Pimentel.
NÚCLEO RIO DE JANEIRO
Presidente: Euzébio José Gil
Vice-Presidente: Maisa Duque Pamplona Green
Diretor Secretário: Hugo lavares Machado
Diretor Financeiro: Victor Seixas
NÚCLEO MINAS GERAIS
Presidente: Maria Ciovana Parizzi - Secretário: Frederico Garcia Sobreira
Tesoureiro: Luis de Almeida Prado l3acellar - Diretor de Eventos: Leonardo Andrade de
Souza End.: Univ. Fed. de Ouro Preto - Depto. Geologia - 35400-000 — Ouro Preto/MG Fone:
(ai) 3559.1600 r 237 Fax: (31) 3559.1606 — E-mali: sobreira@degeo.ufopbr.
Nome
Adetia Didia Caloba Aguiar
Alberto Pio Fiori
Andrea Valli Nonimer
Arnaldo Sakamoio
Candido Bnrdeaux
Carlos Henrique Medeiros
Claudio Szlafsztein
Heliene Ferreira da Silva
João t.uiz Armelin
Jocélio Cabral Mendonça
José Vitoriano de Britlo Neto
Kurt Albrecht
Luiz Gilberto Dall’Igna
Moacyr Adriano Augusto Junior
Nestor Antonio Mendes Pereira
REPRESENTANTES REGIONAIS
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PR
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At.
GD
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CE
MT
RO
MA
APRESENTAÇÃO
Este manual tem por objetivo orientar a execução das atividades rotinei
ras relacionadas às sondagens para fins de investigação geológico-geotécnica.
Ele possui um formato genérico, e por isso é imprescindível que, na sua utili
zação, prevaleça sempre o julgamento criterioso de sua aplicabilidade, total ou
parcial, de modo que se torne adequado às inúmeras situações e aos objetivos
da investigação geológico-geotécnica.
A primeira edição, publicada em 1971, foi elaborada por uma comissão
constituída pelo Conselho Deliberativo da Associação Paulista de Geologia
Aplicada (APGA), antecessora da ABGE, sob a coordenação do geólogo Luiz
Ferreira Vaz, com a participação dos geólogos Jayme de Oliveira Campos e
Tetuo Nitta.
A segunda edição, publicada em 1977, foi coordenada pelo geólogo
Ricardo Fernandes da Silva, tendo recebido sugestões e contribuições dos
seguintes profissionais e empresas: Antonio Manoel dos Santos Oliveira,
Enzo Totis, Fernando Pires de Camargo, Flávio Vilias Boas Gonçalves, Jayme
de Oliveira Campos, João Jerônimo Monticeli, Luiz Ferreira Vaz, Nobotugo
Kaji, Tetuo Nitta, Engesolos, EPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT), Geotécnica e Sondotécnica. Contribuição especial foi forneci-
BOLETIM N° 3, 5 EDIÇÃO, SÃO pAuLo/201 3 -- 5
DE
a
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GEOLOGIA
DE ENGENHARIA E AMBIENTAL
Secretaria Executiva
Gerente Executivo: Renivaldo Campos
PruU Almeida Prado. 532 — iPT (Prédio ii) — CEP:o55o8-9o’— São Paulo — SP
Telefone: (ii) 3767-4361 — Email: abgeabge.org.br — Home Pago: wwwabge.org.br
da pela Hidroservice, cujos técnicos (Antonio Ribeiro Júnior, Rui ‘Ibales
Baillot, Francisco de Assis Sant’Ana Nazário, Sohrab Shayani, Hamilton de
Araújo Costa, Masahiko Okay, Emanuel Bonfante Demaria Júnior, Antonio
Luiz Marins Lourenço, Martinho R.C. Rottmann e João Carlos B. Soares) ela
boraram um texto prévio.
A t e r c e i r a e d i ç ã o f o i p u b l i c a d a e m 1 9 9 0 , t e n d o c o m o c o o r d e n a d o r o
g e ó l o g o E d g a r d S e r r a J ú n i o r , q u e r e u n i u a s s u g e s t õ e s a p r e s e n t a d a s p e l o s p r o
f i s s i o n a i s : A d a l b e r t o A u r é l i o A z e v e d o , A n t o n i o M a r r a n o , D i o g o C o r r ê a F i l h o ,
E r a l d o L u p o r i n i P a s t o r e , F e r n ã o P a e s d e B a r r o s , F r a n c i s c o N o g u e i r a d e J o r g e ,
J o s é C a r l o s C i p r i a n i , J o s é H e n r i q u e F i g u e i r e d o , N e s t o r A n t o n i o M e n d e s
P e r e i r a , R i c a r d o F e r n a n d e s d a S i l v a e W i l s o n S h o j i I y o m a s a .
E m 1 9 9 9 f o i p u b l i c a d a a q u a r t a e d i ç ã o , e l a b o r a d a p o r c o m i s s ã o c o
o r d e n a d a p e l o g e ó l o g o W i l s o n S h o j i I y o m a s a , c o m p a r t i c i p a ç ã o d e A n t o n i o
M a r r a n o , F r a n c i s c o N o g u e i r a d e J o r g e e T e t u o N i t t a e c o l a b o r a ç ã o d e A n t o n i o
M a n o e l d o s S a n t o s O l i v e i r a , L u i z F e r r e i r a V a z e A r o l d o R i b e i r o d a S i l v a .
N a q u e l e a n o , p a s s o u p o r u m a r e v i s ã o c o m p l e t a d o s e u t e x t o , i n c l u i n d o u m a
m e l h o r a d e q u a ç ã o n a d i v i s ã o d e s e u s i t e n s e v á r i o s a c r é s c i m o s b i b l i o g r á f i c o s .
A q u i n t a e d i ç ã o , d e 2 0 1 3 , e m s u a v e r s ã o i m p r e s s a e e l e t r ô n i c a , f o i e l a
b o r a d a p o r c o m i s s ã o c o o r d e n a d a p e l o g e ó l o g o I v a n J o s é D e l a t i m , c o m a
p a r t i c i p a ç ã o d o s g e ó l o g o s L u i z F e r r e i r a V a z e J o ã o J e r ô n i m o M o n t i c e l i , c o n
t a n d o c o m c o n t r i b u i ç õ e s d a s e m p r e s a s F u g r o I n S i t u , F u n d s o l o e A l p h a g e o s ,
a l é m d a s g e ó l o g a s I v a n d r a C r i s t i n a S i l v a d e M a t t o s e L i l i a n e I b r a h i m , d o s
g e ó l o g o s W i l s o n S h o j i I y o m a s a e R i c a r d o A b r a h ã o e d o e n g e n h e i r o N e i d y r
C u r y N e t o . E s t a e d i ç ã o c o n t o u c o m a r e v i s ã o d o s g e ó l o g o s A n t o n i o M a r r a
n o e E d m u n d o T a l am i n i N e t o .
A c u m u l a n d o m a i s d e 4 0 a n o s d e e x p e r i ê n c i a n a e x e c u ç ã o d e i n v e s t i
g a ç õ e s , o M a n u a l d e S o n d a g e n s d a A B G E , p e l o g r a u d e a p r i m o r a m e n t o q u e
a t i n g i u , c o n t e m p l a o s p r o c e d i m e n t o s e s s e n c i a i s p a r a a e x e c u ç ã o d e s o n d a g e n s
g e o l ó g i c a s e g e o t é c n i c a s . L o g o e m s u a I n t r o d u ç ã o , o p r e s e n t e m a n u a l c h a m a
a a t e n ç ã o p a r a a n e c e s s i d a d e d e i n t e g r a ç ã o e n t r e o s v á r i o s p r o t a g o n i s t a s —
P r o p r i e t á r i o , I n v e s t i d o r , E x e c u t o i ; P r o j e t i s t a e F i s c a l i z a ç ã o —, p o i s i s s o é d e
f u n d a m e n t a l i m p o r t â n c i a a o s u c e s s o d e u m a c a m p a n h a d e s o n d a g e n s .
C o m o a s d e m a i s e d i ç õ e s , a l é m d e u m a r e v i s ã o c o m p l e t a d o s e u t e x t o ,
e s t a q u i n t a e d i ç ã o t a m b é m p a s s o u p o r r e a d e q u a ç ã o n a d i v i s ã o d o s i t e n s . A l é m
d i s s o , f o r a m a t u a L i z a d o s o s m é t o d o s d e p e r f u r a ç ã o e d e e n s a i o s e i n t r o d u z i d o s
c a p í t u l o s r e f e r e n t e s a S o n d a g e m M i s t a , P e r f i l a g e m Ó p t i c a e E n s a i o s E s p e c i a i s
d e C a m p o e m S o l o s .
O u t r a i n o v a ç ã o d e s t a E d i ç ã o f o i a i n d i c a ç ã o d e p r o c e d i m e n t o s p a r a r e
c u p e r a ç ã o d e r o c h a s a l t e r a d a s e d e d i f í c i l a m o s t r a g e m e m s o n d a g e n s r o t a t i
v a s , a i n c l u s ã o d e i l u s t r a ç õ e s .
S u g e s t õ e s p a r a o a p r i m o r a m e n t o d e s t e m a n u a l d e v e m s e r e n c a m i n h a
d a s p o r m e i o d o e n d e r e ç o e l e t r ô n i c o a b g e @ a b g e . o r g . b r .
A A B G E a g r a d e c e a t o d o s o s c o l a b o r a d o r e s q u e t o r n a r a m p o s s í v e i s a s
v á r i a s e d i ç õ e s e t a m b é m à q u e l e s q u e v i e r e m a s e m a n i f e s t a r e d a r c o n t r i b u i
ç õ e s p a r a m e l h o r i a s n o p r e s e n t e m a n u a l .
A D i r e t o r i a d a A B G E
6 MANUAL DE SONDAGENS BOLETIM N0 3, 5 EDIÇÁO, sÃo PALLO/20 13 . . 7
SUMÁRIO
Apresentação .4
Introdução 11
1. Sondagem a trado 17
2. Poço e trincheira de inspeção em solo 27
3. Sondagem a percussão 39
4. Ensaio de permeabilidade em solo 55
5. Sondagem rotativa 61
6. Sondagem mista 77
7. Ensaio de perda d’água sob pressão 83
8. Amostragem integral 91
9. Sondagem a rotopercussão 97
10. Perfilagem óptica 107
11. Ensaios especiais de campo em solo 113
11.1 Ensaio de penetração de cone com medida de poropressão —
CPT 113
11.2 Ensaio de palheta — vane test 116
11.3 Ensaio dilatométrico — DMT .119
r
12. Outros equipamentos e ensaios 123
12.1 Sistema wire Une 123
12.2 Sondagens em bancos de areia e cascalho 124
12.3 Sondagem borro 125
12.4 Geofísica em furos de sondagem 125
12.5 SPT mecanizado 126
13. Critérios para medição 129
14. Sugestão para montagem de planilhas de preços para serviços de
sondagens 131
Referências 141
ANEXOS
A—Figuras 145
B — Modelos de boletins e perfis 151
C — Equipamentos 173
D — Ilustrações e fotos 187
INTRODUÇÃO
Este manual destina-se aos profissionais que executam trabalhos de
investigação geológico-geotécnica em Geologia de Engenharia e Ambiental,
utilizados em estudos e projetos de obras civis, minerárias e relacionadas ao
meio ambiente.
Para compreender o comportamento dos maciços naturais, são neces
sárias informações por meio de sondagens (amostragens e ensaios) que possi
bilitem a identificação dos diferentes tipos de solos e rochas e suas caracterís
ticas mineralógicas, estruturais, de resistência mecânica e de permeabilidade.
A qualidade exigida da amostragem deve representar o maciço natural
investigado, permitindo a obtenção das informações geológicas e geotécnicas
essenciais para a elaboração de um projeto.
Outra importante finalidade do Manual é a de auxiliar as equipes de
campo, tanto das empresas executoras como daquelas responsáveis pelo
acompanhamento técnico e pela Fiscalização dos serviços, para que as sonda
gens sejam realizadas dentro de critérios de excelência técnica.
Para o bom sondador e para o técnico fiscalizador, o Manual traz in
formações importantes para a compreensão dos objetivos de um método de
ensaio ou de amostragem. Portanto, ao seguir as recomendações aqui descri
tas, a relação entre o executor e o fiscal poderá ser harmoniosa e ter caráter
de parceria, o que torna o trabalho de investigação geológico-geotécnica mais
proveitoso e de melhor qualidade.
BOLETIM N0 3, 5 EDIÇÁO, 5Ã0 PAULO/201 3 .. 11
Atualmente, diversos participantes interferem na execução de sonda
gens, sendo os principais listados abaixo:
a) Proprietário: detentor dos direitos sobre a área a ser investigada;
b) Investidor ou Empreendedor: empresa ou grupo interessado na inves
tigação, responsável pelo pagamento dos serviços; eventualmente o Pro
prietário e o Investidor podem ser representados pelo mesmo grupo;
e) Executor: empresa contratada pelo Investidor (eventualmente pela
Projetista) para executar as investigações e apresentar os seus resul
tados, na forma estabelecida em especificações e no contrato;
d) Projetista: empresa contratada pelo Investidor responsável pelo pro
jeto, no qual se inclui a programação das sondagens e os critérios
de apresentação de seus resultados; eventualmente o Investidor faz a
programação das investigações; eventualmente o Investidor delega a
contratação do Executor à Projetista;
e) Fiscalização: empresa contratada pelo Investidor, responsável pela
Fiscalização dos serviços prestados pelo Executor; a Fiscalização esta
belece os critérios e aprova a apresentação dos resultados da sondagem
pelo Executor; eventualmente responsabiliza-se pela interpretação e
apresentação dos resultados; essa tarefa geralmente é desenvolvida
pela Projetista ou pelo Investidor.
O Executor é o responsável técnico pelas sondagens e deverá recolher a
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), em nome de profissional habi
litado, junto ao CREA do Estado competente.
A Fiscalização é responsável pelo acompanhamento das sondagens,
verificando a aplicação deste manual e demais especificações contratuais e
normas técnicas aplicáveis. A Fiscalização responde, ainda, pela medição dos
serviços executados pelo Executor, conforme contrato celebrado entre este e
o Investidor, e pela aprovação dos resultados das sondagens, elaborados pelo
Executor.
É fundamental que as normas e especificações dos trabalhos a serem
contratados sejam consolidadas em Termo de Referência que, obrigatoria
mente, fará parte do contrato a ser assinado com a empresa executora sele
cionada, contendo no mínimo: localização das sondagens, os itens de serviço
e respectivas quantidades e indicação das normas de perfuração e especifi
cações técnicas a obedecer, inclusive aquelas referentes à apresentação dos
resultados. Na proposta do Executor devem constar os itens de serviço, as
respectivas quantidades, os preços unitários e totais.
As sondagens fornecem os dados básicos que irão alimentar concepções
de obras, definição de fundações e de escavações subterrâneas e a céu aberto,
ângulo de corte de taludes, custos das obras em diferentes etapas de projeto,
cálculo de estabilidade, dimensionamentos de recuperação e remediação de
terrenos contaminados etc. As sondagens são, portanto, imprescindíveis para
um bom projeto de engenharia e estimativa correta de seus custos.
Ao utilizar-se do Manual como parte ou totalidade de especificações
técnicas de contrato, as partes envolvidas nos trabalhos — Proprietário, Inves
tidor(Empreendedor), Executor, Projetista e Fiscalização — precisam definir,
previamente e com clareza (com base nos contratos e em reuniões específicas),
as responsabilidades de cada entidade, principalmente as funções e limites da
Fiscalização, a responsabilidade técnica da Projetista e as formas de apresen
tação dos resultados dos trabalhos pelo Executor. O planejamento cuidadoso,
amparado por correta política de preços, é fundamental para a garantia de
êxito nos trabalhos.
As melhores práticas indicam que à Projetista deve ser delegada toda a
responsabilidade pelo planejamento das investigações, pelas especificações téc
nicas dos serviços de sondagens e pela consolidação das informações geológico
geotécnicas necessárias ao projeto. No caso de o contrato ser realizado entre a
Projetista e a Executora de sondagem, esses aspectos ficam mais garantidos, mas
isso não exime a Proprietária da obra de realizar auditorias sobre os trabalhos e
procedimentos, tanto da Projetista e da Fiscalização, como da Executora.
12 . MANUAL DE SONDAGENS
A contratação do Executor é feita por processo seletivo, segundo crité
rios de cada contratante. No caso de ente público ser o contratante, a contrata- A Comissão Coordenadora da Edição 2013
ção segue os procedimentos legais de contratos de serviços e licitação pública.
BOLETIM N° 3, 5a EDIÇÃO, sÃo PAULO/2O1 3 .. 13
1
9.
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1.1 Definição
SONDAGEM A TRADO
Sondagem a trado é um método de investigação que utiliza o trado como
ferramenta de perfuração. O trado é um tipo de amostrador de solo constituí
do por lâminas cortantes, que podem ser compostas por duas peças, de forma
convexa (trado concha) ou única, de forma helicoidal, conforme mostrado na
Figura 2 do Anexo C. A sondagem a trado não utiliza revestimento e é execu
tada com ferramentas manuais, atravessando usualmente apenas a camada de
solo de baixa resistência à perfuração.
A perfuração a trado é geralmente interrompida ao alcançar material
mais resistente do que o solo, tal como uma camada de seixos ou de rocha
alterada, mesmo de baixa coerência, ou então logo após atingir o nível d’água
subterrâneo, devido ao desmoronamento das paredes do furo.
1.2 Identificação
As sondagens a trado deverão ser identificadas pelas letras ST, seguidas
de número indicativo. Em cada obra, o número indicativo deverá ser sempre
crescente, independentemente do local, fase ou objeto da sondagem. Sugere-se
)
1
1
1
utilizar diferentes centenas na numeração para as diversas estruturas da obra.
Exemplo: vertedouro: ST 101, ST 102, ST 103...; barragem de terra: ST 201,
ST 202, ST 203...; eclusa: ST 401, ST 402, ST 403...
1 . 3 E q u i p a m e n t o s e f e r r a m e n t a s
a) O Executor deverá fornecer equipamentos e ferramentas para a exe
cução de sondagens com até 15 m de profundidade ou que atendam à
programação e às especificações estabelecidas no contrato de serviços.
b) Os equipamentos e ferramentas constarão dos seguintes elementos
principais: trados do tipo concha com diâmetro de 100 mm (4”),
150 mm (6”) e 200 mm (8”), trado helicoidal com diâmetro mínimo
de 63 mm (2 1/2”); cruzetas, hastes e luvas de ferro galvanizado ( d i â
metro mínimo de 25 mm) ou de aço sem costura (diâmetro mínimo
de 19 mm); ponteira constituída por peça de aço terminada em bisei;
chaves de grifo; metro ou trena; recipientes herméticos (tipo copo)
para amostras; parafina; sacos plásticos ou de lona; etiquetas para
identificação; medidor de nível d’água.
c) As hastes deverão ser retilíneas e dotadas de roscas em bom estado,
que permitam firme conexão com as luvas. Quando acopladas, as
hastes deverão formar um conjunto retilíneo.
d) O Executor deverá dispor de hastes com comprimentos métricos
exatos (por exemplo: 1 m, 2 m, 3 m etc.), a fim de facilitar as o p e r a
ções de início do furo e evitar emendas sucessivas, inconvenientes
para maiores profundidades.
1 . 4 E x e c u ç ã o d a s o n d a g e m
a) A sondagem deverá ser iniciada após a limpeza de uma área que
permita o desenvolvimento de todas as operações sem obstáculos
e com a abertura de um sulco ao seu redor para desviar as águas de
enxurradas.
18 •. MANUAL DE SONDAGENS
b) Junto ao local onde será executada a sondagem, deverá ser cravado
um piquete com a identificação da sondagem, que servirá de ponto
de referência para medidas de profundidade e para fins de amarração
topográfica.
c) A soncíagem deverá ser iniciada com o trado concha e seu avanço d e
verá ser feito até os limites especificados no item 1.4.1, observando-se
antes as condições discriminadas no item 1.4.d.
d) Quando o avanço do trado concha tornar-se difícil, poderá ser u t i
lizado o trado helicoidal, no caso de solos argilosos, ou empregar-se
uma ponteira, no caso de camadas de cascalho. Tratando-se de c a
mada de areia fofa, sem recuperação da amostra, a sondagem poderá
ser terminada, observando-se o item 1.4.1, ou deslocada, conforme o
item 1.4.m.
e) A critério da Fiscalização e quando não houver a necessidade de r e
tirar amostras para determinação da umidade natural, poderão ser
adicionadas pequenas quantidades de água a fim de facilitar a p e r f u
ração e a coleta de amostras, principalmente nos casos de materiais
duros e areias sem coesão. Tal prática deverá ser indicada no boletim
de campo e no perfil da sondagem.
f) O material retirado do furo deverá ser depositado à sombra, em local
ventilado, sobre uma lona ou tábua, de modo a evitar sua c o n t a m i
nação com materiais do solo superficial e provocar a diminuição da
um idade.
g) Os materiais retirados do furo deverão ser agrupados em montes,
dispostos segundo as profundidades de coleta.
h) O controle das profundidades do furo deverá ser feito pela diferença
entre o comprimento total das hastes com o trado e a sobra das hastes
em relação ao piquete de referência fixado junto à boca do furo. A
precisão mínima será de 5 cm.
1) Durante a operação, o operador deve estar atento a qualquer a u m e n
to aparente da umidade do solo, indicativo da proximidade do nível
d’água.
1
BOLETiM N0 3, 5 EDÇÂO, SÁO PAULO/201 3 .. 19
j) No caso de a sondagem atingir o nível freático, interrompe-se a ope
ração de perfuração, anotando-se a profundidade, e passa-se a obser
var a elevação do nível d’água no furo, efetuando-se leituras a cada 5
minutos, durante 30 minutos,
Quando ocorrer artesianismo não surgente deverá ser registrado o nível
estático; no caso de artesianismo surgente, deverá ser feita uma avaliação da
vazão de escoamento da água ao nível do solo e indicada a profundidade de
interceptação de água.
k) O nível d’água (N.A.) deverá ser medido todos os dias, antes do início
dos trabalhos e na manhã seguinte à conclusão do furo.
1) A sondagem a trado será terminada nos seguintes casos:
• quando se atingir a profundidade especificada na programação dos
serviços;
• quando ocorrerem desmoronamentos sucessivos da parede do furo;
• quando o avanço do trado for inferior a 5 cm em 10 mm de operação
contínua de perfuração;
• quando o terreno for impenetrável ao trado devido à ocorrência de
cascalho, matacões ou rocha.
m) Quando o terreno for impenetrável ao trado devido à ocorrência de
cascalho, matacões ou rocha, a critério da Fiscalização, poderão ser
feitas sondagens a trado adicionais, deslocadas de cerca de 3 m para
qualquer direção. Todas as tentativas deverão constar da apresenta
ção final dos resultados.
n) Nos intervalos dos turnos de furação e nos períodos de espera para a
medida final do nível d’água, o furo deverá permanecer tamponado e
protegido da entrada de água de chuva.
o) Salvo especificação em contrário, todos os furos deverão ser total
mente preenchidoscom solo, após o seu término, deixando-se crava
da no local uma estaca com a sua identificação. Nos furos que alcan
çarem o nível d’água, essa operação será feita após a última medida
do N.A. (item 1.4.5).
20 MANUAL DE SONDAGENS
1.5 Amostragem
a) Quando o material perfurado for homogêneo, as amostras deverão
ser coletadas a cada metro, salvo orientação contrária da Fiscaliza
ção. Se houver mudança no transcorrer do metro perfurado, deverão
ser coletadas tantas amostras quantos forem os diferentes tipos de
materiais.
b) As amostras serão identificadas por duas etiquetas, uma externa e
outra interna ao recipiente de amostragem, nas quais devem contar:
nome da obra e do cliente;
• nome do local;
• número do furo;
intervalo de profundidade da amostra;
número da amostra;
data da coleta.
As anotações deverão ser feitas com caneta esferográfica ou com tinta
indelével, em etiquetas de papel-cartão, protegidas com sacos plásticos contra
avarias no manuseio das amostras.
c) Todo material coletado deverá permanecer guardado à sombra, em
local ventilado, até o fim da jornada diária, quando será transportado
para o local indicado pela Fiscalização.
1.5.1 Amostras para ensaios geotécnicos
a) As amostras para ensaios geotécnicos deverão ser acondicionadas
em embalagens rígidas ou sacos plásticos com amarrilho, imediata
mente após a sua retirada do furo.
b) Inicialmente, coletam-se 100 g em recipiente rígido com tampa, de
maneira que o frasco fique hermético, parafinado ou selado com fita
colante, para determinação de umidade natural.
BOLETIM N° 3, 5a EDIÇÃO, SÃO PAULO/2013
-- 21
¶
1
b ) A s e g u i r , d e v e m s e r c o l e t a d o s c e r c a d e 2 5 k g e m s a c o s d e l o n a o u
d e p l á s t i c o t r a n s p a r e n t e d e a l t a r e s i s t ê n c i a , c o m a m a r r i l h o , p a r a o s
d e m a i s e n s a i o s g e o t é c n i c o s ( g r a n u l o m e t r i a , í n d i c e d e p l a s t i c i d a d e ,
c o m p a c t a ç ã o , a d e n s a m e n t o e t c . ) .
1 . 5 . 2 A m o s t r a s p a r a e s t u d o s g e o l ó g i c o s
a ) P a r a e s t u d o s g e o l ó g ï c o s , a s a m o s t r a s p o d e r ã o s e r c o l e t a d a s d u r a n t e o
a v a n ç o d a s o n d a g e m o u a p a r t i r d o m a t e r i a l d e p o s i t a d o e m m o n t e s ,
c o n f o r m e d i s p o s t o n o i t e m 1 . 4 . f .
b ) C o l e t a - s e u m a a m o s t r a p a r a c a d a t i p o d e s o l o o u u m a a m o s t r a p o r
m e t r o d e f u r o , d e p e n d e n d o d a b o m o g e n e i d a d e d o m a t e r i a l a t r a v e s
s a d o . A s a m o s t r a s , c o m c e r c a d e 5 0 0 g . s e r ã o a c o n d i c i o n a d a s e m r e c i
p i e n t e s r í g i d o s o u s a c o s d e p l á s t i c o t r a n s p a r e n t e d e a l t a r e s i s t ê n c i a , O
m a t e r i a l r e t i r a d o d o s ú l t i m o s c e n t í m e t r o s d o f u r o d e v e r á c o n s t i t u i r - s e
e m u m a a m o s t r a .
1 . 7 A p r e s e n t a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
a ) D e v e r ã o s e r f o r n e c i d a s d i a r i a m e n t e i n f o r m a ç õ e s s o b r e o a n d a m e n t o
d a s o n d a g e m , a s a b e r :
n o m e d a o b r a e d o c l i e n t e ;
i d e n t i f i c a ç ã o e l o c a l i z a ç ã o d o f u r o ;
t i p o d e t r a d o u t i l i z a d o n a p e r f u r a ç ã o ;
d i â m e t r o d a s o n d a g e m ;
c o t a , q u a n d o d i s p o n í v e l ;
d a t a d a e x e c u ç ã o ;
d e s c r i ç ã o d o s m a t e r i a i s e p r o f u n d i d a d e d a s a m o s t r a s c o l e t a d a s ;
m o t i v o d a p a r a l i s a ç ã o ;
• m e d i d a s d e n í v e l d ’ á g u a c o m : d a t a , h o r a e p r o f u n d i d a d e d o f u r o n a o c a
s i ã o d a m e d i d a . N o c a s o d e n ã o s e r a t i n g i d o o n í v e l d ’ á g u a , d e v e m - s e
a n o t a r a s p a l a v r a s f u r o s e c o .
b ) O s r e s u l t a d o s f i n a i s d e c a d a s o n d a g e m a t r a d o d e v e r ã o s e r a p r e s e n t a
d o s n u m p r a z o m á x i m o d e 1 5 d i a s a p ó s s e u t é r m i n o , n a f o r m a d e p e r
f i s i n d i v i d u a i s n a e s c a l a 1 : 1 0 0 ( M o d e l o N d o A n e x o B ) , o n d e c o n s t e ,
a l é m d o s d a d o s d o i t e m a n t e r i o r , a c l a s s i f i c a ç ã o g r a n u l o m é t r i c a t á t i l -
v i s u a l d o s m a t e r i a i s a t r a v e s s a d o s , f e i t a p o r t é c n i c o e s p e c i a l i z a d o ,
c u j o n o m e e a s s i n a t u r a d e v e r ã o c o n s t a r n o s b o l e t i n s e p e r f i s . C a s o
s e j a n e c e s s á r i a a c l a s s i f i c a ç ã o g e o l ó g i c a d o s m a t e r i a i s , e s t a d e v e r á
s e r á r e a l i z a d a p o r g e ó l o g o , c u j o n ú m e r o d e r e g i s t r o d o ó r g ã o f i s c a l i
z a d o r d e v e r á s e r a n o t a d o n o s p e r f i s .
c ) A t é 1 5 d i a s a p ó s o t é r m i n o d o ú l t i m o f u r o d a c a m p a n h a p r o g r a m a d a ,
o E x e c u t o r d e v e r á e n t r e g a r o r e l a t ó r i o f i n a l , c o n t e n d o :
• t e x t o e x p l i c a t i v o c o m l o c a l i z a ç ã o , t e m p o g a s t o . t o t a l d e f u r o s e x e c u
t a d o s , t o t a l d e m e t r o s p e r f u r a d o s , b e m c o m o o u t r a s i n f o r m a ç õ e s d e
i n t e r e s s e e c o n h e c i m e n t o d a e m p r e s a ; e
• p l a n t a d e l o c a L i z a ç ã o d a s s o n d a g e n s c o m r e f e r ê n c i a t o p o g r á f i c a o u ,
n a s u a f a l t a , e s b o ç o c o m d i s t â n c i a s a p r o x i m a d a s e a m a r r a ç ã o .
d ) T o d a s a s i n f o r m a ç õ e s t é c n i c a s , i n c l u s i v e a q u e l a s q u e g e r a r a m o s p e r
f i s i n d i v i d u a i s , d e v e r ã o s e r a r m a z e n a d a s e m a r q u i v o s e l e t r ô n i c o s d i s
p o n í v e i s n o m e r c a d o b r a s i l e i r o .
r
1 . 6 E n s a i o d e p e r m e a b i l i d a d e
P a r a r e a l i z a r o e n s a i o d e p e r m e a b i l i d a d e i n s i t u , e m s o l o , d e v e s e r c o n
s u l t a d o o i t e m o u o B o l e t i m n ° 4 d a A B G E .
2 2 M A N U A L D E S O N D A G E N S B O L E T I M N ° 3 , 5 a E D L Ç A O , s À o P A U L O / 2 0 1 3 ‘ . 2 3
c
v e
.
.
•
:
4
.
L I
L
à
•
T
i
1 _
á
s
s
a
P O Ç O E T R i N C H E I R A
D E I N S P E Ç Ã O E M S O L O
2 . 1 D e f i n i ç ã o
P o ç o d e i n s p e ç ã o e m s o l o é u m a e s c a v a ç ã o v e r t i c a l , d e s e ç ã o c i r c u l a r o u
q u a d r a d a , c o m d i m e n s õ e s m í n i m a s s u f i c i e n t e s p a r a p e r m i t i r o a c e s s o d e u m
o b s e r v a d o r p a r a a i n s p e ç ã o v i s u a l d a s p a r e d e s e d o f u n d o , b e m c o m o a r e t i r a
d a d e a m o s t r a s r e p r e s e n t a t i v a s , d e f o r m a d a s e / o u i n d e f o r m a d a s .
A t r i n c h e i r a t a m b é m é u m a e s c a v a ç ã o v e r t i c a l , p o r é m d e s e ç ã o r e t a n
g u l a r , f e i t a p a r a s e o b t e r u m a e x p o s i ç ã o c o n t í n u a d o s o l o n u m c e r t o t r e c h o d o
t e r r e n o .
2 . 2 I d e n t i f i c a ç ã o
O s p o ç o s d e i n s p e ç ã o d e v e r ã o s e r i d e n t i f i c a d o s p e l a s l e t r a s P 1 , e a s t r i n
c h e i r a s p e l a s l e t r a s T R , s e g u i d a s d e n ú m e r o i n d i c a t i v o . E m c a d a o b r a , o n ú
m e r o i n d i c a t i v o d e v e r á s e r s e m p r e c r e s c e n t e e s e q u e n c i a l , i n d e p e n d e n t e m e n
t e d e l o c a ! , f a s e o u o b j e t i v o d a s o n d a g e m .
BOLETIM N ° 3 , 5 E D I Ç Ã O , SÃO P A U L O / 2 O 3 . . 2 7
2
2.3 Equipamentos e ferramentas
a) O Executor deverá fornecer equipamentos e ferramentas para execu
ção depoços de inspeção com até lOm de profundidade.
b) Os equipamentos e ferramentas constarão dos seguintes elementos
principais: sarilho, corda, enxadão, picareta, pá, balde, escada, colher
de pedreiro, espátula de aço, faca, serrote, fio de arame de aço, caixa
cúbica de madeira, talagarça, parafina, aquecedor, pincel, serragem,
guarda-sol, carrinho de mão, sacos plásticos e de lona, etiquetas para
identificação, trena e outras ferramentas e materiais necessários para
atender às exigências da amostragem e da execução.
c) A corda e o sarilho deverão ser suficientemente resistentes para su
portarem, com segurança, carga de no mínimo 1.500 N (150 kgf).
d) A caixa cúbica de madeira deverá ter suas partes componentes fixa
das com parafuso.
2.4 Execução do poço
As restrições ambientais e as normas de segurança deverão ser atendi
das na perfuração de poços e trincheiras. Caso se disponha de equipamen
to mecanizado para a escavação, em geral é mais conveniente executar uma
trincheira.
a) A escavação do poço deverá ser iniciada após a limpeza superficial de
uma área de 16 m2 e a construção de uma cerca, no perímetro da área
limpa, com mourões de madeira, com cinco fios de arame farpado
fixados nos mourões.
b) No caso de escavação de poço próxima a edificações ou em áreas
urbanas, deverá ser mantido, ao redor do poço, um isolamento resis
tente e seguro contra o acesso de pessoas e animais, com dimensões
de acordo com a área disponível, além de sinalização de advertência.
c) No perímetro da área cercada, deverá ser aberto um sulco para dre
nagem superficial que evite a entrada de água de enxurradas no poço.
28 MANUAL DE SONDAGENS
d) A dimensão mínima do poço a ser aberto será de 1,10 m. A sua forma
deverá ser de preferência quadrada, empregando-se seção circular
quando houver necessidade de maior segurança.
e) A escavação deverá ser executada com picareta, enxadão e pá e pros
seguirá normalmente até uma profundidade que possibilite lançar
para fora o material escavado. Para o prosseguimento da escavação,
deverá ser instalado um sarilho munido de corda, para a entrada e
saída dos trabalhadores e retirada do material escavado.
f) Durante as fases de execução e descrição, a Executora deverá man
ter uma corda de reserva estendida junto à parede do poço, firme
mente fixada na superfície do terreno. Nas paredes do poço, deve
rão ser escavados degraus, dispostos segundo duas fileiras diame
tralmente opostas, que facilitem a escalação do poço com o auxílio
da corda de reserva.
g) No caso de serem detectados quaisquer indícios de instabilidade, por
menores que sejam, deverá ser imediatamente providenciado o esco
ramento das paredes do poço.
h) O escoramento a ser adotado deverá garantir a estabilidade nos tre
chos considerados instáveis, sem prejudicar a inspeção visual das pa
redes. Para tanto, o escoramento deverá ter aberturas retangulares,
verticais, com largura suficiente para permitir o exame de toda se
quência vertical do terreno.
i) Caberá ao Executor a responsabilidade pelo fornecimento dos equi
pamentos de proteção individual (EPI) requeridos, inclusive contra
quedas acidentais, bem como a responsabilidade pela verificação da
estabilidade das paredes dos poços em execução, interrompendo os
trabalhos de escavação tão logo seja verificado indicio de desmoro
namento.
j) A Fiscalização opinará sobre a necessidade de dar continuidade ao
poço, em casos de insegurança para o trabalho. Caso seu aprofunda
mento seja necessário, o escoramento será feito pelo Executor com
base em sua experiência nesse tipo de serviço.
BOLETIM N° 3, 5° EDIÇAO, SÃO PAULO/201 3 .. 29
[
—
—.
k) Nos poços escavados em terrenos ricos em matéria orgânica, deverá
ser providenciada ventilação forçada, de modo a expulsar eventuais
emanações de gases tóxicos.
1) Todo solo retirado do poço deverá ser depositado ao seu redor, em
ordem sequencial, de maneira a formar um anel, fora da área cerca
da, de tal forma que a distribuição vertical dos materiais atravessados
fique reproduzida.
in) O controle da profundidade do poço será feito através de medida
direta entre o fundo do poço e um ponto de referência na superfície
do terreno natural.
n) Quando a escavação estiver a uma profundidade de 10 cm acima da
cota prevista para a retirada da amostra indeformada, deve-se evi
tar o pisoteamento do terreno sobrejacente à superfície do topo da
amostra. Deverão ser observados os procedimentos descritos no
item 2.6.2.d.
o) No caso de se atingir o nível d’água, a sua profundidade será anotada
após paralisação momentânea da operação de escavação. No caso de
artesianismo, deverão ser registrados os níveis dinâmico e estático.
p) O nível d’água deverá ser medido todos os dias antes do início dos
trabalhos e na manhã seguinte após a conclusão do poço.
q) O poço será considerado concluído nos seguintes casos:
• quando atingir a profundidade prevista pela programação dos tra
balhos;
• quando houver insegurança para a continuidade dos trabalhos;
• quando ocorrer infiltração acentuada de água que dificulte sua esca
vação;
• quando existir, no fundo do poço, material não escavável por proces
sos manuais.
r) Ao final de cada jornada de trabalho, a boca do poço deverá ser co
berta por uma tampa, apoiada sobre um cordão de solo, que impeça
a entrada de águas pluviais e de animais.
30 .. MANUAL DE SONDAGENS
calização. Se ocorrer mudança no transcorrer do metro perfurado,
deverão ser coletadas tantas amostras quantos forem os diferentes
tipos de materiais.
c) As amostras serão identificadas por duas etiquetas, uma externa e
outra interna ao recipiente de amostragem, contendo:
BOETIM kc 3, 5a EDIÇAO, 5.40 PAULO/20 13 .. 31
________
ri profundidade;
s) O reaterro do poço deverá ser feïto com o solo proveniente da sua
escavação, podendo ser solicitada a compactação manual do solo de
preenchimento.
t) Para efeito de identificação, no local do poço deverá ser cravada uma
tabuleta contendo, no mínimo, os seguintes dados:
• número do poço;
• cota da boca, quando fornecida.
2.5 Execução da trincheira
Para abertura da trincheira devem ser observados os mesmos procedi
nientos descritos para o poço. Deverá ter largura mínima de 1 m e compri
mento de acordo com as necessidades de investigação.
2.6.1 Amostras deformadas
a) Amostras deformadas são aquelas extraídas por raspagem ou escava
ção, o que implica a destruição da estrutura e a alteração das condi
ções de compacidade ou consistência naturais do material.
b) As amostras deformadas deverão ser coletadas a cada metro perfu
rado em material homogêneo, salvo orientação em contrário da Fis
2.6 Amostragem
• nome da obra e do cliente;
É
• nome do local;
• número do poço ou trincheira;
• intervalo de profundidade da amostra;
• data da coleta.
d) As anotações deverão ser feitas com caneta esferográfica ou com tin
ta indelével, em etiquetas de papel-cartão, protegidas com sacos plás
ticos contra avarias no manuseio das amostras.
e) As amostras serão coletadas do material retirado do poço (ou trin
cheira) à medida que a escavação avançar. No caso de determinação
de umidade natural, não será permitida a amostragem por raspagem
da parede do poço (ou trincheira) após sua conclusão.
f) As amostras deverão ser coletadas sem demora em dois recipientes:
um com tampa, de modo que o frasco fique hermético, parafinado ou
selado com fita colante, com aproximadamente 100 g de material; e
outro de lona ou plástico com amarrilho, com cerca de 20 kg.
g) As amostras deverão permanecer guardadas à sombra, em local ven
tilado, até o final da jornada diária, quando serão transportadas para
o local indicado pela Fiscalização.
2.6.2 Amostras indeformadas
a) Amostras indeformadas são aquelas extraídas com o mínimo de per
turbação possível, de modo a preservaras estruturas, condições de
umidade, compacidade e consistência naturais do material.
b) O número de amostras indeformadas, bem como as profundidades
de coleta, deverá ser determinado pela Fiscalização.
c) As amostras indeformadas serão coletadas em bloco com formato
cúbico, com arestas de 30cm de dimensão mínima.
d) Quando o fundo do poço (ou trincheira) se encontrar a cerca
de 10 cm da profundidade prevista para a moldagem do bloco, a
32 •.IANUAL DE SONDAGENS
superfície deverá ser regularizada cuidadosamente e a moldagem execu
tada com as mesmas ferramentas utilizadas na talhagem do bloco.
e) Atingida a cota de topo do bloco, deverá ser iniciada a talhagem late
ral até sua base.
f) Talhado o bloco, sem seccioná-lo do fundo do poço (ou trincheira),
seu topo deverá ser identificado com uma marcação apropriada. As
faces expostas deverão inicialmente ser envolvidas com faixa de ta
lagarça ou similar e, em seguida, receber uma camada de parafina
líquida aplicada com pincel.
g) Após a operação do item anterior, envolve-se a amostra com uma
forma quadrada de madeira aparafusada, com dimensões internas
de 4cm maior que o lado do bloco. Colocada a forma e bem selado o
contato com o solo abaixo do bloco, despeja-se parafina líquida nos
vazios da forma e na face superior do bloco.
j) Completada a identificação, o bloco deverá ser colocado em uma cai
xa cúbica de madeira ou material de rigidez similar, com dimensões
BOLETIM N° 3. 9 EDIÇÃO, SÃO PA’JLO/201 3 .. 33
,r
h) Após o endurecimento da parafina, indica-se o Norte geográfico no topo
do bloco, com auxílio de uma bússola e, em seguida, secciona-se cuida
dosamente o bloco pela sua base, regularizando-a e parafinando-a.
i) O bloco deverá ser retirado do poço (ou trincheira) com a forma, a qual
somente será removida do bloco na superfície do terreno. Uma etiqueta
de identificação deverá ser aplicada contendo os seguintes dados:
• obra;
• local;
• número do poço ou trincheira;
• orientação em relação a uma direção (montante, Norte etc.);
• profundidade do topo e da base do bloco no poço;
• cota da boca do poço ou trincheira;
• data da amostragem;
• nome do operador.
internas 6 cm maior que o bloco com parafina. Os espaços entre as
faces do bloco e a caixa deverão ser preenchidos com serragem fina,
pouco umedecida.
k) No lado da caixa correspondente ao topo do bloco, deverá ser coloca
da uma etiqueta com os mesmos dados da etiqueta colada no bloco.
1) Os procedimentos descritos nos itens anteriores sobre a retirada de
amostras indeformadas deverão ser executados sem interrupções, no
menor espaço de tempo possível, ao abrigo de luz solar direta ou da
água da chuva.
m) As amostras coletadas deverão permanecer guardadas à sombra, em
local ventilado, até o final da jornada diária, quando serão transpor
tadas com o máximo cuidado, sem choques ou vibrações, até o local
indicado pela Fiscalização.
2.7 Ensaio de permeabilidade
Para realizar o ensaio de permeabilidade iii situ, em solo, deve ser con
sultado o item 4 ou o Boletim no 4 da ABGE.
2.8 Apresentação dos resultados
a) Deverão ser fornecidas diariamente informações sobre o andamento
da execução do poço (ou trincheira), quando solicitadas.
b) Os resultados preliminares da abertura de cada poço (ou trincheira)
deverão ser apresentados num prazo máximo de 15 dias após seu
término, em boletins (Modelo M do Anexo B), com três vias, em que
constem, no mínimo:
• nome da obra e do cliente;
• identificação e localização do poço ou trincheira;
• forma e dimensões;
cota da boca, quando fornecida;
• data da execução;
• descrição dos materiais e profundidade das amostras coletadas;
• motivo da paralisação;
• medidas de nível d’água com: data, hora e profundidade do poço (ou
trincheira) na ocasião da medida. No caso de não ser atingido o ní
vel d’água, devem-se anotar as palavras “poço seco” (ou “trincheira
seca”).
c) Os resultados finais dos poços (ou trincheiras) deverão ser apresen
tados num prazo máximo de 15 dias após seu término, na forma de
perfis individuais na escala 1:100 (Modelo M do Anexo B), onde
constem, além dos dados do item anterior, a classificação granulo
métrica tátil-visual dos materiais atravessados, suas estruturas, re
sistência etc., feitas por técnico especialïzado cujo nome e número
de registro no CREA deverão constar no perfil. O mapeamento das
paredes do poço ou trincheira e das características geológico-geo
técnicas dos materiais atravessados deverá ser realizado por geólogo,
cujo número de registro do órgão fiscalizador deverá ser anotado no
perfil.
d) Até 30 dias após o término do último poço (ou trincheira) da cam
panha programada, o Executor deverá entregar o relatório final, con
tendo:
• texto explicativo com localização, tempo gasto, número de poços (ou
trincheiras) executados, total de metros perfurados, bem como ou
tras informações de interesse e conhecimento da Executora;
• planta de localização dos poços (ou trincheiras) com referência topo
gráfica ou, na sua falta, esboço com disLâncias aproximadas e amar
ração.
e) Todas as informações técnicas, inclusive aquelas que geraram os per
fis individuais, deverão ser armazenadas em arquivos eletrônicos dis
poníveis no mercado brasileiro.
1
34 .. MANUAL DE SONDAGENS BOLETIM N° 3, 5a EDIÇÃO, sÃo PAULO/201 3 •. 35
1
1
3 . 1 D e f i n i ç ã o
S O N D A G E M A P E R C U S S Ã O
3
S o n d a g e m a p e r c u s s ã o é u m m é t o d o d e i n v e s t i g a ç ã o d e s o l o c u j o a v a n
ç o d a p e r f u r a ç ã o é f e i t o p o r m e i o d e t r a d o o u d e l a v a g e m , s e n d o u t i l i z a d a a
c r a v a ç ã o d e u m a m o s t r a d o r p a r a a m e d i d a d e í n d i c e s d e r e s i s t ê n c i a à p e n e
t r a ç ã o , o b t e n ç ã o d e a m o s t r a s , d e t e r m i n a ç ã o d o n í v e l d ’ á g u a e e x e c u ç ã o d e
v á r i o s e n s a i o s i i i s i t u . É p o s s í v e l , a i n d a , n o f i n a l d o e n s a i o à p e n e t r a ç ã o , m e d i r
o t o r q u e p a r a r u p t u r a d a a m o s t r a e i n s t a l a r i n s t r u m e n t a ç ã o .
3 . 2 I d e n t i f i c a ç ã o
A s s o n d a g e n s a p e r c u s s ã o d e v e r ã o s e r i d e n t i f i c a d a s p e l a s l e t r a s S P , s e
g u i d a s d e n ú m e r o i n d i c a t i v o . E m c a d a o b r a , o n ú m e r o i n d i c a t i v o d e v e r á s e r
s e m p r e c r e s c e n t e , i n d e p e n d e n t e m e n t e d e l o c a l , f a s e o u o b j e t i v o d a s o n d a g e m .
S u g e r e - s e u t i l i z a r d i f e r e n t e s c e n t e n a s n a n u m e r a ç ã o p a r a a s d i v e r s a s e s t r u
t u r a s d a o b r a . E x e m p l o s : v e r t e d o u r o : S P 1 0 1 , S P 1 0 2 , S P 1 0 3 . . . ; b a r r a g e m d e
t e r r a : S P 2 0 1 , .SP 2 0 2 , S P 2 0 3 . . . e c l u s a : S P 4 0 1 , S P 4 0 2 , S P 4 0 3 . . .
Q u a n d o f o r n e c e s s á r i a a e x e c u ç ã o d e m a i s d e u m f u r o e m u m m e s m o
p o n t o d e i n v e s t i g a ç ã o , o s f u r o s s u b s e q u e n t e s t e r ã o a m e s m a n u m e r a ç ã o d o
p r i m e i r o , a c r e s c i d a d a s l e t r a s A , B , C e t c .
OLETM N0 3, 5 EDIÇÂO, SÃO P A J O / 2 O 1 3 . . 3 9
j : f r L —
N o c a s o d e p r o s s e g u i m e n t o d a s o n d a g e m p e l o m é t o d o r o t a t i v o o u n a
a l t e r n â n c i a e n t r e o s m é t o d o s p e r c u s s i v o e r o t a t i v o , d e v e r ã o s e r e m p r e g a d a s a s
l e t r a s S M ( s o n d a g e m m i s t a ) p a r a i d e n t i f i c a r a s o n d a g e m .
3 . 3 E q u i p a m e n t o s e f e r r a m e n t a s
a ) O E x e c u t o r d e v e r á f o r n e c e r e q u i p a m e n t o s e f e r r a m e n t a s p a r a a e x e
c u ç ã o d e s o n d a g e n s c o m a t é 4 0 m d e p r o fu n d i d a d e , q u e a t e n d a m à
p r o g r a m a ç ã o e à s e s p e c i f i c a ç õ e s e s t a b e l e c i d a s n o c o n t r a t o d e s e r v i ç o s .
b ) O s e q u i p a m e n t o s e f e r r a m e n t a s c o n s t a r ã o d o s s e g u i n t e s e l e m e n t o s p r i n
c i p a i s : t r i p é c o m r o l d a n a ; g u i n c h o m e c â n i c o , o u m o i t ã o ; t r a d o c o n c h a e
h e l i c o i d a l ; h a s t e s e l u v a s d e a ç o g a l v a n i z a d o ; a l i m e n i a d o r d e á g u a ; c r u
z e t a , t r é p a n o e “ T ” d e l a v a g e m ; b a r r i l e t e s a m o s t r a d o r e s e p e ç a s p a r a s u a
c r a v a ç ã o ; m a r t e l o c o m 6 5 k g e g u i a ; t u b o s d e r e v e s t i m e n t o ; t o r q u í m e t r o ;
b o m b a d ’ á g u a ; a b r a ç a d e i r a s p a r a r e v e s t i m e n t o ; a b a i x a d o r e s e a l ç a d o r e s
p a r a h a s t e s , s a c a - t u b o s ; b o m b a - b a l d e ( b a l d i n h o c o m v á l v u l a d e p é ) ;
c h a v e s d e g r i f o ; m e t r o o u t r e n a ; r e c i p i e n t e s h e r m é t i c o s ( t i p o c o p o ) p a r a
a m o s t r a s ; s a c o s p l á s t i c o s t r a n s p a r e n t e s d e a l t a r e s i s t ê n c i a ; e t i q u e t a s p a r a
i d e n t i f i c a ç ã o ; m e d i d o r d e n í v e l d ’ á g u a e o u t r o s .
c ) A s p e ç a s d e a v a n ç o d a s o n d a g e m d e v e r ã o p e r m i t i r a a b e r t u r a d e u m
f u r o c o m d i â m e t r o m á x i m o d e 1 0 0 m m ( 4 ” ) , a t é a t i n g i r o n í v e l d e
á g u a . A b a i x o d o N A d e v e m - s e u t i l i z a r t u b o s d e r e v e s t i m e n t o c o m
d i â m e t r o n o m i n a l i n t e r n o d e 6 3 , 5 m m ( 2 . 1 / 2 ” ) , e m e n d a d o p o r l u v a s
c o m c o m p r i m e n t o s d e 1 m e / o u 2 m .
d ) A s c a r a c t e r í s t i c a s d a s h a s t e s d e p e r f u r a ç ã o , c r a v a ç ã o d o a m o s t r a d o r
p a d r ã o e d e l a v a g e m p o r t e m p o d e v e r ã o s e r i d ê n t i c a s p a r a t o d o s o s
e q u i p a m e n t o s , d u r a n t e t o d o o s e r v i ç o d e s o n d a g e m n u m a m e s m a
o b r a . O t r é p a n o , o u p e ç a d e ( a v a g e m , d e v e s e r u m a p e ç a d e a ç o , c o m
d i â m e t r o n o m i n a l d e 2 5 m m , t e r m i n a d a e m b i s e i , d o t a d a d e d u a s
s a í d a s l a t e r a i s p a r a a á g u a e c o m p r i m e n t o m í n i m o d e 2 0 c m .
e ) P a r a o s e n s a i o s p e n e t r o m é t r i c o s , a s h a s t e s d e v e r ã o s e r d o t i p o
S c h e d u l e 8 0 , r e t i l í n e a s , c o m 2 5 , 4 m m ( 1 ” ) d e d i â m e t r o i n t e r n o e
d o t a d a s d e r o s c a s e m b o m e s t a d o , q u e p e r m i t a m f i r m e c o n e x ã o c o m
4 0 • . M A N U A L D E S O N D A G E N S
a s l u v a s , e m a s s a d e a p r o x i m a d a m e n t e 3 k g ! m . Q u a n d o a c o p l a d a s , a s
h a s t e s d e v e r ã o f o r m a r u m c o n j u n t o r e t i l í n e o .
f ) O E x e c u t o r d e v e r á d i s p o r d e h a s t e s c o m c o m p r i m e n t o s d e i m e / o u
2 m , a f i m d e f a c i l i t a r a s o p e r a ç õ e s d e i n í c i o d o f u r o e e v i t a r e m e n d a s
s u c e s s i v a s e m m a i o r e s p r o f u n d i d a d e s .
g ) O s b a r r i l e t e s a m o s t r a d o r e s t i p o R a y m o n d , m a i s c o n h e c i d o s c o m o
b a r r i l e t e s S P T , d e v e r ã o e s t a r e m b o m e s t a d o , c o m r o s c a s e p o n t e i r a s
p e r f e i i a s e f i r m e s , s e m a p r e s e n t a r f i s s u r a s .
h ) O t r é p a n o d e v e r á e s t a r e m b o m e s t a d o , c o m e x t r e m i d a d e c o r t a n t e
s e m p r e a f i a d a .
3 . 4 E x e c u ç ã o d a s o n d a g e m
a ) A s o n d a g e m d e v e r á s e r i n i c i a d a a p ó s a l i m p e z a d e u m a á r e a q u e p e r
m i t a o d e s e n v o l v i m e n t o d e t o d a s a s o p e r a ç õ e s s e m o b s t á c u l o s e a
a b e r t u r a d e u m s u l c o a o s e u r e d o r p a r a d e s v i a r a s á g u a s d e e n x u r r a d a s .
Q u a n d o f o r n e c e s s á r i a a c o n s t r u ç ã o d e u m a p l a t a f o r m a , e s t a d e v e r á
s e r t o t a l m e n t e a s s o a l h a d a e c o b r i r , n o m í n i m o , a á r e a d e l i m i t a d a p e l o s
p o n t o s d e f i x a ç ã o d o t r i p é . N o s c e n t r o s u r b a n o s , d e v e - s e m o n t a r u m a
e s t r u t u r a q u e p e r m i t a o t o t a l c o n f i n a m e n t o d a e q u i p e e d o s e q u i p a
m e n t o s n a á r e a e m q u e s e r á e x e c u t a d a a s o n d a g e m , q u e g a r a n t a s e g u
r a n ç a a o s t r a n s e u n t e s e c o n d i ç õ e s d e t r a b a l h o à e q u i p e .
b ) J u n t o a o l o c a l d e e x e c u ç ã o d o f u r o , d e v e r ã o s e r c r a v a d o s u m p i q u e t e
e u m a e s t a c a c o m a i d e n t i f i c a ç ã o d a s o n d a g e m . O p i q u e t e s e r v i r á d e
p o n t o d e r e f e r ê n c i a p a r a m e d i d a s d e p r o f u n d i d a d e e p a r a a m a r r a ç ã o
t o p o g r á f i c a .
c ) A s s o n d a g e n s d e v e r ã o s e r i n i c i a d a s u t i l i z a n d o - s e o t r a d o c o n c h a a t é
o n d e p o s s í v e l , p a s s a n d o - s e a u t i l i z a r o t r a d o h e l i c o i d a l q u a n d o s e
t o r n a r i m p o s s í v e l o a v a n ç o c o m o t r a d o c o n c h a .
d ) A p e r f u r a ç ã o a c i m a d o l e n ç o l f r e á t i c o d e v e r á s e r f e i t a c o m t r a d o , e x
c e t o n o c a s o d e s e e n c o n t r a r m a t e r i a l i m p e n e t r á v e l à p e r f u r a ç ã o .
r
Ü O L E T I M N0 3 , 5 E D I Ç À O , S Ã O P A U L O /2 01 3 • . 4 1
: r r
e) No caso de ser atingido o nível freático, ou quando o avanço do trado
helicoidal for inferior a 5 cm em 10 mm de operação contínua de
perfuração, poder-se-á passar para o método de percussão com c i r
culação de água (conhecido como método de lavagem). Para tanto, é
obrigatória a cravação de revestimento.
f) Quando o avanço se fizer por lavagem, deve-se erguer o sistema de
circulação de água a 30 cm a partir do fundo do furo. Durante sua
queda livre, deve-se imprimir, manualmente, um movimento de r o
tação no hasteamento.
g) Os detritos pesados, não carreados com a circulação de água, d e
verão ser retirados com bomba-balde (conhecido como baldinho),
munida de válvula de pé.
h) O controle das profundidades do furo, com precisão de 1 cm, deverá
ser feito pela diferença entre o comprimento total das hastes com a
peça de perfuração e a sobra delas, em relação ao piquete de referên
cia fixado junto à boca do furo.
i) No caso de a sondagem atingir o nível freático, a sua profundidade
deverá ser anotada. Deve-se garantir a estabilização do nível d’água
encontrado com leituras a cada 5 minutos, durante 30 minutos. O n í
vel d’água estará estabilizado quando obtiver 3 leituras consecutivas
em intervalos de tempos iguais.
j) Quando ocorrer artesianisnio não surgente, deverá ser registrado o
nível estático; no caso de artesianismo surgente, deverão ser r e a l i
zadas medidas e é preciso indicar a profundidade de interceptação
da água.
k) Os nívejs d’água e as vazões deverão ser medidos todos os dias, antes
do início dos trabalhos e na manhã seguinte à conclusão da s o n d a
gem. A critério da Fiscalização, a última medida poderá ser feita seis
horas depois de concluída a sondagem.
1) A sondagem a percussão será terminada nos seguintes casos:
quando atingir a profundidade especificada na programação dos s e r
viços;
42 ‘. MANUAL DE 5ONDAGEFS
• quando ocorrer a condição de impenetrabilidade descrita no item 3.5.k;
• quando estiver prevista sua continuação pelo processo rotativo e f o
rem atingidas as condições do item 3.5.1.
m) Salvo orientaçãoem contrário, imediatamente após a última leitura
do nível d’água ou após o encerramento da sondagem, o furo deverá
ser totalmente preenchido com solo, solo-cimento ou outro material,
a critério da Fiscalização, deixando-se cravada no local uma estaca
ou marcada com tinta indelével no pavimento a identificação da s o n
dagem.
3 . 5 E n s a i o d e p e n e t r a ç ã o p a d r o n i z a d o — S P T
a) O ensaio de penetração padronizado, também denominado Sia,z
dard Penetration Test (SPT), é executado no transcorrer da sondagem
a percussão com o propósito de se obterem índices de resistência à
penetração do solo (Norma ABNT NBI{ 6484). Para determinação
do torque e para empregá-lo conforme característica do terreno,
recomenda-se consultar Ranzini (1988), Décourt e Quaresma Filho
(1994), Ranzini (1994) e Alonso (1994).
b) O ensaio de penetração deverá ser executado a cada metro, a partir
de 1 m de profundidade da sondagem, ou conforme especificação da
Fiscalização.
c) As dimensões e detalhes construtivos do barrilete amostrado SPT
deverão estar rigorosamente de acordo com o indicado na Figura 1
do Anexo A. As hastes a serem utilizadas são aquelas indicadas no
item 3.3.e. Deve-se verificar a presença de válvula esférica no b a r r i
lete antes do ensaio penetrométrico, especialmente em terrenos não
coesivos ou abaixo do nível freático.
d) O fundo do furo deverá estar limpo. Caso sejam observados d e s m o
ronamentos da parede do furo, o tubo de revestimento precisará ser
cravado de tal modo que sua boca inferior fique posicionada 10 cm
acima da cota do ensaio penetrométrico. Nos casos em que, mesmo
com o revestimento cravado, ocorrer fluxo de material para o furo,
BOLET’M N° 3, 5 EDIÇÃO, SÁO ‘AULO/20 13 .‘ 43
o nível d’água no furo deverá ser mantido acima do nível do terreno
por adição de água. Nesses casos, a operação de retirada do e q u i p a
mento de perfuração deverá ser feita lentamente.
e) O ensaio de penetração consistirá na cravação do barriLete amostra-
dor por meio do impacto de uni martelo de 65 kg, caindo livremente
de uma altura de 75 cm sobre a composição de hastes.
f) O martelo para cravação do amostrador deverá possuir uma haste-
guia, na qual deverá estar claramente assinalada a altura de 75 cm.
Em torno da haste-guia, num recesso circular, deverá estar alojado
um coxim de madeira de lei, com as fibras paralelas à haste-guia,
para que o impacto com a composição não se dê diretamente entre
os aços. O martelo deverá ser erguido manualmente, com auxílio de
uma corda e polia, fixas no tripé. Ë vedado o emprego de cabo de
aço para erguer o martelo. A queda do martelo deverá ocorrer v e r
ticalmente sobre a composiçâo, com a menor dissipação de energia
possível.
i) Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm no
procedimento anterior, inicia-se a cravação do barrilete da queda
do martelo. Cada queda do martelo corresponderá a um golpe e s e
rão aplicados tantos golpes quantos forem necessários à cravação de
45 cm do amostrador, atendida a limitação do número de golpes
indicados no item 3.5.k. Deverão ser anotados o número de g o l
pes e a penetração em centímetros para a cravação de cada terço do
barrilete; caso ocorram penetrações superiores a 15 cm (cada terço
do barrilete), estas deverão ser anotadas, sem fazerem-se aproxima
ções. Após o término de cada ensaio SPT, a sondagem será p r o s s e
guirá conforme definido no item 3.4 até a cota do novo ensaio.
j) O valor da resistência à penetração consistirá no número de golpes
necessários à cravação dos 30cm finais do barrilete amostrador.
b) O ensaio de lavagem por tempo é utilizado numa sondagem a p e r c u s
são com o objetivo de se avaliar a penetrabilidade do solo ao avanço
do trépano de lavagem. Consiste na aplicação do processo definido
em 3.4.f por 30 mm, anotando-se os avanços obtidos a cada período
de 10 mm. O equipamento a ser utilizado é o especificado nos itens
k) A cravação do barrilete será interrompida quando se obtiver p e n e
tração inferior a 5cm após dez golpes consecutivos, não se c o m p u
tando os cinco primeiros golpes do teste, ou quando o número de
golpes ultrapassar 50 em um mesmo ensaio (45 cm do amostrador).
Nessas condições, o material será considerado impenetrável ao SPT,
devendo ser anotados o número de golpes e a penetração respectiva.
g) O barrilete deverá ser apoiado suavemente no fundo do furo, c o n
firmando-se que sua extremidade se encontre na cota desejada e que
as conexões entre as hastes estejam firmes e retilíneas. A ponteira do
amostrador (bico) não poderá estar fissurada ou amassada.
h) Colocado o barrilete no fundo, deverão ser assinalados com giz, na
porção da haste que permanecer fora do revestimento, três trechos
de 15 cm cada um referidos a um ponto fixo do terreno. A seguir, o
martelo deverá ser suavemente apoiado sobre a composição de h a s
tes, anotando-se a eventual penetração observada. A penetração o b
tida dessa forma corresponderá a zero golpe.
1) Atingidas as condições descritas no item anterior, os ensaios de p e
netração deverão ser suspensos. No caso de prosseguimento da s o n
dagem pelo método rotativo, os ensaios SPT serão reiniciados q u a n
do, em qualquer profundidade, voltar a ocorrer material suscetível de
ser submetido a esse tipo de ensaio.
3 . 6 E n s a i o d e l a v a g e m p o r t e m p o
a) Atingido o impenetrável ao SPT (item 3.5.k)
no prosseguimento da sondagem pelo método
iniciar o processo da lavagem com ensaios de
conforme descrito no item 3.6.b, atendendo à
indicada no item 3.6.c.
L
e havendo interesse
a percussão, deve-se
lavagem por tempo,
limitação de avanço
44 -. MANUAL DE SONDAGENS
3.3.d e 3.3.e.
BOLETIM, N° 3, 5 EDIÇÃO, sÃo PAULO/201 3 -. 45
c ) Q u a n d o , n o m e s m o e n s a i o d e l a v a g e m p o r t e m p o . f o r e m o b t i d o s
a v a n ç o s i n f e r i o r e s a 5 c m p o r p e r í o d o , e m t r ê s p e r í o d o s c o n s e c u t i
v o s d e 1 0 m m , o m a t e r i a l s e r á c o n s i d e r a d o i m p e n e t r á v e l à l a v a g e m .
d ) O i m p e n e t r á v e l à l a v a g e m p o r t e m p o , c o m o c r i t é r i o p a r a o t é r m i n o
d a s o n d a g e m a p e r c u s s ã o , n ã o i m p l i c a n a e l i m i n a ç ã o d o s e n s a i o s d e
p e n e t r a ç ã o S P T ( i t e m 3 . 5 ) , d e v e n d o s e r o b s e r v a d a s a s c o n d i ç õ e s d e
f i n i d a s n o i t e m 3 . 5 . k . N o c a s o d e o m a t e r i a l v o l t a r a s e r p e n e t r á v e l ,
d e v e r ã o s e r e x e c u t a d o s e n s a i o s S P T n a s c o t a s j á d e f i n i d a s ( i t e m 3 . 5 ) .
e ) N ã o é p e r m i t i d a a a d o ç ã o d o c r i t é r i o d e i m p e n e t r á v e l à l a v a g e m p o r
t e m p o p a r a t é r m i n o d a s o n d a g e m a p e r c u s s ã o q u a n d o e s t i v e r p r e v i s
t a a s u a c o n t i n u a ç ã o p e l o p r o c e s s o r o t a t i v o . N e s s e c a s o , a m u d a n ç a
d o m é t o d o d e v e s e r f e i t a q u a n d o a t i n g i d o o i m p e n e t r á v e l a o s e n s a i o s
S P T ( i t e m 3 . 5 . k ) .
3 . 7 A m o s t r a g e m
a ) A s a m o s t r a s d e v e r ã o s e r r e p r e s e n t a t i v a s d o s m a t e r i a i s a t r a v e s s a d o s e
l i v r e s d e c o n t a m i n a ç ã o .
b ) A s a m o s t r a s a s e r e m o b t i d a s n a s s o n d a g e n s a p e r c u s s ã o s e r ã o d o s
s e g u i n t e s t i p o s :
• a m o s t r a s d e b a r r i l e t e a m o s t r a d o r S P T , c o m c e r c a d e 2 0 0 g , c o n s t i
t u í d a s p e l a p a r t e i n f e r i o r d o m a t e r i a l o b t i d o n o a m o s t r a d o r ( b i c o ) .
S e m p r e q u e p o s s í v e l , a a m o s t r a d e v e s e r a c o n d i c i o n a d a m a n t e n d o - s e
i n t a c t o s o s c i l i n d r o s d e so l o o b t i d o s ;
• a m o s t r a s d e t r a d o , c o m c e r c a d e 5 0 0 g , c o n s t i t u í d a s p o r m a t e r i a l o b
t i d o d u r a n t e a p e r f u r a ç ã o e c o l e t a d a s n a p a r t e i n f e r i o r d a s l â m i n a s
c o r t a n t e s d o t r a d o ;
• a m o s t r a s d e l a v a g e m , c o m c e r c a d e 5 0 0 g . o b t i d a s p e l a d e c a n t a ç ã o d a
á g u a d e c i r c u l a ç ã o , e m r e c i p i e n t e s c o m c a p a c i d a d e m í n i m a d e 1 0 0 L .
N e s s e p r o c e s s o d e a m o s t r a g e m , é v e d a d a a p r á t i c a d e c o l e t a d o m a
t e r i a l a c u m u l a d o d u r a n t e o a v a n ç o d a s o n d a g e m e m r e c i p i e n t e c o l o
c a d o j u n t o à s a í d a d a á g u a d e c i r c u l a ç ã o ;
n ú m e r o d a c a i x a e n ú m e r o d e c a i x a s d o f u r o .
Q u a n d o a s o n d a g e m a p e r c u s s ã o f o r s e g u i d a p o r s o n d a g e m r o t a t i v a ,
d e v e s e r u t i l i z a d a c a i x a d e a m o s t r a a p r o p r i a d a p a r a o d i â m e t r o d a
s o n d a g e m r o t a t i v a p r o g r a m a d a . N e s s e c a s o , a s a m o s t r a s d e s o l o p o
d e r ã o s e r g u a r d a d a s n a m e s m a c a i x a o n d e s e r ã o a c o n d i c i o n a d o s o s
t e s t e m u n h o s d e r o c h a .
f ) C a d a m e t r o p e r f u r a d o a p e r c u s s ã o , c o m e x c e ç ã o d o p r i m e i r o , d e v e
e s t a r r e p r e s e n t a d o n a c a i x a d e a m o s t r a p o r d u a s p o r ç õ e s d e m a t e r i a l ,
s e p a r a d a s p o r t a c o s d e m a d e i r a , s e n d o a p r i m e i r a c o m a m o s t r a d e
p e n e t r ô m e t r o ( b i c o e c o r p o d o a m o s t r a d o r ) e a s e g u n d a c o m a m o s
t r a d e t r a d o , l a v a g e m o u b o m b a - b a l d e ( b a l d i n h o ) .
J I
• n ú m e r o d o f u r o ;
• n o m e d a o b r a e d o c l i e n t e ;
• l o c a l ;
• a m o s t r a s d e b a l d i n h o , c o m c e r c a d e 5 0 0 g , c o n s t i t u í d a s p o r m a t e r i a l
o b t i d o n a b o m b a - b a l d e ( b a l d i n h o c o m v á l v u l a d e p é ) .
c ) E x c e t u a n d o - s e a s a m o s t r a s d e b a r r i l e t e , d e v e s e r c o l e t a d a , n o m í n i
m o , u m a a m o s t r a p a r a c a d a m e t r o p e r f u r a d o . D e v e r ã o s e r c o l e t a d a s
t a n t a s a m o s t r a s q u a n t o f o r e m o s d i f e r e n t e s t i p o s d e m a t e r i a i s .
d ) A s a m o s t r a s a c o n d i c i o n a d a s e m c o p o s ( i t e m 3 . 7 . 5 ) e s a c o s p l á s t i c o s
s e r ã o c o l o c a d a s e m c a i x a s d e p l á s t i c o , d e t i p o e d i m e n s õ e s u s a d o s e m
f u r o s r o t a t i v o s d e d i â m e t r o B W , c o n f o r m e a F i g u r a I I d o A n e x o A .
N a t a m p a e n u m d o s l a d o s m e n o r e s d a c a i x a , d e v e r ã o s e r a n o t a d o s ,
c o m t i n t a i n d e l é v e l , o s s e g u i n t e s d a d o s :
e ) A s a m o s t r a s s e r ã o c o l e t a d a s d e s d e o i n í c i o d o f u r o e a c o n d i c i o n a d a s
n a c a i x a , c o m s e p a r a ç ã o d e t a c o s d e m a d e i r a o u o u t r o d i s p o s i t i v o . A
s e q u ê n c i a d e c o l o c a ç ã o d a s a m o s t r a s n a c a i x a d e v e r á s e g u i r a o r i e n
t a ç ã o d a f l e c h a c o n s t a n t e n a s c a ï x a s d e p l á s t i c o , d a e s q u e r d a p a r a a
d i r e i t a . A p r o f u n d i d a d e d e c a d a t r e c h o a m o s t r a d o d e v e s e r a n o t a d a ,
c o m c a n e t a e s f e r o g r á f i c a o u t i n t a i n d e l é v e l , n o t a c o d o l a d o d i r e i t o
d a a m o s t r a . N o l a d o d i r e i t o d a ú l t i m a a m o s t r a d o f u r o , c o l o c a - s e u m
t a c o a d i c i o n a l c o m a p a l a v r a “ f i m ’
( L 4 6
. . MANUAL DE SONDAGENS BOLETIM N° 3 , 5 EDIÇAO, SAO P A U L O / 2 0 1 3 . . 4 7
—
L 1 ! L —
g ) N ã o h a v e n d o r e c u p e r a ç ã o d e m a t e r i a l n o b a r r i l e t e , o l o c a l d a a m o s
t r a n a c a i x a d e v e s e r p r e e n c h i d o c o m u m t a c o d e m a d e i r a c o m a s
p a l a v r a s “ n ã o r e c u p e r o u ” . N o c a s o d e s e r u t i l i z a d o t o d o o m a t e r i a l
d i s p o n í v e l p a r a a a m o s t r a g e m e s p e c i f i c a d a n o i t e m 3 . 7 . j , c o l o c a - s e
n o l o c a l d a a m o s t r a u m t a c o c o m a s p a l a v r a s “ r e c u p e r o u p o u c o ’
A n ã o r e c u p e r a ç ã o d e a m o s t r a t a m b é m d e v e r á e s t a r i n d i c a d a n o
b o l e t i m d e c a m p o d a s o n d a g e m .
i ) P o d e r á s e r i n d i c a d o n a c a i x a d e a m o s t r a s , p o r m e i o d e t a c o s d e m a
d e i r a e n a p r o f u n d i d a d e d e v i d a , o t i p o d e a m o s t r a g e m , i s t o é : t r a d o ,
l a v a g e m , p e n e t r ô m e t r o e t c .
3 ) A c a d a e n s a i o d e p e n e t r a ç ã o , c e r c a d e 1 0 0 g d a a m o s t r a d o b a r r i l e t e
d e v e r ã o s e r i m e d i a t a m e n t e a c o n d i c i o n a d o s e m r e c i p i e n t e s d e p l á s
t i c o r í g i d o , c o m t a m p a , d e m a n e i r a q u e o f r a s c o f i q u e h e r m é t i c o e
s e l a d o c o m f i t a c o l a n t e . E s s a a m o s t r a d e v e s e r i d e n t i f i c a d a p o r d u n s
e t i q u e t a s e m p a p e l - c a r t ã o , s e n d o u n i a i n t e r n a e a o u t r a c o l a d a n a
p a r t e e x t e r n a d o r e c i p i e n t e , e m q u e c o n s t e m :
• n o m e d a o b r a e d o c l i e n t e ;
• n o m e d o l o c a l ;
• n ú m e r o d e s o n d a g e m ;
• n ú m e r o d a a m o s t r a ;
• p r o f u n d i d a d e d a a m o s t r a ;
n ú m e r o d e g o l p e s e p e n e t r a ç ã o d o e n s a i o ;
d a t a ;
o p e r a d o r
A s a n o t a ç õ e s d e v e m s e r f e i t a s c o m c a n e t a e s f e r o g r á f i c a o u t i n t a
i n d e l é v e l ; a s e t i q u e t a s d e v e m s e r p r o t e g i d a s c o m s a c o s p l á s t i c o s
c o n t r a a v a r i a s n o m a n u s e i o d a a m o s t r a . E s s e s r e c i p i e n t e s p r e c i s a m
s e r a c o n d i c i o n a d o s e m c a i x a s a p r o p r i a d a s p a r a t r a n s p o r t e o u , d e
p r e f e r ê n c i a , n a c a i x a e s p e c i f i c a d a n o i t e m 3 . 7 . d .
k ) A s c a i x a s d e a m o s t r a s d e v e r ã o p e r m a n e c e r g u a r d a d a s à s o m b r a , e m
l o c a l v e n t i l a d o , a t é o f i n a l d a s o n d a g e m , q u a n d o s e r ã o t r a n s p o r t a d a s
p a r a o l o c a l i n d i c a d o p e l a F i s c a l i z a ç ã o .
3 . 8 E n s a i o d e p e r m e a b i l i d a d e
P a r a r e a l i z a r o e n s a i o d e p e r m e a b i l i d a d e i i : s i f l r , e m s o l o , d e v e s e r c o n
s u l t a d o o [ t e m 4 o u o B o l e t i m n ° 4 d a A B G E .
a ) D e v e r ã o s e r f o r n e c i d a s d i a r i a m e n t e i n f o r m a ç õ e s s o b r e o a n d a m e n t o
d a s o n d a g e m , q u a n d o s o l i c i t a d a s .
b ) A o t é r m i n o d e c a d a s o n d a g e m , d e v e r á s e r e n c a m i n h a d a à c o n t r a t a n
t e c ó p i a d o s b o l e t i n s d e c a m p o e m q u e c o n s t e m , n o m í n i m o :
• n o m e d a o b r a e d o c l i e n t e ;
n ú m e r o d a s o n d a g e m ( i d e n t i f i c a ç ã o ) e l o c a l i z a ç ã o d o f u r o ;
d i â m e t r o d a s o n d a g e m e m é t o d o d e p e r f u r a ç ã o ;
c o t a e c o o r d e n a d a s ;
d a t a s d a e x e c u ç ã o ( i n í c i o e t é r m i n o ) ;
t a b e l a c o m l e i t u r a d e n í v e l d ’ á g u a c o m : d a t a , h o r a e p r o f u n d i d a d e d o
f u r o n o m o m e n t o d a l e i t u r a , p r o f u n d i d a d e d o r e v e s t i m e n t o e o b se r
v a ç õ e s s o b r e e v e n t u a i s f u g a s d e á g u a , a r t e s i a n i s m o e t c . N o c a s o d e
n ã o s e r a t i n g i d o o n í v e L d ’ á g u a , d e v e m - s e a n o t a r a s p a l a v r a s “ f u r o
s e c o ’
p o s i ç ã o f i n a l d o r e v e s t i m e n t o ;
r e s u l t a d o s d o s e n s a i o s d e p e n e t r a ç ã o , c o m o n ú m e r o d e g o l p e s e a v a n
ç o e m c e n t í m e t r o s p a r a c a d a t e r ç o d e p e n e t r a ç ã o d o a m o s t r a d o r ;
r e s u l t a d o s d o s e n s a i o s d e l a v a g e m p o r t e m p o , c o m i n t e r v a l o e n s a i a
d o , a v a n ç o e m c e n t í m e t r o e t e m p o d e o p e r a ç ã o d a p e ç a d e l a v a g e m ;
h ) N o c a s o d e b a i x a r e c u p e r a ç ã o d e a m o s t r a n o b a r r i l e t e , d e v e - s e d a r
p r e f e r ê n c i a à a m o s t r a g e m i n d i c a d a n o i t e m 3 . 7 . j .
3 . 9 A p r e s e n t a ç ã o d o s r e s u l t a d o s
4 8 . . MANUAL DE SONDAGENS BOLETIM N° 3 , 5 EDIÇAO, SÃD P A U L O / 2 0 1 3 . . 4 9
- -
r - e L 5 3 L -
• r e s u l t a d o s d o s e n s a i o s d e p e r m e a b i l i d a d e ( c o n f o r m e i t e m 4 ) , c o m
i n d i c a ç ã o d o p r o c e s s o u t i l i z a d o , p o s i ç ã o d a s e x t r e m i d a d e s i n f e r i o r
e s u p e r i o r d o r e v e s t i m e n t o , p r o f u n d i d a d e d o f u r o e d o t r e c h o a s e r
e n s a i a d o , d i â m e t r o i n t e r n o d o r e v e s t i m e n t o e m e d i d a s d e a b s o r ç ã o
d ’ á g u a f e i t a s a c a d a m i n u t o , c o m a r e s p e c t i v a u n i d a d e ;
• i d e n t i f i c a ç ã o d a s a n o m a l i a s o b s e r v a d a s ;
• c o n f i r m a ç ã o d o p r e e n c h i m e n t o d o f u r o a p ó s a c o n c l u s ã o o u , s e f o r o
c a s o , m o t i v o d o n ã o p r e e n c h i m e n t o ;
• d e s c r i ç ã o s u c i n t a d o s m a t e r i a i s a t r a v e s s a d o s ;
• m o t i v o d a p a r a l i s a ç ã o d o f u r o ;
• v i s t o d o e n c a r r e g a d o d o E x e c u t o r .
e ) O s r e s u l t a d o s f i n a i s d e c a d a s o n d a g e m a p e r c u s s ã o d e v e r ã o s e r a p r e
s e n t a d o s n u m p r a z o m á x i m o d e 3 0 d i a s a p ó s s e u t é r m i n o , n a f o r
m a d e p e r f i s i n d i v i d u a i s n a e s c a l a 1 : 1 0 0 ( M o d e l o O d o A n e x o B ) ,
e c o n t e r , a l é m d o s d a d o s d o i t e m 3 . 9 . b , v a l o r e s d e r e s i s t ê n c i a s a p e
n e t r a ç ã o d o a n i o s t r a d o r , c a l c u l a d o s e c o l o c a d o s e m g r á f i c o ( q u a n d o
f o r o c a s o ) , a c l a s s i f i c a ç ã o g r a n u l o m é t r i c a t á t i l - v i s u a l d o s m a t e r i a i s
a t r a v e s s a d o s , f e i t a p o r t é c n i c o e s p e c i a l i z a d o , c u j o n o m e e a s s i n a t u r a
d e v e r ã o c o n s t a r n o s b o l e t i n s e p e r f i s . A c l a s s i f i c a ç ã o g e o l ó g i c a d o s
m a t e r i a i s d e v e r á s e r r e a l i z a d a p o r g e ó l o g o , c u j o n ú m e r o d e r e g i s t r o
d o ó r g ã o f i s c a l i z a d o r d e v e r á s e r a n o t a d o n o s p e r f i s .
O s r e s u l t a d o s d o s e n s a i o s d e p e r m e a b i l i d a d e d e v e r ã o s e r a p r e s e n
t a d o s e m v a l o r e s n u m é r i c o s : d a a b s o r ç ã o e m L / m i n . m , d a p r e s s ã o
e m k g f / c m2 e d a p e r d a d ’ á g u a e s p e c i f i c a e m L / m i n . m / ( k g f / c m2) , a s
s i n a l a d o s e m t r ê s c o l u n a s j u s t a p o s t a s , l i m i t a d a s a c i m a e a b a i x o p o r
l i n h a s h o r i z o n t a i s n a p o s i ç ã o d o s l i m i t e s d o i n t e r v a l o e n s a i a d o . A
u n i d a d e d a p r e s s ã o p o d e s e r e x p r e s s a e m M P a , p o r é m , n e s s e c a s o ,
d e v e - s e o b s e r v a r a e q u i v a l ê n c i a : 1 k g f / c m2 = 0 , 1 M P a .
d ) A t é 1 5 d i a s a p ó s o t é r m i n o d o ú l t i m o f u r o d a c a m p a n h a p r o g r a m a d a ,
o E x e c u t o r d e v e r á e n t r e g a r o r e l a t ó r i o f i n a l , c o n t e n d o :
t e x t o e x p l i c a t i v o c o m l o c a l i z a ç ã o , t e m p o g a s t o , n ú m e r o d e f u r o s e x e
c u t a d o s e t o t a l d e m e t r o s p e r f u r a d o s , b e m c o m o o u t r a s i n f o r m a ç õ e s
d e i n t e r e s s e e c o n h e c i m e n t o d o E x e c u t o r ;
• p l a n t a d e l o c a l i z a ç ã o d a s s o n d a g e n s c o m r e f e r ê n c i a t o p o g r á f i c a o u ,
n a s u a f a l t a , e s b o ç o c o m d i s t â n c i a s a p r o x i m a d a s e a m a r r a ç ã o .
e ) T o d a s a s i n f o r m a ç õ e s t é c n i c a s , i n c l u s i v e a q u e l a s q u e g e r a r a m o s p e r
f i s i n d i v i d u a ï s , d e v e r ã o s e r d i s p o n i b i l i z a d a s e m a r q u i v o s e l e t r ô n i c o s
d i s p o n í v e i s n o m e r c a d o b r a s i l e i r o .
5 0 M A N U A L D E S O N D A G E N S
6 O L E T ( M N0 3 , 5 E D I Ç A O , 5 4 0 P A U L O / 2 0 1 3 • . 5 1
gr
4.1
e
e
Is
1
4
1
0
11%
&
A
a
jr,
.4
ENSAIO DE PERMEABILIDADE EM SOLO
Neste capítulo, serão tratados somente os ensaios de infiltração e de re
baixamento, por serem os mais simples e os mais utilizados em sondagens a
percussão. Para orientações detalhadas a respeito dos ensaios de permeabili
dade em solos, deve-se consultar o Boletim n°4 da ABGE: Ensaios de permea
bilidade em solo (1996).
4.1 Introdução
O ensaio de permeabilidade, executado em furos de sondagem a percus
são, conhecido por ensaio de infiltração, tem por finalidade a determinação da
perda d’água específica (PE) e do coeficiente de permeabilidade do solo. Junta
mente com o ensaio de perda d’água sob pressão (aplicável em sondagens rotati
vas), constitui o conjunto de ensaios de permeabilidade executados em furos de
sondagens, mais comumente utilizados no campo para a caracterização hidro
geotécnica dos maciços naturais.
4.2 Definição
O ensaio de permeabilidade em furos de sondagens consiste na medida
da vazão, representada pelo volume de água absorvido ou retirado, durante
BOLETIM N° 3, 5 EDIÇÀO, SÃO PAULOJ2O1 3 .. 55
um intervalo de tempo, em função da aplicação de diferenciais de pressão in
duzida por colunas d’água, resultante da injeção ou da retirada de água do furo.
saios:
Pela injeção de água no furo, podem ser realizados dois tipos de ensaios:
1) Ensaio de infiltraçõo, também denominado infiltração a nível cons
tante, no qual se mantém uma coluna de água (carga) constante e
mede-se a vazão necessária para mantê-la.
2) Ensaio de rebaixamento, também denominado de infiltração a nível va
riável, no qual se estabelece uma coluna d’água inicial, interrompe-se
a introdução da água e acompanha-se o rebaixamento do nível d’água
com o tempo.
Pela retirada de água do furo, podem ser realizados dois tipos de en
1) Ensaio de bombeamento: bombeia-se a água e mede-se a vazão neces
sária para manter estabilizado o nível rebaixado;
2) Ensaio de recuperação: bombeia-se a água até que o seu nível esteja
rebaixado o suficiente em relação ao nível freático ou piezométrico,
medindo-se, em seguida, a velocidade de recuperação.
Os ensaios de bombeamento e de recuperação só podem ser realizados
na porção do maciço situada abaixo do nível freático.
4.3 Equipamentos e ferramentas
Os equipamentos e ferramentas necessários à execução dos ensaios de
permeabilidade deverão constar dos seguintes elementos:
• Bomba d’água: com capacidade mínima de 40 L/min.
• Hidrômetro: em boas condições, com divisões de escala em litros,
testado no início de cada sondagem e sempre que houver suspeita
de mau funcionamento. O hidrômetro não deve apresentar desvio
superior a 10% do valor real na faixa de vazão entre 10 e

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